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RESENHA DA OBRA “CONCORRÊNCIA DESLEAL” A obra “Concorrência Desleal”, dirigida por Ettone Scola, contextualiza-se no avanço do regime fascista na Itália, e gira em torno de dois personagens principais Umberto, que é um alfaiate que repentinamente começa a perder sua clientela para uma loja vizinha, de propriedade de Leone, os quais passam por disputas comerciais. O filme é uma parábola que representa as perseguições racistas ocorridas contra a população judia. Desde que quando Umberto revelou que Leone era judeu, a polícia fascista começou a persegui-lo, tendo perdido sua loja e muitos de seus direitos, o que demonstra que a violência contra os judeus não aconteceu de forma concentrada, mas ocorreu de forma gradual, tornando cada vez mais desleal a concorrência dos comércios de judeus quando comparados aos não judeus, o que posteriormente se estendeu para todas as áreas de convivência. Ao presenciar toda a desgraça de Leone, Umberto tenta fazer o possível para ajuda-lo, o que demonstra que alguns atos, por mais inconscientes que tenham sido feitos, podem trazer consequências gigantescas na vida de outra pessoa. Assim, é possível concluir que a tomada do poder pelos fascistas e as mudanças que estes proporcionam no governo e na vida de sua população mostram claro desrespeito com os princípios administrativos, tais como os previstos no art. 37 da Constituição Federal: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Além de outros como: supremacia do interesse público sobre o privado e indisponibilidade do interesse público. Ainda, ferem diversos direitos humanos, como a dignidade da pessoa humana, liberdade religiosa e de expressão.
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