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GABRIELA LOHN APOSTILA DE FARMACOLOGIA Aula 1 Introdução à Farmacologia Introdução ¨ Droga é toda substância de composição química definida ou não, capaz de interagir com o organismo receptor e produzir um efeito farmacológico. ¨ Qualquer substância, com uma estrutura química conhecida ou não, que seja capaz de interagir com um organismo e produzir um efeito pode ser chamada de DROGA. ¨ Os efeitos podem ser benéficos ou maléficos. ¨ Droga x Organismo= efeito. ¨ Se uma droga produz um efeito benéfico e essa droga for estudada e tornar-se conhecida e seu efeito controlado e padronizado, então podemos ter a produção de Fármacos e Medicamentos. ¨ Fármaco é toda substância de estrutura química bem definida, utilizada para modificar ou explorar sistemas fisiológicos ou estados patológicos, para BENEFÍCIO do organismo receptor. ¨ Fármaco e medicamento são sinônimos, tem medicamentos que sào um conjunto de fármaco. ¨ Medicamento é toda substância química ou associação de substância químicas, utilizada para modificar ou explorar sistemas biológicos ou estados patológicos para benefício do organismo receptor. © Por outro lado, se a substância não puder ser bem estudada, ou não oferecer segurança no seu uso controlado, ou ainda produzir um efeito danoso para o organismo, teremos então um agente tóxico. ¨ Tóxico, também chamado de veneno, é uma droga ou preparação com drogas, que produz um efeito farmacológico maléfico. © Desta forma é possível entender que a Farmacologia é a ciência que vai tornar possível a utilização de substâncias de maneira segura, visando a cura das doenças ou a promoção da saúde. © Para finalizar, um último conceito, extremamente importante. A palavra remédio é muito usada no nosso meio e às vezes, erroneamente, como sinônimo de fármaco ou medicamento. ¨ Remédio é qualquer coisa que seja boa no tratamento do paciente. © Este é um conceito muito abrangente! Pode ser considerado remédio: um medicamento, uma boa noite de sono, a prática de exercícios físicos ou uma conversa amiga. © Exemplo: melhor remédio para a gripe: vitamina D e cama. © Pode ser um medicamento ou não. ¨ Efeito placebo – É um efeito biológico não decorrente da ação de um princípio ativo específico, mas sim de fatores psicológicos ou inespecíficos. Pode ser efeito fisiológico, psicológico ou psicofisiológico. © Pode ser uma substância ou um efeito. © Ele pode ser um efeito quantificável. © A pessoa acredita que recebe uma substância que irá ajudá-la ao ponto em que o corpo pode produzir substâncias endógenas, como a endorfina, que produzem analgesia e bem-estar, tendendo assim à melhorar. © Exemplos: o Substâncias simples farmacologicamente inertes (açúcar, amido, talco e água destilada). o Fatores psicológicos (atitude do paciente, fé no remédio prescrito, entusiasmo e apoio dos profissionais da área da saúde). Gabriela Rachadel Lohn Aula 1 o O termo PLACEBO (do latim, “agradarei”) pode ser utilizado também para designar uma substância (inerte). © Os profissionais prescritores (médicos, dentistas) após o exame clínico e laboratorial podem fazer o diagnóstico de um dado problema e dentre o arsenal disponível no mercado farmacêutico, escolher o fármaco ou medicamento mais adequado para tratar a condição. Tal escolha deve ser racional e fundamentada na literatura. © Exemplo: Tem grupo controle e outro grupo experimental. Quando fazia esse experimento a placa de controle (do placebo) participava também, possuía um efeito. © Esse efeito placebo vem do fato de que o nosso corpo muitas vezes tende ao equilibro, tende a buscar a cura, podendo parcialmente conseguir. ¨ Etapas na produção de um fármaco: tudo começa na síntese, a qual pode ser de origem animal, vegetal, mineral. © Para cada 10.000 substâncias testadas, apenas 1 será lançada como medicamentos. © Dessas 10.000 apenas 10 seguem em frente para os ensaios clínicos. ¨ A busca por novos medicamentos inicia com a produção ou síntese de novos compostos. Com estes extratos ou novos compostos (que podem ser de diferentes fontes) realiza-se teste pré-clínicos. ¨ Testes pré-clínicos: esta etapa envolve estudos bioquímicos, farmacológicos, com células, tecidos e órgãos isolados. São testes feitos com animais. ¨ Também podem incluir estudos mais intrincados de farmacocinética e farmacodinâmica, além de ensaios para avaliação toxicológica. Apenas uma pequena parcela dos compostos estudados vai mostrar potencial de uso em humanos após esta etapa. ¨ Testes clínicos são realizados com voluntários humanos em três etapas © Fase I: realizada com indivíduos saudáveis. Visa determinar a relação entre dose e efeitos. © Fase II: realizada em grupos selecionados de indivíduos portadores de doenças, nas quais as drogas podem ser indicadas. © Fase III: realizada em grupos maiores de indivíduos e então, a droga em teste pode ter seus efeitos comparados com uma droga “padrão ouro” para a condição. ¨ Depois da fase III que se analisa a possibilidade de ser um medicamento. ¨ Padrão ouro para dor: buscopan. ¨ Droga experimental tem que estar diferente do placebo e do padrão ouro. ¨ Todos estes experimentos respeitam rigorosamente os princípios éticos e só podem ser realizados após a aprovação em comitês éticos que regulamentam a utilização de animais em pesquisa pré- clínica, ou a participação voluntária de humanos em estudos clínicos. ¨ Na bula de novos medicamentos consta que é um produto novo e que pode ocorrer reações adversas. ¨ Os medicamentos de referência são, normalmente, inovadores, cuja eficácia e segurança foram comprovadas por anos de pesquisa, e os estudos resultantes são utilizados para o registro junto à ANVISA. Eles possuem nomes comerciais definidos pelos fabricantes, conhecidos no mercado. As empresas que lançam possuem o direito de comercialização exclusiva por alguns anos para poder recuperar os investimentos que puseram nas pesquisas. ¨ Quando um medicamento é lançado no mercado é posto como um medicamento de referência. O qual tem o nome do princípio ativo e o nome fantasia. ¨ Exemplo: o medicamento referência do paracetamol é o tylenol. © Nome fantasia: tylenol. Nome químico: paracetamol. ¨ Depois de 10 anos da patente, são lançados os similares e os genéticos. © Tanto o genético como o similar possuem fármacos não inovadores, ou seja, ingredientes ativos e formas Aula 1 farmacêuticas já conhecidas no mercado. São medicamentos que não possuem a mesma formulação do medicamento referência, apesar de possuir o mesmo ingrediente ativo, com a mesma concentração e forma farmacêutica. A principal diferença entre eles é que o genérico não possui nome comercial distinto, é caracterizado pelo nome do ingrediente ativo e pela letra “G”, de genérico. © Já o similar, possui nome comercial definido pelos fabricantes, o que pode confundir os consumidores com os medicamentos de referência. © Atualmente, os medicamentos genéricos e similares passam por estudos laboratoriais que garantem a similaridade com o medicamento de referência. Estes estudos que seguem a ANVISA e são feitos em laboratórios avaliam se estes medicamentos têm o mesmo comportamento que o de referência no organismo humano. Após serem aprovados ambos precisam ser registrados para serem comercializados. ¨ Medley: empresa grande de medicamentos. ¨ O medicamento é lançado como o de referência, depois de um tempo vem o genérico e o similar. ¨ O medicamento quando é lançado vem com o nome fantasia (viagra) e o nome químico (sildenafil). ¨ É necessário a adesão ao tratamento (muitas vezes multidisciplinar). ¨ Revisão farmacoterápica. ¨ Alguns fatores que levam ao não cumprimento do tratamento (abandono): © Grande número de medicamentos © Dificuldade na obtenção dos medicamentos © Faltade disponibilidade comercial © “Esquecimento” © Dificuldade de administração © Falta de orientação sobre as reações adversas © Falta de esclarecimentos sobre o