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Anatomia da Face

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Anatomia da Face 
Introdução 
A face consiste na porção inferior e anterior do crânio, 
que é vista através da norma frontal. Ela é limitada 
superiormente em nível dos supercílios (glabela), 
inferiormente pela margem inferior da mandíbula 
(região mentual) e posteriormente pela hélice da orelha. 
Local de início de sistemas, importância estética, órgãos 
sensoriais e fácies, sendo de grande importância clínica. 
Anatomia de Superfície 
Olho: destacam-se supercílios e cílios, estruturas que 
protegem e que evitam a adesão das pálpebras. Há 
também as pálpebras superior e inferior, separadas entre 
si por meio da rima palpebral e as comissuras palpebrais 
mediais e lateral, para onde as pálpebras convergem. 
Ainda sobre a pálpebra superior, ela pode ser dividida 
em parte supratarsal e tarsal, separadas entre si pelo 
sulco palpebral superior. O sulco pálpebro-nasal separa 
as pálpebras do nariz, enquanto o sulco pálpebro-maxilar 
a separa da região maxilar. Quando os olhos estão 
abertos, a curvatura interna da comissura interna forma 
um ângulo denominado de ângulo palpebral. 
Nariz: ​superficialmente, o cone de implantação nasal é 
chamado de raiz, que segue através do dorso do nariz até 
um ápice. O dorso se continua até gerar duas asas do 
nariz. Na região da base do nariz se localizam duas 
aberturas, as narinas, separadas entre si pela columela. O 
nariz apresenta um sulco lateral que o separa da região 
zigomática e bucal, denominado sulco nasolabial ou 
nasogeniano. Inferiormente, há o filtro ou filtrum, que 
dificulta escorrimento da secreção nasal para a boca. 
Boca: a zona vermelha labial (mucosa sem glândulas 
sebáceas) é separada da pele pela linha cutâneo-mucosa 
(superior e inferior). Os lábios superior e inferior são 
separados entre si por meio da rima labial e se unem 
lateralmente pelas comissuras labiais. O lábio superior 
possui ainda um tubérculo labial superior e uma fossa 
abaixo desse (fossa labial superior). O músculo 
constitutivo da boca é o orbicular da boca (partes oral e 
labial), e a região da boca é uma importante na fonação, 
já que vários fonemas necessitam desse movimento. 
 
Componentes Ósseos 
A Face é composta por 14 ossos, sendo 6 pares e dois 
ímpares. Os ossos ímpares são o vômer e mandíbula, 
enquanto que os ossos pares são representados por: 
zigomáticos, nasais, lacrimais, maxila, conchas nasais 
inferiores e palatinos. Quando se separa as partes ósseas 
do esqueleto facial, percebe-se um formato trapezóide. 
 
Pilares ósseos: ​o peso de traumas cranianos é distribuído 
por três pares de pilares: canino, zigomático e 
pterigóideo. O primeiro irá se iniciar no processo 
alveolar do canino e dissipa o impacto para o frontal. O 
segundo, inicia-se no primeiro molar e dissipa a força 
para o frontal e temporal. O terceiro, começa em nível 
do processo piramidal do osso palatino, e dissipa 
impacto para o processo pterigóide do esfenóide. 
Arcos de força: arcos de união são horizontais e unem os 
pilares, conferindo força, são: supra e infraorbital; supra 
e infranasal; zigomático-pterigóideo e arcopalatino. 
Gabriel Torres→ Uncisal→ Med52→ Anatomia da Face 
Obs.: a ‘’poeira do sono’’, acumulada na comissura 
medial das pálpebras, é o acúmulo de suor ressecado na 
região, que se avoluma durante a noite. Deve-se prestar 
atenção para não espalhá-la para os olhos, pois pode ser 
fonte de contaminação, especialmente em neonatos. 
Obs2.: a parte supratarsal da pálpebra superior é alvo de 
intervenções cirúrgicas denominadas blefaroplastias. 
Obs.: o nariz externo tem estrutura óssea formada pela 
articulação entre os dois nasais e as maxilas, formando 
uma estrutura denominada cavidade piriforme. 
Obs2.: o dorso do nariz pode variar em relação às 
etnias, podendo ser reto, não possuir um sulco 
naso-glabelar (nariz grego), possuir implantação em 
águia (romano) ou mesmo um nariz mais afilado e 
protuberante. Já sobre as narinas, podem ser leptorrinos 
(caucaseanos), mesorrino (asiáticos) ou platirrino (raça 
negra, mais achatado entre os três). 
 
