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CCJ0007-WL-LC-Direito Penal - Parte Geral-02

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EXTRATERRITORIALIDADE 
 São crimes que embora praticados fora do Território Nacional o Brasil vai poder Julgar 
 (aplicar sua Lei). Art. 7° - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro. 
INCONDICIONADAS CONDICIONADAS 
a) Contra a vida ou liberdade do presidente 
da República; 
b) Crimes contra o pattrimônio ou a fé 
pública da União,Estado, Distrito Federal e 
municípios , autarquia, sociedade de 
economia mista ou fundação instituída 
pelo poder público; 
c) Contra Administração pública, por quem 
está a seu serviço; 
d) De Genocídio, quando o agente for 
brasileiro ou domiciliado no Brasil; 
** Lei 9455/97, ( Tortura, no seu Art.2° dispõe 
que embora o crime tenha sido praticado fora 
do território nacional aplica-se esta lei). 
Quando a vitima for brasileira ou o agente 
estiver em local sob a jurisdição brasileira. 
a) Crimes que por tratado ou convenção o 
Brasil se obrigou a reprimir; 
b) Praticados por Brasileiros; 
c) Crimes praticados em aeronaves ou 
embarcações brasileiras, mercantes ou de 
propriedade privada, quando em território 
estrangeiros e ai não sejam julgados. ( 
Competência Subsidiária) 
 
CONDIÇÕES 
 
a) Entrar o agente em território 
nacional;(critério especifico de 
procedibilidade); 
b) Ser o fato punível também no País em que 
foi praticado;(Condições Objetivas de 
Pubilidade-COP); 
c) Estar o crime incuido entre aqueles pelos 
quais a lei brasileira autoriza a extradição . 
(COP); 
d) Não ter sido o agente absolvido no 
estrangeiro ou não ter ai cumprido a Pena. 
( COP ); 
e) Não ter sido o agente Perdoado no 
estrangeiro ou, por outro motivo, não 
estar extinta a Punibilidade,segundo a lei 
mais favorável.( COP). 
HIPERCONDICIONADA 
Art. 7° CPM § Aplica-se , também, a lei brasileira ao crime praticado no exterior por um estrangeiro contra 
um brasileiro se reunidas todas as condições anteriores, além de: 
a) Não foi pedida ou foi negada a extradição; 
b) Houve requisição do Ministro da Justiçã. 
Art 8° - Para se evitar o Bis in idem. A Pena cumprida no estrangeiro atenua a imposta no Brasil pelo 
mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 
PRINCIPIOS RELACIONADOS À EXTRATERRITORIALIDADE 
Principio da Defesa/Real/Proteção: Art. 7°, I , “a”, “b” e “c” . 
Principio da Justiça Universal ou Cosmopolita: Art. 7° , I , “d” e II , “a”. 
Principio da Nacionalidade / Personalidade- Ativa e Passiva: Ativa = Art. 7° II , “b” / 
 Passiva = Art.7° § 3°. 
Principio da Bandeira/Representação/Pavilhão: Art. 7° II , “c”. 
DIREITO PENAL 
CONCEITO 1 - É o setor do Ordenamento Jurídico que define crimes que comina penas e prevê medidas de 
segurança. ( Juarez Cirino dos Santos). 
Medida de Segurança: É uma espécie de sanção penal aplicada aos doentes mentais. 
Sentença Absolutória Imprópria : Absolve, porém impõe a medida de segurança ( Tratamento). 
CONCEITO 2 – É a Parte do Direito que separa as condutas tidas como mais graves e para cada indivíduo 
que venha a praticar, o Estado impõe uma Sanção Penal. ( Fernando Capez). 
OBJETO DO DIREITO PENAL 
Crime: São condutas descritas de forma Positiva e condutas descritas de forma Negativa. 
Condutas Positivas: São os crimes comissivos – Praticado por ação – mas que o Estado exige um dever 
Jurídico de não fazer. 
Condutas Negativas: São os crimes omissivos – Praticado por inação – que o Estado exige um dever Jurídico 
de fazer. 
OBJETIVO DO DIREITO PENAL : Proteção de bens Jurídicos. 
SUJEITOS DO CRIME 
Sujeito Ativo: Quem prática a conduta delituosa – somente pessoa física. 
 Exceção : A Pessoa Jurídica poderá ser Punida nos crimes contra a Ordem Econômica e 
Financeira e contra a economia popular ( Art. 173 § 5°CF) e nos crimes ambientais 
(Art.225 § 3°); Chamada de dupla imputação. 
 