tempo de tratamento ¨ Dose efetiva Mediana (DE50): dose necessária para produzir determinada intensidade de um efeito em 50% dos indivíduos. Doses outras que produzem um efeito estável em outras proporções percentuais são designadas DE20, DE80, etc. ¨ Dose Letal: quando o efeito observado é a morte dos animais experimentais. Registra-se como DL20, DL50, DL80, etc. ¨ Índice Terapêutico: define a relação entre DL50/ DE50. Quanto maior o índice terapêutico, maior a margem de segurança. © Com base na Dose eletiva, tem-se a base da Dose terapêutica. © Dose letal em humanos só em casos acidentais. © Dose tóxica= humanos © DL50/ DE50= IT (margem de segurança. ¨ Paracetamol (750mg). Dose mínima= 4g. Dose letal= 7g. Um comprimido tem 1,5g. NÍVEL PLASMÁTICO EFETIVO ¨ Função da Concentração e do Tempo= relação. ¨ Tempo zero= ingestão, sem nada na corrente sanguínea. ¨ Pico plasmático= máximo que chega. ¨ Ascenção e queda dessa curva. ¨ Quando chega tudo que tem para chegar (não é tudo pois há perdas) ela sai do organismo. ¨ Pico máximo= Cmax. Tempo máximo= Tmax. ¨ Área sobre a curva (AUC) ¨ NPE= nível plasmático efetivo. Acima desse nível faz efeito a droga dentro do organismo. Aula 1 ¨ Nível mínimo= tóxico. Nível máximo= tolerável. CMT. ¨ Efeitos: da 2 hora até a 10 hora, durando assim, 8 horas. ¨ O ideal é que a concentração sérica do fármaco em um paciente que recebe doses corretas seja mantida entre a CMF e CMT (“janela terapêutica” para o fármaco) durante o período que se deseja que o mesmo atue, de modo a garantir a segurança do paciente e eficácia do tratamento. ¨ Em termos práticos, dois medicamentos são considerados bioequivalentes quando comprovarem ter biodisponibilidade estatisticamente comparável, ou seja, quando as formulações comparadas não mostrarem diferenças superiores a 20% em relação ao Cmax, Tmax e ASC. Pode ser genérico de um medicamento de referência (de acordo com o comportamento na corrente sanguínea). ¨ Observa-se que o pico plasmático é bem diferente. A formulação B não possui efeito pois não alcançou o mínimo necessário (CME) para fazer efeito. ¨ “A” não dá para ser utilizada pois ela ultrapassa o máximo que é tolerável (CMT) pois ela pode produzir toxicidade. ¨ “C” não alcança o nível plasmático efetivo (NPE), então não faz efeito. ¨ “B” pode ser utilizada. ¨ Meia vida= T ½. Concentração da droga que demora para cair na metade. © Nos idosos tende a aumentar. ¨ Essas vias dão pouca perda de concentração de droga. ¨ Pró-drogas: entram inativas e são metabolizadas se tornando ativas dentro do organismo. ¨ Objetivo no uso de medicamentos: farmacoterapia, diagnóstico, profilaxia, anticoncepção. ¨ Mesmo medicamento pode ser utilizado com vários objetivos. ¨ Fatores que interferem no efeito de uma “droga”: © Fatores ligados ao paciente © Fatores ligados á droga © Fatores ligados á administração © Fatores não farmacológicos Aula 2 Farmacodinâmica Introdução ¨ Como os fármacos agem, como interagem com determinadas estruturas e consequências de determinadas associações. ¨ Droga e estrutura celular= reconhecimento específico. ¨ Quando a droga interage com os receptores ela pode atuar como: © Agonista: substância que ativa o receptor. ® Direto= abertura/fechamento de canais iônicos ® Ativação/inibição enzimática ® Modulação de canais iônicos ® Transcrição do DNA © Antagonista: substância que bloqueia o receptor. Mediadores endógenos bloqueados. ¨ Afinidade: tendência a se ligar. ¨ Atividade intrínseca= capacidade de uma vez ligado ativar o receptor. ¨ Efeito: é a consequência gerada. ¨ Receptor= fechadura. ¨ Propanolol: antagonista (sem atividade) ¨ Canais iônicos: © Bloqueadores: bloqueio da permeação © Moduladores: aumento ou diminuição da probabilidade de abertura. ¨ Enzimas: © Inibidor: inibição da reação normal © Falso substrato: produção de metabólito anômalo. Substância engana a enzima levando esse metabólito. © Pró-fármaco: produção de fármaco ativo. ¨ Acetilcolina: atua nos receptores específicos e depois é degradado. Ajuda no aprendizado, memória. © Ao inibir a enzima que faz essa degradação, aumenta a quantidade de acetilcolina na fenda, podendo reverter alguns dos sintomas do Alzheimer. ¨ Feocromocitoma: tumor na suprarrenal que aumenta muito a produção de adrenalina causando assim a hipertensão © Tem-se um medicamento que engana a enzima, fazendo-a diminuir a produção de adrenalina. ¨ Transportadores: © Transporte normal: ocorre como uma catapulta, onde ela tem um sítio de reconhecimento de um endógeno. Ele entra e é catapultado para dentro da célula. © Inibidor: transporte bloqueado. © Falso substrato: acúmulo de composto anômalo. ¨ Berotec (Bromidrato de fenoterol): estimula seletivamente os receptores beta2 em doses terapêuticas. © Tem afinidade com beta2 e menos com beta1. Gabriela Rachadel Lohn Aula 2 © Tem atividade intrínseca pois estimula seletivamente os receptores. © Ele é um broncodilatador: efeito direto na asma. © Seletivo para beta2 mas com o aumento de dose também age no beta1. ¨ O acetato de ciproterona, um antagonista competitivo de andrógeno no sangue através de um efeito antigonadotrópico. © Alvo: receptor © Tem afinidade pois se liga com o receptor © Tem atividade intrínseca? Não, pois ele é um antagonista © Bloqueia o receptor de andrógeno, o impedindo de atuar ali, não produzindo mais acne,seborreia, hirsutismo e alopecia. © Usado não só como contraceptivo. ¨ Alvo: canais. ¨ Inibe o influxo de cálcio. ¨ Função do cálcio: contração. ¨ Diminui os batimentos cardíacos, vasodilatação. ¨ Alvo: enzima ¨ Não tem degradação do GMPc pois a enzima não atua. ¨ Alvo: age no transporte. Aula 2 ¨ Provoca seletivamente a constrição arterial dos vasos da carótida. ¨ Alvo: receptores ¨ Anti enxaqueca. ¨ Atividade intrínseca, pois é agonista- ativa os receptores. ¨ Não promove analgesia e sim vasoconstrição. ¨ Mesma molécula pode ter alvos distintos © Adrenalina: droga endógena que pode ser usada como exógenas em muitas situações. Ex: parada cardíaca- ela aumenta o batimento cardíaco pois essa molécula Aula 2 reconhece um alvo no coração. Faz vasoconstrição pois reconhece uma molécula no vaso. ¨ Antagonista não- competitivo: ele impede que o efeito ocorra, mas não compete com a chave e a fechadura, ele “prega” a porta. ¨ Propanolol: hipertensão, angina, ansiedade de desempenho, enxaqueca. Tem contraindicações importantes, como pessoas que tem broncoespasmo, asma. © Age no receptor, não tem atividade intrínseca pois é um antagonista. Bloqueia o receptor. ¨ Efeitos indesejados estão associado à: superdosagem, susceptibilidade, inespecificidade da substância. ¨ Antagonista competitivo: mais comum. © Tendência a diminuir a ocupação, diminuindo assim o efeito. © Quem tiver em maior concentração ou maior afinidade liga-se ao receptor. © Um compete pelo outro pelo sítio. ¨ Se aumentar a quantidade do agonista, reverte o efeito do antagonista. Aula 3 Farmacocinética Introdução ¨ Conceito: a parte da farmacologia que estuda a movimentação da droga no nosso organismo ¨ Alguns autores dizem que é o que o organismo faz com a droga. ¨ Droga x estrutura celular (alvo: canais, receptores, enzimas e transportadores)=zefeitos. ¨ Quanto em termo de concentração, quando em termo de tempo e onde considerando o órgão em que o fármaco vai chegar. ¨ Fatores que afetam a farmacocinética © Lipossolubilidade: habilidade que a substância tem de se difundir em meios lipídicos. Afinidade commeios lipídicos. ® Coeficiente de partição óleo e água O/A: faz relação entre a habilidade que a droga tem de se difundir em meios lipídicos e meios aquosos. ® Se for igual a 1 quer dizer que a habilidade de se difundir nos dois meios (água e óleo) é igual. ® Se for menor que 1 quer dizer que se difunde mais na água, e menor que 1 se difunde mais no óleo. © Grau de ionização: habilidade que a droga tem de formar íons ® Os fármacos são bases e ácidos fracos: eles têm a capacidade de se