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* * VARIAN, H. R.. Microeconomia: principios básicos. CAP. 25 O COMPORTAMENTO MONOPOLISTA * * Introdução A maioria das indústrias encontra-se num ponto entre o mercado de concorrência perfeita e o mercado monopolista Se alguma empresa detiver algum grau de poder de monopólio ela terá maiores opções do que uma empresa que atue em uma indústria com concorência perfeita Praticar estratégias mais complexas de fixação de preços e de comercialização; Diferenciar seus produtos de seus concorrentes. * * Discriminação de preço Como vimos anteriormente o monopólio é ineficiente: Restringe a produção ao ponto em que as pessoas estejam dispostas a pagar mais por uma produção adicional do que custa para produzi-la. Discriminação de preço é a prática de cobrar, pelo mesmo produto, preços diferentes de consumidores diferentes. Três tipos: Discriminação de preços de primeiro grau: monopolista vende diferentes unidades de produtos por diferentes preços e os preços podem diferir de pessoa para pessoa; Discriminação de preços de segundo grau: vende diferentes unidades de produtos por diferentes preços, mas cada pessoa que compra a mesma quantidade de bens paga o mesmo preço; Discriminação de preços de terceiro grau: vende a produção para pessoas diferentes por diferentes preços, mas cada unidade vendida a determinada pessoa é vendia pelo mesmo preço. * * Discriminação de preço de primeiro grau Discriminação de preço de primeiro grau Prática de cobrar de cada consumidor um preço diferente, equivalente a seu preço de reserva, ou o máximo que ele estaria disposto a pagar pelo produto. * * Discriminação de preço Quantidade $/Q Pmax Com discriminação perfeita, cada consumidor paga o preço máximo que ele estaria disposto a pagar. D = RMe RMg Lucro adicional gerado por meio da discriminação de preço perfeita de primeiro grau * * Sob discriminação perfeita: Cada consumidor paga seu preço de reserva Os lucros aumentam Discriminação de preço Lucro adicional gerado por meio da discriminação de preço perfeita de primeiro grau * * Pergunta Quais seriam as dificuldades na prática da discriminação de preço de primeiro grau? Resposta 1. Existência de número muito grande de consumidores (que torna inviável a cobrança de preços diferentes de cada um) 2. Dificuldade de estimar o preço de reserva para cada consumidor Discriminação de preço Discriminação de preço de primeiro grau * * Discriminação de preço A análise deixa evidentes os lucros que se podem obter por meio da prática de discriminação de preço – e, portanto, os incentivos para que os produtores tentem discriminar preços em algum grau. Na prática esta situação é difícel de ser implementada; Fornece um exemplo de outro mecanismo de alocação de recursos além do mercado competitivo que alcança a “Eficiência de Pareto” Discriminação de preço de primeiro grau * * Discriminação de preço Exemplos de discriminação perfeita de preços surgem em situações onde o produtor é capaz de segmentar o mercado e cobrar preços diferentes pelo mesmo produto. Advogados, médicos, contadores Faculdades e universidades Discriminação de preço de primeiro grau * * Discriminação de preço Quantidade $/Q Discriminação de preço de primeiro grau na prática * * Descriminação de Preços de Segundo Grau Também conhecida como fixação não linear dos preços preço por unidade produzida não é constante, mas depende da quantidade que se compra Ex: concessionárias de serviços de utilidade pública Para contornar o problema de “desconhecimento” de distinguir uma pessoa da outra (A ou B) oferecer dois pacotes diferentes de preço-quantidade no mercado: Um direcionado a pessoa mais propensa a pagar; Outro a pessoa menos propensa a pagar; Monopolista elabora pacotes de preço-quantidade que proporcionam aos consumidores o incentivo à auto-seleção * * Descriminação de Preços de Segundo Grau Na prática o monopolista incentiva esta auto-seleção não mediante o ajuste da quantidade do bem, mas sim pela qualidade do bem; Reduz a qualidade oferecida ao extremo inferior do seu mercado de modo a não canibalizar as vendas feitas ao extremo superior Se não tivéssemos diferença entre os extremos (consumidores) em ambos os casos os excedentes seriam = 0, com a diferença que os consumidores do extremo superior são beneficiados. Monopolista deve reduzir o preço cobrado do extremo superior a fim de desestimulá-los a optar pelo produto destinado aos consumidores do extremo inferior * * Discriminação de preço As companhias aéreas segmentam o mercado pela imposição de várias restrições nas passagens. Viajem por negócios e viajem por motivo pessoal Passagens mais baratas (com restições): necessária compra antecipada, sem reembolso, sujeita a restrições para