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CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 06: SISTEMA HARMONIZADO E CLASSIFICAÇÃO FISCAL DE MERCADORIAS Olá, amigos concurseiros! Grande satisfação estar mais uma vez aqui com vocês. A essa altura do campeonato já sinto que como se nos conhecêssemos. Acho que já estou ficando repetitivo com isso, mas de qualquer forma quero mais uma vez agradecer todos os elogios que tenho recebido ao nosso curso. Realmente está sendo uma experiência fantástica dar aulas aqui no Ponto! O tempo está passando, meus amigos, e o edital está se aproximando! Alguns alunos me enviaram e-mails ou mesmo deixaram perguntas no fórum acerca do próximo concurso. Algumas questões comuns têm sido se o edital de Analista será parecido com o de Auditor ou se será cobrada Legislação Aduaneira. Sinceramente, eu diria que essas são questões extremamente difíceis de se responder e tudo que eu aqui dissesse não passaria de especulação. No entanto, quero ressaltar aqui o seguinte: quando o edital for publicado, me compremeto a fazer as adaptações necessárias ao nosso curso, inserindo se for o caso novos assuntos ou dando maior ênfase a alguns. Não se preocupem quanto a isso! Pessoal, outra coisa que quero dizer é que estou torcendo por todos vocês e essa torcida aumenta a cada dia à medida que vamos nos familiarizando. Percebam que o nosso curso não está sendo construído somente por duas mãos. Vocês, com suas perguntas e dúvidas, são parte muito importante nele! Pelo que tenho visto, inúmeros alunos têm excelentes condições de serem aprovados no próximo certame, basta que acreditem nisso! Na verdade, não existe nenhum bicho de sete cabeças chamado ESAF ou RFB. Também não é verdade que somente são aprovados em concursos os iluminados, mas sim pessoas comuns como eu e você. Basta que tenhamos dedicação e disciplina para construir nossos sonhos! CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 2 Dêem o máximo de si! Alcancem seus objetivos! Sonhem e transformem seu sonho em realidade! Grande abraço a todos vocês, meus amigos! QUESTÕES COMENTADAS 1-(AFRF-2005) - O Sistema Harmonizado, composto por 21 Seções, constitui instrumento empregado internacionalmente para a classificação de mercadorias, a partir de uma estrutura de códigos e suas respectivas descrições. Os Capítulos 98 e 99 do referido Sistema, contudo, foram reservados para usos especiais dos países vinculados a ele. O Sistema Harmonizado (SH) é um sistema de classificação de mercadorias criado pela Organização Mundial de Aduanas (OMA) que associa a cada mercadoria um código numérico. Este sistema é adotado pela absoluta maioria dos países, de forma a permitir uma padronização a nível internacional. Essa padronização advém da necessidade de produzir estatísticas que possam ser comparadas em bases sólidas e ainda, facilitar as negociações internacionais. O Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH) é, portanto, na prática, uma lista de mercadorias associadas a números. É empregado internacionalmente para a classificação fiscal de mercadorias e facilita muito o comércio entre os países. Imaginem que sentem um diplomata brasileiro e um diplomata japonês em uma mesa de negociações e que o japonês pleiteie uma redução do I.I sobre guindastes. Aí o brasileiro pergunta: qual tipo de guindastes? Guindaste de torre, guindaste de pórtico ou guindaste autopropelido? Ih, embaralhou a cabeça do japonês. Olha a confusão armada! Não seria muito mais fácil se, ao invés de ficarem tratando de termos técnicos nas negociações, fossem utilizados os códigos. O diplomata japonês iria pedir uma redução do I.I sobre o produto de código 8426.41 e o brasileiro já saberia do que se tratava. O diploma brasileiro poderia solicitar, em contrapartida, uma redução do I.I sobre o produto de código 1201.00 – soja, e o japonês também ia saber do que CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 3 se tratava. Com códigos padronizados internacionalmente fica, sem dúvida mais fácil! A classificação fiscal de mercadorias é importante também no que tange a tributação, pois permite que sejam associadas alíquotas de tributos aos produtos respectivos. “Entendi, Ricardo! Mas como foi feito o Sistema Harmonizado?” É justamente sobre isso que o enunciado da nossa questão trata! Vamos lá então! Para que todas as mercadorias existentes e por existir pudessem ser colocadas em uma lista seria necessário uma organização lógica e foi justamente isso que os criadores do Sistema Harmonizado fizeram. Em primeiro lugar, eles decidiram dividir todos os produtos em 21 Seções. Na Seção 1, por exemplo, eles colocaram todos os “Animais vivos e produtos do reino animal”; na Seção 2 todos os “Produtos do Reino Vegetal”; e assim sucessivamente. Vejam que o enunciado fala justamente em 21 Seções e acho bom você guardar esse número! Depois de feita a divisão em Seções, os criadores do SH, ainda insatisfeitos, dividiram todos os produtos em 96 Capítulos- guarde esse número também! O Capítulo 10, por exemplo, reúne os Cereais; o capítulo 30, reúne os produtos farmacêuticos. E aqui eles começaram a conferir códigos às mercadorias: o arroz, sendo um cereal, teria como os dois primeiros números “10”. Mas o milho também é um cereal e seus dois primeiros números também seriam “10”. Como fazer? Novas subdivisões! Foram criadas então as posições! O milho recebeu o código 1005, o arroz 1006, a aveia 1004 e assim sucessivamente com todos os cereais. Pronto né, acabou o trabalho! Que nada! Os criadores do SH eram detalhistas (e tinham que ser realmente!). Eles precisavam dividir mais! O arroz, por exemplo, poderia ser com casca, descascado, quebrado... Foi aí que foram criadas as subposições de 1º e 2º nível, representadas por mais dois dígitos. Assim foi criado o SH! “Ricardo, eu reparei que você falou em 96 Capítulos! Por que eles não colocaram 99 logo?” Muito boa pergunta! Acho que todo mundo quando conhece o SH tem a mesma dúvida! Ocorre que o Capítulo 77 foi reservado para utilização CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 4 futura e os Capítulos 98 e 99, conforme afirma a questão, foram reservados para que os países que tivessem aderido ao SH criassem códigos nacionais. Guarde essas informações! Elas também são importantes! Gabarito: CERTO 2-(ACE-2008) - O instrumento de classificação de mercadorias atualmente empregado pelo Brasil é a Nomenclatura Comum do MERCOSUL, criada em 1995 em substituição à Nomenclatura Aduaneira da Associação Latino-Americana de Integração (NALADI/SH), que foi empregada de 1980 até 1995. O MERCOSUL é um bloco econômico que reúne Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai e que tem por objetivo conformar um mercado comum, em que haja livre circulação de pessoas e mercadorias, harmonização de política comercial extra-bloco e ainda, livre circulação dos fatores de produção. Em aulas futuras veremos mais sobre o MERCOSUL. Por enquanto, o que nos interessa saber é que no âmbito do MERCOSUL foi criada a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), que é um sistema de classificação de mercadorias baseado no Sistema Harmonizado. O MERCOSUL, na condição atual de união aduaneira, precisava definir alíquotas de imposto de importação iguais para os quatro países em relação a terceiros. Assim, precisava criar uma classificação fiscal única que valesse no âmbito do bloco e que consubstanciasse a Tarifa Externa Comum (TEC). Dessa forma, foi criada a NCM. “Ricardo, mas se já existe o Sistema Harmonizado, por que a necessidade de criar aNCM?” O Sistema Harmonizado, da forma como foi concebido, abrange todas as mercadorias existentes e por existir no universo. No entanto, há permissão para que os países, sob a égide do Sistema Harmonizado, criem ainda suas próprias nomenclaturas, caso desejem particularizar mais um determinado produto. Foi isso que fez o MERCOSUL. A NCM é baseada no SH, ou seja, os seus 6 (seis) primeiros dígitos são exatamente iguais aos do SH. No entanto, foram criados mais dois dígitos, que receberam o nome de item e subitem.Logo, a Nomenclatura Comum do MERCOSUL possui 8 dígitos. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 5 Da mesma forma que fez o MERCOSUL, poderá fazer qualquer outro país, mas os seis primeiros dígitos serão sempre os do Sistema Harmonizado. Entendido isso? Baseado nessa idéia, a ALADI ( Associação Latino Americana de Integração) criou a NALADI/SH, que também é um sistema de classificação de mercadorias baseado no Sistema Harmonizado. A ALADI também almeja um dia chegar ao estágio de um mercado comum, mas até hoje não consegui nem mesmo tornar-se uma área de livre comércio. Como já vimos, em uma união aduaneira e, conseqüentemente também no mercado comum, há a necessidade de criação de uma Tarifa Externa Comum. A TEC da ALADI seria construída, então, com base na NALADI/SH. A NALADI possui também, assim como a NCM, oito dígitos, sendo os dois últimos chamados de item de 1º nível e item de 2º nível, diferente da NCM, que os chama de item e subitem. A criação da NALADI/SH visa facilitar as negociações no âmbito da ALADI. O Brasil, quando vai negociar com o México ou Colômbia, por exemplo, utiliza a NALADI e não a NCM. Imaginem se cada um dos países utilizasse a sua própria tabela de classificação. Seria muitíssimo trabalhoso para todos ficar convertendo os códigos e a negociação ficaria impossível. Voltando à questão, ela está perfeita quando afirma que o instrumento de classificação de mercadorias utilizado no Brasil é a NCM. No entanto, a NCM, de forma alguma substituiu a NALADI, que como vimos, é utilizada no âmbito da ALADI, ou seja, ainda está em vigor. A NCM substituiu, na verdade, a NBM (Nomenclatura Brasileira de Mercadorias), também baseada no SH. Gabarito: ERRADO. 