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CADERNO DE SAÚDE DO IDOSO pdf

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1 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
 
 
 
 
 
CADERNO DE 
SAÚDE DO IDOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA (AGA) 
03/08/2021 
 
GERIATRIA: 
Ramo da Medicina que se preocupa com: 
✓ O processo de envelhecimento; 
✓ Prevenção, diagnóstico e tratamento de problemas de saúde em idosos; 
✓ Condições socioeconômicas e ambientais que afetam o estado de saúde dos 
idosos. 
QUEM É O IDOSO NO BRASIL? 
Segundo a OMS, o idoso é toda pessoa: 
 
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA: 
A AGA pode também ser chamada de avaliação multidisciplinar ou avaliação global do 
idoso, a qual envolve todo processo diagnóstico multidimensional, geralmente 
interdisciplinar, visando avaliar o paciente em vários domínios (físico, mental, social, 
funcional e ambiental). 
Objetivos: 
✓ Entender a importância e a utilidade da AGA no atendimento ao idoso, 
principalmente o frágil; 
✓ Compreender como e quando aplicar a AGA; 
✓ Reconhecer quais as intervenções que podem ser planejadas de acordo com as 
informações obtidas através da AGA. 
 
Onde pode ser aplicada? 
1. ILPI – Instituições de longa permanência para idosos; 
2. Ambulatórios; 
3. Emergências; 
4. Visita domiciliar. 
 
Quais são os parâmetros avaliados na AGA? 
✓ Estado funcional: equilíbrio e mobilidade/atividade da vida diária/atividade 
instrumental da vida diária. 
 3 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
✓ Condições de saúde: lista ou mapa de problemas/comorbidades, gravidade das 
doenças/inventário de medicamentos, deficiências sensoriais, avaliação 
nutricional. 
✓ Funcionamento social: disponibilidade e adequação social/condições 
ambientais. 
✓ Cognição e humor: função cognitiva/rastreio depressão. 
 
AVALIAÇÃO FUNCIONAL: 
 
TIMED GET UP AND GO: 
Avalia o equilíbrio do paciente quando sentado, durante a marcha e na transferência. E 
de acordo com o tempo, o idoso pode ser classificado em independente ou dependente. 
 
 
 4 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
INSTRUMENTO DE AVD (ATIVIDADE DA VIDA DIÁRIA) – ÍNDICE DE KATZ: 
Outro instrumento que nos permite avaliar a funcionalidade do idoso, classificando-o 
em independente, dependente parcial e dependente total. 
**PONTUAR 1 PONTO PARA CADA RESPOSTA SIM** 
 
E, de acordo com o resultado temos a classificação do idoso: 
✓ 6-5 pontos: independente. 
✓ 4-3 pontos: dependente parcial. 
✓ 2 pontos: dependente total. 
INSTRUMENTO DE AIVD (ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DA VIDA DIÁRIA) - ESCALA DE 
LAWTON: 
Outro instrumento que permite classificarmos o idoso, de acordo com a pontuação, em: 
✓ 25-27 pontos: independente. 
✓ 21-25 pontos: dependente leve. 
✓ 16-20 pontos: dependente moderado. 
✓ 10-15 pontos: dependente grave. 
✓ 9 pontos: totalmente dependente. 
 
 5 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
 
 
CONDIÇÕES SÓCIO AMBIENTAIS: 
Diretamente relacionadas ao suporte familiar do idoso, ambiente em que vive e se tem 
ou não cuidador. 
 6 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL (MAN): 
Avaliação que permite classificarmos o idoso em estado nutricional normal, sob risco de 
desnutrição ou desnutrido. 
 
AVALIAÇÃO COGNITIVA/HUMOR: 
 
 7 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO COGNITIVA – MEEM: 
O Mini exame do estado mental (MEEM) permite avaliarmos a função cognitiva do 
idoso, permitindo realizar o score de uma possível demência de acordo com a pontuação 
do exame: 
✓ <24 pontos: altamente escolarizado. 
✓ <18 pontos: ginásio. 
✓ <14 pontos: analfabeto. 
 
 8 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO COGNITIVA – FLUÊNCIA VERBAL: 
Instruções: Agora o Sr(a) vai me falar nomes de animais ou de frutas, o máximo de 
nomes possíveis. Pode ser qualquer tipo de animal ou de fruta. Fale o mais rápido que 
puder. Pode começar. **MARCAR 1 MINUTO NO RELÓGIO** 
Pontuação de acordo com a escolaridade: 
✓ Analfabetos: 12 palavras. 
✓ 1-4 anos: 13 palavras. 
✓ 5-8 anos: 14 palavras. 
✓ 9-11 anos: 16 palavras. 
✓ >11 anos: 18 palavras. 
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO COGNITIVA – TESTE DO DESENHO DO RELÓGIO: 
Instruções: Pede-se ao idoso que desenhe um mostrador de relógio com números. Em 
seguida, solicita-se que sejam acrescentados os ponteiros do relógio, de horas e 
minutos, representando ali um horário específico, por exemplo, 2 horas e 45 minutos. 
Pontuação: 
✓ Desenho do círculo correto: 1 ponto. 
✓ Números na posição correta: 1 ponto. 
✓ Incluiu todos os 12 números: 1 ponto. 
✓ Os ponteiros estão na posição certa: 1 ponto. 
RASTREIO DE DEPRESSÃO: 
O rastreio de depressão no idoso pode ser feito a partir da aplicação da escala de 
depressão geriátrica. E, de acordo com a sua pontuação, o idoso pode ser classificado 
com: 
✓ > ou igual a 5 pontos: depressão leve. 
✓ > ou igual a 8 pontos: depressão moderada. 
✓ > ou igual a 12 pontos: depressão grave. 
 
 9 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
 
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA (AGA): 
1. IDENTIFICAÇÃO: nome, data de nascimento, idade, sexo, etnia, estado civil, 
naturalidade, profissão, principal cuidador. 
2. QUEIXA PRINCIPAL. 
3. HPMA. 
4. MEDICAMENTOS DE USO CONTÍNUO. 
5. ANTECEDENTES PESSOAIS. 
6. ANTECEDENTES CIRÚRGICOS. 
7. HÁBITOS E VÍCIOS. 
8. ANTECEDENTES FAMILIARES. 
9. HISTÓRICO DE QUEDAS: caiu no último ano? Se sim, quantas vezes? 
10. ALERGIAS. 
11. VACINAÇÃO. 
12. ISDA: visão, audição, deglutição/cavidade oral, alimentação, aparelho respiratório, 
aparelho cardiovascular, TGI, TGU, osteomuscular, musculoesquelético, neurológico. 
13. DIMENSÃO AVALIADA: 
 
 10 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
 
 
14. EXAME FÍSICO: altura, peso, FC, FR, saturação, PAS deitada, PAS sentada, PAD 
deitada, PAD sentada, PAS em pé, PAD em pé, AR, ACV, ABD, extremidades, 
neurológico, musculoesquelético, pele, outros. 
OBS: Hipotensão ortostático/postural é muito comum nos idosos, esperar de 1-2 min 
entre cada medida. 
DIAGNÓSTICOS: 
 
CASO CLÍNICO: 
MMK, 72 anos, viúva há 3 meses, natural do interior de SP, escolaridade 3 anos, 
costureira aposentada. 
Procurou atendimento para fazer check-up, porque sua vizinha insistiu. Conta que não 
procura médico há vários anos, mas não tem precisado porque nunca apresentou 
nenhuma doença, e não toma medicamento algum. Diz que já tentou fazer caminhadas, 
mas desistiu porque precisa cuidar do seu neto. Fuma 2 maços por dia há 50 anos, não 
faz nenhuma dieta, apesar de estar ganhando peso, e nunca tomou vacinas, porque tem 
medo de ficar doente e estragar o que está bom. Nesse último ano caiu 3x, tropeçou nos 
móveis e no cachorro. Pai e mãe falecidos de IAM aos 60 anos. Nega alergia. 
 11 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
ISDA: 
✓ Visão: pouco embaçada, refere não lembrar a última vez que foi ao oftalmologista. 
✓ Audição: escuta até demais. 
✓ Cavidade oral: diversos dentes moles, dificuldade para se alimentar com comidas 
mais consistentes. 
✓ Alimentação: café da manhã (pão com manteiga e café), lanche da manhã (café), 
almoço (macarrão/polenta/frango – não come verduras/não come carne devido 
aos dentes), lanche da tarde (café + bolo), jantar (repete o almoço), ceia (não faz). 
✓ Aparelho respiratório: sem alterações. 
✓ TGI: constipada – evacua a cada 3-4 dias com uso de supositório às vezes. 
✓ TGU: perde xixi quando tosse/faz esforço. 
✓ Neurológico: tontura às vezes. 
✓ Pele: seca. 
✓ Sono: dificuldade para pegar no sono (insônia). 
✓ Memória: um pouco esquecida. 
✓ Sintomas depressivos: ansiosa, nervosa e chorosa. 
 
Resultados dos instrumentos de avaliação: 
 
EXAME FÍSICO: 
✓ Peso: 82,8Kg. 
✓ Altura: 1,69m. 
✓ IMC: 28,9. 
✓ PA: 140x90mmHg (3 posições). 
✓ AR: MV + s/RA. 
✓ ACV: BRNF em 2T s/s. 
✓ ABD: globoso, flácido, sem massas ou visceromegalias.12 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
✓ Extremidades: discreto aumento de volume e crepitação em ambos os joelhos. 
✓ Marcha: alterada – arrasta os pés para caminhar. 
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS: 
 
PLANO TERAPÊUTICO: 
 
A AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA É O CORAÇÃO E A 
ALMA DA MEDICINA GERIÁTRICA. 
 
 13 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO NO 
ENVELHECIMENTO 
04/08/2021 
 
ENVELHECER SEM DOENÇA CRÔNICA É UMA EXCEÇÃO (IBGE-2008): 
 
OSSO MATA INDIRETAMENTE: 
 
Osso mata indiretamente, principalmente, nos primeiros 6 meses da fratura. Sendo a 
principal complicação da fratura o quadro de TEP (tromboembolismo pulmonar) devido 
a imobilidade a longo prazo. 
PRINCIPAIS COMPONENTES DO TECIDO ÓSSEO: 
 
 14 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
TECIDO ÓSSEO DO IDOSO: 
 
**80% da produção da vitamina D é feita pela pele e não pela ingestão** 
CARTILAGEM ARTICULAR: 
Com o envelhecimento, a cartilagem articular passa a apresentar: 
✓ Uma menor agregação proteoglicana, ou seja, uma menor resistência mecânica; 
✓ Colágeno (tipo II) menor hidratação, maior resistência a colágenos e maior 
afinidade pelo cálcio; 
✓ Redução da função reparadora. 
 