permanência durante o fim de semana Passagens mais caras: sem restrições Discrimina passageiros que viajam a negócio e tem um elevado nível de demanda e os que viajam por motivo pessoal, mais sensíveis aos preços Tarifas aéreas * * Discriminação de preço Quantidade $/Q Discriminação de preço de segundo grau * * Discriminação de preço Quantidade $/Q P0 Q0 P1 Q1 1° faixa P2 Q2 P3 Q3 2° faixa 3° faixa Economias de escala permitem: Aumento do bem-estar do consumidor Maiores lucros Discriminação de preço de segundo grau * * Discriminação de preço de terceioro Grau Discriminação de preços de terceiro grau: monopolista vende a produção para pessoas diferentes por diferentes preços, mas cada unidade vendida a determinado grupo de pessoas é vendia pelo mesmo preço. Modalidade mais comum de discriminação: Descontos para estudantes nos cinemas (meia entrada); Descontos para idosos nas farmácias Características 1. O mercado é dividido em dois grupos. 2. Cada grupo tem sua própria função de demanda. * * 3. Consumidor de cada grupo não consegue revender o bem 4. A discriminação de preço de terceiro grau é viável quando o vendedor é capaz de segmentar seu mercado em grupos com diferentes elasticidades de preço da demanda (ex. Estudantes versus Profissionais). Discriminação de preço de terceioro Grau * * Discriminação de preço Quantidade $/Q Discriminação de preço de terceiro grau * * Discriminação de preço Quantidade D2 = RMe2 RMg2 $/Q D1 = RMe1 RMg1 RMgT Discriminação de preço de terceiro grau * * Mesmo que a discriminação de preço de terceiro grau seja factível, nem sempre vale a pena vender a ambos os grupos de consumidores se o custo marginal é crescente. Discriminação de preço Discriminação de preço de terceiro grau Criação de grupos de consumidores * * Curvas de demanda linear: Para simplificar custo marginal zero Se a empresa puder discriminar preços ela produzirá onde a receita marginal se iguala a zero em cada mercado (combinação de preços e quantidades situadas na metade inferior da curva de demanda) Suponhamos que a empresa fosse obrigada a vender em ambos os mercados ao mesmo preço Tb produziria na metade inferior da curva de demanda Produção total é a mesma Porém pode acontecer que o preço de maximizador de lucro do monopolista venda em apenas um dos mercados Discriminação de preço de terceioro Grau * * Sabemos que o monopolista deseja operar num ponto onde a elasticidade da curva de demanda seja -1 metade inferior da curva Logo p1* é o preço de maximização de lucro (se o preço diminuísse mais as receitas do mercado 1 diminuiriam); Se a demanda for muito pequena no mercado 2 o monopolista pode não querer diminuir o preço mais para vender neste mercado vende apenas no mercado maior. Portanto, permitir a discriminação de preços neste caso aumentará a produção total, uma vez que o monopolista terá interesse de vender nos dois mercados se puder cobrar um preço diferenciado em cada um deles. Discriminação de preço de terceioro Grau * * Discriminação de preço Quantidade $/Q Nenhuma venda no mercado menor * * Discriminação de preços em jornais acadêmicos: Preços diferentes para as publicações vendidas a bibliotecas e as vendidas as pessoas; Biblioteca possui demanda menos elástica do que as pessoas preços de venda para bibliotecas são mais altos Recentemente algumas editoras começaram a discriminar preço geograficamente; Preços diferentes para assinantes americanos e europeus Mais caro para os EUA pelo maior poder de compra do dólar e em consequência menor elasticidade da demanda Editoras passaram a maximizar seus lucros Discriminação de preço de terceioro Grau * * Vinculação de produtos Empresas gostam de vender produtor de maneira cascata: pacotes de bens relacionados a ofertas casadas Ex.: software; EX.: Revistas acadêmicas e revistas vendidas por assinatura Vinculação é motivada pela economia de custos mais barato vender diversos artigos juntos Motivada também pela complementaridade Mas também existem razões que envolvem o comportamento do consumidor: Consumidor A e B com preferências opostas; Custo marginal desprezível só quer maximizar a receita; Propensão de pagar por um pacote com os dois softwares é a mesma que a soma da propensão a pagar por cada um deles; É a propensão a pagar do usurário marginal que dita o preço Venda em separado: receita maximizada na fixação do preço de cada um dos softwares em 100 RT: 400 Juntando os dois pacotes você pode vendê-los a 220 RT: 440 Estratégia de vinculação é mais atraente já que é a propensão a pagar do usuário marginal que dita o preço no mercado * * Tarifas compartilhadas Problema da fixação de preços dos proprietários de parques de diversão um preço para entrar e outro para cada brinquedo Como devem ser fixados estes dois