Sujeito Passivo: É aquele que sofre a Conduta Delituosa. 
a) Constante ou Formal = O Estado; 
b) Eventual ou Material = Cidadão 
 
OBJETO JURÍDICO: Também chamado bem jurídico – Objeto juridicamente tutelado; e Objeto 
juridicamente protegido: O Objeto Jurídico é tudo aquilo que a norma esta protegendo. Ex.: No homicídio é 
a vida; no furto é o patrimônio; no estupro é a liberdade sexual; na ameaça é a paz de espírito . 
OBJETO MATERIAL: É tudo aquilo ou quem recai a conduta criminosa. 
 
 
 
 
PRINCIPIOS PENAIS 
PRINCIPIO DA LEGALIDADE OU RESERVA LEGAL 
 Proibir a arbitrariedade do legislador. Principios são normas de otimização(base). 
1°) LEX PRAEVIA (Lei Previa) : Proibi-se a retroatividade da Lei Penal; 
2°) LEX SCRIPTA : Proibi-se a criação de crimes e Agravação de Penas, baseado nos costumes; 
3°) LEX STRICTA- (Lei Estrita) : Proibi-se a criação de crimes e agravação de pena baseado em analogia. ( 
Analógia é um conceito idiossincrático – individual). 
 ANALÓGIA ≠ INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA. – Interpretação Analógica é uma sequência casuística de fato 
que lhe faz presumir o que seja ( toda vez que tiver no termo “qualquer outro”). 
4°) LEX CERTA – ( Leit Certa) : Proibi-se a criação de crimes incriminações vagas e indeterminada. 
 Exceção: Tipos abertos ( aqueles que necessitam de um complemento – VALORATIVO) – 
Crime culposo / omissivo Impróprio. 
Reserva Legal “ Stricto Sensu”: Reserva-se ao direito de se criar crimes por meio de uma lei ordinária, 
emanada do Poder Legislativo. 
 
PRINCIPIO DA IRRETROATIVADE DA LEI PENAL 
 A Lei Penal não pode retroagir, salvo para beneficiar o réu; 
 Quando se tratar de Lei Abolicionista ( o fato não é mais crime ) ; 
 Quando a Pena for mais branda; no aspecto qualitativo ou quantitativo; 
 Com relação a progressão do Regime. 
 
PRINCIPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA 
 É analisado sob dois aspectos: 
 1°) Concurso de Pessoas: Quando é praticado em concurso de pessoas – quando duas ou mais 
pessoas praticam o mesmo crime, porém provavelmente não terão a mesma Pena. 
 2°) São os tipos de Pena : 
 Privativa de Liberdade: Reclusão(fechado,semi-aberto,aberto) e Detenção(semi-
aberto e aberto); 
 Multa – Art. 49 CP; 
 Restritiva de Direitos – 5 Especies: 
a) Prestação Pecuniária – Ex: Cesta básica; 
b) Perda de Bens ou Valores; 
c) Prestação de serviços a comunidade ou entidade pública; 
d) Suspensão ou restrição temporária de direitos; 
e) Limitação de fim de semana. 
 
 
PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDADE OU PROIBIÇÃO DO EXCESSO 
 A Pena deverá ser Proporcional a Conduta Praticada, Proibido ao Juiz que pratica excesso. 
 O primeiro aspecto deste principio é o concurso de pessoas, em que todos, em regra, respondem 
pelo mesmo crime, porém não tem a mesma Pena. 
 A segunda análise é no que refere ao bem Jurídico atingido, no seu aspecto quantitativo, e é o que 
decorre a expressão Positiva do Principio Abaixo. 
 
PRINCIPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU BATELA 
 Quando uma Conduta atinge um bem Jurídico de forma ínfima. Trata-se de uma excludente de 
tipicidade (material). 
 
PRINCIPIO DA INTRANSCEDÊNCIA OU DA RESPONSABILIDADE PENAL / PESSOAL 
 A Pena não passará da Pessoa do Condenado. Exceção: no caso de uma ação civil Ex-delicto. 
 
PRINCIPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA OU NÃO CULPABILIDADE 
 Ninguém será considerado culpado, se não depois do trânsito em julgado da sentença 
condenatória. 
 
PRINCIPIO DA HUMANIDADE 
Proibição da Penas Crueis. 
 