DOENÇAS MAIS COMUNS NOS IDOSOS: 
As doenças mais comuns nos idosos são: 
✓ Osteopenia; 
✓ Osteoporose; 
✓ Osteoartrose; 
✓ Sarcopenia – síndrome geriátrica, não é classificada como doença. 
 15 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
SARCOPENIA 
04/08/2021 
 
CONCEITO: 
A sarcopenia corresponde a um quadro de perda da massa muscular, força e função 
muscular, relacionada com o envelhecimento. Sendo considerada uma síndrome 
geriátrica e não uma doença, uma vez que faz parte do processo de envelhecimento, 
podendo ser prevenida por ações que aumentem a mobilidade do idoso, permitindo que 
ele consiga realizas as AVD e AIVD. 
DEFINIÇÃO: 
A sarcopenia é uma síndrome caracterizada por progressiva e generalizada perda de 
massa e função muscular com risco de eventos adversos, como por exemplo, 
incapacidade física, perda da qualidade de vida e morte. 
PREVALÊNCIA: 
Tem uma prevalência de 5-13% nos idosos entre 60-70 anos e, de 11-50% nos acima de 
80 anos de idade. 
CONSEQUÊNCIAS: 
As síndromes geriátricas são o resultado de interações não completamente 
compreendidas entre doenças e envelhecimento dos múltiplos sistemas, o que produz 
uma gama de sinais e sintomas com consequências desastrosas para o idoso. Tais como: 
incapacidade, dependência, institucionalização e morte. 
Elevada prevalência na população idosa, múltiplos fatores etiológicos e consequências 
ruins para a saúde do idoso, são fatores que justificam a inclusão da sarcopenia como 
uma síndrome geriátrica. 
ENVELHECIMENTO E MASSA MUSCULAR: 
A perda de massa muscular que ocorre durante o processo de envelhecimento não deve 
ser encarada como um problema que se inicia somente quando o indivíduo alcança a 
faixa etária avançada. A sarcopenia deve ser considerada sob a perspectiva de um 
modelo contínuo de vida, ou seja, deve ser observada desde o nascimento do indivíduo. 
Exemplo: Indivíduos com picos de massa muscular mais baixos na fase jovem têm maior 
probabilidade de apresentar sarcopenia, fragilidade e incapacidade à medida que a 
idade avança. 
O pico de massa muscular em um indivíduo saudável ocorre por volta dos 25 anos de 
idade. Assim como a força, a massa muscular é praticamente mantida entre os 25-30 
anos de idade, com uma redução de apenas 5% no número de fibras musculares e cerca 
de 10% no tamanho das fibras. Contudo, é entre os 50-80 anos que ocorre a maior perda 
 16 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
da massa muscular, o número de fibras sofre uma redução de 35%, enquanto o tamanho 
das fibras é reduzido em cerca de 30%. 
OBS: A redução ocorre predominantemente nas fibras de contração rápido, ou seja, do 
tipo II. 
No gráfico abaixo, podemos ver a sarcopenia relacionada com as diferentes fases da 
vida: 
 
 
ETIOLOGIA E PATOGÊNESE: 
Múltiplos fatores de risco e vários mecanismos contribuem para o desenvolvimento da 
sarcopenia, entre os principais fatores estão: 
✓ Falta de atividade física; 
✓ Baixa ingesta calórica e proteica; 
✓ Modificações hormonais; 
✓ Alterações nos níveis de citocinas. 
 17 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
OBS: As principais interleucinas que se encontram alteradas (aumentadas) no idoso são 
a TNF alfa e a IL-6, ambas interleucinas que agem na área de inflamação, principalmente, 
óssea e muscular. O que justifica serem fatores de risco para a sarcopenia. 
Alterações no remodelamento muscular, perda de neurônios motores-alfa, além de 
alterações no recrutamento de células musculares e apoptose são mecanismos que 
contribuem para a patogênese da sarcopenia. E, fatores genéticos podem ter papel 
importante na explicação das diferenças entre força e desempenho muscular de cada 
indivíduo. 
FALTA DE ATIVIDADE FÍSICA: 
Idosos que fazem pouca atividade física apresentam fraqueza muscular e, 
consequentemente, redução maior na capacidade de realiza-la, além de perderem 
massa e força muscular. 
Atividades aeróbicas, como caminhar, correr, pedalar ou nadar, aumentam o consumo 
máximo de oxigênio, melhorando a adaptação neuromuscular e a função muscular, 
diminuindo a morbidade e mortalidade. 
A atividade física pode ser dividida em 2 tipos, com diferentes objetivos, são eles: 
1. Atividade aeróbica: gera aumento da síntese proteica e diminuição da massa 
gordurosa. 
2. Atividade de resistência: gera ganho de força e qualidade muscular. 
 
 18 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
BAIXA INGESTA CALÓRICA E PROTEICA: 
 A taxa de síntese de proteína muscular sofre redução de aproximadamente 30% no 
idoso. Fatores nutricionais, doenças e inatividade são os principais fatores responsáveis 
por essa redução. Baixa ingesta calórica e proteica em pessoas idosas está associada ao 
desenvolvimento da fragilidade. 
Diversos mecanismos levam à diminuição da ingesta alimentar pelo idoso (anorexia do 
envelhecimento), tais como: 
✓ Apetite/saciedade precoce: em decorrência do aumento da liberação de 
colecistocinina e elevação da leptina). 
✓ Redução da função de órgãos sensoriais como paladar e olfato: vão sendo 
diminuídos ao longo dos anos, diminuindo mais ainda o apetite deles. 
✓ Alteração na dentição: dificulta a ingesta de alimentos mais sólidos, como por 
exemplo, carne. Por isso, eles preferem, na maioria das vezes, comer uma sopa. 
MODIFICAÇÕES HORMONAIS: 
Há evidências de que alterações hormonais relacionadas com o envelhecimento estão 
ligadas à perda de massa e força muscular, tais como: 
✓ Insulina: a sarcopenia pode ser acompanhada por aumento progressivo da 
gordura corporal total e da gordura intramiocelular, as quais estão associadas a 
risco elevado de resistência à insulina. 
✓ GH e IGF-1: ambos declinam com a idade e são prováveis contribuintes para o 
desenvolvimento da sarcopenia, uma vez que, com isso, ocorre um aumento da 
gordura corporal, diminuição da massa magra e piora do perfil lipídico. Além da 
diminuição da síntese de proteínas nas fibras existentes. 
✓ Testosterona: relacionada a perda de massa, de força e função muscular, 
entrando em declínio lentamente no homem idoso (1% ao ano). 
✓ DHEA: diminui consideravelmente com a idade, colaborando coma perda da 
massa e força muscular também. 
✓ Vitamina D e PTH: os níveis de vitamina D diminuem com a idade, exercendo 
provável efeito anabólico nos músculos. E, baixos níveis de vitamina D são 
frequentemente associados à sarcopenia e ao aumento no risco de quedas. 
OUTROS FATORES ASSOCIADOS À SARCOPENIA: 
E, outros fatores associados à sarcopenia são: 
✓ Elevados níveis de citocinas (TNF alta e IL-6); 
✓ Perda da função neuromuscular (perda de neurônios motores-alfa); 
✓ Disfunção mitocondrial (dano cumulativoao DNA devido envelhecimento); 
✓ Apoptose (apoptose acelerada dos miócitos, principalmente fibras do tipo II); 
✓ Influência genética (variabilidade muscular de pessoa para pessoa). 
 
 19 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
CLASSIFICAÇÃO E ESTÁGIOS: 
Na maioria dos casos é difícil identificar uma causa única como responsável pelo 
processo de sarcopenia. Contudo, classificá-la como primária ou secundária pode ser útil 
na prática clínica. 
O estadiamento dessa enfermidade reflete a gravidade da condição. Essa informação 
pode ser útil na prática clínica, pois pode auxiliar na identificação precoce e no manejo 
preventivo e terapêutico da sarcopenia. O EWGSOP sugere três estágios para essa 
condição: 
 
A sarcopenia ainda pode ser dividida em 2 tipos, são eles: 
1. Sarcopenia primária: relacionada à idade, sem outra causa identificada além do 
envelhecimento. 
2. Sarcopenia secundária: 
▪ Relacionada à atividade física – repouso no leito, sedentarismo ou 
descondicionamento físico; 
▪ Relacionada a doenças – neoplásicas, inflamatórias, endócrinas ou falência 
grave de órgãos (coração, pulmão, fígado, rim e cérebro); 
▪ Relacionada à nutrição – ingesta inadequada de calorias e/ou proteínas, 
doenças do TGI ou disarbsortivas, ou ainda por medicamentos anorexígenos. 
DIAGNÓSTICO: 
 
 20 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
A avaliação da massa magra pode ser feita de diversas formas, como por exemplo, 
bioimpedância, TC muscular, RN muscular, avaliação de pregas, densitometria musculas, 
avaliação de panturrilha, etc. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
A sarcopenia é encontrada em outras síndromes que cursam com grande perda de 
massa muscular. A diferenciação entre essas síndromes é importante para que se 
identifique a abordagem diagnóstica e terapêutica apropriada para cada condição. 
Os principais diagnósticos diferenciais que devemos ter em mente em relação à 
sarcopenia são: 
✓ Caquexia: síndrome metabólica complexa, associada à doença crônica (Ex: 
câncer, IC, DPOC, etc) e caracterizada pela perda de músculo, com ou sem a 
perda de massa gorda. 
✓ Obesidade sarcopênica: quadro de causas sistêmicas (em condições como CA, 
AR e o próprio envelhecimento), no qual o paciente se apresenta com baixa 
massa magra e com massa gordurosa preservada ou aumentada. 
✓ Fragilidade: é uma síndrome biológica de diminuição da capacidade de reserva 
homeostática do organismo e de resistência aos estressores, cursando om um 
quadro em que ocorre queda das reservas e da resistência do paciente, declínio 
em múltiplos sistemas e aumento da vulnerabilidade. 
✓ Osteoporose: manter ou aumentar a massa magra pode auxiliar a preservar a 
densidade mineral óssea dos idosos. 
TRATAMENTO: 
A abordagem terapêutica atual da sarcopenia baseia-se em intervenções não 
farmacológicas e farmacológicas. Estudos sugerem que a sarcopenia seja uma causa 
potencialmente reversível de incapacidade e que pode haver benefícios caso as 
intervenções sejam realizadas, especialmente, nos estágios mais precoces. 
A Sarcopenia é uma síndrome geriátrica que não tem cura, tendo em vista que não é 
uma doença, mas existem algumas atitudes que podem ajudar a preveni-la e evitar sua 
progressão, tais como: 
✓ Atividade física de resistência associada com atividade física aeróbica; 
✓ Aumento da exposição solar; 
✓ Aumento da ingesta de vitamina D; 
✓ Melhora do aporte nutricional de proteína. 
 