preços para maximizar o lucro? Demandas estão inter-relacionadas (entrar no parque e andar nos brinquedos) Esquema de fixação conhecido como tarifa compartilhada * * Exemplos: Polaroid Aparelhos de barbear Solução com base no Dilema da Disneylândia: Pressupostos: 1) de que só haja um brinquedo 2) todos tem o mesmo gosto em relação ao brinquedo Fixado o preço das voltas quanto se pode cobrar de entrada no parque? Propensão a pagar por x* voltas é medida pelo excedente do consumidor o máximo que o proprietário poderá cobrar de entrada é a área chamada de excedente do consumidor Lucros totais do monopolista = área do excedente do consumidor + (p*-CMa)x* (lucros total maximizados quando o preço iguala ao CMa) Logo: Como o monopolista cobra das pessoas os seus excedentes dos consumidores; A fixação de preço igual ao custo marginal; A cobrança de entrada igual ao excedente de produtor resultante constitui a política de maximização de lucro Há um preço para a entrada mas o acesso as atrações no parque é gratuita. Custo marginal de andar num brinquedo é menor que o custo de transação de cobrar separado por ele. Tarifas compartilhadas * * Two-Part Tariffs p(y) y $/output unit MC(y) * * Two-Part Tariffs p(y) y $/output unit CS MC(y) * * Two-Part Tariffs p(y) y $/output unit CS MC(y) PS * * Two-Part Tariffs p(y) y $/output unit CS MC(y) PS Total profit * * Two-Part Tariffs p(y) y $/output unit MC(y) * * Two-Part Tariffs p(y) y $/output unit CS MC(y) * * Two-Part Tariffs p(y) y $/output unit MC(y) CS PS * * Two-Part Tariffs p(y) y $/output unit MC(y) CS Total profit PS * * Two-Part Tariffs p(y) y $/output unit Should the monopolist set p2 = MC? p1 = CS. PS is profit from sales. MC(y) CS PS * * Two-Part Tariffs p(y) y $/output unit MC(y) CS Additional profit from setting p2 = MC. PS * * Competição monopolista Concebe-se a indústria como o conjunto de empresas que produzem produtos que são considerados substitutos próximos pelos consumidores Sempre é possível que outras empresas fabriquem produtos similares Para a empresa a decisão de produção de seus concorrentes constituem fatores de grande importância. A curva de demanda com a qual a empresa se defronta dependerá, em geral, das decisões de produção e dos preços cobrados pelas outras empresas que fabricam produtos similares Se um grande número de concorrentes fabricarem produtos “idênticos” a curva de demanda com as quais cada uma delas se defronta será essencialmente plana influência da elasticidade da curva de demanda Mercado próximo ao de concorrência perfeita (cada empresa terá que vender ao mesmo preço da outra) * * Competição monopolista Caso uma empresa obtenha lucro de monopólio por possuir a exclusividade na produção de um bem as outras empresas podem tentar entrar no seu mercado produzindo um bem semelhante, mas diferenciado. Diferenciação de Produto: cada empresa tenta diferenciar seu produto das demais empresas da indústria quanto maior a diferenciação maior o poder de monopólio Competição monopolista ex.: Ind. de Refrigerante Estrutura da indústria monopolizadora cada empresa se defronta com uma curva de demanda negativamente inclinada (cada produtor tem seus consumidores seguidores); Possuem algum grau de monopólio podem estabelecer seus preços; Porém as empresas tem que lutar pelos clientes em termos tanto dos preços como do tipo de produto que vendem; Também não há restrição a entrada; Competição monopolista é o caso prevalecente na estrutura industrial, porém o mais difícil de ser analisado * * Consequências da livre entrada: Deslocamento da curva de demanda para dentro das empresas já estabelecidas menos quantidade de produto vendido a medida que movas empresas entram; Curva de demanda se tornaria mais elástica a medida que mais empresas entrem na indústria Resultado: deslocamento da curva de demanda para a esquerda e ficando mais plana e em consequência: Cada empresas vende uma combinação de preço e quantidade sobre a curva de demanda; Cada empresa maximiza o seu lucro, dada a curva de demanda com que se defronta; A entrada forçou o lucro de cada empresa para zero Curva de demenda e a curva de custo médio tendem a ser tangentes: Preço de equilíbrio se apresenta como o único ponto de maximização de lucro Embora os lucros sejam zero a situação é ainda ineficiente no sentido de Pareto preço é maior que custo marginal; Empresas irão operar a esquerda do nível de produção onde o CMe é minimizado: Comp. Monopolista há excesso de capacidade com menos empresas a escala de operação poderia ser maior; Porém com menos empresas haveria menor variedade de produtos Competição monopolista * * * 15 * 15 * 16 * 23 * 24 * 25 * 26 * 27 * 30 * 56 * 33 * 33 * 34 * 35 * 46 * 50
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