Obs3.: no homem, o filtrum tem disposição retangular, 
enquanto na mulher, possui uma disposição triangular. 
Isso recebe especial importância nos procedimentos de 
harmonização facial, que devem manter essa anatomia. 
Obs.: as margens supraorbitais da face são cortantes, o 
que pode gerar uma lesão em casos de traumas faciais. 
Obs2.: a presença de equimose periorbital caracteriza 
o sinal do guaxinim, o qual com outros sinais como 
rinorreia e otorreia, indica fratura da base do crânio. 
Regiões Faciais Superficiais 
Nasal: ​essa região é limitada superiormente pela sutura 
nasofrontal, inferiormente pela base do nariz e filtrum, 
lateralmente pelo sulco nasogeniano. É muito 
vascularizada, especialmente no septo nasal, em que há a 
anastomose da artéria etmoidal anterior (ramo da 
oftálmica) e da artéria esfenopalatina (ramo da artéria 
maxilar), com a artéria palatina maior e a artéria labial 
superior (ramo da artéria facial), formando o plexo de 
Kiesselbach, quando lesada, gera a epistaxe. 
 
Labial: ​limitada superiormente pelo filtrum, lateralmente 
pelo sulco nasogeniano e inferiormente pelo sulco 
mentolabial. Na região, é importante observar questões 
como a presença de pêlos, que, em mulheres, denuncia 
hirsutismo; mucocele; cânceres; e lesões por queilite 
angular (infecções viral, hipovitaminose ou ansiedade). 
Mentoniana: ​limitada superiormente pelo sulco 
mentolabial, inferiormente pelo mento e lateralmente 
pelo sulco nasolabial. Nessa região, manifestações como 
o cisto sebáceo podem ocorrer e merecem destaque. 
Geniana: ​seu limite superior,há margem infraorbitária, 
inferiormente, a margem inferior da mandíbula, 
anteriormente, o sulco nasogeniano e, posteriormente, 
na margem anterior do masseter. A região, vulgarmente 
chamada de bochecha, é importante pela presença do 
músculo bucinador, artéria e veia faciais, passagem do 
ducto parotídeo, e dos ramos do nervo facial (temporal, 
zigomático, bucal, mandibular e cervical), responsável 
pela inervação dos músculos da mímica facial e sensitiva 
da língua. A sintopia é importante nas cirurgias de 
bichectomia, em que a retirada do corpo adiposo de 
bichat (da bochecha), não pode lesionar essas estruturas 
que passam superficialmente na região. Além disso, após 
traumas, pode ocorrer a fístula do ducto parotídeo, 
drenando a saliva externamente. 
 
Masseterina: ​limitada superiormente pelo arco 
zigomático, inferiormente pela margem inferior da 
mandíbula, posteriormente pelo ramo da mandíbula e 
anteriormente pela margem anterior do masseter. É 
nessa região que o nervo facial irá inicialmente emergir 
do forame estilomastóideo e irá distribuir seus ramos 
profundamente à glândula parótida. Além disso, há 
também a terminação da área carótida externa, a emissão 
da artéria facial transversa, da artéria auricular posterior 
e do ramo anterior da artéria temporal superficial. O 
desconforto do Distúrbio Temporomandibular (DTM), 
as manifestações do enfisema subcutâneo (infiltração de 
ar no subcutâneo) e caxumba ocorrem nessa região. 
Regiões Faciais Profundas 
Região bucal: ​é limitada anteriormente pela rima labial, 
superiormente pelo palato, inferiormente pelalíngua, 
que é um assoalho, e posteriormente pelo istmo das 
fauces, que é a abertura posterior da boca, formado pela 
união dos dois arcos palatoglossos. Nela encontra-se o 
vestíbulo da boca (entre os lábios e os dentes) e a 
cavidade bucal propriamente dita, onde há a língua 
(formada pelo músculo gênio-glosso), as carúnculas 
sublinguais, o frênulo, a úvula, o palato e mucosa jugal. 
 