3- (AFRF-2005) - Os títulos das seções, capítulos e subcapítulos do Sistema Harmonizado têm apenas valor indicativo. Para os efeitos legais, a classificação fiscal é determinada pelos textos das posições e das Notas de Seção e de Capítulo. A classificação fiscal não é algo tão simples como talvez você imagine. Às vezes, surgem problemas e dificuldades que necessitam cuidados CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 6 mais apurados para serem solucionados. Nesse sentido, foram criadas regras para a interpretação do Sistema Harmonizado: são as chamadas Regras Gerais de Interpretação (RGI), existentes em número de 6 (seis). Seguindo as RGI, pode-se encontrar o código exato de cada mercadoria. Pessoal, não pretendo de forma alguma ensinar aqui vocês a fazerem classificação fiscal. Quando vocês estiverem no curso de formação de AFRFB, aí sim vocês vão aprender, mais ou menos em umas 2 semanas. Antes de falarmos sobre as regras de classificação fiscal, é importante aqui identificarmos o que significa cada dígito do SH: Ex: 9018.12 – Aparelho de diagnóstico por varredura ultra-sônica 90 Os dois primeiros números se referem ao capítulo, ou seja, Capítulo 90. 9018 Os quatro primeiros números se referem à posição. 9018.1 Aqui nós temos uma subposição de 1º nível. Podemos dizer, portanto, que a posição 9018 foi desdobrada. 9018.12 Aqui nós temos uma subposição de 2º nível. Podemos dizer, portanto, que a subposição 9018.1 foi desdobrada. “Ricardo, e se a posição não for desdobrada? O que acontece?” Um exemplo de posição não desdobrada é a 8902.00 – Barcos de pesca, navios-fábrica e outras embarcações para o tratamento ou conservação de produtos de pesca. Como você pode ver, se a posição não foi desdobrada, simplesmente completa com zero à direita até o sexto dígito. O mesmo aplica- se para as subposições de 1º nível que não forem desdobradas. Entendido? Um detalhe interessante aqui é que se o quinto dígito for zero, o sexto também obrigatoriamente será zero. “Não entendi, por que isso Ricardo?” É o seguinte: se uma posição for desdobrada, o quinto dígito será diferente de zero, ok? Ex: 9018.1. Agora, se a posição não for desdobrada, o quinto dígito será zero e, portanto, a subposição de 1º nível também não poderá ser desdobrada. Logo, o sexto dígito também será zero. Dessa forma, é impossível que exista no SH (pode procurar que você não vai encontrar) uma posição com o quinto dígito sendo 0 e o sexto dígito diferente de zero, como por exemplo 9032.01. Isso é totalmente fora dos padrões! CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 7 Bom, a primeira RGI é exatamente o que está escrito na questão, motivo pelo qual ela está correta: Os títulos das seções, capítulos e subcapítulos do Sistema Harmonizado têm apenas valor indicativo. Para os efeitos legais, a classificação fiscal é determinada pelos textos das posições e das Notas de Seção e de Capítulo. Quando alguém vai fazer a classificação fiscal de uma mercadoria, é natural e lógico que procure primeiro nos títulos das seções e capítulos. No entanto, o que vale mesmo é o texto das posições e as notas de seção e de capítulo. Vou explicar isso com um exemplo: Seção XI – Matérias Têxteis e suas Obras 1- A presente Seção não compreende: o) as coifas e redes, para o cabelo, chapéus e artefatos de uso semelhante, e suas partes, do Capítulo 65 Se alguém for realizar a classificação fiscal de um chapéu feito de um tecido, poderá, ao olhar o título da Seção XI, achar que ele se encontra dentro da mesma. No entanto, o que vale para fins legais não é o título da seção. Portanto, o classificador deverá ler as notas da seção. Ao perpassar os olhos pelas notas de seção, ele verá que os chapéus estão excluídos da Seção XI. Assim como existem as notas de seção, existem também as notas de capítulo, de forma que quando alguém for classificar uma mercadoria em uma determinada posição, deverá: - Em primeiro lugar procurar pela Seção em que possivelmente ela se enquadra. - Ler as notas de seção e verificar se não há algum excludente ou alguma especificação para a mercadoria. - Procurar pelo capítulo. - Ler as notas de capítulo e verificar se não há algum excludente ou alguma especificação para a mercadoria. - Procurar pelo texto da posição. Guarde bem essa questão, ela é muito importante! Mais uma vez reforçando, para fins legais, o que importa são os textos das posições e as notas de seção e de capítulo. Os títulos das seções, capítulos e subcapítulos CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 8 somente tem valor indicativo, ou seja, estes somente auxiliam o classificador em sua busca pela posição relativa à mercadoria. “Ricardo, só uma dúvida, até agora você não falou nada sobre subcapítulo. O que são eles?” Bem lembrado, meu amigo! Nem todos os capítulos do SH são divididos em subcapítulos, por isso estes não fazem parte do código de seis dígitos. No entanto, quando o capítulo é muito grande, os criadores do SH optaram por dividi-lo em subcapítulos. Gabarito: CERTO. 4- (AFRF-2005) - A classificação fiscal da mercadoria deve ser feita pelo próprio importador. Não obstante, em caso de dúvida sobre a classificação do bem, há previsão legal para que, respeitados parâmetros, seja formulada consulta à autoridadeaduaneira com vistas à correta classificação da mercadoria. O responsável por proceder a classificação fiscal da mercadoria é o importador. No entanto, há situações em que essa atividade é complexa e o importador, estando em dúvida, poderá providenciar consulta à RFB com vistas à correta classificação da mercadoria. Importante lembrarmos que a competência para decidir a classificação fiscal de um mercadoria é da RFB. O importador é responsável por proceder à classificação fiscal, mas esta, por ocasião do despacho aduaneiro, é verificada pelo AFRFB, que poderá , se julgar incorreta a classificação, aplicar multa ao importador, equivalente a 1% do valor aduaneiro. Viram por que é importante o importador acertar a classificação fiscal? Afinal de contas, quem quer pagar multa? Providenciar uma consulta à RFB é, portanto, a garantia de que sua classificação estará correta. Meus amigos, já cansei de dizer para importadores que ligam lá no DECEX que a competência para decidir sobre classificação fiscal é da RFB, ou seja, de vocês daqui a pouco tempo! Gabarito: CERTO. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 9 5- (AFRF-2005) - Dos oito dígitos que compõem a Nomenclatura Comum do Mercosul, os seis primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado, ao passo em que o sétimo e oitavo dígitos correspondem a desdobramentos específicos definidos no âmbito do Mercosul. Conforme nós já havíamos comentado lá atrás, a NCM é baseada no SH, possuindo, entretanto, dois dígitos a mais, os quais se constituem em desdobramentos específicos definidos no âmbito do MERCOSUL. O sétimo dígito da NCM é chamado de item e o oitavo é chamado de subitem. Gabarito: CERTO. 6- (AFTN-1989)- De acordo com a 2ª Regra Geral para a Interpretação do Sistema Harmonizado, qualquer menção a uma matéria em determinada posição da Nomenclatura Comum do MERCOSUL diz respeito: a)a qualquer mercadoria a que essa matéria confira a característica essencial. b) a essa matéria, quer em estado puro, quer misturada ou associada a outras matérias. c) a essa matéria em estado puro e a qualquer produto a que ela confira o caráter essencial. d) a quaisquer artefatos em cuja produção aquela matéria tenha participação preponderante. e) a essa matéria em estado puro, mas não em mistura ou associação. Em questão anterior nós falamos sobre a RGI no 1, segundo a qual os títulos das seções, dos capítulos e subcapítulos têm apenas valor indicativo e o que vale mesmo para fins legais são as notas de seção, notas de capítulo e os textos das posições. Para resolvermos essa questão de no 6, precisaríamos conhecer a Regra Geral de Interpretação no 2, a qual estabelece que: 2.a)Qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange esse artigo mesmo incompleto ou inacabado, desde que apresente, no estado em que se encontra, as características essenciais do artigo completo ou acabado. Abrange igualmente o artigo completo ou acabado, ou como tal considerado nos termos das disposições precedentes, mesmo que se apresente desmontado ou por montar. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 10 b)Qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a essa matéria, quer em estado puro, quer misturada ou associada a outras matérias. Da mesma forma, qualquer referência a obras de uma matéria determinada abrange as obras constituídas inteira ou parcialmente por essa matéria. A classificação destes produtos misturados ou artigos compostos efetua-se conforme os princípios enunciados na Regra 3. No que tange à RGI no 2 , esta se encontra subdvidida em duas regras: a RGI 2-a e a RGI 2-b. A RGI 2-a se refere aos artigos incompletos ou inacabados, como por exemplo um armário faltando as portas. Ele não deixa de ser armário, logo se classifica como armário fosse, já que no estado em que se encontra, apresenta as características essenciais do produto completo ou acabado. O mesmo aplica-se aos produtos desmontados ou por montar. Se o armário vier totalmente desmontado, ele não deixará também de ser armário. Essa regra parece ser bem fácil, mas muito cuidado com ela na hora da prova, já que podem existir duas situações diferentes: 1)O artigo incompleto ou inacabado apresenta no estado em que se encontra as características essenciais do produto completo ou acabado: ele irá classificar-se como se produto acabado ou completo fosse. 2) O artigo incompleto ou inacabado não apresenta no estado em que se encontra as características essenciais do produto completo ou acabado: ele não irá classificar-se como se produto acabado ou completo fosse. A RGI 2-b não classifica ela mesma uma mercadoria. O que ela faz é remeter o classificador à RGI no 3 na situação em que houver um produto composto ou misturado. Vamos supor que eu tenha um armário composto de madeira e de ferro. Eu vou classificá-lo como armário de madeira ou armário de ferro? Calma, você vai usar a Regra Geral de Interpretação no 3, que veremos mais à frente. Gabarito: Letra B 7- (AFRF-2005) - No que atine à interpretação do Sistema Harmonizado, quando uma mercadoria aparentemente possa ser classificada em duas ou mais posições, a classificação deve ser feita, em regra, pela posição mais genérica em detrimento das mais específicas. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 11 Para resolver essa questão precisaríamos conhecer a RGI no 3. Nós vimos nos comentários da questão anterior, que qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a essa matéria em estado puro ou misturada a outras substâncias. Por exemplo, se eu tiver uma posição do SH cujo texto é camisa de algodão, essa posição se refere tanto às camisas feitas exclusivamente de algodão quanto às camisas feitas parte algodão/parte poliéster. E agora? Quando a mercadoria puder ser classificada em mais de uma posição, o que eu faço? Resposta: aplico a RGI no 3, que diz o seguinte: 3.Quando pareça que a mercadoria pode classificar-se em duas ou mais posições por aplicação da Regra 2 b) ou por qualquer outra razão, a classificação deve efetuar-se da forma seguinte: a)A posição mais específica prevalece sobre as mais genéricas. Todavia, quando duas ou mais posições se refiram, cada uma delas, a apenas uma parte das matérias constitutivas de um produto misturado ou de um artigo composto, ou a apenas um dos componentes de sortidos acondicionados para venda a retalho, tais posições devem considerar-se, em relação a esses produtos ou artigos, como igualmente específicas, ainda que uma delas apresente uma descrição mais precisa ou completa da mercadoria. b)Os produtos misturados, as obras compostas de matérias diferentes ou constituídas pela reunião de artigos diferentes e as mercadorias apresentadas em sortidos acondicionados para venda a retalho, cuja classificação não se possa efetuar pela aplicação da Regra 3 a), classificam-se pela matéria ou artigo que lhes confira a característica essencial, quando for possível realizar esta determinação. c)Nos casos em que as Regras 3 a) e 3 b) não permitam efetuar a classificação, a mercadoria classifica-se na posição situada em último lugar na ordem numérica, dentre as suscetíveis de validamente se tomarem em consideração. A RGI no 3 subdivide-se em RGI 3-a, 3-b e 3-c, as quais devem ser aplicadas seqüencialmente: 1-Posição específica prevalece sobre posição genérica. 2-Se as posições forem igualmente específicas, a mercadoria classifica-se pela matéria que lhes confira a característica essencial. 3-Se não for possível utilizar a regra 3-b, a mercadoria será classificada na posição situada em último lugar na ordemnumérica, ou seja, a de número mais alto. Gabarito: ERRADO. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 12 8- (TRF-2006) - A Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) contém capítulos destinados não apenas a bens, mas também a serviços. Por sua vez, o Sistema Harmonizado (SH) diz respeito apenas à classificação aduaneira de bens. Tanto a Nomenclatura Comum do MERCOSUL quanto o Sistema Harmonizado dizem respeito apenas a bens e não a serviços. Conforme comentamos na aula 00, está sendo desenvolvida no Brasil a NBS (Nomenclatura Brasileira de Serviços). A NBS será um classificador brasileiro para o comércio de serviços e exploração de direitos, composto de nove dígitos, iniciando pelo número 1, para distinguir a nomenclatura de serviços da nomenclatura de bens. Gabarito: ERRADO. 9- (AFRF-2003) - O Sistema Harmonizado distribui as mercadorias em: a) seções e capítulos, dos quais três foram reservados para utilização futura. Possui seis regras gerais de interpretação (RGI) e duas regras gerais complementares (RGC-1 e RGC-2). O texto de descrição das mercadorias é precedido de um código, composto de seis algarismos, separados da seguinte forma XXXX.XX, indicando os dois primeiros o capítulo, os quatro primeiros a posição, e os dois últimos, a subposição, que pode ser de primeiro nível ou de segundo nível ou composta. b) seções e capítulos, dos quais três foram reservados para utilização pelas partes contratantes, individualmente. Possui seis regras gerais de interpretação (RGI) e uma regra geral complementar (RGC-1). O texto de descrição das mercadorias é precedido de um código, composto de oito algarismos, separados da seguinte forma XXXX.XX.XX, indicando os dois primeiros o capítulo, os quatro primeiros a posição, o 5º e o 6º, a subposição, que pode ser de primeiro nível ou de segundo nível ou composta, e os dois últimos, o item e o subitem. c) seções e capítulos, dos quais um foi reservado para utilização pelas partes, individualmente, e dois foram reservados para utilização futura. Possui seis regras gerais de interpretação (RGI) e uma regra geral CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 13 complementar (RGC-1). O texto de descrição das mercadorias é precedido de um código, composto de oito algarismos, separados da seguinte forma XX.XX.XX.XX, indicando os dois primeiros o capítulo, os quatro primeiros a posição, o 5º e o 6º, a subposição, que pode ser de primeiro nível ou de segundo nível ou composta, e os dois últimos, o item e o subitem. d) seções e capítulos, dos quais três foram reservados para utilização futura. Possui seis regras gerais de interpretação (RGI) e uma regra geral complementar (RGC-1). O texto de descrição das mercadorias é precedido de um código, composto de oito algarismos, separados da seguinte forma XXXX.XX.XX,indicando os dois primeiros o capítulo, os quatro primeiros a posição, o 5º e o 6º, a subposição, que pode ser de primeiro nível ou de segundo nível ou composta, e os dois últimos, o item e o subitem. e) seções e capítulos, dos quais um foi reservado para utilização futura e dois, para utilização pelas partes contratantes. Possui seis regras gerais de interpretação (RGI). O texto de descrição das mercadorias é precedido de um código, composto de seis algarismos, separados da seguinte forma XXXX.XX, indicando os dois primeiros o capítulo, os quatro primeiros a posição, e os dois últimos, a subposição, que pode ser de primeiro nível ou de segundo nível ou composta. Questão cobrada no concurso AFRFB/2003, que exigiu do candidato certa capacidade de memorização. Insisto, portanto, que você memorize a estrutura geral do SH e da NCM. Estrutura do SH: - 21 Seções e 96 Capítulos. - O Capítulo 77 foi reservado para utilização futura e os Capítulos 98 e 99 reservado para utilização pelas partes contratantes. - A classificação no SH é realizada com base em 6 (seis) dígitos. - Existem 6 (seis) Regras Gerais de Interpretação. Estrutura da NCM: - 21 Seções e 96 Capítulos. - O Capítulo 77 foi reservado para utilização futura e os Capítulos 98 e 99 reservado para utilização pelas partes contratantes. - A classificação na NCM é realizada com base em 8 (seis) dígitos. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 14 - Existem 6 (seis) Regras Gerais de Interpretação e 2 Regras Gerais Complementares. Gabarito: Letra E. 10- (AFRF 2002.2) - Considerando que o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias possui em sua estrutura 6 (seis) Regras Gerais Interpretativas, Notas de Seções e de Capítulos, uma Lista ordenada de posições e de subposições, apresentadas sistematicamente, compreendendo 21 Seções, 96 Capítulos e 1241 posições, subdivididas (exceto 311) em subposições, resultando num total de 5019 grupos de mercadorias, podemos afirmar que ele: a) abrange todo o universo de mercadorias, produtos e materiais existentes e por existir no Universo, inclusive a energia elétrica, omitindo mesmo as mercadorias dos Capítulos 77, 98 e 99, sendo assim um sistema racional e completo. b) abrange todo o universo de mercadorias, produtos e materiais atualmente existentes no Universo, omitindo todas as mercadorias do Capítulo 77, e por essa razão, é um sistema racional e incompleto. c) abrange todo o universo de mercadorias, produtos e materiais existentes inclusive a energia elétrica, e por essa razão é um sistema irracional e completo. d) abrange todo o universo de mercadorias, produtos e materiais atualmente existentes no Universo e por essa razão é um sistema racional e completo. e) por abranger os produtos de alta sofisticação e complexidade tecnológica, exigindo para sua identificação e codificação a aplicação de regras técnicas, lógicas e legais no processo mental para seu enquadramento no Sistema, empresta caráter subjetivo a essa atividade e, por essa razão, tal sistema é irracional e completo. O SH abrange todo o universo de mercadorias existentes e por existir, caracterizando-se, conforme afirma a letra a por ser uma sistema racional e completo. Agora, a ESAF pegou pesadíssimo ao querer que o candidato soubesse que a energia elétrica está também discriminada no SH. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 15 Realmente, a energia elétrica está no SH, classificada no código 2716.00. Ainda bem que a prova era de marcar. Se a questão fosse do CESPE, o candidato ia precisar de coragem para colocar CERTO! Gabarito: Letra A. 11- (AFRF-2002.2) - O contêiner encerrando em seu interior mercadorias despachadas para consumo de uma só espécie, natureza, tipo etc. (por exemplo, tecidos idênticos) por ocasião da conferência aduaneira a) classifica-se em posição específica da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). b) segue a classificação fiscal da mercadoria nele contida. c) classifica-se de conformidade com a Regra 5-b, para a Interpretação do Sistema Harmonizado. d) não é objeto de classificação fiscal na Declaração de Importação para consumo das mercadorias despachadas. e) classifica-se à parte, porém, em regime isentivo do imposto de importação tendo em vista não pertencer ao consignatário das mercadorias. Pessoal, antes de comentar essa questão, quero falar sobre a RGI no 5, que trata das embalagens. É importante, para entendermos essa regra, que saibamos diferenciar embalagens de uso prolongado, embalagens de uso repetido e embalagens de uso único. Embalagem de uso prolongado é aquela cuja existência ocorre simultaneamente com a da mercadoria. Um bom exemplo de embalagens de uso prolongado são os estojos de instrumentos musicais ou ainda, estojosde jóias. Eles existem para acompanhar a existência dos bens que acondicionam. Desta maneira, sua classificação fiscal, como regra geral, acompanha a classificação da mercadoria. No entanto, muito cuidado aqui! Nem sempre as embalagens de uso prolongado têm a mesma classificação da mercadoria. Pode ocorrer de a embalagem conferir a característica essencial ao conjunto. Nessa situação, ela terá classificação autônoma. Resumindo então, para que você não esqueça: CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 16 1) Embalagens de uso prolongado têm a mesma classificação fiscal da mercadoria que acondicionam. 2) Exceção: embalagens de uso prolongado que confiram a característica essencial ao conjunto possuem classificação fiscal autônoma. Quando às embalagens de uso repetido, segundo a RGI 5-b, elas têm classificação autônoma, pois também a sua existência é autônoma em relação aos produtos que acondicionam. Exemplo típico de embalagens de uso repetido são cilindros que contêm gases. Após o gás ser consumido, a embalagem poderá ser reutilizada. Por fim, as embalagens de uso único, já que são descartáveis, classificam-se junto com a mercadoria. Um bom exemplo de embalagem de uso único são as latas de alimentos. Você acha que uma lata de salsicha classifica-se ou não junto com a salsicha? Agora que já entendemos como funciona a RGI no 5, transcrevo a literalidade da mesma: 5.Além das disposições precedentes, as mercadorias abaixo mencionadas estão sujeitas às Regras seguintes: a)Os estojos para aparelhos fotográficos, para instrumentos musicais, para armas, para instrumentos de desenho, para jóias e receptáculos semelhantes, especialmente fabricados para conterem um artigo determinado ou um sortido, e suscetíveis de um uso prolongado, quando apresentados com os artigos a que se destinam, classificam- se com estes últimos, desde que sejam do tipo normalmente vendido com tais artigos. Esta Regra, todavia, não diz respeito aos receptáculos que confiram ao conjunto a sua característica essencial. b)Sem prejuízo do disposto na Regra 5 a), as embalagens contendo mercadorias classificam-se com estas últimas quando sejam do tipo normalmente utilizado para o seu acondicionamento. Todavia, esta disposição não é obrigatória quando as embalagens sejam claramente suscetíveis de utilização repetida. Analisando agora a questão, vamos perceber que o contêiner está acondicionando mercadorias que serão despachadas para consumo. Uma primeira pergunta: o contêiner também será despachado para consumo? A questão não nos diz, mas podemos pressupor que não, já que a função do contêiner é somente acondicionar a mercadoria durante o seu transporte. O contêiner que adentra no país é automaticamente submetido ao regime de admissão temporária para que nele seja transportada a mercadoria até um porto seco, por exemplo. Mas eu lhes pergunto: o contêiner é uma CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 17 embalagem de uso prolongado, repetido ou único? Na verdade, o contêiner não é uma embalagem e, portanto, ele não é objeto de classificação fiscal na Declaração de Importação para consumo das mercadorias despachadas. “Mas Ricardo, e se o contêiner for comprado por uma empresa brasileira?” Aí, meus amigos, ele terá classificação própria! No entanto, como a questão não fala nisso, a resposta certa é a letra D. Gabarito: Letra D. 12- (AFRF-2002.2) Aplicando-se a Regra Geral para Interpretação do Sistema Harmonizado nº 5 (cinco), é correto afirmar- se que a embalagem de utilização repetida, apresentada com os artigos nela contidos a) não segue a classificação das mercadorias, se importada sob o regime de admissão temporária. b) segue a classificação das mercadorias tendo em vista ser embalagem de apresentação à autoridade fiscal. c) segue a classificação das mercadorias por ser de uso prolongado. d) não segue a classificação das mercadorias porque não confere às mesmas o seu caráter de essencialidade. e) não segue a classificação das mercadorias porque a ela se aplica o regime de trânsito aduaneiro. Nós já mencionamos anteriormente o fato de a NCM ter duas Regras Gerais Complementares de interpretação. Uma dessas regras, mais especificamente a RGC-2 restringe a aplicação da RGI 5-b. “Como assim ela restringe a aplicação da RGI 5-b?” Segundo a RGC-2, as embalagens de uso repetido somente terão classificação própria quando forem submetidas ao regime aduaneiro especial de admissão temporária ou exportação temporária. Entendido isso? Dessa forma, se um cilindro com gás (embalagem de utilização repetida) estiver sendo importado para o Brasil e for submetido à admissão temporária, ele terá classificação fiscal autônoma. No entanto, esse mesmo CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 18 cilindro com gás, se importado a título definitivo, terá classificação fiscal acompanhando a mercadoria. Dessa forma, a letra A é a correta, pois ela afirma que a embalagem de uso repetida não segue a classificação da mercadoria se importada sob o regime de admissão temporária. Gabarito: Letra A 13- (AFRF 2002.1) - Identifique, no código tarifário abaixo, os dígitos que indicam a sub-posição tarifária. 0703.90.01 a) o primeiro e o segundo dígitos b) o segundo e o terceiro dígitos c) o terceiro e o quarto dígitos d) o quinto e o sexto dígitos e) o sétimo e o oitavo dígitos Lembrando, os dois primeiros dígitos se referem ao capítulo, os quatro primeiros à posição e o 5º e 6º dígitos definem, respectivamente, a subposição de 1º nível e subposição de 2º nível. Gabarito: Letra D. 14- (AFRF 2002.1) - Para efeito de classificação das mercadorias na Nomenclatura Comum do MERCOSUL e aplicação das Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado, quando inaplicável a RGI nº 1, o artigo desmontado ou por montar: a) não pode ser classificado na posição do artigo completo ou acabado porque as Notas Explicativas do Sistema Harmonizado determinam sua classificação preponderante no artigo em referência. b) não é abrangido pela posição do artigo completo ou acabado porque nesse estado sua classificação far-se-á individualmente segundo as posições específicas de suas partes. c) é classificado na posição do artigo completo ou acabado, montado ou por montar, sempre que apresente no estado em que se encontra, as características essenciais do artigo completo ou acabado. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 19 d) é abrangido pela posição do artigo completo ou acabado, montado ou por montar, desde que através de operação de ensamblagem, essa condição seja atestada pelo Assistente Técnico (perito oficial) credenciado pela Secretaria da Receita Federal. e) é abrangido pela posição do artigo completo ou acabado, montado ou por montar, desde que se comprove que os componentes do artigo executem a mesma função do artigo completo ou acabado, montado ou por montar. Para respondermos essa questão voltamos a falar da RGI no 2, mais especificamente da RGI 2-a. Como já vimos anteriormente, o artigo incompleto ou inacabado, desmontado ou por montar classifica-se na posição do artigo completo, acabado ou montado, desde que no estado em que se encontre apresente as características essenciais do artigo completo ou acabado. É importantíssimo que você não se esqueça dessa condição. Gabarito: Letra C. 15- (Questão Inédita) - Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a sequência correta: ( ) A NVE ( Nomenclatura de ValorAduaneiro e Estatística) surgiu como uma alternativa à NCM, possui o mesmo número de dígitos que esta e tem por finalidade identificar a mercadoria submetida a despacho aduaneiro de importação, para efeito de valoração aduaneira e aprimoramento dos dados estatísticos de comércio exterior. ( ) O erro de classificação fiscal por parte do importador gera uma multa de 1% do valor aduaneiro da mercadoria, além do importador ser obrigado a pagar um possível imposto complementar decorrente da nova classificação. ( ) A responsabilidade pela classificação fiscal de uma mercadoria é exclusiva do importador, não havendo meios legais disponíveis que o auxiliem neste mister. ( ) Os pareceres da OMA (Organização Mundial de Aduanas) consistem em elementos subsidiário fundamental para a classificação fiscal de mercadorias similares às neles descritas. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 20 ( ) A interpretação do conteúdo das posições e desdobramentos far-se- à pelas Regras Gerais e Complementares da Nomenclatura Comum do MERCOSUL e, subsidiariamente pelas Notas Explicativas do Sistema Harmonizado. a) FVFVV b) FVFFV c)FVVVV d) VFVFV e) VFVFF I)FALSA. A NVE ( Nomenclatura de Valor Aduaneiro e Estatística) foi criada pela RFB com a finalidade de fornecer melhores subsídios ao governo brasileiro na formulação de estatísticas de comércio exterior. Através da NVE, há um maior detalhamento das mercadorias através dos atributos e especificações. É usado pela RFB para, além da formulação de estatísticas, acompanhar os preços na sua atividade de valoração aduaneira, com vistas a coibir, por exemplo, a prática do subfaturamento. “Mas para quê detalhar mais Ricardo, a NCM já não é detalhada?” Aí é que você se engana! A NCM 8207.50.11 refere-se a brocas helicoidais, com diâmetro igual ou inferior a 52 mm, ok? Quantos tipos de brocas com diâmetro igual ou inferior a 52 mm você acha que existe? Muitos, não é mesmo? Como efetuar o acompanhamento estatístico de brocas com toda essa heterogeneidade peculiar ao produto? Através de atributos e especificações. Assim, poderíamos dividir as brocas em vários grupos: até 10 mm, 10 mm até 20 mm, 20 mm até 30 mm, 30 mm até 40 mm. A análise estatística seria muito mais precisa, bem como permitiria à RFB acompanhar melhor os preços das importações, com vistas a coibir a prática do subfaturamento. Aliás, brocas é um produto complicado! Mas quanto a isso, depois que você for um AFRFB a gente conversa mais! II)VERDADEIRO. Segundo o Regulamento Aduaneiro, a classificação fiscal errada realizada pelo importador o sujeita a multa de 1% do valor aduaneiro da mercadoria. Só lembrando, existe a possibilidade de que ele realize uma consulta à RFB com vistas a classificar corretamente a mercadoria importada. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 21 III)FALSO. O importador pode realizar uma consulta à RFB, como acabamos de comentar. IV) VERDADEIRO. O Regulamento Aduaneiro, em seu art.94, explicita como deve ser procedida a classificação fiscal de mercadorias: Art. 94. A alíquota aplicável para o cálculo do imposto é a correspondente ao posicionamento da mercadoria na Tarifa Externa Comum, na data da ocorrência do fato gerador, uma vez identificada sua classificação fiscal segundo a Nomenclatura Comum do Mercosul. Parágrafo único. Para fins de classificação das mercadorias, a interpretação do conteúdo das posições e desdobramentos da Nomenclatura Comum do Mercosul será feita com observância das Regras Gerais para Interpretação, das Regras Gerais Complementares e das Notas Complementares e, subsidiariamente, das Notas Explicativas do Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, da Organização Mundial das Aduanas. Conforme a letra do Regulamento Aduaneiro, a classificação das mercadorias na NCM deverá ser feita com observância das RGI do SH e das RGC da NCM, além das Notas Complementares. Existem ainda como elementos subsidiários, ou seja, sem valor legal, os Pareceres da OMA e as Notas Explicativas do Sistema Harmonizado. Pessoal, vamos aqui com cuidado para não confundirmos! No SH, existem as notas de seção, notas de capítulo e notas de subposição. Para determinarmos uma posição, como vimos na RGI nº1, devemos observar as notas de seção, notas de capítulo e os textos das posições, os quais têm valor legal, ao contrário dos títulos das seções, capítulos e subcapítulos, que somente têm valor indicativo. Após classificada uma mercadoria na posição correspondente, passa-se agora a classificá-la na subposição de 1º nível e depois na subposição de 2º nível. Mas como se faz isso? Seguindo o especificado pela RGI no 6: 6- A classificação de mercadorias nas subposições de uma mesma posição é determinada, para efeitos legais, pelos textos dessas subposições e das Notas de Subposição respectivas, assim como, mutatis mutandis, pelas Regras precedentes, entendendo-se que apenas são comparáveis subposições do mesmo nível. Para os fins da presente Regra, as Notas de Seção e de Capítulo são também aplicáveis, salvo disposições em contrário. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 22 Como se vê, na determinação das subposições de 1º e 2º nível, serão utilizadas as 5 RGI precedentes, sendo que na aplicação da RGI no 1, o que terá efeito legal agora serão os textos das subposições e as notas de subposição. Feita a classificação no SH, surge outro problema: fazer a classificação na NCM, que tem mais dois dígitos. Se a NCM tem dois dígitos a mais que o SH há necessidade de que exista uma regra que me ajude a proceder à classificação fiscal. Ela existe: é a RGC-1! 1.(RGC-1)As Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado se aplicarão, "mutatis mutandis", para determinar dentro de cada posição ou subposição, o item aplicável e, dentro deste último, o subitem correspondente, entendendo-se que apenas são comparáveis desdobramentos regionais (itens e subitens) do mesmo nível. Veja, caro amigo, que a RGC-1 é análoga à RGI no 6 do SH. Lembramos que na NCM existem as notas complementares, que são como se fossem as notas de itens e subitens, as quais devem ser levadas em consideração na classificação fiscal, conforme o art.94 do R.A. Voltando a comentar o art.94 do Regulamento Aduaneiro, ainda falta falarmos das Notas Explicativas do Sistema Harmonizado(NESH) e dos Pareceres da OMA. As NESH são uma espécie de glossário que trazem informações que auxiliam na classificação fiscal, mas que não tem valor legal, consistindo tão somente em elemento subsidiário. Os Pareceres da Organização Mundial de Aduanas, por sua vez, são resultados de processos de consultas efetuadas quanto à correta classificação fiscal de mercadorias, consistindo em elemento subsidiário fundamental ao classificador, conforme afirma corretamente a questão. Não se esqueça: as NESH e os Pareceres da OMA são elementos subsidiários, que tão somente auxiliam na classificação fiscal, não possuindo valor legal. V)VERDADEIRO. Exatamente conforme comentamos na assertiva anterior. Gabarito: Letra A. 16- (Questão Inédita)- Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta: CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 23 ( ) Os títulos das seções, capítulos e subcapítulos tem apenas valor indicativo: para os efeitos legais, a classificação é determinada pelas notas explicativas do Sistema Harmonizado e pelas Regras Gerais e Complementares.