ionizar, e isso depende do pH do meio. ® HÁ= ácido fraco. Ele pode se ionizar ou voltar à forma não ionizada. ® H + A- é polar. Confere a substância polaridade. ¨ Ácido acetilsalicílico: quando chega no estômago ele predomina na forma HA (não-ionizada), no intestino ele não é absorvido pois é um meio alcalino. Gabriela Rachadel Lohn Aula 3 ¨ Petidina já age no sistema digestório. Fica na forma ionizada. ¨ Nadolol: sua absorção é cerca de 30%, o qual tem baixa lipofilicidade. © Tende a ser menos lipossolúvel. Tem dificuldade de ser absorvido por causa dos 30%). © Partição octanol/água (0,71): quer dizer que sua habilidade de se difundir em meios lipídicos é menor do que em meios aquosos (mais polares). ¨ Difusão através de lipídeos é a mais comum. ¨ Propanolol: antagonista (se liga e não faz atividade). ¨ pH pode forçar a ionização ¨ Ação local: quando administra no local para agir no local. © Menos risco de efeitos indesejados sistêmicos. © Requer técnica para garantir que a quantidade necessária seja colocada. ¨ Ação sistêmica: quando administra em um local para entrar na corrente sanguínea e agir sistemicamente. ¨ Via oral: fácil de administrar, entretanto tem mais risco de automedicação e ingestão errada. ¨ Via endovenosa não possui absorção. ¨ Vias injetáveis são importantes em situações de urgência e emergência. © Desvantagem: maior risco de contaminação e doenças. ¨ Asma- via preferencial: inalatória. Aula 3 ¨ Anticoncepcional em que a paciente sofre de náuseas: injetável, intramuscular, subcutâneos, transdérmicos, dispositivo intrauterino, via neovaginal, ¨ Para criança sempre preferencialmente gota, entretanto como a paciente tem “queimações no estômago” dá-se pela via retal, vias injetáveis. Parte 2 ¨ Divide-se em: © Absorção ® Metabolismo de primeira passagem ® Biodisponibilidade © Distribuição ® Ligação à proteínas plasmáticas ® Compartimentos aquosos/ barreiras não aquosas. © Biotransformação (Metabolismo) ® Fase I e Fase II © Excreção ® Principais vias de remoção ® Salientar: excreção renal ¨ Bromazepam: disponibilidade média da subtância não-metabolizada é de 84%. © Fração da droga que alcança a corrente sanguínea sistêmica é de 84%. ¨ Aceclofenaco: uma dose de 100mg é 100% biodisponível. ¨ Lovastatina: pró-fármaco ¨ Pró-fármaco: entra inativo e no nosso organismo por meio da metabolização é ativado. © Quem chega na corrente é o fármaco ativo, por isso sua biodisponibilidade é baixa. © Se não é ativada pode produzir toxidade. Exemplo: tem fármacos em que o fígado faz a metabolização, então é contra-indicada para quem possui insuficiência hepática ¨ Metabolismo de primeira passagem= pré-sistêmico. ¨ Nadolol: 30% de absorção, fazendo assim a biodisponibilidade ser menor que 30%. ¨ Para ser bem absorvido tem que ser lipossolúvel= apolar. Se uma substância é polar ela tem uma dificuldade de absorção. ¨ Para os pró-fármacos o metabolismo de primeira passagem é muito importante. ¨ Paracetamol: o metabolismo é importante para não ser tóxico. Aula 3 Distribuição ¨ Ocorre basicamente pelo sangue. ¨ A droga ligada se liga às proteínas plasmáticas. ¨ Droga ativa: chega no órgão efetor mais rápido do que a fração ligada. ¨ Na esquerda não são ligadas as proteínas plasmáticas. Chegam primeiro no órgão efetor. ¨ Mais rápida= fração livre. Biotransformação ¨ Objetivo: transformar produtos mais biossolúveis. ¨ Essa fase ocorre na maioria das vezes no fígado e é catalisada pelo P450. ¨ Pode ocorrer só a fase II pelo medicamento já ter sido metabolizado no metabolismo de primeira fase. ¨ Fase I: quebra em pontos específicos (polar): hidroxila, carboxila, grupamento amina. Aula 3 Excreção ¨ Droga + conjugado= droga conjugada (mais polar e mais facilmente excretável). ¨ Paracetamol não pode ser tomada em jejum por causa do reativo tóxico (iminoquinona). - O medicamento é biotransformado? Sim, pois fala em biotransformação e também fala de conjugação que é uma etapa. - O Citocromo P450 participa do processo? Sim, pois fala em CYP. - Quais são os metabólitos formados? Glucuronídeo e um sulfato. - Quais reações envolvidas na biotransformação? Oxidaçào, conjugação - Onde o medicamento é metabolizado? Fígado por causa do CYP que automaticamente está relacionada ao citocromo 450. - Quais as vias de eliminação do medicamento? Urina e fezes. - Quais são as enzimas envolvidas no processo de biotransformação? CYP2D6 e CYP1A2 Aula 4 Neurotransmissão e SNA Introdução ¨ Neurônio: é a célula funcional do sistema nervoso. © Constituído de um corpo de dendritos o qual finaliza em um axônio. © É uma célula estimulável, propaga estímulos. © Se comunica com outras células e neurônios © Neurotransmissão= sinapse. ¨ A sinapse tem 3 constituíntes: axônio pré sináptico (terminal), fenda sináptica, membrana pós sináptica. Ela é eletroquímica. ¨ Despolarizar pela entrada de Na e K. ¨ Hiperpolarizar pela saída de potássio e entrada de cloreto. ¨ Ela é química pois tem neurotransmissores. ¨ Neurônio colinérgico: sintetiza acetilcolina. ¨ Neurônio dopaminérgico, serotoninérgico, etc. ¨ A neurotransmissão é eletroquímica por causa da presença de íons que podem ser inibitórios (pips) ou excitatórios (peps), gerando assim potenciais de ação. ¨ Cada neurotransmissor tem uma determinada função. Etapas da Neurotransmissão ¨ Ciclo de vida do Neurotransmissor (Nt): © Síntese Nt- Ação do Nt nos receptores- Degradação do Nt. ¨ Basicamente síntese, ação e degradação. ¨ Síntese é feita a partir de enzimas que catalisam as ações do neurotransmissor, ela pega um substrato e transforma em neurotransmissor. ¨ Armazenado em vesículas à espera de um potencial de ação. Quando ele chega as vesículas são empurradas até o final do axônio e caem na fenda sináptica pelo mecanismo de exocitose. © Chegando na fenda sináptica via agir nos receptores específicos para ele. ¨ A degradação ocorre onde tem enzimas que degradem. Se a enzima for intracelular esse neurotransmissor vai ser catado para ser degradado. Gabriela Rachadel Lohn Aula 4 ¨ 1: percussor do transmissor entrando ¨ 3: Armazenado ¨ 4: Excesso sendo degradado. ¨ Receptor pós sináptico e pré sináptico. Sistema Nervoso ¨ Sistema nervoso Central: encéfalo e medula espinhal. ¨ Sistema nervoso Periférico © Autônomo © Eferentes somáticos © Aferentes somáticos e viscerais © Sistema nervoso entérico ¨ Principais processos Autonômicos: © Contração e relaxamento do músculo liso. © Todas as secreções exócrinas. © Algumas secreções endócrinas. © Batimentos cardíacos. © Metabolismo. © Independe da nossa vontade e de nossa consciência. ¨ Parassimpático tem uma origem crânio- sacral, enquanto o simpático tóraco- lombar. ¨ No parassimpático a primeira fibra é bem longa, enquanto a segunda é curta, e o simpático é ao contrário. ¨ Cadeia ganglionar= simpático. ¨ Dois neurônios dispostos em série, os dois secretam acetilcolina. Aula 4 ¨ No parassimpático produz acetilcolina e no simpático noradrenalina. ¨ Quando ativa o sistema nervoso simpático a suprarrenal é ativada. ¨ Dopamina- noradrenalina. ¨ Ativação simpática,tanto o neurônio libera noradrenalina, como a adrenal libera adrenalina, tendo assim uma ação intensa e difusa, preparando nosso corpo para luta ou fuga. ¨ Parassimpático prepara nosso organismo para o reparo. ¨ Simpático: ativado para fuga ou luta. © Cachorro nos morde: coração acelera os batimentos, pupila dilata, saliva grossa (fala seca), respiração acelera, brônquio dilata para receber mais oxigênio e mandar para o corpo, sistema digestório para. Simpático. © Dar uma relaxada: parassimpático age. Brônquio contrai e dilata a secreção. ¨ Tem fármacos que imitam o simpático e que inibem o simpático. Aula 5 Transmissão Adrenérgica Introdução ¨ Pode ser de forma indireta, formando assim efeitos indesejados. ¨ Estuda todas as sinapses que usam a noradrenalina como transmissor. ¨ 2 tipos: © Central: relacionada com ações centrais importantes, como recompensa, humor, controle