 
 
 
O PRINCIPAL TRATAMENTO É A MUDANÇA 
NO ESTILO DE VIDA! 
 21 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
SÍNDROME DA FRAGILIDADE DO IDOSO 
04/08/2021 
 
DEFINIÇÃO: 
É uma patologia, diferentemente da sarcopenia que é uma síndrome geriátrica. Tendo 
como fatores predisponentes: 
 
Os idosos portadores desta tríade estão propensos á redução acentuada da massa 
muscular e a um estado inflamatório crônico que, se associados a fatores extrínsecos 
como a incidência de doenças agudas ou crônicas, a imobilidade, a redução da ingestão 
alimentar e outros, levariam a um ciclo vicioso de redução de energia e aumento da 
dependência e susceptibilidade a agressores. 
EPIDEMIOLOGIA: 
Tem uma prevalência de 2,5% entre 65-70 anos e >30% acima dos 90 anos de idade. 
FISIOPATOLOGIA E FATORES PREDISPONENTES: 
O estudo da fisiopatologia da fragilidade é dificultado pela complexidade dos sistemas 
envolvidos e pela coexistência frequentes de doenças agudas, crônicas e incapacidades. 
Segundo a teoria proposta por Fried, a síndrome seria embasada na redução da 
atividade de eixos hormonais anabólicos, na instalação da sarcopenia e na presença de 
um estado inflamatório crônico. Estas três alterações, quando intensas o suficiente, 
interagem entre si de maneira deletéria, precipitando a ocorrência de um ciclo 
autossustentado de redução de energia, perda de peso, inatividade, baixa ingestão 
alimentar e sarcopenia. 
Diversos fatores, como doenças agudas e crônicas, alterações próprias do 
envelhecimento, efeito de medicamentos, quedas e outras condições mórbidas, 
contribuem para que uma pessoa idosa entre no ciclo de fragilidade. 
 22 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
Outros fatores importantes envolvidos na gênese da fragilidade são: carga genética, 
estilo de vida e doenças ou lesões apresentadas pelo paciente. 
 
Portanto, trata-se de uma síndrome multissistêmica de instalação lenta, que causa 
vulnerabilidade da regulação homeostática, devido diferentes fatores envolvidos na sua 
patogênese. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
As manifestações da síndrome da fragilidade propostas por Fried são: 
✓ Perda de peso não intencional; 
✓ Fraqueza muscular; 
✓ Fadiga; 
✓ Redução da velocidade da marcha; 
✓ Redução do nível de atividade física. 
E, ainda que não determinantes da fragilidade, são frequentes entre os seus portadores 
anormalidades da marcha e balanço, ocorrência de quedas, sintomas depressivos, 
redução da massa óssea, alterações cognitivas e déficits sensoriais. Como também, a 
vulnerabilidade a processos infecciosos ou traumáticos e a má resposta às terapêuticas 
instituídas. 
 23 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
OBS: A fragilidade é multissistêmica e de instalação lenta X A incapacidade pode ser 
aguda e comprometer um único sistema (EX: AVC gerando sequelas permanentes). 
**O PACIENTE PORTADOR DE INCAPACIDADE PODE NÃO SER PORTADOR DE 
FRAGILIDADE** 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: 
Os critérios mais frequentemente empregados em estudos internacionais são 
adaptados dos estudos de Fried e Walston, compondo cinco diferentes critérios, 
apresentados no quadro abaixo: 
 
CRITÉRIOS LABORATORIAIS: 
Mesmo que, dada a fisiopatologia da fragilidade, diversos exames laboratoriais possam 
estar alterados (marcadores de aumento da atividade inflamatória, redução da 
creatinina sérica, redução da albumina sérica, anemia, alterações hormonais), nenhum 
destes testes, empregados isolados ou em conjunto, possibilita o diagnóstico de 
fragilidade ou para ele contribui de modo definido. 
ABORDAGEM TERAPÊUTICA: 
Diversas modalidades de tratamento vêm sendo propostas para a síndrome da 
fragilidade, mas ainda não estão disponíveis tratamento específicos para a síndrome 
como um todo. As intervenções atualmente propostas se baseiam especificamente em: 
✓ Atividade física para promover o aumento da massa muscular; 
✓ Suplementação alimentar para reduzir a perda de massa magra e promover a 
melhoria do estado energético; 
✓ Suplementações hormonais buscando quebrar o ciclo de fragilidade em seus 
componentes relacionados com a desregulação neuroendócrina; 
✓ Medicações de diversas naturezas, com atuação em componentes da 
fisiopatologia da síndrome (anti-inflamatórios, miostáticos, anabolizantes, etc). 
 24 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
PREVENÇÃO: 
Uma vez que o tratamento da síndrome da fragilidade ainda éconsiderado limitado, a 
sua prevenção, quando possível, é primordial. 
A prevenção da fragilidade inclui mudanças no estilo de vida, suspensão do tabagismo, 
da ingestão excessiva de álcool e da ingestão de substância psicoativas, além do 
tratamento rigoroso de doenças crônicas e rápido de doenças agudas. Acrescendo a 
essas medidas, as recomendações próprias para a promoção do envelhecimento 
saudável, como alimentação balanceada e diversificada, manutenção de atividade física 
adequada e o uso correto de medicamentos. 
E, para prevenção secundária, além do que já foi citado, é importante a prevenção de 
quedas, a correção de perdas com órteses e a reposição de vitaminas e minerais quando 
apropriado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
PERDA DE PESO INVOLUNTÁRIA 
04/08/2021 
 
DEFINIÇÃO: 
A perda de peso involuntária define-se como uma perda de 5% ou mais em relação ao 
seu peso corporal, em 6 meses. Ou de 10% em 12 meses. 
ANAMNESE: 
Quando o paciente chega para nós com essa queixa, temos que investigar qual é a causa 
por meio de uma história clínica minuciosa, avaliar presença de problemas sociais, 
psiquiátricos, antecedentes mórbidos e medicamentos em uso. Além de um exame 
físico bem feito e detalhado. 
 
 26 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
POR QUE GERIATRIA? 
05/08/2021 
 
POR QUE GERIATRIA? 
✓ Poucos profissionais e mercado aberto; 
✓ População idosa é a que mais cresce; 
✓ Lida com complexidade e desafios; 
✓ Entusiasmo diante de resultado positivos. 
 
QUEM É O PACIENTE GERIÁTRICO? 
As principais características do paciente geriátrico são: 
 
 
 27 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
FARMACOLOGIA, POLIFARMÁCIA E IATROGENIA 
NO PACIENTE IDOSO 
05/08/2021 
 
ENVELHECIMENTO: 
O processo do envelhecimento possui particularidades capazes de modificar as etapas 
da farmacocinética e a farmacodinâmica de um medicamento, predispondo o idoso às 
reações adversas a medicamentos (RAM), cascata iatrogênica, uso de medicamentos 
potencialmente inapropriados (MPI) e polifarmácia, processo do adoecimento, quedas 
e fraturas, delirium, hospitalização, institucionalização e até à morte. 
Não tratar o idoso como um adulto mais velho, principalmente no quesito de medicação, 
devido aos diversos efeitos colaterais. 
A terapêutica medicamentosa em idosos é altamente influenciada pelas alterações 
farmacocinéticas e farmacodinâmicas próprias do envelhecimento, que alteram a 
sensibilidade e o efeito de vários fármacos. Além disso, a elevada prevalência de 
multimorbidades nessa população aumenta a chance de eventos adversos, levando à 
necessidade por parte do geriatra do conhecimento de determinadas particularidades 
associadas ao uso de medicamentos. 
É importante considerar que medicamentos têm a propriedade 
de melhorar extremamente a qualidade de vida e de curar ou 
aliviar doenças, desde que seu emprego seja adequado, 
cuidadoso e seguro. 
FARMACOLOGIA: 
• Os idosos correspondem a aproximadamente 10% da população total e recebem 30% 
das medicações prescritas. 
• As medicações não prescritas mais usadas por idosos são os analgésicos, ansiolíticos, 
sedativos, laxativos, polivitamínicos, dentre outros. 
• Mais de 80% dos idosos tomam ao menos 1 medicação. 
• Idosos tem 2-3x mais chance de reação adversas a medicamentos do que jovens, uma 
vez que na maioria das vezes usam vários medicamentos, os quais apresentam 
grande potencial de interação. Por isso, acabam sofrendo mais com as consequências 
das iatrogenias. 
• 28% das internações em idosos são devidas a problemas relacionados à fármacos. 
Em idosos as prescrições medicamentosas devem ser receitadas com 
cautela, considerando as alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas 
do envelhecimento, sob pena de provocar iatrogenias. 
 29 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
FARMACOCINÉTICA – o que o organismo faz com a medicação: 
Define-se farmacocinética como o conjunto de processos sofridos pelos fármacos no 
corpo humano a partir de sua administração, ou seja, abrange absorção, distribuição, 
metabolismo e excreção dos medicamentos. 
 
ABSORÇÃO: 
 
Atentando-se inicialmente à VO, forma de administração usual de medicamentos, o 
envelhecimento influencia a absorção de medicamentos. Merecendo atenção 
particularmente quando o resultado esperado não ocorrer e/ou o paciente apresentar 
outras peculiaridades passíveis de interferir na absorção do fármaco indicado. 
A biodisponibilidade medicamentosa pela VO depende basicamente da absorção pelo 
TGI e da primeira passagem hepática do fármaco. 
A absorção oral de medicamentos sofre interferências quando ocorre: 
✓ Aumento do pH gástrico – menor produção de HCl, o que faz com que a ionização 
e solubilidade de alguns fármacos sofram alterações; 
✓ Retardo no esvaziamento do estômago – retada a absorção e, consequentemente, 
retarda o início da ação do medicamento, que fica mais tempo no organismo; 
✓ Redução na mobilidade e no fluxo do sistema digestório – diminuição do pico na 
concentração sanguínea e uma demora no início do efeito; 
Essas alterações interferem mais em substâncias e fármacos que dependem de 
transporte ativo para absorção intestinal como a glicose e vitamina B12. Felizmente, a 
maioria dos medicamentos é absorvida nessa via por difusão passiva que apresenta 
baixo grau de evidências quanto a alterações relacionadas com o envelhecimento. 
 30 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
Em contrapartida, a primeira passagem hepática – importante em processos de 
biodisponibilidade farmacológica – encontra-se geralmente reduzida em idosos. Devido 
a redução do parênquima e do fluxo sanguíneo hepático durante o envelhecer. 
 