Gabriel Torres→ Uncisal→ Med52→ Anatomia da Face 
Fraturas de Le Fort: pode-se dividir as fraturas da face 
pelos 3 tipos de Le Fort: 
1. Fratura horizontal: localiza-se na região da 
base piramidal do pterigóide. 
2. Fratura piramidal: ocorre de forma piramidal, 
afetando a sutura nasomaxilar. 
3. Disjunção craniofacial: irá ocorrer em nível 
da sutura nasofrontal, separando crânio e face. 
Fenda labial: a fenda labial, antigamente conhecida 
como lábio leporino, consiste de uma malformação 
embrionária que com frequência é seguida por fenda 
palatina, formando uma fenda labiopalatina contínua. 
Obs.: inicialmente, o nervo facial se divide no tronco 
temporo-facial (emite o ramo temporal e zigomático) e 
os demais se originam do tronco cérvico-facial. 
Região faríngea: ​a região faríngea inicia posteriormente 
às coanas e posterior ao istmo das fauces. Ela pode ser 
dividida em nasofaringe, que vai da região posterior à 
coana até a úvula; orofaringe, que vai da úvula até a 
margem superior da epiglote; e laringofaringe, da 
epiglote até a margem inferior da cartilagem cricóide. 
Na primeira, encontram-se estruturas como óstio 
faríngeo da tuba auditiva, tórus tubário e tonsila 
faríngea; na segunda, encontra-se a valécula (ponto de 
engasgo), as tonsilas palatinas e as tonsilas linguais. 
 
Região infratemporal: região delimitada anteriormente 
pela maxila, posteriormente pelo processo estilóide do 
osso temporal, medialmente pela lâmina lateral do 
processo pterigóide e lateralmente pelo ramo da 
mandíbula. Pelo forame oval, nessa região, irá passar o 
ramo mandibular do trigêmeo, que emite o nervo 
alveolar inferior, que passa pelo forame mandibular e 
emerge no forame mentual, inervando sensitivamente 
dentes e a pele. Nessa região, a artéria maxilar também 
irá emitir seus diversos ramos, dentre os quais se destaca 
a artéria meníngea média, que passará pelo forame 
espinhoso e se dedica à vascularização das meninges. 
 
Regiões pterigopalatinas: ​delimitada anteriormente pela 
face posterior da maxila, posteriormente pela face 
anterior do processo pterigóide e súpero-medialmente 
pela lâmina vertical do osso palatino. Essa região possui 
quatro comunicações com outros segmentos, são ele: 
1. Forame redondo: ​comunicação com a cavidade 
craniana, por onde passa o nervo maxilar 
(segundo ramo do nervo trigêmeo). 
2. Fissura pterigomaxilar: ​comunicação com a 
fossa infratemporal, passa o nervo infraorbital. 
3. Fissura orbital inferior: ​comunicação com a 
cavidade orbitária. 
4. Forame esfenopalatino: ​comunicação com a 
cavidade nasal, passarão vasos esfenopalatinos, 
que vascularizam o septo nasal. 
Exame do Fácies 
O fácies consiste no conjunto de dados expressos na face 
do paciente. A face composita e normal é atípico, varia 
entre indivíduos, mas outros fácies são característicos de 
uma doença, por isso são típicos, são eles: 
Fácies Acromegálica: ​observa-se aumento de 
extremidades como nariz, mento e orelhas, que indicam 
distúrbios de hipersecreção do GH. 
Fácies Basedowiana: ​caracterizada pela exoftalmia, 
secura da pele e hipertrofia visível da glândula tireóide, 
indicando hipertireoidismo. 
Fácies Mixedematosa: ​apresenta edema, pêlos secos e 
quebradiços e hipomimia, ocorre no hipotireoidismo e 
no mixedema. 
Fácies Renal: ​caracterizada por edema generalizado 
(anasarca), em especial edema palpebral bilateral. Surge 
na síndrome nefrótica. 
Fácies Cushingóide: ​a presença de hirsutismo, rubor 
facial e adiposidade facial (em lua cheia), denuncia 
aumento de glicocorticóides. 
Fácies Tetânica: ​caracteriza-se pela presença de trismo 
bucal (oclusão involuntária e tetânica da boca) e riso 
sardônico, ocorre no tétano, quando também se associa 
com distonia da coluna. 
 