da vigia, controle da pressão arterial no nível central. © Periférica: ações basicamente autonômicas simpáticas. É autônomo pelas funções metabólicas, contrateis e secretórias, e simpática pois estão associadas à ativação do S.N.S. ¨ Noradrenérgica (neurotransmissor)= adrenérgica (hormônio). ¨ Neurotransmissor é jogado na fenda sináptica. ¨ Influência na quantidade de noradrenalina endógena (na fenda sináptica) disponível afetando a síntese, o armazenamento, liberação, a captação, a degradação. ¨ Interação com receptores adrenérgicos, sendo assim agonista (noradrenalina, adrenalina, isoprenalina) e antagonistas adrenérgicos. ¨ Sinapse adrenérgica © Neurônio adrenérgico: tem várias varicosidades que podem fazer sinapse com outras células. © Sinapses com efeitos generalizados e difusos. ¨ Receptores: alpha e beta (subtipos de receptores adrenérgicos). © No sistema nervoso central não faz muita distinção. © Na periferia localizamos esses receptores para identificar os principais efeitos da noradrenalina em nível simpático. ¨ Agonistas não seletivos: alpha e beta. ¨ Vasoconstrição: alpha1. ¨ Liberação da noradrenalina, alto inibitório: alpha 2. ¨ Contrações cardíaca: Beta 1. ¨ Broncodilatação e tremor muscular: Beta 2. ¨ Lipólise: Beta 3. ¨ Síntese da noradrenalina- Ela vai ser armazena em vesículas ( membrana da vesícula tem o mesmo material da membrana do próprio neurônio, tem a Gabriela Rachadel Lohn Aula 5 função de proteger a noradrenalina e junta forças)- Liberação do transmissor ocorre por um potencial de ação (exocitose)- Se funde com a membrana do neurônio a fim de liberar a noradrenalina na fenda- Se liga aos receptores pós sinápticos ou pré sinápticos- Após isso ela será inativada pois o organismo é econômico, para ser inativada ela precisa passar por um processo de captação para que assim seja degradada (duas enzimas de degradação: MAO e COMT). ¨ COMT: processo de captação por difusão. ¨ Agiu nos receptores: captação, e depois degradação. ¨ Dopamina pode ser degradada pela MAO. ¨ Neurônios dopaminérgicos essa síntese para na dopamina, lá não é produzido noradrenalina. ¨ Suprarrenal produz adrenalina pois nesse local tem a enzima feniletanolamina N- metiltransferase. Aula 5 ¨ Noradrenalina: neurotransmissor adrenérgico. ¨ Adrenalina: hormônio. ¨ Dopamina: neurotransmissor, mas também é uma etapa de síntese da noradrenalina. ¨ Isoprenalina: molécula sintética que foi produzida por ser semelhante a elas, mas por ter efeitos colaterais não é muito utilizada, somente experimentalmente. É um agonista adrenérgico que atua em todos os receptores da noradrenalina. ¨ Catalisa a quebra das reservas energéticas em combustíveis. ¨ Tremor sinaliza uma crise hipoglicemia, pós exercício. ¨ Noradrenalina pode inibir a ação da histamina pelos mastócitos (choque anafilático). ¨ Exemplos de fármacos que afetam as etapas da neurotransmissão adrenérgica: © Metildopa © Aminas Simpaticominéticas (Ex. anfetaminas). © Antidepressivos Tricíclicos. © Antidepressivos Inibidores da MAO (IMAO). Metildopa ¨ Engana a enzima de síntese e dá origem a um falso neurotransmissor. ¨ Interfere na síntese e na própria liberação, funciona também como antagonista. Aminas Simpaticominéticas ¨ Imitam o Sistema nervoso simpático. ¨ TDAH ¨ Os fármacos que inibem a captura 1 incluem cocaína e fármacos antidepressivos tricíclicos. Os efeitos simpáticos são aumentados por tais fármacos. Aula 5 Antidepressivos tricíclicos ¨ Inibem a receptação ¨ Por fora não seletiva de noradrenalina, dopamina. Antidepressivos Inibidores da MAO ¨ Leva ao aumenta da sobrevida da noradrenalina. ¨ Nenhum deles atua no neurotransmissor e sim nas etapas, para assim aumentar a quantidade de noradrenalina. ¨ Não são muito utilizados como antidepressivos. Agonista ¨ Podem ser totais ou parciais. ¨ Ativam o receptor. ¨ Efeitos adversos observados com agonistas adrenérgicos: insônia, náuseas, tremores, cefaleia, arritmias cardíacas, hiperatividade. Antagonista ¨ A maioria é bem seletivo. ¨ Sempre um agente bloqueador dos receptores. ¨ Tendem a ser seletivos alpha e beta e raramente não seletivos. Aula 5 ¨ Propanolol: agonista bloqueador de receptores beta-adrenérgicos. © Inibição da secreção de renina, inibindo assim os efeitos vasoconstrictor da angiotensina 2, favorecendo a excreção de sódio, contribuindo para diminuir o volume sistólico e diminuindo a resistência periférica= diminuía PA. Aula 6 Transmissão Colinérgica Introdução ¨ Estudo das sinapses que usam a acetilcolina como neurotransmissor. ¨ Dois tipos: © Central: aprendizado e memória, controle do ciclo sono e vigia, e a parte motora. © Periférica: sistema nervoso autônomo em nível ganglionar (simpático e parassimpático) em nível de órgão (parassimpático), transmissão colinérgica. ¨ Localização das sinapses colinérgicas ¨ Ciclo da Acetilcolina (etapas da neurotransmissão colinérgica) ¨ Receptores colinérgicos (muscarínicos e nicotínicos) Efeitos das drogas na transmissão colinérgica ¨ Influência na quantidade de acetilcolina endógena disponível: © Liberação (Toxina Botulínica) © Degradação (inibição da colinesterase, aumentando e prolongando a ação da Ach. Ex. neostigmina, fisiostigmina) ¨ Interação nos receptores colinérgicos © Agonistas muscarínicos. Ex. acetilcolina, carbacol, muscarina. © Antagonistas muscarínicos. Ex. atropina, hioscina. © Agonistas nicotínicos ganglionares. Ex. nicotina, lobelina, DMPP. © Antagonistas nicotínicos ganglionares. Ex. hexametônio, trimetafam. © Agonistas nicotínicos neuromusculares. Ex. suxametônio. © Antagonistas nicotínicos neuromusculares. Ex. tubocurarina. ¨ É degradada na própria fibra. ¨ Na suprarrenal tem receptores nicotínicos. É ativada quando o sistema nervoso simpático é ativado. ¨ No órgão inervado pelo parassimpático tem-se o receptor muscarínico. ¨ No central tme tanto nicotínico quanto muscarínico. Receptores Colinérgicos ¨ Nicotínicos Gabriela Rachadel Lohn Aula 6 © Junção neuromuscular © Sinapse ganglionar © Cérebro ¨ Muscarínicos © M1 – neurais – encontrados em neurônios do SNC e perifericamentente nas células parietais gástricas, possui efeitos excitatórios © M2 – cardíaco – perifericamente no músculo cardíaco, possui efeitos inibitórios © M3 – glandular – músculo liso– produzem efeitos excitatórios, estimulação das secreções glandulares e contração do músculo liso visceral. OBS. Podem mediar vasodilatação indireta! ¨ Nos vasos não têm-se a atuação da acetilcolina, entretanto ela pode agir de maneira indireta pela produção de óxido nítrico. ¨ Toxina Botulínica © Mecanismo de ação: Inibe a liberação de ACh © Efeitos © Indicações © Age no neurônio pré sináptico. © Não ter contração indicada pelaacetilcolina, dependendo da dose não tem nenhum efeito da acetilcolina. ¨ Anticolinesterásicos © Mecanismo de ação: Inibe a Colinesterase, inibindo assim a degradação de ACh © Efeitos © Indicações © Pode ser utilizado para tratamento do Alzheimer. OBS. Dependendo da dose podem ser usadas como medicamento ou com “arma de guerra”. ¨ Indicações: estrabismo, blefaroespasmo, bexiga hiperativa, estética, hiperidrose Aula 6 palmar e axilar, distonias, espasticidade, espasmo hemifacial. Agonistas Muscarínicos ¨ Reproduzem a ação da ACH nos rec. Muscarínicos. ¨ Efeitos: © Sistema cardiovascular (diminui FC e DC) musculatura lisa (aumenta contração e peristaltismo) © Oculares (contração da pupila e diminuição da pressão ocular) © Glândulas (aumenta secreção) Antagonistas Muscarínicos ¨ Bloqueiam a ação da ACh ¨ Efeitos: © Sistema cardiovascular (aumenta FC e DC) © Musculatura lisa (diminui contração e peristaltismo) © Oculares (dilata da pupila) © Glândulas (diminui secreção) ¨ Efeitos adversos observados usualmente com antagonistas colinérgicos: visão borrada, confusão, midríase, constipação, retenção urinária, boca seca, aumento dos batimentos cardíacos. Aula 6 ¨ Quando os receptores nicotínicos são persistentemente ativados por agonistas