APLICAÇÃO DA LEI 
 No Tempo; 
 No Espaço; 
 Referente a Pessoas 
NO TEMPO: - Art. 4° CP – Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão ainda que outro 
seja o momento resultado. 
TEORIAS 
 Teoria da Atividade; 
 Teoria do Resultado; 
 Teoria da Ubiquidade ou Mista. 
Teoria da atividade: Considera-se Praticado o crime no momento em que o agente inicia a atividade 
criminosa. ( Ação ou Omissão). 
Teoria do Resultado: No momento do Resultado. 
Teoria da Ubiquidade ou Mista: Tanto no momento da ação ou omissão, quanto do resultado. 
 
VOCACTIO LEGIS: 
Publicação______________________________________________________Vigor( 45 dia) 
 
 → Absoluta ( Ab-rogação) 
Revogação da Lei - 
 →Parcial ( Derrogação) 
- Expressa : Na letra da lei - Tácita: Subentendido 
 
ABOLITIO CRIMINIS 
 É a supressão, formal e material da conduta criminosa. 
Natureza Jurídica: Extinção da Punibilidade trata-se de uma extinção da punibilidade – Art. 107,III, em que 
o Estado perde o direito de Punir ( Jus Puniendi). 
Consequência: Exclui os efeitos Penais: Principal- ( a própria pena) e 
Secundário- ( Volta a condição de primário). 
 Mas não exclui os efeitos civis. 
 
NORMA PENAL EM BRANCO 
 É uma espécie de Norma que necessita de um complemento(Gênero). 
 → NormaƟvo 
Gênero 
 →Tipos Aberto : 1- Crime Culposo 
 2- Omissivo Impróprio Valorativo. 
Espécies: 
 1° Sentido Estrito ( Heterogênea) = Normas Inferiores. Ex.: Portaria. Neste caso o complemento 
não vem de Lei e sim de uma espécie normativa inferior. 
 2° Sentido Amplo ( Homogênea) = Lei . Ex. 236 CP. O complemento esta na lei,vem da lei . 
Novatio Legis: (Nova Lei) 
 Incriminadora= É uma nova Lei que vem tipificando uma conduta como o crime; 
 In Mellius( Lex Mittiosa) = Nova Lei que vem tratando de uma conduta que já era 
crime, porém de um modo mais benéfico; 
 In Pejus( Lex Gravor) = Nova Lei que vem tratando de uma conduta que já era crime, 
porém, de um modo mais malefico, grave .Ex.: Trafico de drogas – Pena aumenta. 
Material Penal só Lei Ordinária ( Crime ). 
 Lex Intermedia( Intermediária) = Conflito aparente de normas no tempo. Entre a data 
do fato e o julgamento do acusado são publicadas várias leis; Aplica-se a mais 
benéfica; 
 Lex Tertia = 3ª Lei ou combinação de leis = Entre a dadta do fato e o julgamento do 
acusado é publicada uma nova lei, metade mais benéfica e metada mais malévola; 
Prevalece a doutrina, o entendimento de que pode haver combinação das leis; 
Segundo o STF prevalece o entendimento que é inconstitucional. Exceção: Súmula 
711/STF: Nos casos dos crimes permanente e continuado aplica-se a última lei que 
entra em vigor, regendo o último ato praticado ainda que mais grave , ou seja, 
quando há publicação da lei é anterior a cessação do ato. 
Crime Permanete: É aquele em que o agente pratica uma conduta, e ela se Protai no tempo. Ex.:Art.159 
Extorção mediante seqüestro. 
Crime Continuado: Previsto no Art. 71 CP – Trata-se de uma espécie de concurso de crimes em que o 
agente pratica dois ou mais crimes, da mesma espécie e pela circunstância de tempo, lugar, maneira de 
execução e outras semelhantes, o crime subseqüente e havido como continuação do primeiro. Aplica-se a 
Pena de um deles, a mais grave se diversas, aumentada em qualquer caso 1/6 a 2/3. 
 
LEIS TEMPORÁRIAS OU EXCEPCIONAL 
 Embora tenha decorrido o período de sua duração ou cessadas circunstâncias que a 
determinaram, aplica-se( a lei temporária ou excepcional) ao fato praticado durante a sua vigência. Art.3° 
CP. 
CARACTERISTICAS: 
 Autorrevogaveis. 
 Ultraatividades = É uma espécie de extraatividade em que permite a lei, mesmo 
depois de revogada, continuar a ser aplicada ao fato que foi praticado durante a sua 
vigência. 
 
