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CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 1 www.pontodosconcursos.com.br AULA 07: DEFESA COMERCIAL Olá companheiros, tudo bem? Como vão os estudos? Conseguindo acompanhar bem o nosso curso? Bem, antes de iniciar nossa aula de hoje, eu queria que vocês parassem por alguns minutos para que eu lhes contasse uma história que não tem nada a ver com comércio internacional. Durante um bom tempo da minha vida fui atleta de jiu-jitsu e judô, o que me faz até hoje ser verdadeiramente apaixonado por artes marciais. A prática de artes marciais vem sempre acompanhada de uma boa dose de disciplina e motivação, enrijecendo o caráter do atleta. Ganhar ou perder em uma competição são situações opostas, mas que igualmente trazem aprendizado. Acredito que a derrota, inclusive, é que traz as maiores lições. Ser atleta, participar de competições, enfrentar seu adversário cara-a-cara não é algo fácil. Há que se estar preparado e confiante para obter o melhor desempenho! Um lutador de artes marciais, pelo simples fato de sê-lo, já é uma pessoa diferente, mais aguerrida e mais dedicada. Mas de todos os grandes lutadores que vi até hoje, um brasileiro de nome Lyoto Machida foi o que mais me impressionou. Lutador de karatê nascido na Bahia, mas desde muito novo tendo mudado para Belém, Lyoto é atualmente o campeão do torneio de Mixed Martial Arts (também conhecido como “vale-tudo”) mais importante do mundo. O brasileiro obteve seu cinturão recentemente, vencendo um excepcional lutador americano, que nunca havia sido derrotado. Lyoto, também invicto, impressiona a todos com sua técnica apurada e contagia os fãs com seu carisma e humildade. Diferente de muitos lutadores arrogantes, ele respeita seus adversários e é muito ponderado quando fala de si mesmo. Após a formidável vitória por nocaute sobre o americano, Lyoto Machida falou chorando em entrevista algo que nos faz pensar e nos dá uma idéia do quanto ele teve que se superar: “Quando eu tinha 15 anos, eu assistia as lutas do Royce Gracie (famoso lutador brasileiro) e pensava que um dia eu queria chegar lá. Eu treinei minha vida inteira querendo ser um campeão, eu treinei duro sempre. Foram CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 2 www.pontodosconcursos.com.br muitas repetições, muitas horas de treino, muito choro. Enquanto meus amigos estavam em festas, eu estava treinando, mas hoje eu consegui. Se você tem um sonho, vá em frente! É possível, você pode fazer isso!” Por esse imenso Brasil afora, existem inúmeras pessoas com talento para diversas modalidades esportivas, mas que não chegam a se consagrar como grandes campeões, o que pode ser explicado pela deficiente estrutura de apoio ao esporte em nossos país. Mas e aqueles que conseguem, será que foi por sorte ou porque eram gênios? Eu diria que nenhum dos dois! Na verdade chegaram à consagração aqueles que acreditaram no seu sonho, aqueles que dedicaram todas suas forças para um objetivo. O concurseiro nada mais é do que um atleta em busca de seu sonho e ele também é uma pessoa diferente, mais focada, mais dedicada, mais sonhadora. A sorte ou o gênio não existem! O que existe é força de vontade e abdicação! Não desanime! Se você chegou até aqui, essa é a hora de intensificar mais ainda sua preparação. O seu sonho pode e vai virar realidade, não depende da ESAF, não depende de quando vai sair o edital, não depende de quais matérias vão fazer parte da prova! Só depende de você e da sua dedicação! Quando perguntado sobre quem foi o seu maior adversário até hoje, o brasileiro Lyoto Machida, respondeu que: “O meu maior adversário é vencer todos os dias o cansaço e as dores no corpo, isso é realmente difícil!” Vamos lá, meus amigos! Superem-se e, acima de tudo, estejam comprometidos com seus sonhos. O seu maior desafio é vencer você mesmo! Grande abraço a todos e uma boa aula! QUESTÕES COMENTADAS 1-(ACE-2008) - O sistema de defesa comercial brasileiro está organizado essencialmente em torno de duas instâncias: o Departamento de Defesa Comercial, órgão executivo vinculado à Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, com competência de propor a abertura e conduzir investigações para a aplicação de medidas antidumping, compensatórias e de salvaguardas, e de recomendar a aplicação das medidas de defesa comercial previstas nos acordos da OMC; a CAMEX, cujas competências CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 3 www.pontodosconcursos.com.br incluem a aplicação de medidas provisórias e o encerramento de investigação com aplicação de medidas definitivas. No âmbito do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio criado em 1947, foram criadas inúmeras regras tendentes à liberalização comercial, com o objetivo claro de quebrar o protecionismo então vigente. Uma das formas de protecionismo utilizadas pelos países e que o GATT 47 objetivava dar um fim são as práticas desleais de comércio, que por sinal perduram até os dias atuais. “Mas o que seriam práticas desleais de comércio, Ricardo?” Bom, podemos dizer que práticas desleais de comércio são aquelas que dificultam ou até impossibilitam a concorrência sobre bases justas. A Organização Mundial de Comércio (OMC), através do GATT, condena as práticas desleais de comércio que conhecemos por dumping e subsídio. Existem hoje, sob a égide da OMC, acordos multilaterais que tratam desses temas: o Acordo sobre a Implementação do Artigo VI – também conhecido por Acordo Antidumping – e o Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias. Caro amigo, quando você ouvir falar em práticas desleais de comércio, lembre- se logo do dumping e do subsídio, entendido? Voltando à questão, ela se refere à forma pela qual está organizado o sistema de defesa comercial no Brasil. Alguns pontos sobre o sistema de defesa comercial nós já até comentamos em aulas anteriores quando tratamos das competências dos órgãos intervenientes no comércio exterior brasileiro, mas nunca é demais recordar. 1)O DECOM (Departamento de Defesa Comercial), integrante da SECEX, tem competência para propor a abertura de uma investigação contra práticas desleais de comércio, bem como para conduzí-las. Ao final das investigações para aplicação de medidas antidumping, compensatórias e de salvaguardas, o DECOM PROPÕE ou não a aplicação das mesmas. 2) O órgão federal responsável atualmente pela APLICAÇÃO dessas medidas é a CAMEX. Mais à frente falaremos mais sobre a aplicação dessas medidas, que poderão ser provisórias ou definitivas. “Ricardo, quando você falou em práticas desleais de comércio você só mencionou o dumping e o subsídio! E essa tal de medida de salvaguarda?” CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 4 www.pontodosconcursos.com.br Bem lembrado! É o seguinte: práticas desleais são somente o dumping e o subsídio, contra os quais são aplicadas medidas antidumping e medidas compensatórias. As medidas de salvaguarda não são aplicadas diante de uma prática desleal de comércio, mas sim diante de um surto de importações que cause ou ameace causar dano à indústria doméstica. Entendido isso? Continuando, vamos agora analisar um detalhe que pegou muita gente no dia da prova. Trata-se da afirmação de que a CAMEX tem competência para o encerramento de investigação com aplicação de medidas definitivas. Muitos podem pensar: “O DECOM realiza a investigação, então é ele que a começa e a encerra.” Ledo engano! O DECOM realmente realiza a investigação, mas o encerramento desta necessita da formalização através de um ato público. Caso uma investigação seja encerrada com aplicação de medida de defesa comercial, a competência do encerramento será da CAMEX, que o fará por meio de Resolução.Caso a investigação seja encerrada sem a aplicação de medida de defesa comercial, a competência para o encerramento será do Secretário de Comércio Exterior, que o fará por meio de Circular SECEX. Gabarito: CERTO. 2- (ACE-2008) - A característica comum das medidas antidumping e das medidas compensatórias é seu caráter seletivo, diferenciando-as, nesse sentido, das salvaguardas comerciais, que, por força da razão pela qual são acionadas, não discriminam os produtos importados pela procedência. Vamos aproveitar essa questão para conceituar dumping e subsídio e ainda comentar sobre medidas antidumping, compensatórias e de salvaguarda. O dumping caracteriza-se pela venda de um produto para exportação por um preço inferior ao praticado no mercado interno do país exportador. O Decreto no 1602/95, que regulamenta as normas que disciplinam os procedimentos administrativos relativos à aplicação de medidas antidumping, traz em seu art 4º o conceito de dumping: CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 5 www.pontodosconcursos.com.br Art. 4º Para os efeitos deste Decreto, considera-se prática de dumping a introdução de um bem no mercado doméstico, inclusive sob as modalidades de drawback , a preço de exportação inferior ao valor normal. “Ricardo, o que seria esse valor normal?” O valor normal é o preço efetivamente praticado para o produto similar no mercado interno do país exportador. Portanto, podemos dizer que o dumping é a venda de um produto para exportação por um preço inferior ao praticado no mercado interno do país exportador, ou ainda, que é a venda de um produto para exportação por um preço inferior ao seu valor normal. Entendido isso? Vejamos o que diz a respeito o Decreto no 1602/95: Art. 5º Considera-se