pode haver uma redução na excitabilidade da célula pós-sináptica: bloqueio por despolarização (não adianta estimular pois o receptor não irá responder. ¨ Na placa motora: © Bloqueadores Neuromusculares despolarizantes © Bloqueadores Neuromusculares Não despolarizantes Os dois são usados para o mesmo fim: paralisia motora na anestesia. Agonistas Neuromusculares ¨ Bloqueiam por despolarização ¨ Ex. suxametônio, decametônio ¨ Uso clínico: Interessante Antagonistas Neuromusculares ¨ Bloqueiam de maneira competitiva os receptores nicotínicos da placa motora, sem despolarizar (fácil de reverter se fornecer um agonista). ¨ Ex. tubocurarina, galamina, pancurônio, vecurônio e atracúrio ¨ Uso clínico: paralisia motora na anestesia. Aula 7 Avaliação do Paciente Intoxicado Introdução ¨ Avaliar: sinais vitais, estado mental, análises toxicológicas. Sinais Vitais Estado Mental ¨ Alterações nos níveis de consciência (letargia, topor, coma). ¨ Alterações no conteúdo de consciência (delírio e psicoses). ¨ Avaliar: atenção, orientação, memória, raciocínio, percepção, atividade motora. Análises Toxicológicas ¨ Testes de triagem, chamado também de teste de varredura. ¨ Testes confirmatórios (falso positivo pela triagem). ¨ Testes quantitativos (maior exatidão). Tratamento do Paciente Agudamente Intoxicado ¨ Impedir a absorção do toxicante. ¨ Aumentar a eliminação do toxicante (acelerar a excreção). ¨ Administrar antídotos (específico. Ex: anticolinesterásico, antídoto: atropina). ¨ Evolução e Prognóstico do quadro. ¨ Prevenir Sequelas. ¨ Não administrar sal de cozinha, nem estimular o v6omito com medidas mecânicas. Também não se deve induzir Gabriela Rachadel Lohn Aula 7 vômitos em crianças menores de 6 meses, em pacientes em coma, com convulsões ou com sangramento digestivo, ingestão de voláteis, ácidos e bases fortes. ¨ Medidas de manutenção e suporte; © Manutenção da respiração © Manutenção das condições hemodinâmicas. © Manutenção das funções renais e hepáticas, balanço hídrico, calórico e de eletrólitos. © Cautela no tratamento de manifestações neurológicas (convulsões) e alteração de estado mental (confusão). Administração de Antídotos ¨ Evolução e prognóstico Aula 7 ¨ Carvão ativado: diminui a absorção do toxicante. Aula 8 Sistema Nervoso Central Introdução ¨ Conceitos importantes na introdução: © Substâncias psicoativas (psicotrópicos)- atividade no SNC (se for usada como forma terapêutica chama-se de psicofármacos). © Psicofármacos- age no SNC fazendo uma ação terapêutica (antidepressivos, anticonvulsionantes,etc.) © Barreira hematoencefálica: barreira virtual associada à constituição do SNC que dificulta o acesso das subtâncias. © Plasticidade sináptica: difere para cada pessoa (arranjo sináptico). © Resiliência © Neurogênese: novas conexões sinápticas. ¨ Estruturas extremamente especializadas. ¨ Constituído pelo encéfalo e pela medula. ¨ As drogas modulam em funções pré existentes. ¨ Phineas Gage: mudança de comportamento em decorrência do caminho da barra de ferro em seu crânio. © Alteração orgânica pode causar uma alteração comportamental. Gabriela Rachadel Lohn Aula 8 ¨ Riqueza de fios e conexões. Aula 8 ¨ Dopamina inibe a secreção de prolactina. © Antagonista dopaminérgico para aumentar a prolactina e aumentar a produção de leite. ¨ Serotonina: transmissão sensorial © Aumento da serotonina sináptica ajuda no tratamento da depressão. © Analgésico crônico ao longo prazo. ¨ Acetilcolina © No Parkinson os antimuscarínicos podem ser usados para tratamento. © Dopamina inibitória da neurotransmissão da acetilcolina. ¨ Endorfina: exercício físico. © Neuropeptídio endógeno © Analgesia e sensação de bem estar. © Age nos seus receptores de neuropeptídios. ¨ Paixão: noradrenalina, dopamina, serotonina, neuropeptídios. ¨ Neurotransmissores da paixão são utilizados os mesmos transmissores das drogas. ¨ Glutamato: sempre excitatório e GABA: sempre relacionado com a hiperpolarização e tônico, sempre inibitório. ¨ Balança mais concentrada no GABA. ¨ Pertubadoras: maconha. ¨ Álcool é inibitório pois tem bloqueio dos receptores de glutamato, inibidor dos canais de cálcio, inibidor do GABA. ¨ Cocaína aumenta a excitabilidade: nunca terá coma pois vai por outro caminho. ¨ Dependência atualmente é uma doença, pode ser por drogas, jogos. © Histórico familiar tem relação ¨ Gratificação e recompensa: área dopaminérgica. © Ativada por estímulos no SNC. Aula 8 ¨ Síndrome de abstinência: é um contínuo. ¨ Tolerância tem a ver com a perda dos efeitos iniciais. ¨ Laxante: age como alívio fazendo assim a pessoa ter vontade novamente de usar, podendo assim causar dependência. ¨ Exercício físico © Diminui ansiedade e do estresse. © Melhora autoestima. © Sensação de bem estar. © Diminui o risco de depressão. © Melhora a autoimagem. Aula 9 Antipsicóticos Introdução ¨ Tratar transtornos psicóticos, os quais a pessoa rompe com a realidade. ¨ Algumas indicações terapêuticas dos Antipsicóticos: © Psicoses (Esquizofrenia, psicoses induzidas por drogas, medicamentos ou por outras condições como traumatismos, AVE, infecções, tumores) © Mania (Transtorno Bipolar) © Insônia: alteração da percepção e dificuldade de dormir por exemplo. © Gagueira © Coreia de Huntington: Transtorno motor que a fisiopatologia é oposta ao do Parkinson- excesso de movimentos. © Síndrome de Tourette: Síndrome motora, palavrões, movimentos exagerados © Hiperêmese: forte náusea e vômito © Emergências Comportamentais VIAS CENTRAIS DA DOPAMINA ¨ Podem ser distinguidas três vias principais. ¨ O maior trato DA no cérebro é o sistema nigroestriatal, que contém cerca de 80% da DA do cérebro. ¨ Existe uma área de corpos celulares dopaminérgicos no mesencéfalo, denominada área tegmental ventral (ATV), que possui projeções para o prosencéfalo, mais notavelmente o córtex cerebral, o núcleus accumbens e outras estruturas límbicas. ¨ Os corpos celulares que contêm DA no hipotálamo. Esse sistema é conhecido como via túbero- infundibular. © OBS. Ainda, uma quarta estrutura anatômica, a área postrema localizada no assoalho do quarto ventrículo, também constitui um alvo para terapia dopaminérgica. ¨ Via possivelmente afetada na Esquizofrenia!Gabriela Rachadel Lohn Aula 9 ¨ Aumento de dopamina em áreas relacionadas ao comportamento e emoções: antagonistas dopaminérgicos- fármacos. Neurolépticos Típicos ¨ Efeito positivo: paranoias, alucinações, delírios. ¨ Efeito indesejado: no sistema endócrino, alteração do ciclo menstrual, diminuição do hormônio folículo estimulante, luteinizante. © Bloqueia o efeito da dopamina no Sistema Motor, inibindo assim a transmissão dopaminérgica em cima da colinérgica. Assim, para- se a inibição, libera-se a transmissão colinérgica, exacerbando a ação colinérgica no sistema motor e aparece então um quadro parecido com o de Parkinson (Parkinson artificial- rigidez muscular, tremor em repouso e distonias. Neurolépticos Atípicos ¨ Antagonizam também receptores dopaminérgicos. ¨ Tem outros mecanismos, mas as vezes atuam na recepção serotoninérgica, assim diminuindo os sintomas positivos da Esquizofrenia, mas alguns começam também a atuar nos sintomas negativos da mesma. © Importante pois os negativos são os mais difíceis de tratar e os que mais prejudicam o desempenho e a capacidade da pessoa (empatia, desenvolvimento social, etc). Aula 9 ¨ Parkinson: secundário ao uso de antipsicóticos. ¨ Exemplos de antipsicóticos de segunda geração: © Risperidona © Clozapina © Quetiapina © Olanzapina © Paliperidona (Invega) ¨ Invega: atua em vários locais. ¨ Lembrar que o tratamento deve incluir medidas não farmacológicas, como a terapia ocupacional e a psicoterapia. Aula 9 Aula 10 Anfetamínicos Introdução ¨ Metilfenidato: principal uso hoje em dia. ¨ Libera monoaminas nas terminações nervosas, como a dopamina, noradrenalina, serotonina. ¨ Atua inibindo o armazenamento, a degradação, favorecendo a liberação por difusão das monoaminas. Além