 
 
 
 
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO 
 Lugar do Crime – Art. 6° CP. 
 Considera-se praticado o crime no lugar da ação ou omissão, no todo ou em parte, bem 
como onde se produzir o resultado, ou onde deveria ter sido produzido. 
Teoria Adotada: Ubiquidade ou Mista( Tanto no momento da ação ou omissão, quanto do resultado). 
ONDE O BRASIL APLICA A SUA LEI 
 Em todo território Nacional; 
 Rios, Lagos e Mares que por aqui passam; 
 Espaço Aéreo correspondente; 
 12 m/náutica. 
Zona Econômica = 200m/n 
Zona Contigua = 35m/n 
Zona de Aplicação = 12 m/n 
 
Art.5°,CP - EXTENSÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL PARA EFEITOS PENAIS 
1°) Crimes praticados a bordo de embarcações ou aeronaves brasileiras de natureza pública ou a sérico do 
Governo Brasileiro – ONDE QUER QUE SE ENCONTRE; 
2°) Aplica-se também a lei brasileira aos crimes cometidos a bordo de embarcações ou aeronaves brasileiras 
de natureza privado ou mercante que se encontrem em alto mar, ou no espaço aéreo correspondente; 
3°) Abordo de embarcações e aeronaves estrangeiras de natureza privada que se achem no mar territorial 
brasileiro(12m/n) ou em sobrevôo deste, bem como ancorado em algum porto brasileiro ou em pouso no 
território Nacional. 
 
CONFLITO APARENTE DE NORMAS 
Principio da Especialidade = Lex Speciallis / Derrogat Lex Generalis ( a Lei Especial sobrepõe a Lei Geral) 
Principio da Alternatividade = Refere-se a Crimes de tipo misto ou conteúdo variado – Prevê varias formas 
de conduta. 1 crime. 
Principio da Consunção ou Absorção = Crime fim absorve o crime meio = Lex Consumens Derrogat Lex 
Consuptre. Ex.: Art.150(invasão de domicilio) /Art.155(furto) o fim era o furto, daí absorve a invasão de 
domicilio. 
Principio da Subsidiariedade = Lex Primaria Derrogat Lex Subsidiaria 
 - Expresso = Art. 132 CP 
 - Tácito = Art 157(Roubo) / Art.155( furto) 
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>.FIM DO 1º BIMESTRE>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>. 
2º BIMESTRE 
TEORIA GERAL DO CRIME / DELITO - DO INJUSTO PENAL 
 
INFRAÇÃO PENAL – GÊNERO 
ESPÉCIES: 
CRIME/DELITO ( Dec. Lei 2848/40) 
CONTRAVENÇÃO / CRIME ANÃO/DELITO LILIPUTIANO/DELITO VAGABUNDO(dec.Lei 3688/91 
CONCEITO : LICP 
CRIME: Todo ato ilícito punido com penas de Reclusão, Detenção e Multa 
CONTRAVENÇÃO: todo ato licito punido com penas de prisão simples e/ou multa 
DIFERENÇAS: 
 Ontologicamente(na excência) não há diferenças entre crime e contravenção,pois ambos 
são ilícitos penais. 
 A principal diferença esta no aspecto qualitativo e quantitativo da pena, pois no crime a 
pena é sempre pior e maior. 
 Além das prevista no próprio conceito, podemos citar: 
1) Contravenção Penal não admite tentativa; 
2) Às Contravenções Penais não se aplica a extrateritorialidade; 
3) Pena máxima: Crime 30 anos e Contravenção 5 anos; 
4) Às Contravenções Penais aplica-se somente a lei 9099/95; Aos Crimes também se 
aplica,porém somente aos de menor potencial ofensivo(aqueles cuja pena máxima em 
abstrato seja igual ou inferior a 2 anos); 
5) As Contravenções Penais são todas infrações penais de perigo abstrato; Crimes podem ser 
de dano, perigo abstrato e perigo concreto; 
6) Nas Contravenções Penais admite-se o erro de Direito; No Crime NÃO; 
7) Ação Penal nas contravenções penais é sempre pública incondicionada; no Crime pode 
ser ação penal privada, ação penal pública condicionada e incondicionada. 
 
FUNÇÕES DO CRIME 
1) INSTRUMENTAL: Serve para interpretar e sistematizar a parte especial do código; 
2) GARANTISTA: Baseada na busca pela segurança da aplicação da Norma; 
3) REAL: Leva a reinterpretação do direito Penal, utilizando-se a Política Criminal. 
 