valor normal o preço efetivamente praticado para o produto similar nas operações mercantis normais, que o destinem a consumo interno no país exportador. § 1º O termo "produto similar" será entendido como produto idêntico, igual sob todos os aspectos ao produto que se está examinando, ou, na ausência de tal produto, outro produto que, embora não exatamente igual sob todos os aspectos, apresente característica muito próximas às do produto que se está considerado. § 2º O temo "país exportador" será entendido como país de origem e de exportação, exceto na hipótese prevista no art. 10. § 3º Serão normalmente consideradas como em quantidade suficiente para a determinação do valor normal as vendas do produto similar destinadas ao consumo do mercado interno do país exportador, que constituam cinco por cento ou mais das vendas do produto em questão ao Brasil, admitindo-se percentual menor quando for demonstrado que vendas internas nesse percentual inferior ocorrem, ainda assim, em quantidade suficiente que permita comparação adequada. Conceitos importantes trazidos pelo Decreto no 1602/95 são o de “produto similar” e o de “país exportador”. Na apuração do valor normal, devem ser levados em consideração os preços praticados para o produto similar na venda para o mercado interno no país exportador. Quando se fala em “produto similar” para fins de apuração de dumping, na verdade, está se referindo a produto idêntico sob todos os aspectos ao exportado. Caso não se identifique um produto idêntico, consideramos como produto similar aquele que possua características bem próximas do produto exportado. “Entendi, Ricardo! Então para eu saber se está ou não havendo dumping, basta eu comparar o valor normal com o preço de exportação. Se o preço de exportação for menor que o valor normal, estará havendo dumping e aí já se pode aplicar uma medida antidumping, não é isso?” CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 6 www.pontodosconcursos.com.br Calma, amigo concurseiro! Realmente, se o preço de exportação for inferior ao valor normal estará havendo dumping. No entanto, nem todo dumping é condenável, mas somente aquele que causar ou ameaçar causar dano significativo à indústria doméstica ou ainda ameaçar causar o retardamento da implantação de uma indústria. Para que seja aplicada uma medida antidumping devem existir três elementos: DUMPING, DANO e NEXO CAUSAL. Imaginemos, por exemplo, que a China venda ao Brasil óculos de sol por R$6,00 e no seu mercado interno o venda por R$ 8,00. Nessa situação é notória a ocorrência de dumping. Não podemos afirmar, no entanto, que está ocorrendo dano à indústria nacional, já que para isso, deveríamos levar em consideração o volume das importações da China, bem como o preço do similar nacional. Se o óculos de sol brasileiro custar R$5,00, por exemplo, e a China vender a R$6,00 – com dumping – estará havendo dano à indústria nacional? Por óbvio que não! Falemos agora sobre os subsídios! Considera-se que há concessão de subsídio nas hipóteses em que: 1) Exista, no país exportador, qualquer forma de sustentação de renda ou de preços que contribua direta ou indiretamente para aumentar exportações ou reduzir importações de qualquer produto. 2) Exista qualquer contribuição financeira por um governo ou órgão público, no interior do território de um país. Ressaltamos aqui que a isenção de impostos indiretos ou taxas a produtos destinados à exportação não é considerada subsídio. Ao contrário, considera-se que ocorre subsídio, quando uma empresa realiza empréstimos a custo inferior ao habitualmente ofertado pelo mercado. Para que você possa visualizar melhor o que é um subsídio, vamos a um exemplo. Suponhamos que uma indústria nos E.U.A tenha como preço de exportação de um determinado produto US$8,00 e o governo americano resolve subsidiá-la pagando a ela US$2,00 por produto. Nessa situação, o preço de exportação dessa indústria passa a ser de US$6,00. Claramente percebemos que a ação governamental torna a indústria americana mais competitiva, constituindo-se em uma prática desleal de comércio, que causa efeitos predatórios à concorrência. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 7 www.pontodosconcursos.com.br O artigo XVI do GATT/94 dispõe sobre os subsídios, motivo pelo qual o transcrevemos a seguir: Art XVI- Se uma parte contratante concede ou mantém um subsídio, incluída toda forma de manutenção dos ingressos cambiais ou dos preços, que tenha direta ou indiretamente como efeito aumentar as exportações de um produto qualquer deste país ou reduzir as importações para seu território, esta parte contratante notificará, por escrito, as partes contratantes sobre a importância, a natureza do subsídio e os efeitos estimados. Os subsídios podem ser classificados em três tipos: subsídios proibidos, subsídios recorríveis e subsídios irrecorríveis. Sobre isso, alguns pontos são importantes levar em consideração: 1) Todo subsídio que não é proibido é permitido. 2) Subsídios proibidos são aqueles que estão vinculados, de fato ou de direito, ao desempenho exportador. Também são considerados subsídios proibidos aqueles que estejam vinculados ao uso preferencial de produtos domésticos em detrimento de produtos estrangeiros. 3) Subsídios recorríveis são subsídios específicos que causem efeitos danosos aos interesses de um país. Subsídios específicos são aqueles cujo acesso está limitado, de fato ou de direito, a uma ou a um grupo de empresas ou indústrias, a setores de produção ou a regiões geográficas. 4) Subsídios irrecorríveis são aqueles que não são específicos, ou seja, têm caráter geral. São ainda irrecorríveis os subsídios específicos destinados a apoiar atividades de pesquisa, desenvolvimento regional ou assistência para atendimento de exigências ambientais. O Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias elenca uma série de condições para que esses subsídios específicos sejam considerados irrecorríveis.Para fins de prova, não acho interessante, no entanto, memorizá-las. Basta que saibamos que esses três tipos de subsídios específicos são irrecorríveis: apoio a atividades de pesquisa, desenvolvimento regional e assistência para atendimento a exigências ambientais. 5) Os Subsídios irrecorríveis são sempre permitidos. “Entendi, Ricardo! Mas me diga uma coisa: quando irá ser aplicada então uma medida compensatória?” CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 8 www.pontodosconcursos.com.br A aplicação de uma medida compensatória requer que seja determinada a ocorrência de subsídio recorrível ou acionável, de dano à indústria doméstica e de relação causal entre eles, com base em investigação realizada com essa finalidade. Bom, agora que já tivemos algumas noções introdutórias sobre dumping e subsídio, passemos às medidas de salvaguarda. Como já sabemos, os países signatários do GATT acordaram regras visando à liberalização do comércio. Dentro dessas regras, destaca-se a progressiva redução tarifária. Ocorre que foram estabelecidas também algumas regras que se constituem em verdadeiras cláusulas de escape: é o caso das medidas de salvaguarda, estabelecidas no artigo XIX do GATT: Art XIX – Se, como conseqüência da evolução imprevista das circunstâncias e por efeito das obrigações, incluídas aí as concessões tarifárias, contraídas por uma parte contratante em virtude do presente Acordo, as importações de um produto no território desta parte contratante tenham aumentado em tal quantidade que causam ou ameaçam causar um dano grave aos produtores nacionais de produtos similares ou diretamente concorrentes no território, a parte contratante poderá, na medida e no tempo necessários para prevenir ou reparar esse dano, suspender total ou parcialmente a obrigação contraída com respeito a tal produto, ou retirar ou modificar a concessão. Como se depreende da leitura do artigo XIX, as medidas de salvaguarda, distintamente das medidas antidumping e compensatórias, não se constituem em instrumentos para coibir práticas desleais de comércio. Elas configuram-se sim em medidas de defesa comercial, mas são destinadas a fazer frente a um surto de importações que causem ou ameacem causar dano grave aos produtores nacionais de produtos similares ou diretamente concorrentes. Representa, nesse sentido, um reerguimento de barreiras tarifárias anteriormente derrubadas. A aplicação de medidas de salvaguarda também é precedida de investigação, na qual deverá ser determinada a existência de prejuízo grave ou ameaça de prejuízo grave à indústria doméstica e a relação de causalidade entre estes e o surto de importações. Vamos agora aos comentários da questão, na qual o examinador aborda um aspecto interessante que diferencia as medidas antidumping e compensatórias das medidas de salvaguarda. As medidas antidumping e CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 9 www.pontodosconcursos.com.br compensatórias têm um caráter seletivo. Como exemplo, vamos supor que a China esteja vendendo óculos para o Brasil a um valor de R$6,00 e o preço praticado no seu mercado interno é de R$8,00. Além disso, o preço do similar nacional é R$7,00, o volume das exportações é significativo e o preço nacional é um preço justo. Patente está que no caso apresentado há dumping, dano e nexo causal, o que leva, após a condução de investigação pelo DECOM , à aplicação de uma alíquota antidumping sobre as importações de óculos da China. O caráter seletivo da medida anti-dumping implica que se a