Fácies Hipocrática: ​indica uma doença grave, há pele 
mais pegajosa e enoftalmia. 
Fácies Parkinsoniana: caracterizada por rubor facial e 
hipomimia, o que confere o nome de fácie em máscara. 
Fácies Miastênico: ​o fácies miastênico se caracteriza por 
aprofundamento de sulcos e ptose palpebral bilateral, 
podendo indicar miastenia gravis. Se acompanhada de 
rubor facial e hálito característico, indica fácies etílica. 
Fácies Leonina: ​observa-se aumento de pregas cutâneas 
por hiperqueratose, além de queda das sobrancelhas 
(madarose), indica hanseníase. 
Fácies Lúpica: ​apresenta eritema malar (rash em 
‘’borboleta’’), indicando lúpus eritematoso sistêmico. 
Deve-se diferenciar do cloasma gravídico (mancha 
hipercrômica da gravidez). 
 
Gabriel Torres→ Uncisal→ Med52→ Anatomia da Face 
Obs.: o nervo trigêmeo emitirá seus ramos oftálmico, 
maxilar e mandibular. Eles passarão respectivamente 
pela fissura supraorbital, forame redondo e forame oval. 
Paralisia Facial: ​caracterizada por acentuamento do 
sulco labial para o lado sadio e das rugas de expressão 
para um único lado (apenas na paralisia periférica), pode 
indicar paralisia central ou do nervo periférico. 
Músculos da Mastigação 
Os músculos da mastigação, diferente dos músculos da 
expressão facial, não possuem uma inserção cutânea. 
Esses músculos são compostos pelo músculo temporal 
(elevação e tração da boca), músculo masseter (elevação 
e protusão da boca) e pelos pterigóides lateral e medial 
(principalmente oclusão da boca). Todos esses são 
inervados pela raiz motora do trigêmeo. Músculos supra 
e infra-hióideos como o digástrico auxiliam a retrair e 
abrir a mandíbula, mas parte do processo é passiva. 
 
Músculos da Expressão Facial 
Os músculos da expressão facial possuem uma inserção 
cutânea, o que faz com que gerem as diversas expressões 
faciais que realizamos. Pode ser dividido em 4 grupos: 
Musculatura do couro cabeludo: ​é representado pelo 
músculo occípeto-frontal, que tem seus ventres occipital 
e frontal unidos entre si por meio da gálea aponeurótica. 
A contração do músculo promove as rugas de expressão 
faciais na região frontal. 
Músculos do entorno da órbita: ​nessa região, podem ser 
encontrados três músculos, são eles: 
● Orbicular do olho: ​sua parte palpebral expressa 
o sono. A parte orbital, dá a expressão de dor. 
● Corrugador do supercílio: é profundo ao 
orbicular e realiza a elevação dos supercílios, 
que caracteriza a expressão de julgamento. 
● Levantador da pálpebra superior: é responsável 
por tracionar e levantar a pálpebra superior 
(parte supratrasal). 
 
Músculos em torno do nariz: ​nessa região, encontram-se 
dois músculos, são eles: 
● Prócero: é um músculo mediano que enruga de 
forma transversal o nariz, gerando a sensação de 
ameaça (ou na presença de fotofobia). 
● Nasal: responsável por dilatar as narinas que 
está envolvido com expressão de contentamento. 
Em torno da boca: ​na região em torno da boca, são 
encontrados 11 músculos 
● Levantador do lábio superior: ​músculo medial 
ao zigomático menor e lateral ao levantador do 
lábio superior e asa do nariz. É responsável por 
elevar o lábiosuperior na expressão de orgulho. 
● Levantador do lábio superior e asa do nariz: 
músculo lateral à região nasal e que geralmente 
tem origem fundida ao levantador do lábio 
superior, ele pode elevar o lábio superior ou o 
nariz na típica expressão de descontentamento. 
● Levantador do ângulo da boca: ​músculo que se 
origina lateralmente ao mento e se fixa 
superiormente à boca, ajudando a elevá-la para 
compor a expressão de descontentamento. 
● Zigomático menor:​músculo lateral ao levantador 
do lábio superior, é mais delgado que o maior. 
● Zigomático maior: ​músculo mais lateral e 
espesso que o anterior, também localizado na 
região zigomática. Com o anterior, promovem a 
expressão do riso. 
● Risório: ​é um músculo mais lateral de 
distribuição quase horizontal, é responsável pelo 
riso irônico (sardônico), que pode ser observado 
em pacientes tetânicos. 
● Bucinador: ​é um músculo observado mais 
profundamente na região lateral, é responsável 
pelo sopro e pela sucção nos neonatos. 
● Orbicular da boca: ​possui parte oral labial, é 
responsável por baixar o ângulo da boca, 
acentuar o sulco nasolabial e projetar os lábios. 
● Abaixador do ângulo da boca: ​músculo inferior 
ao risório e que se insere na região da comissura 
labial, gerando a expressão da surpresa. 
● Abaixador do lábio inferior: ​localizado medial 
ao abaixador do ângulo da boca, deprime o lábio 
inferior e se associa com a expressão da ironia. 
● Mentual (associado com o platisma): ​músculo 
mediano e inferior que quando contraído gera a 
expressão de dúvida. É associado ao platisma. 
 