 
CONCEITOS / VISÕES DO CRIME 
FORMAL: É toda conduta proibida por lei 
MATERIAL: É toda conduta que , Propositadamente(dolo) ou descuidadamente(culpa), lesa ou 
expõe a perigo bens jurídicos. 
ANALÍTICO/DOGMÁTICO: Analisa o crime diante os seus elementos, também chamado pelo 
mestre Juarez Cirino dos Santos Conceito Operacional, pois a partir de agora vamos 
operacionalizar o estudo do crime, estudar na prática. 
DESTE ESTUDO RESULTA TRÊS TEORIAS: 
1) BIPARTIDA/BIPARTINTE: Fato Típico + Antijurídico(ilícito) 
Culpabilidade é pressuposto de aplicação(requisito) 
2) TRIPARTIDA/TRIPARTINTE: Fato Típico + Antijuridico + Culpavel(culpabilidade); 
3) QUADRIPARTIDA/QUADRIPARTINTE: Fato Típico + Antijuridico + Culpavel + Punibilidade. 
A teoria adotada pelo Código Penal é a Bipartida. 
Segundo a teoria Majoritária Tripartida. 
Punibilidade é jus puniendi ( Direito do Estado de Punir). 
FATO TÍPICO 
 O Fato Típico é o primeiro substrato(elemento do crime), possui elementos os quais são: 
1) CONDUTA 
2) RESULTADO 
3) NEXO DE CAUSALIDADE 
4) TIPICIDADE 
 
Positiva (Crime comissivo praticado por Ação) 
1) CONDUTA 
 
Negativa (Omissivo praticado por Inação)2) RESULTADO: 
Teoria Naturalística: É a mudança/modificação/alteração do mundo exterior; Para esta teoria 
existe crime sem resultado. 
Teoria Normativa/Jurídica: É tudo aquilo que uma conduta lesa ou expõe a perigo(bem jurídico); 
Para esta conduta NÃO existe crime sem resultado. 
 
3) NEXO DE CAUSALIDADE: 
É o elo/ligação entre a conduta e o resultado; é quando podemos afirmar que o 
resultado somente ocorreu em razão da conduta; Contanto Nexo Causal o agente 
NUNCA responde pelo resultado, somente pela sua conduta, tentava se admitida. 
 
4) TIPICIDADE: 
É a adquação perfeita entre a conduta e o tipo penal. 
“ A Conduta é como se fosse uma mão e a tipicidade, uma luva, esta mão precisa 
encaixar perfeitamente na luva, pois caso contrario , estaremos diante de uma 
ATIPICIDADE”. 
 
 ABSOLUTA 
ATIPICIDADE 
 RELATIVA 
Atipicidade Absoluta: Retirada uma característica importante do fato da conduta ou do tipo 
penal, a Conduta deixa de ser crime 
Atipicidade Relativa: Retirada uma característica importante do fato da conduta ou do tipo 
penal, a conduta não deixa de ser crime, mas passa a ser outro crime. 
CONDUTA: EXISTEM TRÊS TEORIAS: 
1) CAUSAL/ CAUSALISTA/ CAUSAL-NATURALISTA (Von Liszt); 
2) FINALISTA (Hans Welzel); 
3) SOCIAL DA AÇÃO (Claus roxin). 
 
1) TEORIA CAUSAL/ CAUSALISTA/ CAUSAL-NATURALISTA (Von Liszt) 
Será crime toda conduta que der causa a um resultado lesivo; qualquer movimento 
natural corpóreo que dê causa a um resultado será crime; o dolo e a culpa não esta no 
fato típico e sim na culpabilidade. 
 
2) TEORIA FINALISTA ( Hans Welzel) 
Adotada pelo CP; O Dolo e a Culpa migraram para o fato típico e hoje é analisado na 
própria conduta; segundo Hans Welzel nenhuma conduta é deprovida de intenção, é o 
exercício final da ação; será crime toda conduta que tiver uma finalidade/intenção, por 
mais que não consiga causar o resultado. 
 
 
 
3) TEORIA SOCIAL DA AÇÃO ( Claus roxim) 
Para esta teoria não basta que o agente tenha uma finalidade, nem mesmo que à alcance 
dando causa assim a um resultado, para esta teoria crime é toda conduta/resultado que 
seja reprovável socialmente. Apesar da teoria adota ser a finalista, esta possui forte 
influência em nosso ordenamento jurídico. 
 