Suécia, Holanda ou qualquer outro país for exportar o mesmo óculos para o Brasil, essa exportação não estará sujeita à medida de defesa comercial. Tudo isso se aplica também às medidas compensatórias. Entretanto, no que tange as medidas de salvaguarda, essa regra não encontra aplicabilidade. Para exemplificar, vamos supor que, como conseqüência de uma redução tarifária, ocorra no Brasil um surto de importação de óculos que cause ou ameace causar dano à indústria nacional. Diante dessa situação, a CAMEX, após investigação e proposta do DECOM, aplica uma medida de salvaguarda. O caráter não-seletivo desta em razão da procedência fará com que qualquer importação de óculos, proveniente de qualquer país, sofra a incidência da medida de salvaguarda. A medida de salvaguarda tem ainda uma outra diferença bem peculiar em relação à medida antidumping e à medida compensatória. As duas últimas têm caráter de barreira não-tarifária, já que constituem sanção de ato ilícito, respectivamente contra o dumping e o subsídio. Com isso, ambas ficam excluídas da definição de tributo, que não compreende prestações que constituam sanção de ato ilícito. Já a medida de salvaguarda, como não visa proteger a indústria nacional de uma prática desleal de comércio, mas sim fazer frente a um surto de importações, consiste numa mera elevação da alíquota do imposto de importação. O que ocorre, como já foi dito anteriormente, é um reerguimento de barreiras tarifárias que haviam sido derrubadas. Detalhe interessante é que a medida de salvaguarda pode também ser utilizada na forma de uma restrição quantitativa, com o estabelecimento de cotas de importação. Gabarito: CERTO. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 10 www.pontodosconcursos.com.br 3- (AFRF-2005) - A medida de salvaguarda, quando aplicada, deve incidir tão-somente em relação aos países responsáveis pelo surto de importação no país que adota a medida. A esse respeito, segundo o Acordo sobre Salvaguardas da OMC, a medida somente pode ser aplicada em relação aos países cuja participação no mercado do país importador seja igual ou superior a 30% (trinta por cento) em relação ao produto investigado. A medida de salvaguarda tem um caráter de não seletividade em razão da procedência, ou seja, incide sobre as importações do produto objeto da medida independentemente de sua origem. Nesse sentido o Acordo sobre Salvaguardas da OMC, estabelece em seu artigo II: Artigo II -Condições 1. Um Membro só poderá aplicar uma medida de salvaguarda a um produto após haver determinado, de conformidade com as disposições enunciadas abaixo, que as importações daquele produto em seu território tenham aumentado em quantidades tais, seja em termos absolutos, seja em proporção à produção nacional, e ocorram em condições tais que causam ou ameaçam causar prejuízo grave ao setor nacional que produz bens similares ou diretamente concorrentes. 2. Medidas de salvaguarda serão aplicadas ao produto importado independentemente de sua procedência. Gabarito: ERRADO. 4- (AFRF-2005) - Os pressupostos de aplicação das medidas de salvaguarda são: (i) surto de importações, (ii) existência de prejuízo grave à indústria nacional e (iii) nexo causal entre o surto de importações e o prejuízo grave à indústria nacional. A ameaça de prejuízo grave não é suficiente para dar ensejo à aplicação de uma medida de salvaguarda. A ameaça de prejuízo grave pode sim dar ensejo à aplicação de uma medida de salvaguarda. Os outros pontos da questão estão absolutamente corretos. Aproveitemos aqui, então, para detalhar cada um dos pressupostos para aplicação das medidas de salvaguarda! Vamos lá! 1)Surto de Importações: CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 11 www.pontodosconcursos.com.br Para que seja aplicada uma medida de salvaguarda, o primeiro ponto a se verificar é a ocorrência de um surto de importações, que caracteriza-se por um aumento, em quantidade, das importações de um determinado produto, seja em termos absolutos ou em termos relativos. Quando falamos em aumento absoluto das importações, estamos nos referindo a uma situação em quea importação de um determinado produto cresceu substancialmente em relação a um período anterior. Já quando falamos em aumento relativo das importações, queremos nos referir a uma situação em que a quantidade de importações de um produto manteve-se constante de um período para outro, mas a produção nacional decresceu. Em ambos os casos, considera-se como tendo ocorrido um surto de importações. A ocorrência do surto de importações tem sua origem em uma evolução imprevista das circunstâncias e por efeito das obrigações assumidas. “Como assim, Ricardo?” Bom, nas Rodadas de Negociação realizadas no âmbito da OMC – veremos isso em aulas posteriores – os países outorgam entre si concessões tarifárias. Vamos supor, por exemplo, que o Brasil estabeleça como limite máximo do I.I incidente sobre têxteis a alíquota de 10%. Essa obrigação assumida pelo Brasil, diante de uma evolução imprevista das circunstâncias, pode vir a causar um substancial aumento das importações, ou seja, o que estamos chamando de surto de importações. 2)Existência de prejuízo grave à indústria nacional: O prejuízo grave à indústria nacional não deve ser entendido simplesmente como um prejuízo já consumado, mas também como a ameaça de prejuízo grave à indústria nacional. Entende-se por prejuízo grave a deterioração geral e significativa da situação de uma determinada indústria doméstica, e por ameaça de prejuízo grave a clara iminência de prejuízo grave, com base em fatos e não apenas em alegações ou possibilidades remotas. O art 4º, parágrafo 2º do Acordo sobre Salvaguarda estabelece os fatores que deverão ser levados em consideração para a determinação de prejuízo grave: CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 12 www.pontodosconcursos.com.br Artigo IV ... 2. (a) No curso da investigação destinada a determinar se o aumento das importações tem causado ou ameaçam causar prejuízo grave a uma indústria nacional, nos termos do presente Acordo, as autoridades competentes avaliarão todos os fatores relevantes de caráter objetivo e quantificável que tenham relação com a situação daquela indústria, especialmente o ritmo de crescimento das importações do produto considerado, bem como seu crescimento em volume, em termos absolutos e relativos, a parcela do mercado interno absorvida pelas importações em acréscimo, as alterações no nível de vendas, a produção, a produtividade, a utilização da capacidade, os lucros e perdas e o emprego. Entende-se por indústria doméstica o conjunto de produtores de bens similares ou diretamente concorrentes ao produto importado, ou ainda, os produtores nacionais cuja produção total de bens similares ou diretamente concorrentes ao produto importado constituam uma parcela substancial da produção de tais bens. 3) Nexo causal entre o surto de importações e o prejuízo grave à indústria nacional: Na investigação para aplicação de medidas de salvaguarda deverá ser demonstrado que o prejuízo grave à indústria nacional, ou a ameaça de tal prejuízo, é causado pelo aumento das importações do produto em questão. Quando outros fatores, que não o aumento das importações, estiverem simultaneamente causando prejuízo à indústria nacional, tal prejuízo não poderá ser atribuído ao aumento das importações. Gabarito: ERRADO. 5- (AFRF-2005) - Como medida de defesa comercial que é, a salvaguarda não dá ensejo à compensação comercial para os países que vierem a ser prejudicados por sua aplicação. Quando é verificada a ocorrência de um surto de importações, existência de prejuízo grave ou ameaça de prejuízo grave e o nexo causal, a investigação irá concluir pela proposição da aplicação de uma medida de salvaguarda. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 13 www.pontodosconcursos.com.br Tão logo se chegue a essa conclusão, o Comitê de Salvaguardas da OMC deverá ser notificado acerca da mesma, bem como da disposição de realizar consultas prévias à aplicação da medida com qualquer outro país que tenha um interesse substancial como exportador do produto em questão. Tais consultas representam uma oportunidade para que sejam trocadas opiniões entre os países acerca da medida bem como buscar um entendimento sobre eventuais compensações a serem dadas, a fim de manter nível equivalente de direitos e obrigações assumidas no âmbito das Rodadas de Negociação. Esse é o entendimento do artigo VIII do Acordo sobre Salvaguardas: Artigo VIII - Nível das Concessões e Outras Obrigações 1. Todo Membro que se proponha aplicar ou queira prorrogar uma medida de salvaguarda procurará, de conformidade com as disposições do parágrafo 3 do Artigo 12, manter um nível de concessões e de outras obrigações substancialmente equivalente ao existente nos termos do GATT 1994 entre tal Membro e o Membros exportadores que seriam afetados por tal medida. Com o fim de alcançar esse objetivo, os Membros interessados poderão chegar a acordo com relação a qualquer forma adequada de compensação comercial pelos efeitos adversos da medida sobre o seu comércio. Gabarito: ERRADO. 6- (AFRF-2005) - O surto de importações, para que possa justificar a salvaguarda, precisa ser verificado em termos absolutos. Nesse sentido, não basta que o aumento significativo das importações se verifique apenas em comparação com a produção nacional. Conforme já comentamos em questão anterior, o aumento significativo das importações que justifica uma medida de salvaguarda poderá se dar tanto em termos absolutos como em termos relativos. Gabarito:ERRADO. 