( ) Os subcapítulos são subdivisões dos capítulos para facilitar a ordenação. Todos os capítulos são subdivididos em subcapítulos. ( ) O número do subcapítulo não entra no código de formação da classificação fiscal de mercadorias. ( ) A NCM 8426.03.00 se refere a guindastes de pórtico. ( ) Os países signatários da Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias podem criar dígitos adicionais aos seis dígitos definidos no SH. No entanto, se tais dígitos adicionais forem criados, não há necessidade de definição de regras complementares. a) VFFFV b) VVFFV c) FFVFF d) FFVVF e) FVVVF I) FALSO. Essa foi uma questão em que tentei fazer uma pegadinha das brabas. Não sei se te enrolei nessa! As notas explicativas do SH são elementos subsidiários na classificação de mercadorias, não tendo valor legal. A questão estaria correta se afirmasse que os títulos das seções, capítulos e subcapítulos têm somente valor indicativo e que para fins legais devem ser considerados as notas de seção, notas de capítulo e os textos das posições. II) FALSO. Nem todos os capítulos são divididos em subcapítulos. III) VERDADEIRO. O número do subcapítulo não entra na formação do código da mercadoria. IV) FALSO. Calma, concurseiro! Não precisa querer me bater! Eu não sou louco de querer que você decore NCM por NCM. O que eu queria nessa afirmativa era que você percebesse que a NCM 8426.03.00 é uma NCM impossível, já que se o quinto dígito for zero, o sexto e os seguintes também o serão. Se o quinto dígito é zero, significa que a posição não é desdobrada. Se CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 24 a posição não é desdobrada, a subposiçào de 1º nível também não poderá sê- lo. V)VERDADEIRO. Há liberdade para quem quiser criar novos dígitos além dos seis já previstos no SH, fazê-lo. Um país pode ter até dez dígitos se quiser! Não tem problema! No entanto, é de se supor que ele deverá criar Regras Complementares para permitir a classificação segundo esses novos dígitos. Gabarito: Letra C. 17- (Questão Inédita)- Assinale a alternativa incorreta: a) No âmbito do MERCOSUL, a RGI 5-b deve ser interpretada de maneira restrita. b) Pode-se dizer que a posição identificada com o código 0106.00.00 é uma posição não desdobrada. c) Uma embalagem de uso prolongado que confira ao conjunto a sua característica essencial é sujeita a classificação própria, independendo da classificação da mercadoria. d) Uma embalagem de uso prolongado que não confira ao conjunto a sua característica essencial e seja apresentada com o artigo a que se destina, classifica-se com este último, desde que sejam do tipo normalmente vendido com tais artigos. e) Segundo a RGI 5-b, as embalagens de uso repetido somente se classificam autonomamente quando submetidas ao regime de admissão temporária ou exportação temporária. a) CERTO. É correto afirmarmos que no âmbito do MERCOSUL a RGI 5-b deve ser interpretada de forma restrita, já que segundo a RGC-2, as embalagens de uso repetido somente terão classificação autônoma em relação à mercadoria caso sejam submetidas ao regime de admissão temporária ou exportação temporária. b) CERTO. Quando uma posição não é desdobrada, o seu quinto dígito é zero e assim também será o sexto dígito. Quero chamar a sua atenção agora para uma outra questão. Poderá uma posição não desdobrada em subposições ser desdobrada em itens e subitens da NCM? A resposta é SIM. Duvidam? Então CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 25 dêem uma olhadinha lá na TEC e vejam a NCM 0209.00.11- Toucinho fresco refrigerado ou congelado. c) CERTO. As embalagens de uso prolongado poderão ter classificação junto com a mercadoria que acondicionam ou ainda poderão classificar-se autonomamente. Quando elas conferem a característica essencial ao conjunto, elas têm classificação própria, conforme afirma a assertiva. d) CERTO. Conforme comentário da assertiva anterior e) ERRADO. Não é a RGI 5-b que diz isso, mas sim a RGC-2, que a restringe no âmbito do MERCOSUL. Gabarito: Letra E 18- (Questão Inédita) - Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a sequência correta: ( ) A NALADI é uma nomenclatura análoga à NCM, criada no âmbito da ALADI tendo por base o Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias. Ela é utilizada nas negociações internacionais envolvendo países da ALADI. ( ) Sempre que um exportador brasileiro for vender seus produtos para um país da ALADI ele deverá verificar a correspondente classificação na NALADI, correlação esta que pode ser encontrada no próprio SISCOMEX. ( ) A NALADI e a NCM possuem a mesma estrutura e o mesmo número de dígitos, sendo os seis primeiros absolutamente coincidentes. ( ) O principal motivo da criação da NALADI foi o recente estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum no âmbito da ALADI. ( ) Os quatro primeiros números da NCM e da NALADI se referem à posição. a) VFFFV b) VFVFV c) FFFVF d) VVVFV e) FVVFV CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 26 I)VERDADEIRO. A NALADI/SH é uma nomenclatura análoga à NCM, utilizada no âmbito da NALADI e tem por base o Sistema Harmonização de Designação e Codificação de Mercadoria. II)VERDADEIRO. Se um exportador brasileiro for vender alguma mercadoria para um país da ALADI, ele deve verificar a classificação desta na NALADI/SH, a fim de obter conhecimento se o produto a ser exportado goza ou não de preferência tarifária. Se houver preferência tarifária, ele deverá providenciar um Certificado de Origem ALADI a fim de beneficiar-se da mesma. III)VERDADEIRO. Tanto a NALADI como a NCM possuem oito dígitos, sendo os seis primeiros absolutamente coincidentes, pois ambas são baseadas no SH. IV)FALSO. A ALADI não estabeleceu ainda uma Tarifa Externa Comum, já que nem o estabelecimento desta é característica do estágio de integração regional conhecido por união aduaneira. A ALADI não conforma na atualidade nem mesmo uma área de livre comércio, estágio menos avançado do que a união aduaneira. V)VERDADEIRO. Os quatro primeiros dígitos, tanto na NALADI quanto na NCM configuram a posição. Uma diferença para a qual chamo a atenção de vocês é quanto ao nome dado ao sétimo e oitavo dígitos na NALADI e na NCM. Na NALADI, o sétimo e oitavo dígitos são chamados de item de 1º nível e item de 2º nível, respectivamente. Na NCM, eles são chamados de item e subitem. Gabarito: Letra D. 19- (Questão Inédita) –Assinale a afirmativa verdadeira : a) A aplicação da NCM restringe-se ás operações de comércio exterior efetuadas pelo país no âmbito do MERCOSUL, sendo facultativa para o comércio com outras regiões. b) Quando uma mercadoria aparentemente possa ser classificada em duas ou mais posições, a classificação deve ser feita na posição mais específica em detrimento da geral, devendo-se considerar igualmente específicas as posições que se refiram a apenas uma parte das matérias constitutivas de um produto misturado ou de um artigo composto, ou a apenas um dos componentes de sortidos acondicionados para venda a CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 27 retalho, salvo se uma delas apresenta uma descrição mais precisa ou completa da mercadoria. c) De acordo com a RGI-2-a, qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange este artigo incompleto ou inacabado. d) Qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a essa matéria, quer em estado puro, quer associadaou misturada a outras matérias. e) É possível, em situações excepcionais, que uma mercadoria possa ser classificada em mais de uma posição do Sistema Harmonizado. a)ERRADO. A utilização da NCM é obrigatória em todas as operações de comércio exterior brasileiras. b)ERRADO. Essa aqui foi uma pegadinha das boas! Vejamos o que diz a RGI 3-a: 3. Quando pareça que a mercadoria pode classificar-se em duas ou mais posições por aplicação da Regra 2 b) ou por qualquer outra razão, a classificação deve efetuar-se da forma seguinte: a)A posição mais específica prevalece sobre as mais genéricas. Todavia, quando duas ou mais posições se refiram, cada uma delas, a apenas uma parte das matérias constitutivas de um produto misturado ou de um artigo composto, ou a apenas um dos componentes de sortidos acondicionados para venda a retalho, tais posições devem considerar-se, em relação a esses produtos ou artigos, como igualmente específicas, ainda que uma delas apresente uma descrição mais precisa ou completa da mercadoria. Viram o que eu sublinhei? Pois é: a assertiva usa a expressa “salvo se”, que muda completamente o sentido da frase. Mas o que quer dizer que duas posições são igualmente específicas? Usando um exemplo anterior, se eu tenho duas posições – uma com o texto “armário de ferro” e outra com o texto “armário de madeira”- e a minha mercadoria é um armário de madeira e ferro, as duas posições serão igualmente específicas e eu terei que usar a regra 3-b, ou seja, classificá-la segundo aquilo que lhe confere a característica essencial. “Ricardo, mas quando então uma posição é mais específica que a outra?” Suponhamos que uma posição tenha o texto “móveis de madeira” e a outra “armário de ferro” e a minha mercadoria é um armário de madeira e CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 28 ferro. Concordam comigo que armário está dentro do conjunto de móveis? Então, a posição “armário de ferro” é mais específica, ok? c)ERRADO. O erro da questão está em desconsiderar que para que um artigo incompleto ou inacabado possa ser classificado na mesma posição do artigo completo ou acabado, ele precisa apresentar, no estado em que se encontra, as características essenciais do bem completo ou acabado. d)CERTO. É justamente isso o que prescreve a RGI no 2-b e)ERRADO. Ao final da classificação fiscal, somente poderá ser classificada em uma única posição a mercadoria. Se isso não fosse feito dessa forma, haveria inúmeros problemas, particularmente no que se refere à tributação. Gabarito: Letra D. 20- (Questão Inédita)- Assinale a alternativa correta: a) Segundo a RGI no 2, o artigo incompleto ou inacabado irá possuir a mesma classificação fiscal atribuída ao artigo completo ou acabado. b)No âmbito do MERCOSUL, as embalagens de uso prolongado tem classificação fiscal autônoma em relação à mercadoria que acondicionam desde que sejam submetidas ao regime de admissão temporária. c) Quando não se consegue encontrar classificação fiscal para uma mercadoria aplicando-se as RGI no 1, no 2 e no 3, deve ser utilizada a classificação dos artigos mais semelhantes. d) Quando duas ou mais posições se refiram, cada uma delas, a apenas uma das matérias constitutivas de um produto misturado, a posição mais específica prevalece sobre a genérica. e) No âmbito do MERCOSUL, as embalagens de uso repetido têm classificação autônoma em relação à mercadoria, exceto quando submetidas ao regime de admissão temporária ou exportação temporária. a) ERRADO. Essa questão só seria verdadeira se o artigo incompleto ou inacabado possuísse, no estado em que se encontra, as características essenciais do artigo completo ou acabado b) ERRADO. As embalagens de uso prolongado, segundo a RGI 5-a podem classificar-se junto com a mercadoria que acondicionam ou ainda, autonomamente. Caso confiram a característica essencial ao conjunto, serão CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 29 classificadas separadamente. Do contrário, serão classificadas juntamente com a mercadoria. Não há qualquer disposição na RGC-2 da NCM com relação às embalagens de uso prolongado. c) CERTO. Essa afirmativa está correta e se refere à única RGI do SH à qual não nos referimos até agora: a RGI no 4. 