CONDUTA 
 Uma conduta criminosa pode ser Positiva( ação ) ou Negativa( omissão ) . 
 Esta omissão pode ser de duas formas: Própria ou Imprópria. 
Omissão Própria ou Omissiva Pura: São todos os crimes previstos na parte especial do código 
praticado por um não fazer.ex.: Art. 135 – Omissão de socorro. 
 Art. 269 CP Omissão de notificação de doença, de notificação 
compulsório(obrigatório). 
Omissivo Impróprio: Não existe crime omissivo impróprio 
 “ Pessoas que tem o dever jurídico de agir, e quando não agem podendo agir, respondem 
pelo resultado que ocorrer da sua omissão.” Art. 13 , §2º , a,b,c. 
 Também chamado de omissão penalmente relevante. 
 A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia (dever jurídico) e podia agir 
para evitar o resultado; O dever de agir incumbe a quem: 
a) Tenha por lei obrigação de cuidade,proteção e vigilância;(posição legal); ex.: pais em 
relação aos filhos, polícia e bombeiros; 
b) De outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado.(posição de 
garante);geralmente decorre de obrigação contratual, porém pode figurar qualquer 
pessoa que assuma responsabilidade. Ex.: enfermeira,segurança, babá...... 
c) Com seu comportamento anterior, criou o risco do resultado.(posição de ingerência) 
 Caso um bombeiro militar ou médico diante uma 
vitima não ajuda por que não quer, desejando sua 
morte responde pelo resultado que ocorrer da sua 
omissão; se morrer= homicídio doloso,não morrer= 
tentativa de homicídio. 
 
NEXO CAUSAL 
 É o liame(ligação) entre a conduta e o resultado; é quando podemos afirmar que o 
resultado produzido somente ocorreu em razão da conduta praticada pelo agente. 
CAUSAS/CONCAUSAS 
 São acontecimentos que ocorrem paralelos a conduta do agente e que podem interferir 
no resultado. 
CAUSAS ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES, PODEM SER: 
a) Preexistentes ( antes) 
b) Concomitantes(durante) 
c) Supervenientes ( depois) Art. 13 § 1º 
CAUSAS RELATIVAMENTE INDEPENDENTES, PODEM SER: 
a) Preexistentes ( antes) 
b) Concomitantes(durante) 
c) Supervenientes ( depois) Art. 13 § 1º 
Deve-se analisar o desdobramento . 
Nas Causas Absolutamente Independentes seja ela qual for o agente NUNCA responde pelo 
resultado. 
Quanto às Causas Relativamente Independentes, quando preexistentes e concomitantes o agente 
SEMPRE responde pelo Resultado, quando Superveniente se for desdobramento da conduta 
inicial responderá pelo Resultado. 
Teoria da Conditio Sine Qua Non ou 
Teoria da Equivalência dos antecedentes. Teoria adotada pelo C.P. Art. 13 Caput. 
 
Exemplos: 
1) Absolutamente Independente Preexistente: Um individuo efetua disparo de arma de 
fogo em uma vitima que tomou veneno minutos antes. 
2) Absolutamente Independente Concomitante: Um individuo efetua disparos de arma 
de fogo e ao mesmo tempo cai um raio na vitima. 
3) Absolutamente Independente Superveniente: Um individuo efetua disparo de arma 
de fogo em minutos depois o prédio desmorona encima da cabeça da vitima. 
4) Relativamente Independente Preexistente: Um individuo da uma facada em uma 
vitima homofilica( os ferimentos somados a doença juntos levaram a morte). 
5) Relativamente Independente Concomitante: Um individuo efetua um disparo de arma 
de fogo e a vitima tem um ataque cardíaco. 
6) Relativamente Independente Superveniente: 
1 º - Quando não responde pelo resultado: 
 O sujeito efetua disparos de arma de fogo a vitima é levada pela ambulância que 
vem a capotar que more preza as ferragens – o agente não responde pelo resultado 
morte – responde pela tentativa de homicídio. 
2º - Quanto responde pelo resultado: 
 A vitima após levar os disparos passa por uma cirurgia e morre na cirurgia cou 
depois, por uma infecção nos ferimentos. 
 
 
ITER CRIMINIS ( CAMINHO PARA O CRIME OU FASES DO CRIME) 
 Primeira Fase : Interna ( Cogitação ) 
 Segunda Fase: 
a) Atos Preparatórios; 
b) Atos Executórios. 
 