7- (AFRF-2005) - Caso não seja possível o cálculo do preço de exportação, ou caso o preço seja duvidoso segundo os parâmetros da legislação aplicável, o preço de exportação do produto investigado pode ser construído pela autoridade investigadora para fins de constatação da prática do dumping. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 14 www.pontodosconcursos.com.br Conforme comentamos em questão anterior, o dumping caracteriza-se pela oferta de um produto no comércio de outro país a preço inferior a seu valor normal, no caso de o preço de exportação do produto ser inferior àquele praticado no curso normal das atividades comerciais para o mesmo produto quando destinado ao consumo no país exportador. Para verificarmos a ocorrência de dumping precisamos fazer, portanto, uma comparação entre o valor normal e o preço de exportação. À primeira vista isto pode parecer bem fácil de se proceder, mas há situações em que a complexidade aflora. O valor normal é o preço efetivamente praticado para o produto similar no mercado do país exportador. Mas e se não houverem vendas do produto similar no mercado doméstico do país exportador? E se em razão das condições especiais de mercado ou do baixo volume de vendas, não for possível comparação adequada? Como determinar nessas situações o valor normal? Nessas situações, o valor normal será baseado no preço do produto similar praticado nas operações de exportação para um terceiro país, desde que esse preço seja representativo ou no valor construído no país de origem, como tal considerado o custo de produção no país de origem acrescido de razoável montante a título de custos administrativos e de comercialização, além da margem de lucro. Entendido como se determina o valor normal nesses casos excepcionais? Vejamos o que determina o artigo II do Acordo Antidumping: Artigo II- Determinação de Dumping ... 2. Caso inexistam vendas do produto similar no curso normal das ações de comércio no mercado doméstico do país exportador ou quando, em razão de condições específicas de mercado ou por motivo do baixo nível de vendas no mercado doméstico do país exportador tais vendas não permitam comparação adequada, a margemde dumping será determinada por meio de comparação com o preço do produto similar ao ser exportado para um terceiro país adequado, desde que esse preço seja representativo ou com o custo de produção no país de origem acrescido de razoável montante por conta de custos administrativos, comercialização e outros além do lucro. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 15 www.pontodosconcursos.com.br Tratando agora do preço de exportação, este pode ser entendido como o preço efetivamente pago ou a pagar pelo produto exportado ao Brasil, livre de impostos ou descontos. Entretanto, há situações em que não é possível o cálculo do preço de exportação ou este possa parecer duvidoso em razão de acordo compensatório entre o exportador e o importador. Nesse caso, a autoridade investigadora, conforme afirma a questão, poderá proceder à construção do preço de exportação, nos moldes do art 8º do Decreto no 1602/95: Art. 8º O preço de exportação será o preço efetivamente pago ou a pagar pelo produto exportado ao Brasil, livre de impostos, descontos e produções efetivamente concedidos e diretamente relacionados com as vendas de que se trate. Parágrafo único. Nos casos em que não exista preço de exportação ou que este pareça duvidoso, por motivo de associação ou acordo compensatório entre o exportador e o importador ou uma terceira parte, o preço de exportação poderá ser construído a partir: a) do preço pelo qual os produtos importados foram revendidos pela primeira vez a um comprador independente; ou b) de uma base razoável, no caso de os produtos não serem revendidos a comprador independente, ou não serem revendidos na mesma condição em que foram importados. Apurados o valor normal e o preço de exportação, o próximo passo é a comparação dos dois, a qual deverá ser feita sobre bases justas. Assim, ambos os valores deverão ser comparados livres de impostos e levando-se em consideração as vendas ocorridas em datas as mais próximas possíveis. Costuma se dizer que a comparação ocorre no nível ex-fábrica, ou seja, descontando todos os gastos incorridos após o produto ter deixado a fábrica. A diferença entre o valor normal e o preço de exportação é a margem de dumping, ou seja, é o valor que corrige o preço de exportação para um nível de concorrência leal. A razão entre a margem de dumping e o preço de exportação é a margem de dumping relativa. A aplicação de um direito antidumping deverá se basear na margem de dumping relativa. Para materializar melhor o nosso entendimento, vamos a um exemplo! Suponhamos que a China venda para o Brasil sapatos de couro a US$4,00 e pratique no seu mercado interno o preço de US$6,00, os dois valores líquidos de impostos. Bom, se o valor normal é US$6,00 e o preço de exportação US$4,00, a margem de dumping será de US$2,00. Essa será a CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 16 www.pontodosconcursos.com.br margem de dumping absoluta. A margem de dumping relativa será de US$2,00/ Preço de Exportação, ou seja, US$2,00/4,00 =0,5 = 50%. O direito antidumping poderá ser aplicado na forma de uma alíquota ad valorem ou específicas, fixas ou variáveis, ou pela conjugação de ambas. Se a alíquota cobrada for específica, esta será a margem de dumping absoluta. Se a alíquota cobrada for ad valorem, esta será a margem de dumping relativa. Importante dizermos que se o direito antidumping for ad valorem, este incidirá sobre o valor CIF da mercadoria. Gabarito: CERTO. 8- (AFRF-2005) - Para neutralizar a prática do dumping, o país prejudicado pode aplicar uma medida antidumping, respeitando o princípio da não- seletividade, ou seja, a aplicação da medida deverá atingir todas as importações do produto em questão, não importando sua procedência. Será aplicada uma medida antidumping quando uma investigação concluir pela existência de DUMPING, DANO e NEXO CAUSAL entre o dumping e o dano. Vamos aqui dar um panorama geral sobre o que representa esse dano! Vamos supor que a China tenha para um determinado produto um preço de exportação para o Brasil de US$6,00 e venda no seu mercado interno o mesmo produto por US$8,00. Patente está nesse caso a existência de dumping. Mas e o dano? Será que está havendo dano à indústria brasileira do referido produto? Se a indústria doméstica vender a US$5,00 o produto no nosso mercado, os preços chineses, por serem superiores, não estarão causando dano. Já se a indústria brasileira vender a US$7,00, os preços chineses poderão vir a causar dano, mas deveremos ainda analisar qual o volume das importações. Se o volume das importações for pequeno, estas não afetarão a indústria doméstica e, portanto, não haverá dano. No entanto, se o volume das importações for grande o dano será bem provável. A análise de dano será procedida pelas autoridades investigadoras, as quais irão avaliar a evolução das importações do produto objeto de dumping bem como a situação da indústria doméstica, levando-se em consideração, CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 17 www.pontodosconcursos.com.br para isso, uma série de indicadores de desempenho dessa indústria. Ressaltamos ainda que o dano à indústria doméstica deve ser interpretado em sentido amplo, ou seja, o termo dano será entendido como dano material à indústria doméstica efetivamente ocorrido, ameaça de dano material a essa indústria ou ainda atraso real na implantação da mesma. Guarde isso, pois é muito importante! Voltando à questão, o erro da mesma está em afirmar que o direito antidumping obedece ao princípio da não-seletividade, atingindo todas as importações do produto em questão, não importando a procedência. Na verdade, o direito antidumping e as medidas compensatórias obedecem ao princípio da seletividade, só atingindo as importações provenientes dos países que praticam o dumping e o subsídio. Já as medidas de salvaguarda, estas sim obedecem ao princípio da não-seletividade, incidindo sobre todas as importações do produto, independente da origem. Gabarito: ERRADO. 9- (AFRF 2005) - Segundo as normas da OMC, pratica dumping a empresa que vende no mercado de outro país abaixo do seu preço de custo. A prática do dumping fica caracterizada quando uma empresa vende no mercado de outro país abaixo do preço de venda no mercado interno. Gabarito: ERRADO. 10- (AFRF 2005) - Para a aplicação da medida antidumping é necessária a comprovação do dolo específico, ou seja, do objetivo da empresa estrangeira de eliminar ou restringir a ação da concorrência no país importador. Não há necessidade de que seja comprovado o objetivo da empresa estrangeira de eliminar ou restringir a ação da concorrência no país importador. Mais uma vez, o que se precisa determinar é a existência de DUMPING, DANO e NEXO CAUSAL Gabarito: ERRADO. 