DISTRIBUIÇÃO: 
 
Significativas alterações da composição corporal ocorrem durante o envelhecimento, 
interferindo na distribuição de determinados medicamentos. 
Atenção especial deve ser dedicada quanto ao aumento do tecido adiposo entre 20-40% 
e à redução da água corporal total em até 15%. Assim, fármacos hidrofílicos como a 
gentamicina, lítio e digoxina tendem a apresentar menor volume de distribuição em 
idosos, com consequente aumento da concentração plasmática. A redução do volume 
de distribuição de medicamentos hidrossolúveis é contrabalanceada pela significativa 
perda do clearance renal durante o envelhecimento, resultando em baixo efeito sobre 
a meia-vida de eliminação desses fármacos. 
Observando-se situação oposta em fármacos lipofílicos, como benzodiazepínicos, 
morfina e amiodarona, cujo volume de distribuição eleva-se progressivamente com a 
idade. 
Então, se o volume de distribuição aumenta, a meia-vida de 
eliminação medicamentosa também se prolonga. 
Essa associação entre volume de distribuição e meia-vida de eliminação maiores em 
fármacos lipossolúveis provoca em idosos, maior tempo de ação medicamentosa e risco 
de efeitos colaterais, mesmo após o encerramento da tomada de fármacos como 
Diazepam e tiopental. 
O principal fator que determina os efeitos medicamentosos é a concentração livre do 
fármaco, a qual está diretamente relacionada com a capacidade de ligação entre o 
medicamento e a proteína carreadora dele (albumina ou alfa-1 glicoproteína ácida) e 
modula as interações medicamentosas e os efeitos fisiológicos dos fármacos. 
As principais alterações que ocorrem em relação à distribuição, durante o 
envelhecimento são: 
 31 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
✓ Hipoalbuminemia: altera a relação do fármaco ligado ao fármaco livre, podendo 
aumentar o efeito do fármaco, podendo causar até dose tóxica. Como por 
exemplo, em casos de fármacos com alta taxa de ligação coma albumina – 
Diazepam e warfarina. 
✓ Redução da massa muscular; 
✓ Redução da água corporal: fármacos hidrossolúveis diminuem o volume de 
distribuição. 
✓ Aumento na produção de gordura corporal: aumento de depósito de fármacos 
lipossolúveis, aumentando o volume de distribuição. 
 
METABOLISMO: 
 
A depuração hepática dos fármacos depende da capacidade do fígado em metabolizar 
os medicamentos e do fluxo sanguíneo hepático. Lembrando que estados de fragilidade, 
desnutrição, multimorbidades e tabagismo também influenciam o metabolismo 
hepático. 
As principais alterações relacionadas ao metabolismo que acontecem com o 
envelhecimento são: 
✓ Redução do tamanho do fígado; 
✓ Redução de 35% do fluxo sanguíneo hepático; 
✓ Diminuição da taxa de metabolismo dos fármacos pelo citocromo P450, em 
aproximadamente, 40%; 
✓ Declínio das atividades das enzimas microssomais hepáticas. 
Existem diversas variáveis em relação ao indivíduo e ao fármaco. 
 
EXCREÇÃO: 
 
A redução da TFG provocada pelo envelhecimento afeta a depuração de vários 
medicamentos, como por exemplo, os AINES, anticoagulantes orais, diuréticos, 
digoxina, betabloqueadores hidrossolúveis, ATB hidrossolúveis e lítio. 
 32 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
A importância clínica dessa redução relaciona-se ao risco potencial de toxicidade do 
fármaco. Medicamentos com doses terapêuticas estreitas como lítio, aminoglicosídeos 
e digoxina tornam-se altamente susceptíveis a efeitos colaterais graves, mesmo em 
concentrações séricas minimamente superiores ao ideal em idosos. 
Recomenda-se o cálculo do clearance de creatinina sérica em todo paciente nessa 
faixa etária. Em geral, utilizando a fórmula de Cockcroft Gault: 
 
Portanto, as principais alterações na excreção relacionadas ao envelhecimento são: 
✓ Redução do fluxo sanguíneo renal; 
✓ Diminuição do tamanho dos rins; 
✓ Diminuição do córtex renal; 
✓ Redução do número de néfrons funcionais; 
✓ Hialinização dos glomérulos; 
✓ Redução da TFG; 
✓ Diminuição da secreção tubular. 
 
 33 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
 
FARMACODINÂMICA: 
Define-se farmacodinâmica como o(s) efeito(s) do fármaco no organismo, que, no 
paciente idoso, depende de alterações em mecanismos homeostáticos e de 
modificações em receptores e sítios de ação. 
 
ALTERAÇÕES EM MECANISMOS HOMEOSTÁTICOS: 
A maior sensibilidade observada em idosos a várias classes de medicamentos decorre 
do declínio de certas funções orgânicas. Desse modo, a redução do fluxo sanguíneo 
cerebral secundária à doença ateromatosa interfere na sensibilidade a fármacos de ação 
central, como antidepressivos e benzodiazepínicos. Observam-se assim, quadros de 
confusão mental e/ou disfunção cognitiva em usuários desses fármacos, 
particularmente quando tomados por longos períodos. 
Outro exemplo comum na prática clínica, é a hipotensão ortostática por anti-
hipertensivos, devido a menor reatividade do reflexo barorreceptor associada ao 
envelhecimento. Igualmente, a associação das alterações da termorregulação em idosos 
com medicamentos como psicofármacos apresenta potencial de gerar quadros de 
hipotermia nessa faixa etária. 
 
MODIFICAÇÕES EM RECEPTORES E SÍTIOS DE AÇÃO: 
O envelhecimento influencia a interação de medicamentos e receptores, alterando 
consequentemente o padrão de resposta orgânica aos fármacos. 
CRITÉRIOS DE BEERS: 
O critério original foi elaborado em 1991, a fim de detectar o uso de medicamentos 
inapropriados em idosos residentes em uma instituição de longa permanência e era 
composto de 19 medicamentos inadequados e 11 medicamentos cuja dose, frequência 
de uso e duração do tratamento eram inadequadas para pessoas com 65 anos ou mais. 
 34 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
A versão mais atual do critério é dividida em 5 listas: 
 
CRITÉRIOS BRASILEIROS – Consenso brasileiro de medicamentos potencialmente 
inapropriados para idosos: 
 
 
 35 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
 
 
 
 36 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
 
 
INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA NO IDOSO: 
 Os idosos são mais susceptíveis as reações adversas aos medicamentos (RAM), devido: 
✓ Uso de múltiplos fármacos; 
✓ Função reduzida de vários sistemas fisiológicos; 
✓ Excreção e o metabolismo alterados; 
✓ Mudança na composição corporal; 
 37 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
 
POLIFARMÁCIA: 
Com o aumento da expectativa de vida da população, aumenta o contingente de 
portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que demandam assistência contínua 
e na qual os medicamentos têm um papel importante. 
O uso de vários medicamentos pode causar problemas tais como o aumento do risco do 
uso de medicamentos inadequados (incluindo interações medicamentosas e duplicação 
da terapia), a não adesão ao tratamento e a ocorrência de efeitos adversos. 
Polifarmácia pode ser definida como uso de 5 ou mais medicamentos de uso contínuo, 
uso de pelo menos um medicamento potencialmente inapropriado, ou ainda, mais 
medicamentos usados do que clinicamente indicados. 
O uso simultâneo de vários medicamentos deve ser sempre avaliado com cautela na 
população idosa, pois ao mesmo tempo que podem contribuir para a manutenção da 
capacidade funcional e da qualidade de vida, se utilizados de forma incorreta, podem 
comprometê-las. 
Assim, ao prescrever medicamentos a idosos, devemos estar 
atentos a essa relação de risco-benefício. 
 
 38 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
As principais consequências da polifarmácia são: 
✓ Maior risco de reações adversas; 
✓ Maior risco de interação medicamentosa; 
✓ Interação medicação X Doença (descompensação de doença crônica); 
✓ Falta de aderência à um tratamento adequado; 
✓ Aumentar risco de queda (sonolência, desequilíbrio); 
✓ Cascata iatrogênica medicamentosa; 
✓ Elevação de custos. 
MEDICAMENTOS MAIS COMUMENTE INCLUÍDOS EM FATALIDADES POR 
INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA EM IDOSOS: 
 
IMPORTANTE LEMBRAR: 
 
CASCATA IATROGÊNICA: 
Consideram-se como afecções iatrogênicas aquelas decorrentes da intervenção do 
médico e/ou de seus auxiliares, que resultem em consequências ruins para a saúde do 
paciente. 
 39 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
No Brasil, o processo conhecido como cascata iatrogênica é utilizado para descrever a 
situação em que o efeito adverso de um fármaco é interpretado incorretamente como 
nova condição médica que exige nova prescrição, sendo o paciente exposto ao risco de 
desenvolver efeitos prejudiciais adicionais relacionados ao tratamento potencialmente 
desnecessário. 
O número de medicamentos é o principal fator de risco para iatrogenia e reações 
adversas, havendo relação exponencial entre a polifarmácia e a probabilidade de RAM, 
interações medicamentosas e medicamentos inapropriados para idosos. 
Os pacientes idosos estão especialmente sujeitos à ocorrência de eventos iatrogênicos. 
Muitas vezes são tratados como qualquer outro paciente adulto, sem que se leve em 
consideração a singularidade do processo de senescência e senilidade. Desta forma, a 
prevalência dos eventos iatrogênicos na população idosa pode ser elevada, posto que 
as pessoas não estão recebendo um tratamento caracterizado para sua idade e assim 
ficam mais susceptíveis aos erros dos profissionais da saúde. 
Diante do exposto, é possível constatar que a ocorrência de eventos iatrogênicos 
adquire maior importância nos idosos, uma vez que tanto a incidência quanto a 
intensidade das manifestações e complicações provocadas são maiores nessa 
população. 
 
NÃO ESQUECER! 
 