 
 
01 02 03 
 Cogitação Atos Preparatórios Atos Executórios consumação 
1ªfase(interna) 2ª fase ( externa ) 
 
01 - ATOS PREPARATÓRIOS: É a fase em que o agente prepara o crime, escolhe as armas , não são 
puníveis, salvo se constituir um crime autônomo/Independente. 
02 – ATOS EXECUTÓRIOS: 
1º) Teoria Objetiva – Individual: Quando se inicia os atos executórios: 
 Afirma que os atos executórios se iniciam no exato momento em que antecede a prática 
do tipo penal. – Apreciada pela Doutrina. 
2º) Teoria Objetiva Formal: 
Se iniciam no momento em que o agente prática o Núcleo(verbo) do tipo penal. 
03 – CONSUMAÇÃO: 
 Quando nele se reúnem todos os elementos do tipo penal. – Art. 14, I , CP. 
 
 
 
 
CRIME 
EXISTE RESULTADO PREVISTO 
EM LEI 
PARA CONSUMAÇÃO O 
RESULTADO É EXIGIDO 
MATERIAL SIM SIM 
FORMAL SIM NÃO 
MERA CONDUTA NÃO - 
 
Tentativa esta entre os atos Executórios e a Consumação – Art. 14,II. 
 Em regra, a pena de um crime tentado é a pena de um crime consumado diminuída de 1 a 
2/3 ; crimes de empreendimento/atentado tem a pena do crime tentado a tentativa e a 
consumação. Ex.: Art. 352 CP. 
 
ESPÉCIES DE TENTATIVA 
- Quanto aos Atos Executórios, se o agente for ou não interrompido no meio/impedido de 
continuar: 
Subdivide em: 
a) Perfeita ou crime falho: É aquela em que o agente não é interrompido, faz, tudo que está 
ao seu alcance, esgota a fase executória, mas não alcança o resultado. 
b) Imperfeita ou Propriamente dita: É aquela em que o agente é impedido de proseguir, não 
consegue realizar os atos pretendidos; este impedimento pode ser de ordem física oupsicológica. 
A Tentativa também, pode ter outra classificação, referindo-se ao fato do agente ter ou não 
atingido o objeto material. 
Subdivide-se em: 
1) Tentativa Cruenta/Vermelho: É aquela em que o agente atinge o objeto material; 
2) Tentativa Branca/Incruenta: É aquela em que o agente não atinge objeto material. 
5ª Fase do Iter Criminis - FASE EXTRA EXAURIMENTO 
Exaurimento: É quando o agente prática atos após a consumação; quando o agente esgota este 
crime, leva este crime às últimas conseqüências . 
Quando configura a 5ª Fase serve como uma aplicação mais severa da pena; 
 Ex.: Art. 317 – Corrupção Passiva ; Consuma-se no momento em que o agente solicita a 
vantagem, caso receba , exaurimento. 
 Quando configura a fase exta: O exaurimento configura novo crime; ex.: quando o agente 
mata e oculta o cadáver; o Art. 211- Ocultação de cadáver é mero exaurimento do homicídio ; o 
Art. 211 fica absolvido pelo Art. 121 crime de homicídio. 
Art.: 15 CP 
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ 
Conceito: O agente que desiste voluntariamente de prosseguir na execução do rime ou impede 
que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. 
Diferenças: Na desitência , o agente não esgota a fase executória, para no meio e vai embora; já 
no arrependimento ele esgota a fase executória, vai até o fim, esgotando, também, o potencial 
lesivo, mas se arrepende praticando atos posteriores para evitar que o resultado(consumação) 
ocorra. 
Desistência X Tentativa Imperfeita: Na desistência o agente pode mas não quer; Na tentativa ele 
quer mas não pode. 
Natureza Jurídica: Prevalece o entendimento de que se trata de uma excludente de tipicidade e, 
sendo assim, comunica-se a todos os agentes, mesmo que apenas um tenha se arrependido. 
 
Art. 16 ARREPENDIMENTO POSTERIOR 
Conceito: Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou 
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a 
pena será reduzida de um a dois terços. 
Requisitos: 
 1º ) Crime sem violência ou grave ameaça; 
 2º ) Reparar o dano ou restituir a coisa;( esta reparação deve ser total, porém se a vitima 
aceitar pode ser parcial); 
 3º ) Até o recebimento da denuncia ou queixa. ( Caso ele repare o dano depais do 
recebimento terá ele uma mera atenuante genérica), prevista no Art. 65,III, b. 
 4º ) Ato Voluntário. 
Natureza Jurídica: Trata-se de uma causa obrigatória de diminuição de pena. 
 O entendimento majoritário é que somente cabe em crimes contra o patrimônio, pois 
apesar de uma corrente minoritária afirmar que também cabem em crimes contra a honra 
sustenta-se que não é possível, pois a honra não pode ser valorada. 
 