11- (AFRF-2005) - A aplicação da medida antidumping pode ser feita de modo tanto qualitativo, por meio de um direito antidumping ad valorem ou CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 18 www.pontodosconcursos.com.br específico, ou de modo quantitativo, ou seja, por meio da definição de uma cota que restrinja o ingresso do produto no mercado do país importador. A aplicação da medida antidumping será feito sempre de modo qualitativo, isto é, pela aplicação de uma alíquota antidumping, que poderá ser específica, ad valorem ou uma combinação de ambas. Esta afirmação também aplica-se às medidas compensatórias, aplicadas quando ocorre o subsídio acionável e danoso. Já a aplicação de medidas de salvaguarda poderá ocorrer tanto de modo qualitativo quanto de modo quantitativo, com estabelecimento de cotas para importação. Gabarito: ERRADO, 12- (TRF-2006) - A medidade defesa comercial que restringe as importações de um determinado produto, cujo surto de importações esteja causando dano ou ameaça de dano à indústria doméstica, é denominada: a) medida antidumping. b) medida compensatória. c) salvaguarda. d) drawback. e) cota às importações. Conforme já vimos anteriormente, a medida de salvaguarda é uma medida de defesa comercial utilizada para fazer frente a um surto de importações que esteja causando ou ameace causar dano à indústria doméstica. A medida de salvaguarda, de forma contrária às medidas antidumping e compensatórias, não serve para combater uma prática desleal de comércio, mas sim para fazer frente a um surto de importações causado pela evolução imprevista das circunstâncias e em razão das obrigações assumidas. Gabarito: Letra C. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 19 www.pontodosconcursos.com.br 13- (AFRF-2002.2) - Sobre direitos compensatórios, é correto afirmar-se que: a) objetivam corrigir danos causados à produção doméstica pelo aumento súbito de importações. b) são aplicados pelo país importador quando comprovada a prática de dumping pelo país exportador e após estimado o dano causado à indústria doméstica. c) são aplicados pelo país exportador para corrigir danos causados por medidas restritivas e outras práticas desleais de comércio impostas pelo país importador sempre que caracterizado o dano à produção nacional deste último. d) associam-se à neutralização de medidas restritivas ao comércio como normas sanitárias, barreiras técnicas e regras de origem quando não compatíveis com acordos multilaterais. e) envolvem a aplicação, pelo país importador, de gravames às importações com o propósito de neutralizar efeitos distorcivos sobre o comércio decorrentes de medidas de apoio às exportações implementadas no país de que procedem e que ferem a normativa multilateral. Gabarito: Letra E. As medidas compensatórias, ou direitos compensatórios, são aplicadas quando é determinado em uma investigação a ocorrência de subsídio acionável que esteja causando ou ameace causar dano à indústria doméstica e ainda, exista nexo causal entre o subsídio e o dano. Quando a questão fala em “medidas de apoio às exportações implementadas no país de que procedem”, ela está se referindo aos subsídios. Lembramos aqui que nem todos os subsídios são proibidos! Os subsídios são divididos, conforme o Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias, em proibidos, recorríveis e irrecorríveis. As medidas compensatórias têm como objetivo eliminar o dano causado à indústria nacional decorrente da importação de produto objeto de subsídio concedido, direta ou indiretamente, no país exportador, para a fabricação, produção, exportação ou transporte. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 20 www.pontodosconcursos.com.br 14- (AFRF-2002.2) - Quando vinculados às exportações, os subsídios distorcem as condições de concorrência internacional, o que, de acordo com as normas da Organização Mundial de Comércio (OMC), faculta ao país afetado adotar medidas restritivas. Tais medidas são denominadas: a) medidas anti-dumping b) salvaguardas c) barreiras não-tarifárias d) medidas compensatórias e) medidas suspensivas Questão bastante tranqüila do concurso de AFRF em 2002! Podemos perceber que as questões que tratavam do assunto de defesa comercial anteriormente à 2005 eram de um nível bem fácil. Gabarito: Letra D. 15- (AFRF-2002.1) - A venda de uma mercadoria no exterior a preços inferiores aos normalmente praticados no mercado de origem configura prática comercial denominada: a) dumping b) drawback c) direito compensatório d) clearance e) subsídio Mais uma questão tranqüila que não necessita de maiores comentários. Gabarito: Letra A. 16- (Questão Inédita)- Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta: ( ) A abertura de uma investigação de defesa comercial é de competência da Secretaria de Comércio Exterior, no entanto a aplicação de medidas provisórias ou definitivas é de competência da CAMEX. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 21 www.pontodosconcursos.com.br ( ) A competência para o encerramento das investigações sem aplicação de medida de defesa comercial é de competência do Secretário de Comércio Exterior. ( ) O direito antidumping é o montante em dinheiro, igual ou superior à margem de dumping apurada, que tem o fim exclusivo de neutralizar os efeitos danosos das importações a preços de dumping. ( ) Na análise de dumping, se o produto similar não for objeto de vendas no mercado interno do país exportador , pode-se utilizar como valor normal exclusivamente o preço de exportação para terceiro país. ( ) Na análise de dumping deverá ser comparado o preço de exportação com o valor normal. O valor normal, por sua vez, é considerado em base FOB. a)VVFVF b)VFFVF c)VVVFV d)VFVFV e) FFVVV I) VERDADEIRO. A abertura de uma investigação de defesa comercial é de competência da Secretaria de Comércio Exterior, podendo esta ser iniciada de ofício ou mediante petição feita pela indústria doméstica ou em seu nome. A petição de abertura da investigação deverá contar com o apoio de produtores cuja produção conjunta constitua mais de 50% da produção total do produto similar produzido pela parcela da indústria doméstica que manifestou apoio ou rejeição à petição. A petição deverá ser indeferida se os produtores que a apóiam responderem por menos de 25% da produção nacional. Outro ponto abordado pela questão é a competência da CAMEX para aplicar medidas antidumping provisórias ou definitivas. Até agora nós falamos unicamente em direitos antidumping definitivos. No entanto, também são cabíveis medidas antidumping provisórias, sendo necessário para isto que: 1) Seja alcançada uma determinação preliminar positiva de dumping, dano e nexo causal. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 22 www.pontodosconcursos.com.br 2) As autoridades competentes julguem que a adoção de tais medidas é necessária para impedir que ocorra um dano maior à indústria durante a investigação. 3) Tenha decorrido o prazo mínimo de 60 dias a contar da data da abertura da investigação. 4) Tenha sido dada oportunidade às partes interessadas para que se manifestem. “Ricardo, mas e se ao final da investigação chegar-se à decisão de que não houve dumping ou dano?” Boa pergunta! Se tiverem sido aplicadas medidas antidumping provisórias e ao final da investigação não forem aplicadas medidas antidumping definitivas poderá ocorrer uma das três situações: 1) O valor das medidas antidumping será restituído, caso tenha sido recolhido. 2) O valor das medidas antidumping será devolvido, caso tenha sido garantido por depósito. 3) O valor das medidas antidumping será extinto, no caso de ter sido prestada fiança bancária. Importante anotarmos que o direito antidumping poderá não ser cobrado, sendo prestada garantia a ele equivalente (fiança bancária ou depósito). “E se a determinação ao final da investigação for pela existência de dumping e dano dele decorrente?” Bom, novamente teremos três situações possíveis: 1) O valor do direito aplicado pela decisão final é igual ao direito antidumping provisório = as importâncias recolhidas ou garantidas serão convertidas em direito definitivo. 2) O valor do direito aplicado pela decisão final é inferior ao direito antidumping provisório = o valor excedente será restituído. 3) O valor do direito aplicado pela decisão final é superior ao direito antidumping provisório =a diferença NÃO será exigida. II) VERDADEIRO. O encerramento da investigação quando houver aplicação de direito antidumping é de competência da CAMEX, o que será materializado CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 23 www.pontodosconcursos.com.br por uma resolução deste órgão. Já o encerramento da investigação sem aplicação de medida de defesa comercial é de competência do Secretário de Comércio Exterior, que o fará por intermédio de Circular SECEX. III) FALSO. O art 45 do Decreto nº 1602/95 define o conceito de direito antidumping: Art. 45. Para os efeitos deste Decreto, a expressão "direito antidumping" significa um montante em dinheiro igual ou inferior à margem de dumping apurada, calculado e aplicado, em conformidade com este artigo, com o fim exclusivo de neutralizar os efeitos danosos das importações objeto de dumping. §1º O direito antidumping será calculado mediante§ a aplicação de alíquotas ad valorem ou específicas, fixas ou variáveis, ou pela conjugação de ambas. §2º A alíquota ad valorem será aplicada sobre o valor da mercadoria, em base CIF, apurado nos termos da legislação pertinente. §3º A alíquota específica será fixada em dólares dos Estados Unidos da América e convertida em moeda em moeda nacional, nos termos da legislação pertinente. Veja, caro amigo, que o direito antidumping é o montante em dinheiro igual ou inferior à margem de dumping apurada e não igual ou superior à margem de dumping apurada. A lógica disto é não imputar uma sanção além do estritamente necessário ao importador. Nesse