disso, inibe a receptação. ¨ Por muito tempo foi utilizado para tratar a obesidade, levando a muitos efeitos indesejados. Proibido no Brasil para esse fim. ¨ TDAH- transtorno de déficit de atenção e hiperatividade: ritalina- metilfenidato. Gabriela Rachadel Lohn Aula 10 ¨ TDAH= importância do tratamento farmacológico. Aula 11 Anticonvulsivantes Introdução ¨ Algumas indicações terapêuticas dos Anticonvulsivantes: © Convulsões (Epilepsia, convulsões induzidas por drogas, medicamentos ou por outras condições como traumatismos, AVE, infecções, tumores) © Mania (Transtorno Bipolar) © Insônia © Transtorno alimentar: diminuir a compulsão. © Dependência ou abuso de drogas: topiramato, diazepam. © Ansiedade © Dores crônicas e neuropáticas © Fibromialgia © TDAH © Emergências comportamentais: coquetel de medicamentos geralmente. ¨ Grupo de drogas neurológicas usadas para tratar a convulsão, passou a ser utilizado bastante na psiquiatria para tratar ansiedade, transtorno bipolar, transtorno alimentar e em outras especialidades que utilizam para tratar dor crônica e de origem neuropática, como na nefrologia. ¨ Aumenta a inibição exercida pela transmissão do GABA fazendo com que ocorra uma potencialização. ¨ Diminui a excitabilidade do SNC pelo bloqueio dos canais de cálcio. Gabriela Rachadel Lohn Aula 11 Aula 11 ¨ Importante saber como eles agem! Aula 12 Noções de Analgésicos Centrais Introdução ¨ Analgésicos opioides (outros nomes: Analgésicos centrais, Analgésicos análogos da Morfina, Hipnoanalgésicos) ¨ Produzem hipnosionse e analgesia. ¨ Exemplos: Morfina, Codeina, Meperidina, Papaverina, Fentanil, Tramadol) ¨ Obs: Existência de antídoto específico. ¨ Morfina: ligante endógeno- endorfina. O receptor da endorfina é o receptor da morfina. ¨ Codeina é estruturamente parecida com a morfina, sofre metabolização que forma morfina dentro do corpo. ¨ Meperidina e Papaverina é um opióide fraco. ¨ Fentanil: analgésico potente (mais do que a morfina). ¨ Tramadol: opióide fraco (Tramal). ¨ Objetivo: tratar a dor, mesmo sendo fraco ele é poderoso. ¨ Utilizado principalmente em dores intensas, agudas. ¨ Papaverina pode ser usada como anti- diarreico, mas sua grande indicação terapêeutica é a analgesia. ¨ Ativam os receptores daqueles endógenos, como a endorfina, que já produzem a analgesia dentro do organismo- ativa a via descendente de controle da dor. ¨ No SNC inibindo o reconhecimento do estímulo doloroso- receptor de neuropeptídios ativado. ¨ Princípios gerais do correto tratamento da dor: © Analgésicos não opióides: 1ª ação a se ter. Todos que não são análogos da morfina. © Associação de analgésicos opióides e não opióides (EX: paracetamol + codeína). © Analgésicos opióides. Gabriela Rachadel Lohn Aula 12 ¨ Naloxina: antídoto da endorfina. ¨ Morfina: Aula 12 ¨ Naloxona para reverter a ação dos opióides- overdose. ¨ Morfina causa náusea, vômito, sedação, prurido, retenção urinária- Ela NÃO causa dor. ¨ Propofol, fentanil, atracúrio, isuflurano: anestesia. ¨ Antagonismo do bloqueio muscular: antagonismo competitivo da placa motora- atracúrio. ¨ Bloqueio neuromuscular: anticolinesterásicos. ¨ Injeção de Naloxona para reverter: provavelmente a apnéia tenha sido causada pelo fentanil. Aula 12 Psicofármacos - Classe farmacológica (quem são) - Farmacodinâmica (o que fazem, mecanismo de ação e efeitos desejados/indesejados) - Indicação terapêutica (pra quê servem) - Considerações gerais (farmacocinética, via de administração, uso off label, condição principal de uso) Aula 13 Noções de Anestésicos Gerais Introdução ¨ Principais tipos: © Intravenosos (Tiopental- indução do coma, geralmente é somente em animais como anestésico geral, Etonidato, Propofol, Quetamina). © Inalatórios (Óxido nitroso, Isoflurano). ¨ Intravenoso primeiro para induzir a anestesia em quantidade menor, tendo menos efeitos indesejados, e manter a anestesia com os inalatórios pois é melhor para a inversão. ¨ Intravenoso: utilizado para endoscopia. ¨ Inalatório usado para sedação de consultórios odontológicos. ¨ ¨ Mecanismo de ação ¨ Principais efeitos colaterais ¨ Medicamentos associados aos Anestésicos Gerais (coquetel). ¨ Para que um fármaco seja útil como anestésico, ele tem que ser prontamente controlável, de forma que a indução e a recuperação sejam rápidas, permitindo que o nível de anestesia seja ajustado conforme o necessário durante a cirurgia! ¨ A anestesia geral corresponde a uma alteração do estado funcional do sistema nervoso central, de indução rápida e reversão fácil, provocada por fármacos e caracterizada por hipnose, analgesia, ausência de resposta muscular e autonômica à agressão, impossibilidade de posterior recordação consciente dos acontecimentos perianestésicos e um certo grau de relaxamento muscular. ¨ Efeitos importantes durante uma anestesia: © Perda de consciência © Sedação © Analgesia © Miorelaxamento © Amnésia © Bloqueio da condução nervosa e reflexos (bloqueio vagal) ¨ Aspectos a considerar: © Pré-medicação: preparar © Indução: decolagem © Manutenção: voo © Recuperação: aterrisagem Medicação Pré-Anestésica ¨ Objetivos © Diminuir a ansiedade sem produzir sonolência excessiva (clonazepam) © Facilitar a indução © Causar amnésia cooperativa no período perioperatório © Diminuir a dor pré- e pós- operatório © Proteção neurovegetativa: depressão dos reflexos vagais © Minimizar efeitos colaterais dos anestésicos –salivação, vômito (pós-anestésico), bradicardia (atropina). © Diminuir a dose do anestésico para a indução Gabriela Rachadel Lohn Aula 13 ¨ Nicotínicos: relaxantes musculares. ¨ INDUÇÃO © Agente intravenoso (anestésico de ação rápida) © Bloqueador da junçãoneuromuscular (relaxante muscular) © Anestésico local traqueal © Intubação naso / oro traqueal ¨ MANUTENÇÃO © Anestésico volátil © Relaxante muscular. © Analgésico ¨ RECUPERAÇÃO © Supressão da administração do anestésico volátil © Anticolinesterásicos: para reverter a ação das drogas usadas anteriormente (bloqueador neuromuscular não despolarizante) ¨ ANESTÉSICOS GERAIS INTRAVENOSOS © Indução muito rápida © Sem fase excitatória © Depois de administrados mais difícil controlar o seu efeito © Depressão respiratória © Depressão cardiovascular © Quanto menos anestésico intravenoso é melhor, por isso usa- se bastante os voláteis. ¨ ANESTÉSICOS GERAIS VOLÁTEIS © Depressão do centro respiratório © Diminuição da contractilidade do miocárdio © Modificação do tônus muscular ¨ EXEMPLOS © Anestésicos gerais intravenosos ® Propofol- anestésico geral ® Ketamina © Anestésicos gerais de inalação ® Gases: Óxido nitroso (gás do riso- usado para sedação em nível ambulatorial) ® Vapores: halotano, isoflurano. Mecanismo de Ação ¨ Mecanismo de ação molecular © Interferem preferencialmente sobre a transmissão sináptica. Mais do que sobre a condução. © Não parece afetar diretamente os canais catiónicos dependentes da voltagem. © Modificam os receptores que são canais iónicos. ¨ Obs: Não existe um mecanismo de ação único! ¨ Alguns medicamentos anestésicos quando utilizados em função de OUTRA propriedade farmacológica apresentam, algumas vezes, o mecanismo de ação bem descrito- mas não se tem certeza se é o mesmo efeito de ação dos anestésicos gerais. Principais Efeitos Colaterais ¨ Efeitos indesejados: © Depressão respiratória © Depressão cardiovascular © Medicamentos associados aos anestésicos gerais: garantir Aula 13 conforto pro paciente, minimizar os riscos de efeitos indesejados. ¨ Usa-se junto com os anestésicos coadjuvantes. ¨ Melhor usar somente uma anestesia local, mas depende da avaliação do médico sobre seu paciente. Medicamentos associados aos Anestésicos Gerais- Coquetel ¨ Exemplos: © Benzodiazepínicos (BZD- importante para anestesia, é um ansiolítico, pode ser utilizado em ambulatório, pequenos procedimentos). © Opióides: analgesia de ação central, diminui a necessidade de anestésico. © Bloqueadores neuromusculares: atacúrio (bloqueia o receptor e não