 
 
 
 40 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
DISCUSSÃO DE CASO CLÍNICO 
05/08/2021 
 
CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE DEPENDÊNCIA DO IDOSO: 
➔ Grau de dependência 1: idosos independentes, mesmo que requeiram uso de 
equipamentode autoajuda. 
➔ Grau de dependência 2: idosos com dependência em até 3 atividades de auto 
cuidado da vida diária, como alimentação, mobilidade e higiene. Porém, sem 
comprometimento cognitivo ou com alteração cognitiva controlada. 
➔ Grau de dependência 3: idosos com dependência que requeiram assistência em 
todas as atividades da vida diária e/ou comprometimento cognitivo. 
CASO CLÍNICO 1: 
J.S.A, do sexo feminino, 82 anos, acompanhada do filho, católica, casada, professora, 
aposentada, mora em um sobrado com esposo e filho, vai ao consultório com história 
de quedas recorrentes (06 episódios nesse último ano), além de declínio funcional e 
cognitivo ao longo dos últimos 4 meses. Nesse período, vem cursando com hiporexia 
(sem fome), perda ponderal (Cerca de 5Kg) e insônia. Nos finais da tarde, tem 
apresentado frequentemente agitação psicomotora. 
AP: DM, DRC, depressão, demência mista (Alzheimer + vascular) em fase moderada, 
AVCi há 2 anos. 
MEDICAMENTOS EM USO: 
 
HÁBITOS E VÍCIOS: nega tabagismo e etilismo, sedentária. 
ANTECEDENTES CIRÚRGICOS: nada digno de nota. 
ISDA: 
✓ Visão: foi ao oftalmo há 6 meses, fez novos óculos. 
✓ Audição prejudicada. 
✓ Alimentação: pouca, apresentando perda ponderal importante (5Kg). 
✓ Aparelho respiratório: nada digno de nota. 
 41 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
✓ Aparelho cardiovascular: nada digno de nota. 
✓ Abdômen: nada digno de nota. 
✓ Aparelho urogenital: incontinência urinária/fecal, faz uso de fralda ou absorvente 
há 4 meses. 
✓ Sono: apresenta insônia. 
✓ Vacinação: em dia. 
✓ Faz uso de prótese em joelho direito. 
✓ Memória esquecida, filho refere mão ter se perdido na própria rua da casa que mora 
a vida inteira. 
DIMENSÃO FUNCIONAL: 
• GDS: 10 – depressão moderada. 
• Teste get up and GO: 25 segundos – dependente em várias atividades da vida diária 
e na mobilidade, alto risco de quedas. 
• AVDs: Katz 03/06 pontos – dependente parcial e Lawton 9 pontos – totalmente 
dependente. 
• MEEM: 16 pontos. 
• Teste do relógio: não conseguiu realizar, apenas desenhou um círculo. 
EXAME FÍSICO: 
• REG, hipocorada, AAA, confusa, eupneica em AA. 
• P: 45Kg, IMC: 20Kg/m², circunferência da panturrilha 29cm (VR > ou = 31cm). 
• PA deitado 120x85mmHg, PA sentado 100x70mmHg – hipotensão postural (2 ou mais 
pontos de diferença na medida da PA). 
• FC 62bpm. 
• AR: MV + s/RA. 
• ACV: RNF em 2T s/s. 
• Abdômen: globoso, flácido, indolor à palpação, DB -, sem visceromegalias. 
• Extremidades: pulsos palpáveis e simétricos, TEC <3s. 
• Neurológico: Gasglow 15, pupilas isofoto, mantendo quadro neurológico. 
EXAMES LABORATORIAIS: 
• Hb 9,2mg/dL – provável anemia normo normo, devido doença crônica. 
• Leucócitos 9.299 sem desvio à E. 
• Sódio 122mEq/L - delirium hipoativo por hiponatremia é muito comum em idosos. 
• Potássio 4,7mEq/L. 
• TSH 4,5. 
• Glicemia em jejum 68mg/dL – hipoglicemia. 
• HbA1c 7,2%. 
• Creatinina 1,7 - levemente aumentada. 
• Ureia 76 – levemente aumentada. 
• Sumário de urina normal. 
 42 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS: 
Mora em um sobrado (maior risco de quedas), declínio funcional, sarcopenia, quadro 
depressivo, medicação, agitação psicomotora, rever glibenclamida devido hipoglicemia, 
rever clonazepam (tentar desmame), olanzapina aumentar a dose ou adicionar 
quetiapina e retirar o uso de nimesulida. 
PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO: 
Envolve toda a equipe: médico, psicólogo, terapeuta, enfermeiro, gerente de caso, 
terapeuta ocupacional, nutricionista e educador físico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 43 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
EPIDEMIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO 
06/08/2021 
 
AUMENTO DA POPULAÇÃO IDOSA E SEUS IMPACTOS NA SOCIEDADE: 
-Diminuição da população em idade ativa (muitos idosos vivendo muito e poucas 
pessoas na faixa etária de trabalhar). 
-Impacto nos gastos com a saúde, dentre outros impactos dentro da sociedade como 
um todo. 
-Educar e capacitar a população mais velha, para que eles tenham sua capacidade de 
trabalho garantida. 
-Garantir a questão da mobilidade é uma das responsabilidades do profissional da saúde 
que cuida dos idosos. Eles precisam conseguir realizar as AVD e AIVD. 
-Trabalhar nos níveis de prevenção. 
-É revolucionária a proporção de aumento da população idosa, da longevidade. 
-Intervenção a nível individual e/ou em grupo com o objetivo de manter a qualidade de 
vida por mais tempo, se afastando do limiar da dependência. 
-Saúde + Conhecimentos + Relações + Financeiro = Capital do envelhecimento saudável, 
começar o quanto antes. Atuam como alicerces para a construção da resiliência, para 
suportar e crescer com os impactos e desafios que a vida impõe. 
-Manter capacidades à longo prazo, para que esses idosos tenham um envelhecimento 
com menor perda funcional. 
-Importância de ter uma qualidade de vida mínima, não apenas a questão trabalhista. 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE VOLTADA PARA A POPULAÇÃO IDOSA: 
• Quem participa dessas políticas públicas voltada para os idosos? 
R: Poder Legislativo, Judiciário e Executivo. 
 
• Como os profissionais de Saúde se colocam nesse contexto de políticas públicas? 
R: A partir da realização de intervenções no nível individual e/ou em grupo, trabalhando 
nos níveis de prevenção, em suas respectivas especialidades médicas. Tendo em vista 
que todas as especialidades tratam idosos. Garantindo um envelhecimento com menor 
perda funcional e uma qualidade de vida melhor para eles. 
-Temos que nos preocupar, especialmente, com a questão da mobilidade. 
-Importância das políticas de promoção à saúde. 
 44 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
ESTATUTO DO IDOSO: 
 
O Estatuto do Idoso envolve questões familiares, questões referentes à saúde, 
discriminação e violência contra o idoso. 
OBS: Uma das síndromes geriátricas é a insuficiência familiar, a qual devemos estar 
atentos. 
ESTATUTO DO IDOSO E SUAS DISPOSIÇÕES: 
L10741 (planalto.gov.br) 
 
CONSELHO MUNICIPAL DO IDOSO: 
 
**Tem que saber que a responsabilidade do conselho é de formular diretrizes que visam a 
defesa dos direitos dos Idosos e acompanhar a elaboração de programas do poder com objetivo 
de defender direitos e interesses da pessoa idosa, fiscalizar e tomar providências para o 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm
 45 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
cumprimento de legislação favorável aos direitos dos idosos e receber sugestões e denúncias e 
opinar sobre as denúncias que lhe são encaminhadas** 
 
**Importante fórum democrático de discussão, deliberação e formulação da política social de 
proteção integral do idoso** 
Link: O Conselho (piracicaba.sp.gov.br) 
O NOVO PADRÃO ETÁRIO DA POPULAÇÃO PAULISTA: 
Link: padrao-etario-populacao-paulista.pdf 
 
http://conselhos.piracicaba.sp.gov.br/cmi/o-conselho/
file:///C:/Users/letic/Downloads/padrao-etario-populacao-paulista.pdf
 46 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
 
 
 47 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 48 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
LONGEVIDADE – QUALIDADE DE VIDA – 
ENVELHECER (PREJUÍZOS X BENEFÍCIOS) 
09/08/2021 
 
SINASOFIA – LEMBRANÇAS E ESQUECIMENTOS: 
✓ Enquanto lembrança valorizadora a memória é um tesouro para o presente porque 
é fonte de identidade. 
✓ A memória presente no idoso é a de longo prazo, majoritariamente. Mas, ambas são 
muitos importantes na construção do Eu. 
✓ O idoso é um livro de memórias e experiências, incluindo memória física e mental. 
✓ Como a longevidade se relaciona com a memória? 
✓ A lembrança pode ser uma dádiva ou um fardo. 
✓ Não seja alguém que passe pela vida dormindo. 
✓ Devido ao alto fluxo de informações no mundo de hoje, as demências estãoficando 
cada dia mais comuns. 
ARIANO SUASSURA DISCORRE SOBRE DEUS E O SENTIDO DA VIDA: 
✓ Problema filosófico mais grave da humanidade: O mal e o sofrimento. 
✓ ´Se eu não acreditasse em Deus eu seria um desesperado´. 
AMADURECER LUMINOSO: 
✓ A questão é de se saber o que poderá ser feito com toda esta população de idosos, é 
desde agora um quebra cabeça para sociólogos – esse envelhecimento da população 
e essa longevidade é um desafio para a humanidade. 
O HOMEM TEM A IDADE DE SUAS ARTÉRIAS: 
✓ Declínio da capacidade reprodutiva; 
✓ Encarar o amadurecimento de uma maneira diferente; 
✓ Não como indesejável, deprimente ou inaceitável; 
✓ Valorização do amadurecer em toda a sua condição. 
Por isso as muitas questões de medicalização no processo de envelhecimento, por conta 
de as pessoas não saberem encarar o amadurecimento de uma maneira diferente, 
sempre justificando tudo pela idade. 
CIDADES SUSTENTÁVEIS – IBGE EXPLICA: 
✓ A resiliência é um fator crucial, ninguém deve ser deixado para trás, atentando as 
necessidades das pessoas em situações de vulnerabilidade (mulheres, crianças, 
idosos, pessoas em situações de rua, etc). 
✓ A qualidade de vida está diretamente relacionada aos espaços urbanos, por isso a 
importância das políticas públicas. 
 49 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
PROGRAMA DIFERENTE N°99 – CIDADES SAUDÁVEIS E SUSTENTÁVEIS: 
✓ Virada da saúde – projeto com o objetivo de aproximar os cidadãos dos temas da 
saúde, por meio de brincadeiras. Apresentando a saúde de uma forma lúdica. 
✓ A promoção da saúde é possível e extremamente necessária. 
✓ Os efeitos da urbanização em saúde – as principais causas de morte hoje estão 
relacionadas com a urbanização (doenças cardiovasculares, diabetes, câncer de 
pulmão, dentre outras). 
✓ 4 eixos da virada da saúde – assistencial (assistência, diagnóstico, tratamento), 
cultural (mostrar saúde através da cultura), educacional e de bem-estar. 
✓ Identificar qualidade de vida pelo espaço que o idoso está inserido é muito 
importante, por isso na hora da anamnese, é crucial sabermos de onde o paciente 
vem. 
✓ A mudança de estilo de vida é crucial, antes de qualquer tipo de medicalização 
desnecessária. 
✓ Diferença entre contemplar e ruminar um pensamento. A ruminação está 
relacionada a um pensamento que não vai embora, enquanto a contemplação está 
relacionada a pensamento que surgem, mas que não persistem na mente. 
QUESTIONANDO: 
1) Como eu vejo minha biografia em toda a sua totalidade? 
2) O que consegui realizar? Há ainda tarefas que eu gostaria de completar, ou há outras 
a realizar? 
3) Como eu lido com os empecilhos físicos ou doenças? 
4) Como estou cuidando do corpo, da memória, dos órgãos dos sentidos? 
5) Existem relacionamentos que não foram absorvidos, onde tenham ficado questões 
em aberto? 
6) Como está a questão dos meus bens? 
7) Como está a questão da aposentadoria? 
8) Tenho momentos de graça, sentimento de gratidão e alegria? Sou capaz de perdoar? 
QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO NA COMUNIDADE – APLICAÇÃO DA ESCALA DE 
FLANAGAN: 
 