sentido, seria totalmente desarrazoado que incidisse sobre um produto objeto de defesa comercial um direito antidumping superior à margem de dumping apurada. IV) VERDADEIRO. Perfeita a alternativa! Trata-se de um daqueles casos em que há complicações na apuração do valor normal. Aproveitamos para descrever o dispositivo legal que faz essa determinação: Art. 6º Caso inexistam vendas do produto similar nas operações mercantis normais no mercado interno ou quando, em razão das condições especiais de mercado ou do baixo volume de vendas, não for possível comparação adequada, o valor normal será baseado: I - no preço do produto similar praticado nas operações de exportação para um terceiro país, desde que esse preço seja representativo; ou II - no valor construído no país de origem, como tal considerado o custo de produção no país de origem acrescido de razoável montante a Título de custos administrativos e de comercialização, além da margem de lucro. V) FALSO. A comparação entre o valor normal e o preço de exportação para fins de determinação de dumping deverá ser realizada sobre bases justas, ou seja, a comparação deverá ser efetuada ao mesmo nível de comércio, CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 24 www.pontodosconcursos.com.br normalmente ex-fábrica, levando-se em consideração as datas as mais próximas possíveis. Gabarito: Letra A. 17- (Questão Inédita)- Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta: ( ) Considera-se haver prática de dumping, isto é, oferta de um produto no comércio de outro país a preço inferior a seu valor normal, no caso de o preço de exportação do produto ser inferior àquele praticado no curso normal das atividades comerciais para o mesmo produto quando destinado ao consumo no país exportador. ( ) Margem de dumping é a diferença entre o valor normal e o preço de exportação, devidamente ajustados, vigentes durante o período estabelecido para investigações de existência de dumping. ( ) A margem de dumping será considerada como de minimis quando, expressa como um percentual do preço de exportação, for inferior a dois por cento. Nesse caso, quando a margem de dumping for inferior ao de minimis, não poderá ser aplicado direito antidumping. ( ) Para que seja aplicado um direito anti-dumping, provisório ou definitivo, é necessário que seja determinada a existência de dumping, dano e nexo causal entre os dois. a) FVFV b) VFFV c) VVVV d) VVFV e) FFVV I) VERDADEIRO. Perfeita a assertiva! É exatamente o que prescreve o artigo II, parágrafo 1º, do Acordo Antidumping: Artigo II - Determinação de Dumping: 1. Para as finalidades do presente Acordo considera-se haver prática de dumping, isto é, oferta de um produto no comércio de outro país a preço inferior a seu valor normal, no caso de o prego de exportação do produto ser inferior àquele praticado no curso normal CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 25 www.pontodosconcursos.com.br das atividades comerciais para o mesmo produto quando destinado ao consumo no país exportador. II) VERDADEIRO. A diferença entre o valor normal e o preço de exportação devidamente ajustados é o que se chama de margem de dumping, mais especificamente margem de dumping absoluta. A margem de dumping relativa é a razão entre a margem de dumping absoluta e o preço de exportação. III) VERDADEIRO. Na situação em que a margem de dumping apurada for inferior ao “de minimis”, ou seja, 2%, não poderá ser aplicado direito antidumping. Guarde isso, pois é um detalhe bastante importante! IV) VERDADEIRO. Tanto na aplicação de direito antidumping provisório quanto na aplicação de direito antidumping definitivo é necessária a determinação de DUMPING, DANO e NEXO CAUSAL. Gabarito: Letra C 18- (Questão Inédita)- Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta: ( ) Se o valor do direito antidumping aplicado pela decisão final for superior ao valor do direito provisoriamente recolhido ou garantido por depósito, a diferença a maior será exigida do importador. ( ) O direito anti-dumping poderá não ser cobrado, sendo prestada garantia a ele equivalente na forma de fiança bancária ou depósito. ( ) A petição de abertura de investigação no caso de dumping poderá ser feita pela indústria doméstica. Essa petição deverá ser indeferida se os produtores que a apóiam responderem por menos de 25% da produção nacional. ( ) Caso o exportador assuma voluntariamente compromissos satisfatórios de revisão dos preços ou de cessação das exportações a preços de dumping e desde que as autoridades investigadoras se convençam de que o compromisso elimina o efeito prejudicial decorrente do dumping, poderão ser suspensos os procedimentos, sem prosseguimento da investigação. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 26 www.pontodosconcursos.com.br ( ) Se o valor do direito anti-dumping aplicado pela decisão final for inferior ao valor do direito anti-dumping provisoriamente recolhido ou garantido por depósito, essas importâncias não serão restituídas. a) FVFFV b) FVFVV c) FFVVF d) VFVFV e)FVVVF I) FALSO. Se o valor do direito antidumping definitivo for superior ao direito antidumping provisoriamente recolhido ou garantido por depósito, a diferença não será exigida do importador. “Ricardo, fiquei com uma dúvida! Qual a base de cálculo do direito antidumping? Bom, em primeiro lugar eu diria que base de cálculo não é o termo mais correto, já que base de cálculo é um termo utilizado para tributos. O direito antidumping constitui-se em uma sanção de ato ilícito, o que por si só já o exclui da definição de tributo. Entendido isso? Tudo bem, então o correto é dizer que o direito antidumping, caso a alíquota seja ad valorem, incidirá sobre o valor da mercadoria base CIF. II) VERDADEIRO. O direito antidumping provisório poderá não ser cobrado do importador, desde que este preste uma garantiana forma de depósito ou fiança bancária. III) VERDADEIRO. A petição de abertura de investigação no caso de dumping poderá ser feita pela indústria doméstica ou em seu nome, sendo indeferida caso os produtores que a apóiem responderem por menos de 25% da produção nacional. IV) VERDADEIRO. O compromisso de preços é uma situação sui generis em que os procedimentos são suspensos sem prosseguimento da investigação e sem aplicação de direitos antidumping definitivos ou provisórios. Entretanto, o exportador que pratica dumping deverá assumir o compromisso de praticar um preço mínimo em suas vendas e esse compromisso deverá ser satisfatório ás autoridades investigadoras, de forma de que estas se convençam de que o compromisso elimina o efeito prejudicial decorrente do dumping. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 27 www.pontodosconcursos.com.br V) FALSO. Na situação em que o direito antidumping definitivo for inferior ao direito antidumping aplicado provisoriamente, as importâncias recolhidas a maior serão restituídas. Gabarito: Letra E. 19- (Questão Inédita)- Assinale a alternativa incorreta: a) O dano será entendido como dano material a uma indústria doméstica, ameaça de dano material a essa indústria ou ainda atraso real na implantação da mesma. b) A determinação de dano perpassa pela análise de uma série de indicadores, devendo ser avaliada a evolução das importações do produto objeto de dumping e a situação da indústria doméstica. c) Para que seja aplicado um direito anti-dumping deverá ser comprovado o dumping, dano e nexo causal. d) O Acordo sobre a implementação do art VI do GATT/94 (Acordo Anti- Dumping) determina que as importações a preço de dumping devem ser a única causa do dano sofrido pela indústria doméstica para fins de determinação da relação causal. e) É obrigatória, antes do início da investigação de dumping, a notificação do governo do país exportador da existência de petição devidamente instruída. a) CERTO. A interpretação do termo dano deverá ser feita em sentido amplo, ou seja, ele será entendido como dano material efetivamente ocorrido, ameaça de dano material ou atraso real na implantação de uma indústria. b) CERTO. Na análise do dano serão levados em consideração indicadores econômicos diversos, tais como queda real ou potencial das vendas, dos lucros, da produção, da participação no mercado, da produtividade, do retorno dos investimentos ou da ocupação da capacidade instalada e outros. c) CERTO. Perfeita a assertiva! Lembre-se bem disso: DUMPING, DANO e NEXO CAUSAL. d) ERRADO. Na análise do nexo causal, deve ser demonstrado que as importações a preço de dumping causaram dano à indústria doméstica. Não há necessidade, no entanto, de que as importações a preço de dumping sejam a CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 28 www.pontodosconcursos.com.br única causa do dano sofrido pela indústria doméstica, já que outros fatores podem também tê-lo provocado. e) CERTO. O governo do país exportador deve ser notificado acerca da existência de petição devidamente instruída antes de ser dado início à investigação. Gabarito: Letra D. 20- (Questão Inédita)- Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta: ( ) Os direitos compensatórios, ao contrário dos direitos anti-dumping, são aplicados na forma de alíquotas ad valorem ou específicas, fixas ou variáveis, ou pela conjugação entre ambas, sobre o valor aduaneiro base CIF. ( ) Segundo o Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias, a isenção de impostos indiretos ou taxas a produtos destinados à exportação é considerada subsídio. ( ) Os subsídios específicos