Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Compreende� a� consequência� d� us� prolongad� d� AINE� Enf. Emanuel Barros → Os AINEs são os agentes farmacológicos mais utilizados na prática médica. → Indicações: analgésico, anti-inflamatório, antipirético e utilizado na profilaxia contra doenças pulmonares. → O processo inflamatório é a resposta mais precoce do organismo diante de uma lesão tecidual → No processo inflamatório ocorre a liberação de prostaglandinas, tromboxanos, serotoninas que ocasionam a sensibilidade periférica da dor que vão causar alterações no limiar de nociceptores (hiperalgesia ou alodinia-sensações não dolorosas sendo experimentadas como dor). Esses nociceptores sensibilizados mandam sinais via aferente para a medula e snc que provoca a sensibilidade central da dor. → O efeito dos AINE é inibir a cicloxigenase, com isso vai reduzir a síntese de prostaglandinas, diminuindo a intensidade do processo inflamatório e da nocicepção periférica. → Existem dois tipos da enzima cicloxigenase, enzima que sintetizam o acido araquidônico e das prostaglandinas: ● Acido e prostaglandinas: favorecem a vasodilatação prolongada, aumentam o fluxo sanguíneo e potencializam a ação de substâncias como a bradicinina, a histamina e a serotonina, capazes de aumentar a permeabilidade vascular e ativar terminações nervosas. ● COX-1: é constitutiva, e age como citoprotetora gástrica e mantém a homeostase renal e plaquetária. Age inibindo a secreção ácida pelo estômago, aumentando o fluxo sanguíneo na mucosa gástrica e promovendo a secreção de muco citoprotetor ● COX-2: indutiva e surge apenas quando há trauma tecidual ou inflamação (pode ser expressa em maior quantidade perante citocinas, fatores de crescimento e estimulantes tumorais. → Efeitos do uso de AINEs no trato gastrointestinal: ● Lesões agudas, risco de ulceração e perfuração. ● Quando é absorvido pela mucosa gástrica, a droga fica armazenada nas células epiteliais do estômago, causando dano, mas não úlcera. ● A COX-1 fica no estômago mantendo sua estrutura básica prevenindo erosões e ulcerações. O AINEs inibe a atividade dessa isoforma de enzima, e mesmo ele sendo aplicado via intramuscular ou intravenosa pode causar úlceras gastricas ou duodenais. ● Com a inibição da cox-1, não e sintetizada prostaglandinas. especialmente PGI2 e PGE2, que servem como agentes citoprotetores da mucosa gástrica ● A COX-2 tem sua maior expressão no estômago quando há uma infecção. Ex: H.pylori ou uma úlcera a formada, pois ela vai induzir a formação de prostaglandinas que contribuem para o efeito cicatricial dessas lesões e estimulam a secreção de muco e cloreto pela mucosa, impedindo assim que a bactéria penetre na circulação. → Pacientes com úlcera gástrica diagnosticada devem preferentementeteroutraformadeanalgesiaquenãosejaAINES enquanto se submetem ao tratamento da lesão. Caso não seja possível a suspensão do antiinflamatório, deve ser prescrito um protetor gástrico potente, como por exemplo, um inibidor da bomba de prótons e manter vigilância para as possíveis complicações gastrointestinais → Estima-se que 34%-46% dos usuários de AINEs sejam portadores de alguma lesão gastrointestinal que, mesmo assintomática, representa riscos hemorrágicos graves ou perfuração → Se o paciente for receber tratamento com AINEs tem que ser avaliado os riscos gastrointestinal individuais. Os fatores que aumentam o risco de complicações são : ● HISTÓRIA PRÉVIA DE ÚLCERA PÉPTICA ● IDADE MAIOR OU IGUAL A 65 ANOS (+DE 70) ● USO DE DOIS OU + AINE SIMULTÂNEOS ● INFECÇÃO POR H. PYLORI (O H. pylori pode ser considerado um fator que pode: (1) enfraquecer o sistema protetor da mucosa e (2) aumentar o dano da mucosa. O H. pylori, presente no muco, é um bacilo gram-negativo). ● COMORBIDADE GRAVE → Os pacientes idosos são mais susceptíveis a reações adversas desse grupo de fármacos em virtude da maior frequência de problemas hepáticos e renais, que afeta a depuração de medicamentos que são excretados pelos rins, podendo resultar em acúmulo e toxicidade. (BUSCAM O MEDICAMENTO POR AUTOMEDICAÇÃO PARA ALÍVIO DA DOR, JA QUE ELE É INDICADO PARA ARTRITE, DISTÚRBIOS MUSCULOS ESQUELÉTICOS) → Em idosos, os AINEs não apenas induzem a ulceração gástrica bem como ocultam a sintomatologia, acarretando um número de hemorragias gastrintestinais sete vezes maior que acontece na população adulta #EFEITOS RENAIS: ● O uso prolongado de AINEs pode causar elevação de 5 a 6 mmHg da pressão arterial média, principalmente em hipertensos, e interferir com os efeitos anti-hipertensivos de diuréticos, betabloqueadores e inibidores da ECA. Entretanto, há grande variação dos resultados entre os fármacos e entre os estudos clínicos. ● Retenção de sódio e água e edema são efeitos colaterais dos AINEs, mas são habitualmente leves e subclínicos (3% a 5%). Podem causar hipercalemia. Os AINEs a liberação de renina mediada pelas prostaglandinas, reduzem a formação de aldosterona e, em consequência, diminuem a excreção de potássio. Além disso, em presença de fluxo glomerular diminuído, a oposição aos efeitos natriuréticos e diuréticos das prostaglandinas pelos AINEs pode aumentar a reabsorção de sódio e água no túbulo renal, com diminuição da troca Na+-K+ no néfron distal #SNC → s efeitos dos AINEs no sistema nervoso central (SNC) incluem meningite asséptica, psicose e disfunção cognitiva. Esses dois últimos são mais comuns em pacientes idosos, particularmente com o uso da indometacina. Meningite asséptica parece ser mais prevalente em paciente com lúpus eritematoso sistêmico em tratamento com AINEs (em geral, ibuprofeno e naproxeno).
Compartilhar