Gabriel Torres→ Uncisal→ Med52→ Anatomia da Face 
Irrigação Arterial 
A irrigação arterial da face é feita primordialmente por 
ramos da carótida externa, à exceção da irrigação ocular 
e algumas contribuições no plexo de Kiesselbach nasal. 
Artéria facial: ​é geralmente o quarto ramo emitido pela 
carótida externa, emitindo ramos glandulares para as 
glândulas submandibulares, ramos palatinos, tonsilares e 
submentuais, ainda na região do pescoço. Já na face, irá 
emitir a artéria labial inferior, labial superior, nasal 
lateral e angular. 
Artéria cervical transversa: ​realiza a vascularização da 
região anterior ao pavilhão auricular, esse ramo da 
artéria carótida externa é emitida já em nível terminal. 
Contribuições da artéria oftálmica: ​a artéria oftálmica, 
ramo da carótida interna, irá contribuir para vascularizar 
a face através das artérias supratroclear e supraorbital, 
que podem se unir à nasal lateral. 
 
Artéria maxilar: ​é um ramo mais profundo da carótida 
que irá emitir 14 delgados ramos, sendo responsável pela 
irrigação das estruturas profundas da face. 
 
Drenagem Venosa 
A maior parte da drenagem venosa da face é feita pela 
veia facial, que pode drenar para a jugular interna mas 
também, junto à veia angular, das veias supratroclear, 
supraorbital e oftálmica, irá drenar em direção ao seio 
cavernoso, uma estrutura na base do crânio que irá 
formar a veia jugular interna. 
 
Inervação da Face 
Nervo facial: ​de forma geral, a inervação motora da face, 
com exceção dos músculos da mastigação, é feita pelo 
nervo facial, que sai pelo forame mastóideo, penetra na 
parótida e inicia sua divisão nos troncos têmporo-facial e 
cérvico-facial e dentro da própria glândula, dando 
origem aos seus cinco ramos: temporal, zigomático, 
bucal, marginal e cervical. Apesar de sua função 
principal motora, o nervo facial, através do nervo da 
corda do tímpano, irá oferecer sensibilidade ao pavilhão 
auricular e irá penetrar junto ao mandibular na região do 
forame mandibular, inervando os ⅔ anteriores da língua 
sensitivamente. Autonomamente, o nervo facial inerva 
as glândulas salivares e lacrimais. 
 
Nervo trigêmeo: ​irá se distribuir por meio de seus ramos 
oftálmico, maxilar e mandibular, inervando 
sensitivamente a face como um todo. Também possui 
raízes motoras destinadas aos músculos da mastigação. 
Gabriel Torres→ Uncisal→ Med52→ Anatomia da Face 
Trígono perigoso da face: em virtude da grande 
drenagem promovida pela veia facial e suas tributárias, 
em especial na região labial e nasal, forma-se uma área 
entre os sulcos nasogenianos e a rima oral que se 
denomina trígono perigoso da face. Nessa área, uma 
pústula pode se disseminar e gerar meningoencefalite. 
Necrose: as inoculações de toxina como a toxina 
botulínica, caso afetem as estruturas como a artéria nasal 
lateral, podem gerar extensa necrose dessas estruturas 
superficiais, pode evoluir com perda funcional.

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