são irrecorríveis. O país que concede um subsídio que se enquadre nessa classificação deve notificá-lo como tal à OMC, de forma antecipada à sua aplicação, não estando sujeito a medidas compensatórias. ( ) A aplicação de medida compensatória requer que seja determinada e existência de subsídio acionável, de dano à indústria doméstica e de relação causal entre estes, com base em investigação realizada com essa finalidade. a) VVFV b) FFVF c) FFFV d) FVFV e) VFVF I) FALSO. Tanto os direitos compensatórios quanto os direitos antidumping serão calculados mediante a aplicação de alíquotas ad valorem ou específicas, fixas ou variáveis, ou pela combinação de ambas. Importante dizermos aqui CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 29 www.pontodosconcursos.com.br que as medidas compensatórias também poderão, assim como as medidas antidumping, ser provisórias ou definitivas. II) FALSO. Segundo o Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias a isenção de impostos indiretos ou taxas a produtos destinados à exportação não é considerada subsídio. III) FALSO. Os subsídios específicos são recorríveis, também conhecido por acionáveis. Os subsídios que não são específicos, estes sim são irrecorríveis. Lembramos que um subsídio é considerado específico quando o acesso a este for limitado a uma empresa ou a um grupo de empresas ou indústrias, a setores de produção, ou a regiões geográficas. Os subsídios específicos são recorríveis por provocarem distorções no mercado. Já os subsídios não específicos, ou gerais, por serem de acesso amplo, não produzem tais distorções, sendo irrecorríveis. “Mas Ricardo, existem subsídios específicos que são irrecorríveis, não é?” Muito bem lembrado! Como regra geral, os subsídios específicos são recorríveis. No entanto, existem três situações em que os subsídios específicos são irrecorríveis: 1)Quando destinados a pesquisa e desenvolvimento. 2)Quando destinados a apoiar o desenvolvimento regional. 3)Quando destinados a prestar assistência para o cumprimento de exigências ambientais. IV) VERDADEIRO. Perfeita a assertiva! É necessária a determinação pelas autoridades investigadores de três elementos para a aplicação de uma medida compensatória: SUBSÍDIO ACIONÁVEL ou RECORRÍVEL, DANO e NEXO CAUSAL. Gabarito: Letra C. 21-(Questão Inédita)- Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta: ( ) A medida de salvaguarda é uma medida de defesa comercial que tem como objetivo aumentar, temporariamente, a proteção a uma indústria CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 30 www.pontodosconcursos.com.br doméstica que esteja sofrendo prejuízo grave ou ameaça de prejuízo grave decorrente do aumento, em quantidade, das importações em termos absolutos ou em relação à produção nacional, com o intuito de permitir que a indústria doméstica possa se ajustar, aumentando a sua competitividade. ( ) As medidas de salvaguarda, ao contrário das medidas compensatórias e antidumping não obedecem ao princípio da seletividade, incidindo sobre produtos importados independentemente da origem. ( ) As medidas de salvaguarda serão sempre aplicadas como elevação do Imposto de Importação por meio de adicional à Tarifa Externa Comum. A alíquota, assim como no caso dos direitos antidumping ou medidas compensatórias poderá ser específica ou ad valorem. ( ) Poderão ser aplicadas, caso haja determinação preliminar da existência de prejuízo grave ou de ameaça de prejuízo grave e de circunstâncias críticas, onde qualquer demora possa causar dano de difícil reparação, medidas de salvaguarda provisórias. a) FFVF b) FVFV c) VFVF d) FVVF e) VVFV I)VERDADEIRO. Muito boa a definição! Chamamos a atenção aqui para o caráter temporário das medidas de salvaguarda, que têm o objetivo de aumentar aproteção a uma indústria doméstica durante certo período de tempo, permitindo que esta se ajuste, aumentando sua competitividade. II) VERDADEIRO. As medidas de salvaguarda não obedecem ao princípio da seletividade, incidindo sobre produtos importados independente da origem, ao contrário das medidas antidumping e medidas compensatórias. A razão disso é o objetivo diferente entre essas medidas de defesa comercial. Enquanto as medidas antidumping e as medidas compensatórias são medidas de defesa comercial que tem por objetivo fazer frente à práticas desleais de comércio, as medidas de salvaguarda combatem um surto de importações que causem ou ameacem causar dano à indústria doméstica. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 31 www.pontodosconcursos.com.br III) FALSO. As medidas de salvaguarda, além de serem aplicadas sob a forma de um adicional ao imposto de importação previsto na Tarifa Externa Comum, podem existir também na forma de restrições quantitativas. IV) VERDADEIRO. Caso haja determinação preliminar positiva da existência de prejuízo grave ou de ameaça de prejuízo grave e de circunstâncias críticas, onde qualquer demora possa causar dano de difícil reparação, serão aplicadas medidas de salvaguarda provisórias. As medidas de salvaguarda provisórias serão aplicadas, exclusivamente, na forma de elevação do imposto de importação e terão vigência de até 200 dias. Gabarito: Letra E 22- (Questão Inédita)- Assinale a alternativa incorreta: a) A petição para aplicação de medidas antidumping poderá ser apresentada por terceiro país interessado. b) A vigência das medidas antidumping provisórias terão duração não superior a 6 meses. c) Todo direito antidumping definitivo será extinto no máximo em cinco anos após a sua aplicação, ou cinco anos a contar da data da conclusão da mais recente revisão, que tenha abrangido dumping e dano dele decorrente. Esse prazo poderá, no entanto, ser prorrogado mediante requerimento da indústria doméstica. d) Em casos excepcionais, o prazo de duração da investigação poderá exceder 18 (dezoito) meses. e) A medida de salvaguarda terá vigência de 4 anos, já incluídos nesse período o prazo em que foi aplicada a medida de salvaguarda provisória. a) CERTO. O Acordo Antidumping determina a possibilidade de que seja instaurada uma investigação para aplicação de medida antidumping mediante petição elaborada por terceiro país, na hipótese em que as exportações a preços de dumping estejam causando dano á indústria nacional respectiva no terceiro país. “Mas Ricardo, como é feita uma investigação dessa natureza?” Bom, em primeiro lugar, o Governo do terceiro país deverá oferecer toda assistência às autoridades do país importador para que obtenha quaisquer CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 32 www.pontodosconcursos.com.br informações adicionais que este último requeira. Em segundo lugar, a análise do dano será diferenciada, já que levará em consideração não somente os efeitos do dumping em relação às exportações da produção destinadas ao pais importador, mas também os seus efeitos em relação à indústria do terceiro país. b) CERTO. A vigência das medidas antidumping provisórias será limitada a um período não - superior a 4 meses. Entretanto, estas poderão ser dilatadas até 6 meses por decisão da CAMEX. c) CERTO. Alternativa bem interessante que merece ser aproveitada! Vamos lá! Em primeiro lugar, ela trata do período de duração das medidas antidumping, que será, a princípio, de 5 anos a contar da data da sua aplicação ou da data da conclusão da sua mais recente revisão. “Revisão, o que é isso, Ricardo?” A revisão de direitos antidumping é um procedimento que surge a partir de pedido de parte interessada ou por iniciativa das autoridades governamentais. Para a instauração de procedimento de revisão, deve ter decorrido pelo menos um ano da imposição de direitos antidumping definitivos. Além disso, devem ser apresentados elementos de prova às autoridades investigadoras que justifiquem a revisão, na forma do art.58 do Decreto nº 1602/95: Art. 58. Proceder-se-á a revisão, no todo ou em parte, das decisões relativas à aplicação de direito antidumping , a pedido de parte interessada ou por iniciativa de órgão ou entidade da Administração Pública Federal, ou da SECEX, desde que haja decorrido, no mínimo, um ano da imposição de direitos antidumping definitivos e que sejam apresentados elementos de prova suficientes de que: I - aplicação do direito deixou de ser necessária para neutralizar o dumping; II - seria improvável que o dano subsistisse ou se reproduzisse caso o direito fosse revogado ou alterado; ou III - o direito existente não é ou deixou de ser suficiente para neutralizar o dumping causador de dano. Voltando ao que comentávamos anteriormente, a duração dos direitos antidumping é de 5 anos a contar da data da sua aplicação ou da última revisão. No entanto, esse prazo poderá ser prorrogado, desde que demonstrado que a extinção dos direitos levaria muito provavelmente à continuação ou retomada do dumping e do dano dele decorrente. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 33 www.pontodosconcursos.com.br d) ERRADO. O prazo para encerramento da investigação para aplicação de direitos antidumping é de 12 meses, podendo chegar em casos excepcionais, no máximo a 18 meses. e) CERTO. A duração de uma medida de salvaguarda é de 4 anos, já incluído nesse período o prazo em que foram aplicadas medidas de salvaguarda provisórias. Gabarito: Letra D 23- (Questão Inédita) - Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta: ( ) As medidas de salvaguarda serão impostas na ocorrência de um surto de importações que cause ou ameace causar dano à indústria doméstica de bens similares ou ainda cause retardamento real à sua implantação. ( ) Terceiro país poderá apresentar petição para aplicação de medidas compensatórias. ( ) Considerar-se-á como feita pela indústria doméstica, ou em seu nome, a petição que for apoiada por aqueles produtores cuja produção conjunta constitua mais de cinqüenta por cento da produção total do produto similar produzido por aquela parcela da indústria doméstica que tenha expressado apoio ou rejeição à petição. ( ) Não poderão ser aplicados direitos antidumping quando a margem de dumping for inferior ao “de minimis”. ( ) O dumping social é uma modalidade especial de dumping na qual os preços aviltantes são decorrentes do desrespeito aos direitos humanos com a utilização de mão-de-obra escrava, infantil ou em condições subumanas. a) FFVVV b) FFFVV c) VVVVV d) VVFVF e) VFVFV CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 34 www.pontodosconcursos.com.br I) FALSO. Essa assertiva é bem interessante e eu confesso que pensei que você ia errar! É importante que você não confunda o conceito de dano no caso de dumping/subsídio e no caso de salvaguardas. Para a aplicação de medidas antidumping ou compensatórias, o termo dano será entendido como dano material efetivamente ocorrido, ameaça de dano ou retardamento real na implantação da indústria doméstica. Já na aplicação de medidas de salvaguarda, o conceito de dano não é tão amplo, abrangendo somente o dano ou ameaça de dano material à indústria doméstica. Lembre-se: retardamento real na implantação de uma indústria só no caso de dumping e de subsídio. Aproveito aqui para chamar a sua atenção para mais uma diferença conceitual, agora no que tange o termo “indústria doméstica”. No caso da aplicação de medidas antidumping ou compensatórias, a indústriadoméstica é representada pelos produtores nacionais de produtos similares. No caso da aplicação de medidas de salvaguarda, quando se fala em indústria doméstica refere-se ao produtores nacionais de produtos similares ou diretamente competitivos. Perceberam a diferença? II) FALSO. Mais uma pegadinha e mais uma diferença entre as medidas de defesa comercial! Conforme vimos em questão anterior, terceiro país poderá apresentar petição para aplicação de medidas antidumping, lembram-se? No entanto, isso só serve para as medidas antidumping, não se aplicando às medidas compensatórias ou medidas de salvaguarda. Aliás, seria ilógico pensar que algum país poderia peticionar a um outro para que este aplicasse medidas de salvaguarda. Isso significaria o mesmo, por exemplo, que a Alemanha chegasse para o Brasil e dissesse: “Brasil, estou com muita dó de você! Proteja sua indústria com medidas de salvaguarda!” III) VERDADEIRO. Perfeita a assertiva! No entanto sobre ela eu lhe devo algumas explicações. Quando é feita uma petição à SECEX, os produtores domésticos que a expressamente apóiam, ou seja, que assinam a petição, devem representar pela menos 25% da produção total do produto similar da indústria doméstica, ou então a petição será indeferida. Apresentada a petição será verificado o seu grau de apoio pelo restante da indústria doméstica. A SECEX irá verificar então junto aos outros produtores nacionais do produto CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 35 www.pontodosconcursos.com.br similar se estes apóiam ou não a petição. Agora sim: considerar-se-á como feita pela indústria doméstica, ou em seu nome, a petição que for apoiada por aqueles produtores cuja produção conjunta constitua mais de cinqüenta por cento da produção total do produto similar produzido por aquela parcela da indústria doméstica que tenha expressado apoio ou rejeição à petição. Perceba que esse apoio é diferente do apoio expresso a que nos referimos anteriormente. Apoiaram expressamente aqueles que assinaram a petição encaminhada à SECEX. Simplesmente apoiaram, aqueles que manifestaram o apoio na pesquisa levada a cabo pela SECEX. IV) VERDADEIRO. Quando a margem de dumping relativa for inferior a 2%, ou seja, inferior ao “de minimis”, não poderão ser aplicados direitos antidumping. A apuração da margem de dumping relativa será feita pela razão entre a margem de dumping (valor normal – preço de exportação) e o preço de exportação. V) VERDADEIRO. Até agora não tínhamos falado sobre o dumping social, cuja definição é exatamente a descrita na assertiva. A China é um país que pratica o dumping social, explorando a mão de obra, que praticamente não tem direitos trabalhistas assegurados. Essa prática lhe permite cobrar preços absurdamente baixos no mercado internacional. O Brasil também já foi acusado inúmeras vezes de dumping social, particularmente no que tange o comércio de produtos agrícolas. Gabarito: Letra A. LISTA DE QUESTÕES 1-(ACE-2008) - O sistema de defesa comercial brasileiro está organizado essencialmente em torno de duas instâncias: o Departamento de Defesa Comercial, órgão executivo vinculado à Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, com competência de propor a abertura e conduzir investigações para a aplicação de medidas antidumping, compensatórias e de salvaguardas, e de recomendar a aplicação das medidas de defesa comercial previstas nos CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 36 www.pontodosconcursos.com.br acordos da OMC; a CAMEX, cujas competências incluem a aplicação de medidas provisórias e o encerramento de investigação com aplicação de medidas definitivas. 2- (ACE-2008) - A característica comum das medidas antidumping e das medidas compensatórias é seu caráter seletivo, diferenciando-as, nesse sentido, das salvaguardas comerciais, que, por força da razão pela qual são acionadas, não discriminam os produtos importados pela procedência. 3- (AFRF-2005) - A medida de salvaguarda, quando aplicada, deve incidir tão- somente em relação aos países responsáveis pelo surto de importação no país que adota a medida. A esse respeito, segundo o Acordo sobre Salvaguardas da OMC, a medida somente pode ser aplicada em relação aos países cuja participação no mercado do país importador seja igual ou superior a 30% (trinta por cento) em relação ao produto investigado. 4- (AFRF-2005) - Os pressupostos de aplicação das medidas de salvaguarda são: (i) surto de importações, (ii) existência de prejuízo grave à indústria nacional e (iii) nexo causal entre o surto de importações e o prejuízo grave à indústria nacional. A ameaça de prejuízo grave não é suficiente para dar ensejo à aplicação de uma medida de salvaguarda. 5- (AFRF-2005) - Como medida de defesa comercial que é, a salvaguarda não dá ensejo à compensação comercial para os países que vierem a ser prejudicados por sua aplicação. 6- (AFRF-2005) - O surto de importações, para que possa justificar a salvaguarda, precisa ser verificado em termos absolutos. Nesse sentido, não basta que o aumento significativo das importações se verifique apenas em comparação com a produção nacional. 7- (AFRF-2005) - Caso não seja possível o cálculo do preço de exportação, ou caso o preço seja duvidoso segundo os parâmetros da legislação aplicável, o CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 37 www.pontodosconcursos.com.br preço de exportação do produto investigado pode ser construído pela autoridade investigadora para fins de constatação da prática do dumping. 8- (AFRF-2005) - Para neutralizar a prática do dumping, o país prejudicado pode aplicar uma medida antidumping, respeitando o princípio da não- seletividade, ou seja, a aplicação da medida deverá atingir todas as importações do produto em questão, não importando sua procedência. 9- (AFRF 2005) - Segundo as normas da OMC, pratica dumping a empresa que vende no mercado de outro país abaixo do seu preço de custo. 10- (AFRF 2005) - Para a aplicação da medida antidumping é necessária a comprovação do dolo específico, ou seja, do objetivo da empresa estrangeira de eliminar ou restringir a ação da concorrência no país importador. 11- (AFRF-2005) - A aplicação da medida antidumping pode ser feita de modo tanto qualitativo, por meio de um direito antidumping ad valorem ou específico, ou de modo quantitativo, ou seja, por meio da definição de uma cota que restrinja o ingresso do produto no mercado do país importador. 12- (TRF-2006) - A medida de defesa comercial que restringe as importações de um determinado produto, cujo surto de importações esteja causando dano ou ameaça de dano à indústria doméstica, é denominada: a) medida antidumping. b) medida compensatória. c) salvaguarda. d) drawback. e) cota às importações. 13- (AFRF-2002.2) - Sobre direitos compensatórios é correto afirmar-se que: a) objetivam corrigir danos causados à produção doméstica pelo aumento súbito de importações. CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: RICARDO VALE 38 www.pontodosconcursos.com.br b) são aplicados pelo país importador quando comprovada a prática de dumping pelo país exportador e após estimado o dano causado à indústria doméstica. c) são aplicados pelo país exportador para corrigir danos causados por medidas restritivas e outras práticas desleais de comércio impostas pelo país importador sempre que caracterizado o dano à produção nacional deste último. d) associam-se à neutralização de medidas restritivas ao comércio como normas sanitárias, barreiras técnicas e regras de origem quando não compatíveis com acordos multilaterais. e) envolvem a aplicação, pelo país importador,
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