consegue despolarizar a musculatura, acaba produzindo paralisia motora). © Antieméticos- diminui náusea e vômito. © Bloqueadores muscarínicos- Atropina, diminui o reflexo vagal. © Simpaticomiméticos- Adrenalina, reversão de uma parada cardíaca. Aula 14 Anti-Inflamatórios Esteroidais Esteroidais ¨ Esteroidais: glicocorticoides. ¨ Não esteroidais: AINES. ¨ O termo “reação inflamatória” designa os eventos que ocorrem nos tecidos, em resposta a um patógeno invasor. A reação inflamatória consiste de diversas reações inatas e também reações imunologicamente específicas. Essas reações são protetoras, isto é, visam a sobrevivência, mas são prejudiciais se forem inadequadas. ¨ Muitas das doenças que necessitam de tratamento farmacológico envolvem processos inflamatórios. O entendimento da ação e do uso de fármacos anti-inflamatórios ou imunossupressores requer o conhecimento da Reação Inflamatória. ¨ Reações inatas – ocorrem localmente nos tecidos. A partir destas reações são formados Mediadores tanto pelo plasma como pelas células. ¨ Eventos Vasculares - Aumento da permeabilidade vascular e exsudação de líquidos. Os mediadores incluem os componentes de cascatas enzimáticas (Sistema complemento, Sistema de Coagulação, Sistema de Fibrinólise e Sistemas das Cininas). ¨ Eventos Celulares – Algumas células envolvidas na Inflamação (células endoteliais vasculares, mastócitos e macrófagos teciduais) estão normalmente presentes nos tecidos; outras células têm acesso ao local inflamado (plaquetas e leucócitos) a partir do sangue. ¨ Reações imunológicas específicas – As células chaves destas reações são os linfócitos que possibilitam a formação de anticorpos e a proliferação de células efetoras citotóxicas ou produtoras de substâncias (por ex. interleucinas, linfocinas) importantes na inflamação. Mediadores da inflamação (e seus principais efeitos no Processo Inflamatório) ¨ Histamina – vasodilatação, eritema e prurido. ¨ Bradicinina – vasodilatação, estimulação das terminações dolorosas, aumento da permeabilidade vascular. ¨ Fator de ativação plaquetária (FAP) - vasodilatação, estimulação das terminações dolorosas, ¨ aumento da permeabilidade vascular. ¨ Eicosanóides © Prostanóides (efeitos diversos: sobre os vasos, plaquetas, febre e dor) © Leucotrienos (ativação dos leucócitos e produção de linfocinas). Gabriela Rachadel Lohn Aula 14 ¨ Lembrar sempre que os processos corpóreos tendem sempre ao equilíbrio. A Reação Inflamatória é uma “resposta” do corpo à uma determinada agressão e tende a ser limitada. Para isso o corpo produz também, nessas circunstâncias, mediadores anti-inflamatórias (por ex. cortisol). Nem sempre há necessidade de intervenção farmacológica. Efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores dos glicocorticóides (ex. Cortisol) ¨ Glicocorticóides è inibem as manifestações iniciais e tardias da inflamação ¨ Afetam todos os tipos de reações inflamatórias, sejam causadas por patógenos invasores, estímulos químicos/físicos ou por respostas imunológicas desenvolvidas inadequadamente. ¨ Os efeitos anti-inflamatórios são consequentes de duas principais ações: ¨ produção de mediadores anti- inflamatórios ¨ na produção de mediadores e células importantes na inflamação. ¨ Em doses farmacológicas, os glicocorticóides: © diminuem o grau de dilatação dos vasos sanguíneos (diminui a vasodilatação, - inflamação). © diminuem a migração dos leucócitos para o local inflamado. © afetam várias células importantes no processo inflamatório (leucócitos, mastócitos, células endoteliais). © afetam a síntese de enzimas envolvidas na produção e degradação dos mediadores inflamatórios. © induz a produção de lipocortina que, inibe a fosfolipase A2 (por inibição da síntese ou ativação de inibidores da enzima): ê eicosanóides, ê fator de ativação plaquetária. Aula 14 ¨ Mecanismo de ação: intracelular (receptores ligados à síntese proteica). ¨ Indicação terapêutica dos anti- inflamatórios esteroidais: © Asma © Hipersensibilidade © artrite reumatoide © distúrbios oculares e cutâneos © distúrbios hematológicos, gastrointestinais © edema cerebral associado a tumor. © Dexametasona diminui a sensação da altitude das montanhas. ¨ Vias de administração: © Oral (20 opção de escolha). © Intramuscular © Intravenosa (geralmente de urgência). © Tópica (ou local, como na derme). Geralmente é a de escolha primária, pois tem menos risco. ¨ EFEITOS INDESEJADOS (muitos!!) Aula 14 © Insônia © Labilidade emocional © Aumento do apetite e ganho de peso © aumento da propensão ao Diabetes Mellitus, à hipertensão, à acne, à úlcera péptica © outros ¨ Exemplo de medicamento para asma: Aula 14 ¨ Curiosidade: a Farmacologia permite entender o uso terapêutico do Montelucaste (que não é um corticoide!!!) Aula 15 Anti-Inflamatórios Não Esteroidais AINES ¨ Possuem efeitos analgésicos, anti-térmicos e anti-inflamatórios. Esses efeitos advêm: © ¯ produção de prostanóides importantes no processo da dor, febre e inflamação. © Mecanismo de ação: Inibição da Ciclooxigenase, enzima responsável pela síntese de prostanóides. ¨ Analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) © inibem a síntese de prostanóides (por inibição da COX) © Efeito analgésico – inibição da síntese das PGs que sensibilizam as terminações nervosas nociceptivas. © Efeito antitérmico(antipirético) – inibição da síntese das PGs (PGE) relacionadas com febre. © Efeito anti-inflamatório – inibição da síntese das PGs (PGE2, PGI2) responsáveis por alguns sinais e sintomas da inflamação: eritema, calor, dor e edema. ¨ Classificação dos AINES: © Salicilatos (ex. ácido acetil salicílico) Gabriela Rachadel Lohn Dor de agressão física, inflamatória ou de origem visceral corresponde aos AINES Aula 15 © Derivados do ácido propiônico (ex. ibuprofeno, cetoprofeno) © Derivados do ácido fenilantranílico (ácido mefenâmico) © Derivados do ácido acético (ex. diclofenaco, etodolaco) © Derivados do p-aminofenol (ex. paracetamol) © Derivados das pirazolinas (ex. dipirona) © Outros (ex. Nimesulida) ¨ Indicações © Dores brandas e agudas de qualquer natureza © Febres © Processos inflamatórios © Prevenção de novo infarto Não são utilizados como anti-inflamatórios, e sim como antitérmico e analgésico Aula 15 ¨ Efeitos indesejados: © Efeitos gastrointestinais © Náuseas, vômitos, diarreias © Úlceras, por efeito irritante direto sobre a mucosa e por inibição da síntese de prostaglandinas protetoras (PGE2) © Problemas renais © Reações cutâneas © Distúrbios da medula óssea © Hepatotoxicidade Observações: ü Mediadores pró-resolução, exemplo: resolvinas. ü Resolvinas são produzidas a partir dos ácidos graxos e possuem atividade anti-inflamatória e imunomodulatória (inibem por ex. quimiotaxia e a produção de citocinas pró inflamatórias). ü Área promissora!! ü O efeito antipirético do paracetamol pode estar relacionados a uma atividade em nível de SNC. ü COX-3 é uma recente descoberta de isoforma de ciclo-oxigenase. Foi sugerida por Daniel L. Simmons et al. e acredita-se que esteja presente no SNC. ü O paracetamol seria um inibidor mais seletivo desta forma. Aula 15 COXIBES: COX-2 Aula 15 Revange: tramadol com paracetamol, tem menos efeitos indesejáveis. Relação com a dor moderada pois já tem uma associação com o opióide. VMOVO: aumenta o risco de transtorno gástrico (naproxeno). Naproxeno associado ao esomeprazol o qual diminui o risco de desconforto gástrico, mas para otimizar o efeito de bomba de prótons. Aula 16 Anestésicos Locais Introdução ¨ Propriedades do fármaco ideal © Inibição da atividade sensitiva específica, total e reversível © Tempo de latência reduzido © Solúvel, quimicamente estável e resistente à esterilização © Ativo por aplicação tópica © Margem de segurança elevada ¨ Anestésico local pode ser definido como uma droga que pode bloquear de forma reversível a transmissão do estímulo nervoso no local onde for aplicado. ¨ Anestesia do neurônio ¨ Mecanismo de ação: ¨ Propriedades físico-químicas e atividade anestésica local © A forma ativa é a forma ionizada intracelular. © A atividade anestésica local depende de propriedades físico- químicas: Gabriela Rachadel Lohn Sofre influência do pH. Dentro ácido. Somente dentro é ácido, se fora for ele não irá realizar sua função Aula 16 1. Lipossolubilidade 2. Ligação às proteínas 3. Grau de ionização ¨ Anestésicos locais são aminas com carácter básico, pouco solúveis e estáveis em solução aquosa. ¨ Utilizam-se habitualmente os sais (cloridratos) que em meio ácido são ionizados e hidrossolúveis. ¨ Na solução injetável o anestésico está em parte sob a forma ionizada. ¨ A forma básica lipossolúvel atravessa as membranas das células. É contudo, a forma ionizada que se fixa ao local de ação. ¨ O pH dos tecidos é habitualmente inferior ao pKb dos anestésicos locais. A proporção de base (não ionizada) é maior para os que possuem um pKb mais próximo de 7,4. Os anestésicos locais com pKb próximo de 7,6 penetram mais facilmente na fibra nervosa (indução mais rápida). ¨ O pH fetal e o pH dos tecidos inflamados é inferior ao pH habitual dos tecidos. ¨ Ordem de aparecimento do bloqueio neuronal 1º- Sistema nervoso simpático 2º- Sensitivas: 1. nociceptiva 2. térmica: 1º frio 2º calor 3. tátil: 1º superficial 2º profundo 3º- Motoras ¨ Associação de vasoconstrictores aos Anestésicos Locais (AL) © ↓absorção sistêmica dos AL © ↓ tempo de indução do efeito dos AL © ↑potência dos AL © ↑duração de ação dos AL © ↓ reações adversas dos AL © ↓ hemorragias associadas ao procedimento ¨ Limitações da associação com vasoconstrictores © Hipertiroidismo © Hipertensão (não controlada) © Angina de peito (instável) © Infarto do miocárdio (< 3 meses) © AVE (< 3 meses) © Arritmias cardíacas © Insuficiência cardíaca congestiva ¨ Sintomas de Superdosagem © Palidez © Ansiedade © Náuseas e vômitos © Excitação, desorientação, angústia © Convulsões © Depressão respiratória © Depressão cardíaca © Hipotensão © Hipersensibilidade ¨ Fatores que favorecem a toxicidade © Dose © difusão excessiva © injeção endovenosa involuntária © idades muito jovens © calor excessivo © febre © hipóxia © ansiedade © antecedentes epilépticos © tudo o que favoreça as convulsões © antecedentes cardíacos Aula 16 ¨ A lidocaína é considerada a solução anestésica padrão da Odontologia, a partir da qual todos os outros anestésicos são comparados e, em associação a vasoconstritores, possibilita anestesia pulpar de até 60 minutos e 3 a 5 horas de anestesia em tecidos moles. ¨ Em relação à latência, o início de ação desta acontece em cerca de 2 a 3 minutos. ¨ Lidocaina associada à adrenalina (1:200.000). Aula 17 Antibacterianos Roteiro ¨ Antibacterianos (antimicrobianos) © Agentes bacteriostáticos: diminui a multiplicação bacteriana. © Agentes bactericidas: mata as bactérias. ¨ Histórico ¨ Fatores importantes ¨ Conceitos importante © Espectro de ação © Resistência bacteriana: capacidade de sobreviver. © Antibioticoterapia de amplo espectro: quando se opta por uma escolha farmacoterápica que será usada para vários tipos de bactérias. © Antibioticoterapia seletiva: específica para determinados patógenos. © Antibioticoterapia profilática: preventiva para impedir surgimento de infecção. © Choque anafilático: a maioria é derivado da penicilina. ¨ Riscos associados (interações e efeitos indesejados). ¨ Cultura: se a bactéria é sensível ou não. ¨ Coloca-se no àgar. ¨ Indicações para a realização de exame microbiológico: © Disseminação do processo para outros locais. © Presença de sinais e sintomas indicativos de sepse. © Vigência de imunossupressão. © Antibioticoterapia inicial sem sucesso no combate na infecção. ¨ Geralmente usa-se antibioticoterapia de amplo espectro. ¨ Alertar sobre riscos de possíveis interações medicamentosas: © Ex: álcool e contraceptivos orais. ¨ Antibacterianos pode diminuir a quantidade do contraceptivo na corrente sanguínea por poder matar bactérias no intestino. Gabriela Rachadel Lohn Aula 17 ¨ Beta- Lactâmicos: © Penicilina © Cefalosporina © Monobactâmicos © Carbapenens © Mais usado: amoxil. © Mais estáveis frente a beta-lactamases: Clavulin (amoxilina com ácido clavulânico). ¨ Afetam a síntese de proteínas bacterianas © Macrolídios em destaque: ® Eritromicina ® Claritromicina ® Azitromicina ¨ Antibacterianos diversos © O metronidazol foi sintetizado no final da década de 50 com indicação inicialmente para o tratamento de protozooses e desde 1962, com seu uso ampliado para germes anaeróbios. Também é utilizado como droga antituberculosa. © Infecções bacterianas no sistema digestório, incluindo a boca. Aula 17 ¨ Tratamentos de erradicação de primeira linha: 1)IBP dose plena 12/12 horas © Amoxicilina 1000 mg 12/12 horas © Claritromicina 500 mg 12/12 horas © Duração do Tratamento: 14 DIAS 2) IBP dose plena 12/12 horas © Subcitrato de Bismuto Coloidal 240 mg 12/12 horas© Tetraciclina 500 mg 6/6 horas ou Doxicilina 100 mg 12/12 horas © Metronidazol 400 mg 8/8 horas © Duração do Tratamento:10 a 14 dias ¨ Alérgicos a penicilina: 1) IBP dose plena 12/12 horas © Claritromicina 500 mg 12/12 horas © Levofloxacina 500 mg 24/24 horas © Duração do Tratamento :14 dias 2) IBP dose plena 12/12 horas © Tetraciclina 500 mg 6/6 horas ou doxiciclina 100 mg 12/12 horas © Metronidazol 400 mg 8/8 horas © Subcitrato de Bismuto Coloidal 240 mg 12/12 horas © Duração do Tratamento:14 dias Terapêutica de 1ª linha IBP 2id + Claritromicina 500mg 2id + Amoxicilina 1g 2id - 7 dias IBP 2id + Claritromicina 500mg 2id + Metronidazol 500mg 2id - 7 dias Terapêutica de 2ª Linha IBP 2id + Subcitrato/subsalicilato de bismuto 120mg 4id + Metronidazol 500mg 3id +Tetraciclina 500mg 4id - 14 dias IBP + Metronidazol 500mg 2id + Amoxicilina 1g 2id (ou Tetraciclina 500mg 4id) - 14 dias Aula 18 Introdução ¨ Alguns usos clínicos © No tratamento: ® dos transtornos de humor depressivos. ® dos transtornos ansiosos. ® dos transtornos alimentares. ® da ejaculação precoce. ® na enurese infantil noturna. ® na retirada de drogas de abuso. ® dores crônicas (enxaqueca...) ® fibromialgia ® disforia pré-menstrual (alteração do humor relacionado à TPM). ¨ Diminuição da noradrenalina, serotonina, dopamina e 5HT. © Distúrbio químico, pode estar relacionado ao meio. ¨ Tratamento: restauraria o funcionamento normal das sinapses. ¨ Antidepressivo: ferramenta terapêutica. ¨ Eletroconvulsoterapia: © Eficaz para tratar depressão grave. © Envolve estimulação através de eletrodos colocados a cada lado da cabeça. © Tão eficaz quanto os antidepressivos. © Costuma causar confusão e perda de memória. Gabriela Rachadel Lohn Aula 18 ¨ Iproniazida foi o primeiro medicamento antidepressivo. Mecanismo de ação ¨ Antidepressivos inibidores da MAO © Inibem a MAO- Tranilicipromina. © Aumentam a sobrevida das monoaminas. ¨ Antidepressivos tricíclicos © Inibem a recaptação das monoaminas- Amitriptilina © Aumentam a concentração destas na fenda sináptica ¨ Antidepressivos Atípicos ou de segunda geração © Mecanismo diverso- Fluoxetina © Inibem a recaptação da serotonina (5HT) – ISRS © Inibem a recaptação da serotonina e da noradrenalina Efeitos indesejados ¨ Antidepressivos inibidores da MAO © Efeitos adrenérgicos ¨ Antidepressivos tricíclicos Aula 18 © Antimuscarínicos ¨ Antidepressivos Atípicos ou de segunda geração © Mais toleráveis (dor de cabeça, náuseas, vômitos) ¨ Efeitos variáveis: afetar a libido, o sono e o peso. ¨ Margem de segurança. ¨ Interação medicamentosa. Aula 18 ¨ Efeitos colaterais do Lítio: © Ataxia © Tremores © Confusão mental © Convulsões © Ganho de peso © Cãibra ¨ A maioria dos antidepressivos demoram 1 mês para fazer efeito. ¨ Antidepressivo não é utilizado em transtorno de humor. ¨ Hipertimia: transtorno de humor. ¨ Não produzimos lítio, mas ele interfere em todas as sinapses excitatórias. (o,6 à 1,2 a quantidade normal que pode ser ingerida).
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