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FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ, PARTO E LACTAÇÃO

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FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ, PARTO E LACTAÇÃO
Volume e Composição do Sangue: O volume sanguíneo aumenta em cerca de 50% até o final da
gestação, com grande variabilidade entre as mulheres. Este aumento de volume no sangue
resulta em concentrações menores de hemoglobina, albumina sérica, outras proteínas do soro
e das vitaminas hidrossolúveis, principalmente após o fim do primeiro trimestre. Em contraste,
as concentrações séricas de vitaminas lipossolúveis e outras frações lipídicas, como
triglicerídeos, colesterol e ácidos graxos livres, aumentam para garantir um transporte
suficiente para o feto.
Função Cardiovascular e Pulmonar: O débito cardíaco aumentado acompanha a gestação e
aumenta o tamanho cardíaco em 12%. A pressão arterial, principalmente diastólica, diminui
durante os primeiros dois trimestres por causa da vasodilatação periférica, mas pode voltar aos
valores pré-gestação no terceiro trimestre. Um leve edema de membros inferiores é uma
condição normal da gestação, resultante da pressão do útero em expansão na veia cava
inferior. As necessidades maternas de oxigênio aumentam e o limiar para o dióxido de carbono
diminui, fazendo que a gestante se sinta dispneica. Somando-se a essa sensação de dispneia
está o útero em crescimento, empurrando o diafragma para cima.
Função Gastrointestinal: Durante a gestação a função do sistema gastrointestinal (GI) muda de
vários modos que afetam o estado nutricional.
➔ No primeiro trimestre, náuseas e vômitos podem ocorrer, seguidos por um retorno de
apetite que pode ser voraz.
➔ Desejos e aversões aos alimentos são comuns.
➔ O aumento da concentração de progesterona relaxa o músculo uterino para permitir o
crescimento fetal e, ao mesmo tempo, diminuir a motilidade GI, com aumento da
reabsorção de água. Isso muitas vezes resulta em prisão de ventre.
➔ Além disso, um esfíncter esofágico inferior relaxado e a pressão do útero em crescimento
sobre o estômago podem causar regurgitação e refluxo gástrico (Azia).
➔ O esvaziamento da vesícula biliar se torna menos eficiente devido ao efeito da
progesterona sobre a contratilidade do músculo. A constipação, a desidratação e uma
dieta de baixa energia são fatores de risco para o desenvolvimento de cálculos biliares.
Durante o segundo e o terceiro trimestres o volume da vesícula biliar dobra, e sua
capacidade de esvaziar de forma eficiente é reduzida. A composição da bile também
muda, tornando-se mais parecida com lodo, aumentando o risco intrínseco de cálculos
biliares.
Alterações Metabólicas Durante a Gestação para Mulheres com Massa Corporal Normal e
Obesas
Componente Massa Corporal Adequada Obesa
Deposição de gordura com
ganho de massa corporal
gestacional
O ganho de gordura
gestacional é acumulado
principalmente centralmente,
tanto a gordura subcutânea
quanto a visceral. O acúmulo
visceral pode aumentar
conforme a gestação
progride
As localizações são similares,
a quantidade pode ser menor
Metabolismo lipídico Aumento de 50 a 80% na
oxidação basal de gordura e
em resposta à glicose,
dislipidemia acentuada
A dislipidemia é exagerada
Metabolismo de aminoácidos A síntese de proteínas
aumenta no segundo (15%) e
no terceiro (25%) trimestres
Desconhecido, mas
evidências limitadas sugerem
que uma resposta anabólica
pode ser prejudicada
Metabolismo da glicose,
resistência à insulina
Concentrações elevadas da
glicose de jejum, tolerância à
glicose e sensibilidade à
insulina no início da gestação,
então a sensibilidade à
insulina diminui de 50% a 70%
por volta do terceiro trimestre
A glicose de jejum inicial
aumenta menos ou nem
aumenta, há mais resistência
à insulina, o que aumenta as
concentrações séricas de
todos os macronutrientes.
Função Renal: A taxa de filtração glomerular (TFG) aumenta em 50% durante a gestação, embora
o volume de urina excretada a cada dia não seja aumentado. A reabsorção tubular renal é
menos eficiente do que no estado não-grávida, e pode ocorrer glicosúria devido ao aumento da
taxa de filtração glomerular, juntamente com um aumento da excreção de vitaminas
hidrossolúveis e aminoácidos. Pequenas quantidades de glicosúria aumentam o risco de
infecções do sistema urinário.
Placenta e Ambiente Uterino: O feto se nutre através do endométrio e das secreções da glândula
uterina até a 10ª semana quando o fluxo de sangue é estabelecido pelo cordão umbilical. A
má-formação da placenta pode ocorrer em situações de distúrbios hipertensivos,
pré-eclâmpsia e gestação precoce, impossibilitando a nutrição adequada do feto
independente da alimentação da mãe
NUTRIENTES-CHAVE PARA O DESENVOLVIMENTO CEREBRAL FETAL E NEONATAL

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