4. As mercadorias que não possam ser classificadas por aplicação das Regras acima enunciadas classificam-se na posição correspondente aos artigos mais semelhantes. Como se vê, as RGI não deixam, de forma alguma, que uma mercadoria fique sem classificação. Mesmo que não se consiga classificar uma mercadoria usando-se as regras precedentes, a RGI no 4 determina que a classificação deverá ocorrer pelos artigos mais semelhantes. Diga-se de passagem que é praticamente impossível que se venha a utilizar essa regra, já que praticamente em todos os capítulos há uma posição para “outros”. Mas, uma coisa eu te digo: a ESAF não vai nem querer saber se é possível ou não usar essa regra, ela só vai cobrar na prova. d) ERRADO. Na situação apresentada, as duas posições serão igualmente específicas. e) ERRADO. No âmbito do MERCOSUL, as embalagens de uso repetido têm classificação autônoma em relação à mercadoria somente quando submetidas ao regime de admissão temporária ou exportação temporária. Gabarito: Letra C. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 30 LISTA DE QUESTÕES 1- (AFRF-2005) - O Sistema Harmonizado, composto por 21 Seções, constitui instrumento empregado internacionalmente para a classificação de mercadorias, a partir de uma estrutura de códigos e suas respectivas descrições. Os Capítulos 98 e 99 do referido Sistema, contudo, foram reservados para usos especiais dos países vinculados a ele. 2-(ACE-2008) - O instrumento de classificação de mercadorias atualmente empregado pelo Brasil é a Nomenclatura Comum do MERCOSUL, criada em 1995 em substituição à Nomenclatura Aduaneira da Associação Latino- Americana de Integração (NALADI/SH), que foi empregada de 1980 até 1995. 3- (AFRF-2005) - Os títulos das seções, capítulos e subcapítulos do Sistema Harmonizado têm apenas valor indicativo. Para os efeitos legais, a classificação fiscal é determinada pelos textos das posições e das Notas de Seção e de Capítulo. 4- (AFRF-2005) - A classificação fiscal da mercadoria deve ser feita pelo próprio importador. Não obstante, em caso de dúvida sobre a classificação do bem, há previsão legal para que, respeitados parâmetros, seja formulada consulta à autoridade aduaneira com vistas à correta classificação da mercadoria. 5- (AFRF-2005) - Dos oito dígitos que compõem a Nomenclatura Comum do Mercosul, os seis primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado, ao passo em que o sétimo e oitavo dígitos correspondem a desdobramentos específicos definidos no âmbito do Mercosul. 6- (AFTN-1989)- De acordo com a 2ª Regra Geral para a Interpretação do Sistema Harmonizado, qualquer menção a uma matéria em determinada posição da Nomenclatura Comum do MERCOSUL diz respeito: CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 31 a)qualquer mercadoria a que essa matéria confira a característica essencial. b) a essa matéria, quer em estado puro, quer misturada ou associada a outras matérias. c) a essa matéria em estado puro e a qualquer produto a que ela confira o caráter essencial. d) a quaisquer artefatos em cuja produção aquela matéria tenha participação preponderante. e) a essa matéria em estado puro, mas não em mistura ou associação. 7- (AFRF-2005) - No que atine à interpretação do Sistema Harmonizado, quando uma mercadoria aparentemente possaser classificada em duas ou mais posições, a classificação deve ser feita, em regra, pela posição mais genérica em detrimento das mais específicas. Os títulos das seções, capítulos e subcapítulos do Sistema Harmonizado têm apenas valor indicativo. Para os efeitos legais, a classificação fiscal é determinada pelos textos das posições e das Notas de Seção e de Capítulo. 8- (TRF-2006) - A Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) contém capítulos destinados não apenas a bens, mas também a serviços. Por sua vez, o Sistema Harmonizado (SH) diz respeito apenas à classificação aduaneira de bens. 9- (AFRF-2003) - O Sistema Harmonizado distribui as mercadorias em: a) seções e capítulos, dos quais três foram reservados para utilização futura. Possui seis regras gerais de interpretação (RGI) e duas regras gerais complementares (RGC-1 e RGC-2). O texto de descrição das mercadorias é precedido de um código, composto de seis algarismos, separados da seguinte forma XXXX.XX, indicando os dois primeiros o capítulo, os quatro primeiros a posição, e os dois últimos, a subposição, que pode ser de primeiro nível ou de segundo nível ou composta. b) seções e capítulos, dos quais três foram reservados para utilização pelas partes contratantes, individualmente. Possui seis regras gerais de interpretação (RGI) e uma regra geral complementar (RGC-1). O texto de descrição das CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 32 mercadorias é precedido de um código, composto de oito algarismos, separados da seguinte forma XXXX.XX.XX, indicando os dois primeiros o capítulo, os quatro primeiros a posição, o 5º e o 6º, a subposição, que pode ser de primeiro nível ou de segundo nível ou composta, e os dois últimos, o item e o subitem. c) seções e capítulos, dos quais um foi reservado para utilização pelas partes, individualmente, e dois foram reservados para utilização futura. Possui seis regras gerais de interpretação (RGI) e uma regra geral complementar (RGC-1). O texto de descrição das mercadorias é precedido de um código, composto de oito algarismos, separados da seguinte forma XX.XX.XX.XX, indicando os dois primeiros o capítulo, os quatro primeiros a posição, o 5º e o 6º, a subposição, que pode ser de primeiro nível ou de segundo nível ou composta, e os dois últimos, o item e o subitem. d) seções e capítulos, dos quais três foram reservados para utilização futura. Possui seis regras gerais de interpretação (RGI) e uma regra geral complementar (RGC-1). O texto de descrição das mercadorias é precedido de um código, composto de oito algarismos, separados da seguinte forma XXXX.XX.XX,indicando os dois primeiros o capítulo, os quatro primeiros a posição, o 5º e o 6º, a subposição, que pode ser de primeiro nível ou de segundo nível ou composta, e os dois últimos, o item e o subitem. e) seções e capítulos, dos quais um foi reservado para utilização futura e dois, para utilização pelas partes contratantes. Possui seis regras gerais de interpretação (RGI). O texto de descrição das mercadorias é precedido de um código, composto de seis algarismos, separados da seguinte forma XXXX.XX, indicando os dois primeiros o capítulo, os quatro primeiros a posição, e os dois últimos, a subposição, que pode ser de primeiro nível ou de segundo nível ou composta. 10- (AFRF 2002.2) - Considerando que o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias possui em sua estrutura 6 (seis) Regras Gerais Interpretativas, Notas de Seções e de Capítulos, uma Lista ordenada de posições e de subposições, apresentadas sistematicamente, compreendendo 21 Seções, 96 Capítulos e 1241 posições, subdivididas CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 33 (exceto 311) em subposições, resultando num total de 5019 grupos de mercadorias, podemos afirmar que ele: a) abrange todo o universo de mercadorias, produtos e materiais existentes e por existir no Universo, inclusive a energia elétrica, omitindo mesmo as mercadorias dos Capítulos 77, 98 e 99, sendo assim um sistema racional e completo. b) abrange todo o universo de mercadorias, produtos e materiais atualmente existentes no Universo, omitindo todas as mercadorias do Capítulo 77, e por essa razão, é um sistema racional e incompleto. c) abrange todo o universo de mercadorias, produtos e materiais existentes inclusive a energia elétrica, e por essa razão é um sistema irracional e completo. d) abrange todo o universo de mercadorias, produtos e materiais atualmente existentes no Universo e por essa razão é um sistema racional e completo. e) por abranger os produtos de alta sofisticação e complexidade tecnológica, exigindo para sua identificação e codificação a aplicação de regras técnicas, lógicas e legais no processo mental para seu enquadramento no Sistema, empresta caráter subjetivo a essa atividade e, por essa razão, tal sistema é irracional e completo. 