As dimensões da qualidade de vida apontadas na escala de Flanagan foram: 
desenvolvimento pessoal e realização; relações com familiares; participação social; 
bem-estar físico e material; amizade e aprendizagem 
 50 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
 
 
 
 
 
 51 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
SENESCÊNCIA 
09/08/2021 
 
ENVELHECER: 
Com o envelhecer ocorrem mudanças graduais e inevitáveis, independentemente de 
termos uma boa saúde e um estilo de vida ativo e saudável. 
Segundo a OMS, o envelhecer é um processo sequencial, individual, cumulativo, 
irreversível e universal. Não patológico de deterioração de um organismo maduro, 
próprio a todos os membros de uma espécie. 
OBS: Doença não tem nada haver com o processo de envelhecimento. 
Existem 7 processos vitais do ser humano (respiração, nutrição, digestão, absorção, 
manutenção, regeneração e reprodução) os quais vão sofrendo um processo de 
deterioração e morte ao longo dos anos. E, com o tempo, portanto, temos menos 
capacidade portanto de nos expor a diferentes doenças e não adoecermos. 
O tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do 
meio ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte. 
E, ainda para a OMS, o indivíduo é classificado como idoso a partir dos 60 anos ou mais 
em países emergentes e, a partir dos 65 anos em países desenvolvidos. 
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DA PELE E ANEXOS COM O ENVELHECER: 
Algumas das alterações são: perda da elasticidade, queda, flacidez, facilidade de 
machucar. Todo processo de envelhecimento que ocorre na pele, também ocorre 
internamente, independentemente de doença ou não, faz parte do processo fisiológico 
do envelhecimento. 
 
 52 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
Durante o envelhecimento, portanto, ocorre uma deterioração 
dos 7 processos vitais do nosso organismo. 
O envelhecimento cutâneo é bastante pronunciado. A hereditariedade e, 
principalmente, a exposição solar são responsáveis pelas alterações da epiderme 
(redução de potencial proliferativo, melanócitos, células de Langerhans e da adesão 
dermoepidérmica), derme (redução da espessura, da celularidade e vascularização, 
degeneração do colágeno), subcutâneo e anexos. 
A pele do idoso torna-se ressecada e descamativa (xerodermia), precipitando o prurido 
(localizado ou generalizado), que, por sua vez, predispõe a fissuras, escoriações e 
infecções cutâneas. 
O prurido senil deve ser diferenciado daquele resultante de doenças sistêmicas, como 
colestase hepática, gota, diabetes, escabiose, entre outras. Observa-se, ainda, pele fina, 
lisa, com pouca elasticidade e distensibilidade. 
A fragilidade capilar favorece o surgimento de equimoses e da púrpura senil nas regiões 
mais expostas a traumas (mãos e antebraços). A leucodermia puntiforme (“pontinhos 
brancos nas mãos”), secundária às alterações dos melanócitos, mais localizada nas mãos 
e antebraços, pode trazer bastante desconforto estético, principalmente às mulheres. 
Em locais expostos à radiação solar podem ocorrer a ceratose actínica (lesão pré-
maligna) e epiteliomas basocelular e espinocelular (lesões malignas). A ceratose 
seborréica, também comum, é considerada neoplasia benigna da epiderme. 
Úlceras em membros inferiores, devido à insuficiência vascular crônica (venosa e/ou 
arterial), devem ser pesquisadas, assim como as úlceras por pressão (escaras), mais 
comuns na região sacra, trocantérica e calcâneo, e em pacientes acamados. Também 
merecem atenção as alterações dos pelos, que se tornam mais finos, rarefeitos e 
quebradiços. 
As unhas se tornam frágeis, opacas, de crescimento mais lento, espessas e encurvadas 
nos pés (onicogrifose). Deve ser diferenciada da onicomicose ou infecção fúngica do 
leito ungueal (unha), cujo tratamento específico é discutível no idoso. Micoses 
interdigitais são mais frequentes e devem ser tratadas rotineiramente, pois 
representam porta de entrada para infecções bacterianas mais graves. 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE: 
O envelhecimento é algo que ocorre paulatinamente, uma vez que o indivíduo começa 
a envelhecer ao nascer. 
1) Segunda década: embora de forma imperceptível. 
2) Terceira década: surgem as primeiras alterações funcionais e estruturais. 
3) Quarta década, há perda de aproximadamente 1% da função/ano, nos 
diferentes sistemas orgânicos – fase importantíssima de mudança de hábitos de 
vida, antes da perda pronunciada que ocorre aos 50 anos de idade. 
 53 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
FORMAS DE ENVELHECIMENTO: 
O envelhecimento biológico pode ser fisiológico (senescência) ou patológico 
(senilidade). 
O envelhecimento fisiológico pode ser subdividido em dois tipos: 
✓ No envelhecimento bem-sucedido, o organismo mantém todas as funções 
fisiológicas de formarobusta, semelhante à idade adulta. 
✓ No envelhecimento usual, observa-se uma perda funcional lentamente progressiva, 
que não provoca incapacidade, mas que traz alguma limitação à pessoa. 
Ainda dentro do envelhecimento fisiológico, podemos encontrar idosos com alterações 
fisiológicas mais expressivas, o que caracteriza a síndrome da fragilidade ou frailty. Este 
tipo de envelhecimento é difícil de ser diferenciado do envelhecimento patológico. Há 
forte sobreposição entre eles. Todavia, não há doenças aparentes capazes de justificar 
o grau de fragilidade apresentado pelo idoso. Provavelmente, deve-se a alterações 
fisiológicas mais acentuadas, de causa desconhecida ou não diagnosticada. Os principais 
fatores de risco para a síndrome de fragilidade são hereditariedade, sexo feminino, 
baixo nível socioeconômico, má nutrição, sedentarismo, senescência, sarcopenia (perda 
muscular), anorexia e, obviamente, a presença de múltiplas comorbidades ou doenças 
incapacitantes, como acidente vascular cerebral (AVC), doença de Alzheimer, doença de 
Parkinson e depressão. 
 
A hereditariedade, os hábitos de vida e as doenças são os principais determinantes das 
alterações moleculares causadoras da desregulação dos sistemas homeostáticos, 
capazes de comprometer o funcionamento harmonioso do organismo, gerando perda 
da autonomia e independência, hospitalização, institucionalização e óbito. 
PRINCIPAIS SISTEMAS FISIOLÓGICOS: 
O envelhecimento dos principais sistemas fisiológicos é caracterizado pelas alterações 
apresentadas no quadro abaixo: 
 54 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
 
 
 
 
 
 
O envelhecimento e a doença não podem ser tratados como 
fatores intimamente dependentes ou interligados. 
 55 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
Vimos, então, que o envelhecimento do organismo é natural, progressivo e irreversível. 
Todavia, não está, necessariamente, associado a incapacidades, perda da autonomia e 
independência. Tudo dependerá dos hábitos de vida de cada um, das doenças 
adquiridas e de fatores hereditários. 
A ASSISTÊNCIA AO IDOSO: 
Tem como objetivo a manutenção da qualidade de vida, considerando os processos de 
perdas próprias do envelhecimento. 
DOCUMENTÁRIO ENVELHESCÊNCIA: 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=i4cLyLdK5EA 
CASO CLÍNICO: 
Dona Conceição tem 91 anos, Índice de Massa Corporal (IMC) 19, mede cerca de 1,58m 
e é independente nas Atividades de Vida Diária (AVD) básicas e instrumentais. Mora na 
rua Sergipe, n. 15, há 10 anos, com sua irmã Ofélia, 85 anos, portadora de doença de 
Alzheimer. Ambas são viúvas. 
Dona Conceição gerencia todo o funcionamento da casa e cuida da irmã. Tem dois filhos, 
Paulo e Antônio que, apesar de morarem em outra cidade, dão muita assistência. A 
sobrinha, filha de Ofélia, é bastante presente e está sempre disponível para ajudar nos 
afazeres da casa ou para resolver problemas em bancos, fazer compras mais pesadas, 
levar ao médico e a alguns passeios. Tem 5 netos e 2 bisnetos, que a visitam com 
frequência. Adora crianças e gosta quando os bisnetos passam a tarde com ela. Nestes 
dias, ela prepara o lanche, bolo, biscoitos, enfim, faz tudo o que os bisnetos mais 
gostam. Às vezes a irmã, Ofélia, fica mais irritada com a bagunça das crianças, mas Dona 
Conceição consegue contornar o problema, brincando com as crianças no quintal da 
casa, ao qual a irmã tem pouco acesso. 
-Primeiro responsável é a família (filhos). 
-Tem uma boa rede familiar, não tem insuficiência familiar. 
Dona Conceição está sempre de bom humor e se diz satisfeita com a vida. Ninguém 
nunca a viu reclamar de nada. Sorridente o tempo todo, mesmo quando a irmã insiste 
em discordar das suas atitudes ou quando afirma que a empregada está roubando o seu 
dinheiro (“delírio de roubo”). Nestas horas, conversa com tanta tranquilidade que a irmã 
Ofélia fica mais calma, conseguindo mudar de assunto. 
Dona Conceição, há cerca de oito anos, teve diagnóstico de câncer de intestino grosso, 
graças ao exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes. Após a confirmação da doença, 
foi realizada a hemicolectomia (retirada parcial do intestino) e a evolução foi ótima. 
Atualmente, nega qualquer alteração do hábito intestinal. 
É portadora de osteoporose densitométrica não complicada e osteoartrose no joelho 
direito, que não trazem nenhuma limitação na sua mobilidade. Faz uso regular de 
paracetamol quando a dor fica mais intensa, com boa resposta. 
https://www.youtube.com/watch?v=i4cLyLdK5EA
 56 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
SENESCÊNCIA, SENILIDADE E COGNIÇÃO 
 10/08/2021 
 
