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2008, p. 26). A visão da computação orientada a serviço é bastante ambiciosa e também muito atraente para as empresas que querem aprimorar a eficácia de sua área de TI. Por isso, é importante entender os problemas já enfrentados pelas comunidades de fornecedores e de usuários finais dentro da indústria de TI durante a implementação da plataforma de computação orientada a serviços. A partir destas experiências surgiu um conjunto de objetivos e benefícios comuns que foram percebidos e que definem uma “receita” de sucesso na adoção da orientação a serviços pelas empresas. Segundo Erl (2008, p. 35), os sete objetivos identificados estão relacionados entre si e podem ser classificados em objetivos estratégicos, e três deles, além de serem objetivos, são também benefícios resultantes. a. Maior interoperabilidade intrínseca – a interoperabilidade é uma característica de sistemas capazes de se comunicar com outros para compartilhar dados. Na orientação a serviços a interoperabilidade é nativa nos serviços criados com a aplicação dos princípios e padrões de design para reduzir a necessidade de integração. Algumas das características de design requeridas para facilitar a interoperabilidade dos serviços são: padronização, escala, previsibilidade de comportamento e confiabilidade dos contratos. À medida que os serviços são produzidos em projetos e em momentos distintos, eles podem ser agrupados em várias configurações de composição para automatizar diferentes tarefas de negócio. b. Maior federação – federação é unir coisas diferentes para que elas possam agir como uma. Os recursos de TI e os aplicativos podem ser unidos, ainda que se mantenha a autonomia individual e a autogovernança. A federação em SOA permite aumentar as implementações em larga escala de serviços padronizados e capazes de se compor. É possível atingir um nível mais alto de federação se utilizarmos a tecnologia Web services para construir as soluções orientadas a serviços, ou seja, aplicando os princípios de padrões e de design. c. Mais opções de diversificação de fornecedores – todos nós queremos escolher inovações tecnológicas e produtos do “melhor fornecedor da categoria” e também queremos utilizá-los conjuntamente com os recursos que já existem na empresa. Para que a empresa possa ter esta opção de escolha, é importante que a arquitetura da tecnologia a ser adquirida não esteja associada ou atada à plataforma de um fornecedor específico. Isso dá liberdade à empresa de mudar, ampliar ou substituir Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados Arquitetura Orientada a Serviço 10 algumas soluções sem interromper toda a arquitetura de serviço federada. Os Web services reduzem ainda mais a dependência das plataformas de fornecedor porque não impõem requisitos de comunicação proprietária. Assim, o tempo de vida da solução é prolongado e o retorno sobre o investimento é aumentado. d. Maior alinhamento do domínio de negócio e de tecnologia – era comum a falta de precisão na transformação dos requisitos de negócio em implementação da lógica de uma solução. Graças ao paradigma de design, que promove a abstração em vários níveis, é possível aplicar a abstração funcional em camadas de serviço que encapsulem e representem precisamente os modelos de negócios. e. Maior retorno sobre o investimento (ROI4) – a complexidade da natureza da lógica dos aplicativos aumentou, as arquiteturas ainda não são federadas e o processo de integração ainda crescente: esses são os inibidores para que um departamento de TI se mantenha e evolua, sem que ele represente um valor significativo no orçamento operacional total de uma empresa. A utilização de lógica de solução agnóstica que possa atender a vários objetivos e ser reusável tira proveito da natureza de interoperabilidade inerente nos serviços criados sob os princípios de design. f. Maior agilidade organizacional – a agilidade empresarial está relacionada à eficiência com que a empresa responde às mudanças de mercado. Muitas vezes o departamento de TI é visto como um “gargalo” que dificulta a capacidade de resposta desejada, pois exige tempo e recursos demasiados para atender a novos requisitos de negócio. À medida que o portfólio de serviços é composto por uma porcentagem maior de serviços agnósticos, estes podem ser posicionados como ativos de TI reusáveis, e que podem ser repetidamente compostos em diferentes configurações. Portanto, o tempo e o esforço necessários para automatizar novos processos de negócio ou modificar algum existente são reduzidos proporcionalmente. g. Menor carga de trabalho de TI – o departamento de TI de uma empresa que aplica consistentemente a orientação a serviços ao longo do tempo apresenta menor desperdício e redundância, menor tamanho e custo operacional e menos despesas indiretas associadas à governança e evolução. Portanto, uma TI mais ágil e mais enxuta que contribui mais para os objetivos estratégicos da empresa. 4 ROI vem do termo em inglês Return Of Investment, ou seja, retorno sobre o investimento. Aqui no Brasil é muito utilizado em inglês mesmo. Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados Arquitetura Orientada a Serviço 11 Figura 4 – Representação dos objetivos e benefícios de SOA Fonte: Adaptada de Erl (2008, p. 35). Para concluir o entendimento desses oito objetivos e benefícios, segue o resumo dos pontos-chave de Erl (2008, p. 40): Os benefícios-chave da computação orientada a serviços estão associados com a padronização, a coerência, a confiabilidade e a escala estabelecidas dentro dos serviços por meio da aplicação dos princípios de design da orientação a serviços. A plataforma de computação orientada a serviços fornece o potencial de aumentar a capacidade de resposta e a rentabilidade econômica da TI por meio de um paradigma de design que enfatiza os objetivos e benefícios estratégicos. Considerações finais Nesta aula foi possível entender como é possível obter os benefícios tão atraentes da arquitetura orientada a serviço. Benefícios estes que impactam positivamente os negócios de uma empresa. Mas, lembre-se, “não há almoço grátis” para se obter o sucesso. Devemos entender os objetivos que se quer alcançar, estudar e planejar para saber como fazer e seguir os princípios da orientação a serviços que ajudarão a reduzir os riscos e manter a governança, a produtividade, a flexibilidade e a escalabilidade do processo como um todo. Independentemente da escolha de começar com uma única iniciativa para construir o portfólio (neste caso com investimento inicial mais alto) ou várias iniciativas em uma abordagem incremental, esta é uma jornada muito estimulante que integrará a empresa toda e o deixará preparado para incluir novos projetos inovadores com mais agilidade graças à arquitetura adotada. Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados Arquitetura Orientada a Serviço 12 Ao atingir a maturidade na adoção da arquitetura orientada a serviço, a empresa se tornará mais competitiva graças à sua agilidade, resiliência5 e responsividade6 ao mercado. Os resultados serão parecidos com os percebidos por muitas outras empresas do mercado, que estão usufruindo o sucesso. Referências ERL, Thomas. Service Orientation: Service-Orientation Design Principles. Disponível em: <http://serviceorientation.com/serviceorientation/index>. Acesso em: 15 jul. 2015. ______. SOA: Princípios de design de serviços. São Paulo: Prentice Hall, 2008. FUGITA, Henrique Shoiti; HIRAMA, Kechi. SOA: modelagem, análise e design. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. Imagem Fusão do projeto: ERL, Thomas. Service Orientation. Disponível em: <http:// serviceorientation.com/serviceorientation/service_reusability>. Acesso em: 15 jul. 2015. Imagem Teoria da separação das preocupações: ERL, Thomas. Service Orientation. Disponível em: <http://serviceorientation.com/serviceorientation/service_composability>. Acesso em: 15 jul. 2015. 5 Resiliência é usada neste contexto para definir a capacidade de uma