11- (AFRF-2002.2) - O contêiner encerrando em seu interior mercadorias despachadas para consumo de uma só espécie, natureza, tipo etc. (por exemplo, tecidos idênticos) por ocasião da conferência aduaneira a) classifica-se em posição específica da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). b) segue a classificação fiscal da mercadoria nele contida. c) classifica-se de conformidade com a Regra 5-b, para a Interpretação do Sistema Harmonizado. d) não é objeto de classificação fiscal na Declaração de Importação para consumo das mercadorias despachadas. e) classifica-se à parte, porém, em regime isentivo do imposto de importação tendo em vista não pertencer ao consignatário das mercadorias. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 34 12- (AFRF-2002.2) Aplicando-se a Regra Geral para Interpretação do Sistema Harmonizado nº 5 (cinco), é correto afirmar- se que a embalagem de utilização repetida, apresentada com os artigos nela contidos a) não segue a classificação das mercadorias, se importada sob o regime de admissão temporária. b) segue a classificação das mercadorias tendo em vista ser embalagem de apresentação à autoridade fiscal. c) segue a classificação das mercadorias por ser de uso prolongado. d) não segue a classificação das mercadorias porque não confere às mesmas o seu caráter de essencialidade. e) não segue a classificação das mercadorias porque a ela se aplica o regime de trânsito aduaneiro. 13- (AFRF 2002.1) - Identifique, no código tarifário abaixo, os dígitos que indicam a sub-posição tarifária. 0703.90.01 a) o primeiro e o segundo dígitos b) o segundo e o terceiro dígitos c) o terceiro e o quarto dígitos d) o quinto e o sexto dígitos e) o sétimo e o oitavo dígitos 14- (AFRF 2002.1) - Para efeito de classificação das mercadorias na Nomenclatura Comum do MERCOSUL e aplicação das Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado, quando inaplicável a RGI nº 1, o artigo desmontado ou por montar: a) não pode ser classificado na posição do artigo completo ou acabado porque as Notas Explicativas do Sistema Harmonizado determinam sua classificação preponderante no artigo em referência. b) não é abrangido pela posição do artigo completo ou acabado porque nesse estado sua classificação far-se-á individualmente segundo as posições específicas de suas partes. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 35 c) é classificado na posição do artigo completo ou acabado, montado ou por montar, sempre que apresente no estado em que se encontra, as características essenciais do artigo completo ou acabado. d) é abrangido pela posição do artigo completo ou acabado,montado ou por montar, desde que através de operação de ensamblagem, essa condição seja atestada pelo Assistente Técnico (perito oficial) credenciado pela Secretaria da Receita Federal. e) é abrangido pela posição do artigo completo ou acabado, montado ou por montar, desde que se comprove que os componentes do artigo executem a mesma função do artigo completo ou acabado, montado ou por montar. 15- (Questão Inédita) - Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a sequência correta: ( ) A NVE ( Nomenclatura de Valor Aduaneiro e Estatística) surgiu como uma alternativa à NCM, possui o mesmo número de dígitos que esta e tem por finalidade identificar a mercadoria submetida a despacho aduaneiro de importação, para efeito de valoração aduaneira e aprimoramento dos dados estatísticos de comércio exterior. ( ) O erro de classificação fiscal por parte do importador gera uma multa de 1% do valor aduaneiro da mercadoria, além do importador ser obrigado a pagar um possível imposto complementar decorrente da nova classificação. ( ) A responsabilidade pela classificação fiscal de uma mercadoria é exclusiva do importador, não havendo meios legais disponíveis que o auxiliem neste mister. ( ) Os pareceres da OMA (Organização Mundial de Aduanas) consistem em elementos subsidiário fundamental para a classificação fiscal de mercadorias similares às neles descritas. ( ) A interpretação do conteúdo das posições e desdobramentos far-se-à pelas Regras Gerais e Complementares da Nomenclatura Comum do MERCOSUL e, subsidiariamente pelas Notas Explicativas do Sistema Harmonizado. a) FVFVV CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 36 b) FVFFV c)FVVVV d) VFVFV e) VFVFF 16- (Questão Inédita)- Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta: ( ) Os títulos das seções, capítulos e subcapítulos tem apenas valor indicativo: para os efeitos legais, a classificação é determinada pelas notas explicativas do Sistema Harmonizado e pelas Regras Gerais e Complementares. ( ) Os subcapítulos são subdivisões dos capítulos para facilitar a ordenação. Todos os capítulos são subdivididos em subcapítulos. ( )O número do subcapítulo não entra no código de formação da classificação fiscal de mercadorias. ( ) A NCM 8426.03.00 se refere a guindastes de pórtico. ( ) Os países signatários da Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias podem criar dígitos adicionais aos seis dígitos definidos no SH. No entanto, se tais dígitos adicionais forem criados, não há necessidade de definição de regras complementares. a) VFFFV b) VVFFV c) FFVFF d) FFVVF e) FVVVF 17- (Questão Inédita)- Assinale a alternativa incorreta: a) No âmbito do MERCOSUL, a RGI 5-b deve ser interpretada de maneira restrita. b) Pode-se dizer que a posição identificada com o código 0106.00.00 é uma posição não desdobrada. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 37 c) Uma embalagem de uso prolongado que confira ao conjunto a sua característica essencial é sujeita a classificação própria, independendo da classificação da mercadoria. d) Uma embalagem de uso prolongado que não confira ao conjunto a sua característica essencial e seja apresentada com o artigo a que se destina, classifica-se com este último, desde que sejam do tipo normalmente vendido com tais artigos. e) Segundo a RGI 5-b, as embalagens de uso repetido somente se classificam autonomamente quando submetidas ao regime de admissão temporária ou exportação temporária. 18- (Questão Inédita) - Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a sequência correta: ( ) A NALADI é uma nomenclatura análoga à NCM, criada no âmbito da ALADI tendo por base o Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias. Ela é utilizada nas negociações internacionais envolvendo países da ALADI. ( ) Sempre que um exportador brasileiro for vender seus produtos para um país da ALADI ele deverá verificar a correspondente classificação na NALADI, correlação esta que pode ser encontrada no próprio SISCOMEX. ( ) A NALADI e a NCM possuem a mesma estrutura e o mesmo número de dígitos, sendo os seis primeiros absolutamente coincidentes. ( ) O principal motivo da criação da NALADI foi o recente estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum no âmbito da ALADI. ( ) Os quatro primeiros números da NCM e da NALADI se referem à posição. a) VFFFV b) VFVFV c) FFFVF d) VVVFV e) FVVFV 19- (Questão Inédita) –Assinale a afirmativa verdadeira : CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 38 a) A aplicação da NCM restringe-se ás operações de comércio exterior efetuadas pelo país no âmbito do MERCOSUL, sendo facultativa para o comércio com outras regiões. b) Quando uma mercadoria aparentemente possa ser classificada em duas ou mais posições, a classificação deve ser feita na posição mais específica em detrimento da geral, devendo-se considerar igualmente específicas as posições que se refiram a apenas uma parte das matérias constitutivas de um produto misturado ou de um artigo composto, ou a apenas um dos componentes de sortidos acondicionados para venda a retalho, salvo se uma delas apresenta uma descrição mais precisa ou completa da mercadoria. c) De acordo com a RGI-2-a, qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange este artigo incompleto ou inacabado. d) Qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a essa matéria, quer em estado puro, quer associada ou misturada a outras matérias. e) É possível, em situações excepcionais, que uma mercadoria possa ser classificada em mais de uma posição do Sistema Harmonizado. 20- (Questão Inédita)- Assinale a alternativa correta: a) Segundo a RGI no 2, o artigo incompleto ou inacabado irá possuir a mesma classificação fiscal atribuída ao artigo completo ou acabado. b)No âmbito do MERCOSUL, as embalagens de uso prolongado tem classificação fiscal autônoma em relação à mercadoria que acondicionam desde que sejam submetidas ao regime de admissão temporária. c) Quando não se consegue encontrar classificação fiscal para uma mercadoria aplicando-se as RGI no 1, no 2 e no 3, deve ser utilizada a classificação dos artigos mais semelhantes. d) Quando duas ou mais posições se refiram, cada uma delas, a apenas uma das matérias constitutivas de um produto misturado, a posição mais específica prevalece sobre a genérica. e) No âmbito do MERCOSUL, as embalagens de uso repetido têm classificação autônoma em relação à mercadoria, exceto quando submetidas ao regime de admissão temporária ou exportação temporária. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 39 CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE www.pontodosconcursos.com.br 40 GABARITO 1-CERTO 2-ERRADO 3-CERTO 4-CERTO 5-CERTO 6-B 7-ERRADO. 8-ERRADO. 9-E 10-A 11-D 12-A 13-D 14-C 15-A 16-C 17-E 18-D 19-D 20-C
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