SENESCÊNCIA X SENILIDADE: 
• SENESCÊNCIA: alterações fisiológicas que ocorrem no organismo humano na linha do 
tempo. Não configura doença. 
• SENILIDADE: efeitos da senescência associados a fatores de risco que configuram 
mecanismos fisiopatológicos. 
Na Geriatria, o médico tem que saber um pouco de cada área da Medicina conseguindo 
fazer os diagnósticos e tratamentos adequados e, quando necessário encaminhar ao 
especialista. 
OBS: É muito importante não centrarmos na doença, mas sim, na pessoa. 
CAPACIDADE FUNCIONAL E SAÚDE: 
A nossa capacidade funcional é 25% geneticamente determinada e 75% de acordo com 
os nossos comportamentos e privações ao longo da vida. 
A população idosa apresenta multimorbidades, polifarmácia, alterações 
farmacocinéticas e farmacodinâmicas. No entanto, apresentam apenas 1% da 
população presente em ensaios clínicos. Por isso, devemos nos atentar as medicações 
que prescrevemos. 
Está havendo um aumento das doenças crônicas não 
transmissíveis, de acordo com o envelhecimento da população. 
SÍNDROMES GERIÁTRICAS: 
Uma síndrome é um conjunto de sinais e sintomas. E, quando vamos abordar um idoso 
temos que nos atentar, portanto, as mudanças fisiológicas, presença de doenças 
crônicas e/ou estressores funcionais. Determinando assim, as síndromes geriátricas que 
ele pode apresentar ou não. 
ENVELHECIMENTO CEREBRAL NORMAL: 
Ocorre uma redução da capacidade de homeostase cerebral mediante sobrecarga 
funcional. Como por exemplo, em casos de sepse e hipovolemia. 
A principal fase de trabalharmos o amadurecimento cerebral é na primeira infância, por 
isso quando estamos avaliando um idoso, precisamos saber como foi sua primeira 
infância. Oferecendo o melhor tratamento para essa pessoa. 
SENESCÊNCIA: 
Não acarreta prejuízo significativo a autonomia e independência do indivíduo. 
 57 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
O declínio é discreto e constante, é fisiológico. Atenção, concentração, velocidade de 
processamento e memória episódica. Não há prejuízo ocupacional ou social. 
SENILIDADE: 
Apresenta alterações decorrentes de doenças neurodegenerativas, com isso os idosos 
passam a apresentar sintomas neurolóigocos, motores, cognitivos e comportamentais. 
Logo, traz prejuízo da autonomia e independência do indivíduo. 
Em primeiro lugar, por ser idoso ou velho, pode ter algum tipo de doença degenerativa, 
desde pequenos déficits – que, também, podem não interferir nas suas atividades da 
vida diária (AVD) – até variados graus de sintomas importantes, que devem ser 
valorizados e pesquisados, como esquecimento, distração, desorientação ou mesmo 
confusões. Esses sintomas, seguramente, irão interferir nas suas AVD e podem estar 
revelando um possível declínio mental, devendo ser avaliados para detectar formas 
reversíveis e irreversíveis de demência. 
Dentre as situações potencialmente reversíveis estão, por exemplo, depressão, hipo ou 
hipertireoidismo e outros quadros endócrinos (hiper ou hipoparatireoidismo, doenças 
de Cushing e Addison, entre outras), mal nutrição e deficiências vitamínicas 
(principalmente B12 , ácido fólico e tiamina), anemia, desidratação e distúrbios 
eletrolíticos, medicações, infecções, embolias, insuficiências metabólicas (hepática, 
cardíaca, renal, respiratória),problemas de visão e audição, hidrocefalia de pressão 
normal, tumores, traumas etc., que podem provocar quadros confusionais agudos 
(delirium), que, na prática, podem ser confundidos com demência. 
É justamente nessa fase, para distinguir o reversível do irreversível, que se pode e deve 
atuar de uma maneira ampla, recorrendo a uma anamnese bem detalhada, ao concurso 
de informações de familiares próximos e/ou amigos e a métodos complementares de 
diagnósticos (exames laboratoriais, radiografia de tórax, neuroimagem cerebral, 
eletroencefalograma etc.). 
PROCESSO HETEROGÊNEO: 
Cada pessoa tem um fenótipo, cada pessoa se apresenta de uma maneira diferente. 
Existindo, portanto, indivíduos da mesma idade com fenótipos completamente 
distintos. 
Ex: Existem pacientes com pouca ou nenhuma agressão cerebral e assintomáticos X 
existem pacientes com quadro de agressão cerebral intensa grave, com importante 
prejuízo para a vida diária – entre esses dois extremos tudo pode acontecer, em termos 
motores, cognitivos e comportamentais. Um paciente varia muito do outro. 
MODIFICAÇÕES CEREBRAIS: 
Massa cerebral: 
✓ 20 anos de idade: pico da massa cerebral. 
 58 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
✓ 50 anos de idade: redução progressiva e natural – a principal queixa nessa faixa 
etária é a memória. 
✓ 100 anos de idade: perda de 20% do encéfalo – existem paciente com atrofia 
cerebral sem perda cognitiva e com perda cognitiva importante. 
✓ Mais precoce entre as mulheres. 
✓ Mais rapidamente em pacientes com doença neurodegenerativa. 
ESTUDOS DE NEUROIMAGEM: 
Permite avaliarmos a massa e volume cerebral, assim como, a chance de um indivíduo 
desenvolver algum comprometimento cognitivo. 
As condições socioeconômicas no período pré-natal e na primeira infância são 
determinantes que o encéfalo atinja seu potencial máximo de massa e volume. 
O eletroencefalograma (EEG) é potencialmente importante na avaliação do 
envelhecimento cerebral para reconhecimento de alterações estruturais ou funcionais, 
com expressão clínica ou subclínica. 
DEPÓSITO AMILOIDE: 
Muito frequente, depósito de proteína amiloide em regiões corticais normais, placas 
extracelulares e placas amiloides. Podendo haver angiopatia amiloide. 
No caso de neuritos distróficos, ocorre um quadro clínico de maior perda cognitiva. 
Quando falamos sobre deposito amiloide, é muito importante lembrarmos da doença 
de Alzheimer, uma vez que este é um dos biomarcadores da doença. 
 
DOENÇA DE ALZHEIMER: 
A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa de causa e patogênese 
incertas, que afeta principalmente idosos e corresponde a aproximadamente 60% de 
todas as demências, sendo, portanto, a principal e mais prevalente dentre todas as 
causas. 
Apresenta curso clínico tipicamente de início insidioso e deterioração progressiva. A 
sobrevida após o diagnóstico varia entre 3 e 20 anos, com uma expectativa de vida 
média de 8 a 10 anos. 
A manifestação clínica mais precoce e essencial da DA é o comprometimento da 
memória episódica, inicialmente para eventos recentes, embora existam exceções em 
formas atípicas da doença. Déficits em outros domínios cognitivos podem aparecer de 
forma concomitante ou subsequente ao déficit de memória. A disfunção executiva e o 
comprometimento visuoespacial geralmente estão presentes em fases iniciais, 
enquanto as alterações da linguagem (afasia), apraxia e distúrbios comportamentais se 
manifestam mais tardiamente no curso da doença. 
 59 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
Ocasionalmente, a apresentação inicial da doença pode incluir distúrbios 
comportamentais; porém, a proeminência dessas alterações em relação às alterações 
cognitivas no início do curso da doença é incomum e deve motivar a busca por outras 
etiologias. As características adicionais que diminuem a probabilidade de doença de 
Alzheimer incluem um início súbito, a presença de sinais neurológicos focais 
(hemiparesia, perda sensorial, déficits de campo visual, perda de coordenação) e a 
presença de alterações da marcha ou convulsões de início precoce. 
Nas fases iniciais da DA, o exame neurológico é normal. Quando sinais motores 
piramidais, extrapiramidais, mioclonias e convulsões estão presentes, estes tipicamente 
ocorrem nas fases avançadas da doença. 
O diagnóstico definitivo da doença de Alzheimer requer o exame histopatológico, o que 
raramente é realizado em vida. Portanto, o diagnóstico na prática é realizado a partir de 
critérios clínicos (DSM5, NINCDSADRDA), que permitem um diagnóstico preciso em mais 
de 90% dos casos. 
A DA deve ser suspeitada em qualquer idoso que se apresente 
com um declínio insidioso e progressivo da memória e de pelo 
menos alguma outra função cognitiva. 
O papel dos exames laboratoriais e da neuroimagem é principalmente o de excluir 
outros diagnósticos. 
Existe uma série de biomarcadores para apoiar o diagnóstico de DA, mas que em sua 
maioria ainda não tem aplicabilidade à prática clínica. No entanto, são recursos 
disponíveis que podem acrescentar confiabilidade adicional ao diagnóstico clínico e 
podem ser úteis em certas circunstâncias, como na investigação de pacientes com 
apresentações atípicas ou na doença de início precoce. 
 
 60 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
EMARANHADOS NEUROFIBRILARES: 
Presentes em pacientes com cognição normal, mas quanto mais extensa maior a 
probabildiade de doença. 
EVOLUÇÃO DAS TECNOLOGIAS EM SAÚDE: 
Com a evolução das tecnologias em saúde, o diagnóstico precoce ficou mais viável. 
Cada vez menos indivíduos são considerados como senescentes, no que tange o 
envelhecimento cerebral. 
 
COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE (CCL): 
1999: alterações subjetivas e objetivas da cognição, sem os critérios de demência e sem 
comprovação para iniciar medicação. 
DMSV – incluiu o CCL. 
Para ser considerado doente, o indivíduo não precisa mais 
apresentar preuízo funcional, apenas o cognitivo, mesmo em 
grau leve. 
A síndrome do declínio mental relacionado com a idade, atualmente, comprometimento 
cognitivo leve (CCL), indica que pacientes podem sofrer de distúrbios subjetivos e 
objetivos, manifestados mais tipicamente por: 
✓ Disfunção intelectual ou cognitiva: ausências, distúrbios de memória e, na 
evolução, alteração na orientação tempo espacial e dificuldade de linguagem; 
✓ Alteração de humor e sensação de bem estar: falta de interesse, grosseria no 
tratamento, ansiedade, labilidade de humor e tendência à depressão; 
✓ Comportamento: apatia, irritabilidade e agressividade. 
A característica clínica essencial da doença degenerativa primária é a deterioração 
intelectual progressiva, lenta e gradual, que avança tipicamente por meio dos seguintes 
estágios: 
✓ Dano de memória e distúrbios de orientação nos primeiros 2 a 3 anos; 
✓ Distúrbio da fala (afasia), da capacidade de reconhecer objetos (agnosia) e 
incapacidade de executar movimentos dirigidos, gestos ou manipular objetos 
(apraxia) nos anos subsequentes; 
✓ Incontinências e imobilidade total (que leva ao acamamento) na sua fase terminal. 
 
 61 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
**O geriatra deverá atuar como um coordenador, procurando dar à família e/ou 
responsável todos os subsídios necessários sobre a situação do paciente no momento, 
para, em conjunto, decidirem em consenso sobre a validade das diferentes 
possibilidades dos procedimentos propedêuticos e das propostas terapêuticas. É 
também de sua competência preservar o paciente, mantendo por mais tempo possível 
a sua qualidade de vida, sua integridade física, dignidade humana e respeito** 
BIOMARCADORES: 
Proteína amiloide de LCR e TC por emissão de positrons (PET-CT). 
 
Até o momento não há estratégias terapêuticas farmacológicas 
específicas para qualquer uma das principais etiologias de 
demência. 
O diagnóstico por biomarcadores não traz benefíciosterapêuticos. Portanto, 
atualmente, usamos drogas com efeito sintomático e medidas não farmacológicas, 
independente da etiologia. 
OBS: Tratamos muito mais o sintoma do que a causa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 62 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
GERONTOLOGIA 
 11/08/2021 
 
DEFINIÇÃO DE GERONTOLOGIA: 
É o estudo do envelhecimento nos aspectos – biológicos, psicológicos, sociais e outros. 
Os profissionais da Gerontologia têm formação diversificada, interagem entre si e com 
os geriatras. 
Campo científico e profissional dedicado às questões multidimensionais do 
envelhecimento e da velhice, tendo por objetivo a descrição e a explicação do processo 
de envelhecimento nos seus mais variados aspectos. Na área profissional, visa a 
prevenção e a intervenção para garantir a melhor qualidade de vida possível dos idosos 
até o momento final da sua vida. 
QUEM É O ESPECIALISTA EM GERONTOLOGIA? 
É o profissional com formação de nível superior nas diversas áreas de conhecimento 
(psicologia, serviço social, nutrição, TO, fisioterapia, direito, etc). 
Apto para lidar com questões do envelhecimento e da velhice, com um olhar 
interdisciplinar a partir da sua área original de conhecimento. 
ATUAÇÃO DO ESPECIALISTA EM GERONTOLOGIA: 
• Prevenção: orientando condições adequadas para um envelhecimento com 
qualidade. 
• Ambientação: criando condições ambientais favoráveis, focando na qualidade da 
velhice naquele ambiente com pessoas idosas. 
• Reabilitação: propondo intervenções para os casos reversíveis e quando 
irreversíveis, orienta a criação de condições individuais e ambientais para uma vida 
digna. 
• Cuidados paliativos: visando o bem estar e dignidade do idoso, propondo 
intervenções abrangendo aspectos físicos, psíquicos, sociais e espirituais, ampliando 
atendimento aos familiares. 
ÁREAS DE ATUAÇÃO: 
Atuação em diversas áreas, de maneira interdisciplinar, sempre em equipe. 
Prolongar a juventude é desejo de todos, desfrutar de uma 
velhice sadia é sabedoria de poucos. 
 
 
 
 63 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
MOBILIDADE DO IDOSO 
 11/08/2021 
 
PROGRESSO DO MOBILISMO: 
Para o idoso ter um bom progresso em relação à sua mobilidade, ele precisa ter: 
✓ Controle postural; 
✓ Capacidade de adaptações; 
✓ Condições ambientais. 
MOBILISMO: 
É a capacidade de movimentação de forma independente e segura, sendo capaz de 
realizar transferências, deambulações, trocas posturais, deambulação e AVDs. 
Permitindo assim uma independência funcional e diferentes níveis de participação – 
desde o momento do banho, se vestir, dentre outras atividades. 
Às vezes falta participação por parte do idoso, por ele não acreditar que vai conseguir, 
porque, por exemplo, algum conhecido seu não conseguiu também. Sendo crucial o 
estímulo. 
Idosos com prejuízo de mobilidade são mais vulneráveis à 
eventos adversos de saúde como quedas, fragilidade e 
incontinências e, consequentemente, risco de dependência e 
institucionalização. 
Institucionalizar um idoso hoje é bem diferente do que antigamente, que tinha o 
conceito de asilo, significando deixar a pessoa de lado, tendo uma carga emocional 
muito grande e um viés muito ruim dentro da sociedade. 
**Hoje a proposta é mostrar que existem situações que se faz necessária a 
institucionalização, mas que isso é para ajudar na melhora de qualidade de vida do 
idoso, ocupando-o com atividades e atenção 24 horas por parte de uma equipe 
multidisciplinar** 
ENVELHECIMENTO: 
 O processo de envelhecimento apresenta mudanças físicas, psíquicas e sociais, 
interferindo diretamente na qualidade de vida. 
SENESCÊNCIA: 
Diz respeito as alterações naturais e esperadas do envelhecimento, tais como: cabelo 
branco, diminuição da flexibilidade, redução da estatura e perda da massa muscular. 
 
 64 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
SENILIDADE: 
Diz respeito as alterações patológicas, tais como: alterações decorrentes de doenças 
crônicas, diabetes, hipertensão, interferências ambientais e medicamentos. 
CAPACIDADE: 
É aquilo que uma pessoa pode fazer em seu ambiente padrão, tais como: 
✓ Tomar banho de forma independente; 
✓ Alimentar-se sem ajuda de terceiros; 
✓ Transferência cama/cadeira; 
✓ Colocar sapatos; 
✓ Ortostatismo. 
DESEMPENHO: 
O que o indivíduo realmente faz em seu ambientais usual, como por exemplo: não 
mantêm ortostatismo devido alterações posturais e déficit de equilíbrio, toma banho 
com independência, mas não faz devido as condições desfavoráveis no ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 65 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
AUTONOMIA X INDEPENDÊNCIA 
 11/08/2021 
 
CAPACIDADE FUNCIONAL: 
Conceito: diz respeito a capacidade de realizar, por si mesmo, uma atividade ou 
processo. E, de acordo com a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (BRASIL, 2006): 
O principal problema que pode afetar o idoso é a perda de sua 
capacidade funcional, isto é, a perda das habilidades físicas e 
mentais necessárias para a realização de atividades básicas e 
instrumentais da vida diária. 
Está relacionada a: 
✓ Função física: AVD e AIVD. 
✓ Função cognitiva: funcionamento mental e emocional. 
✓ Função social: relações com o meio, pessoas e outras atividades. 
Para avaliarmos a capacidade funcional do idoso, precisamos identificar possíveis perdas 
e, para isso, temos alguns instrumentos que nos ajuda no dia a dia na prática clínica, são 
eles: 
✓ Rastreio cognitivo; 
✓ Rastreio para risco de depressão; 
✓ Mobilidade e equilíbrio; 
✓ Escaldas de AAVD e AIVD; 
✓ Nutrição e alimentação; 
✓ Fala e comunicação; 
✓ Investigação familiar e social. 
Por exemplo: 
-Idoso com HAS e DM controlado = capacidade funcional presente. 
-Idoso com HAS e DM sem controle = capacidade funcional ausente. 
A capacidade funcional, portanto, está relacionada a: 
✓ Demandas específicas do indivíduo, identificando quais as particularidades de 
cada um; 
✓ Nortear os planos de cuidados individuais para cada um, de acordo com suas 
respectivas demandas; 
✓ Identificação de riscos do idoso; 
✓ Realizar a prevenção de prejuízos, com foco na qualidade de vida do idoso. 
 
 66 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
Quando o paciente apresenta diminuição da capacidade funcional, o primeiro sinal de 
alerta é o prejuízo nas AVDs e de maior dependência nas atividades. O que interfere 
diretamente na autonomia do idoso. 
AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA: 
Autonomia: capacidade do indivíduo de tomar decisões e gerenciar sua própria vida. 
Porém, para as AVDS, ele depende de alguém, necessitando de ajuda. Toma 
decisões/escolhe as coisas que prefere, mas nem sempre consegue executar. 
Definição de autonomia: é a capacidade individual de decisão e comando sobre as 
ações, estabelecendo e seguindo as próprias convicções. Conseguindo tomar decisões, 
ter controle (Auto controle) sobre sua própria vida – paciente lúcido e esclarecido. 
 
Definição de Independência: capacidade de realizar atividades sem precisar de ajuda 
dos outros. Relaciona-se com a habilidade de realizar, sem auxílio de outras pessoas, as 
AVDs. 
 
A atenção ao idoso, em todos os seus níveis, deve contemplar como uma 
das metas a manutenção e/ou a melhoria da independência e da autonomia, 
pelo maior tempo possível, ainda que com adaptações. 
 67 LETÍCIA MARABESI FERREIRA – MEDICINA T1 – 7° SEMESTRE 
OBS: Capacidade funcional = autonomia + independência do indivíduo. 
CIF: 
CIF ou Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, tem como 
objetivo codificar e identificar mundialmente as diversas condições funcionais do 
indivíduo. 
INCAPACIDADE: 
Definição: diz respeito à incapacidade funcional é a inabilidade ou a 
limitação/dificuldade para execução de papéis sociais e de atividades cotidianas, 
laborais, de entretenimento e familiares

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