 
 
 
ART. 17 CRIME IMPOSSÍVEL 
 Não se pune a tentativa, quando por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta 
impropriedade do objeto(material), é impossível consumar o crime. 
 Tentativa Inidônia / Existem duas modalidades de crime impossível; Uma pela ineficácia 
absoluta do meio e a outra por absoluta impropriedade do objeto. 
 Como exemplo da primeira, temos quando uma mulher toma algum remédio sem 
nenhum efeito abortivo na tentativa de abortar e quando algém aciona o gatilho de uma arma 
sem ter munição ou com arma de brinquedo; 
 Como exemplo da segunda temos, quando uma mulher toma remédios abortivos e depois 
descobre que estava com a gravidez psicológica, ou quando se atira em uma pessoa que já se 
encontra morta. 
Teorias: 
Teoria Objetiva Pura: Será crime impossível quando o meio for relativamente ou absolutamente 
ineficaz. 
Teoria Objetiva Temperada/Moderada: Será crime impossível, somente, quando o meio for 
absolutamente ineficaz, pois se for relativamente a tentativa será punida. - Adotada Pelo CP.] 
 
Art. 18 - DIZ-SE CRIME: 
I)DOLOSO: 
 Quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; 
Art.18,I 
II)CULPOSO: 
 Quando o agente deu causa ao resultado por imprudência,negligência ou 
imperícia. 
TIPO INJUSTO DOLOSO: 
Previsão Legal: Art. 18. I 
Conceito: Dolo é uma conduta conciente e voluntária dirigida a um fim determinado à pratica de 
um crime. 
Elementos: Cognitivo = Consciência 
 Volitivo = Vontade 
 
 
 
Teorias: 
a) Da vontade: Se refere a 1ª parte do Art. 18,I; Quando o agente quis o resultado. 
b) Assentimento/Conscentimento: Se refere a última parte do Art.18,I; Assumi o risco de 
produzir o resultado. 
c) Representação: Basta que o agente represente em seu consciente a possibilidade de, por 
meio de sua conduta, dar causa a um resultado lesivo. 
Classificação do Dolo 
I)DOLO DIRETO: É quando a vontade do agente esta clara, inequívoca. 
II)DOLO INDIRETO: Podem ser: 
a) Dolo Indireto Alternativo: É aquele em que o agente alterna entre duas ou mais 
vontades; o agente age com vontade de lesionar ou matar. 
A soma dos dois dolos diretos – NÃO É ACEITO PELO ORDENAMENTO JURÍDICO. 
b) Dolo Indireto Eventual: É aquele em que o agente inicialmente não está voltado 
diretamente à produção de um resultado lesivo,porém sabe que sua conduta pode causar 
este resultado e mesmo assim continua, assumindo o risco de produzi-lo, desdenha o 
resultado ou a ele é indiferente. 
Outras classificações: 
a) Dolo Genêrico: Qualquer tipo de dolo, é o elemento objetivo do tipo é o verbo. 
b) Dolo Específico: Quando tem sempre uma finalidade especial.( para alguns autores não 
existe, pois o dolo é único); 
Na verdade, é um especial fim de agir; Art. 131 – Praticar (dolo genérico) com o fim de 
transmitir ( dolo especifico). 
DOLO GERAL: Erro Sucessivo / Aberratio Causae 
CONDUTAS FINALIDADE CONSUMAÇÃO 
1ª CONDUTA MATAR NÃO 
2ª CONDUTA OCULTAR SIM 
 É aquele em que o agente pratica uma primeira conduta, com uma finalidade especifica, 
acha que alcançou mas não conseguiu em seguida prática uma segunda conduta com outra 
finalidade e somente com a pratica desta é que alcança o que pretendia. 
DOLO DE 1º E 2º GRAU: 
 É aquele em que o agente pratica uma única conduta com uma única finalidade,(dolo de 
1º Grau), mas o meio utilizado para alcançar o seu objetivo com certeza dará causa a outros 
resultados( dolo de 2º Grau) ex.: Uma bomba no navio para matar desafeto. 
 
 
TIPO INJUSTO CULPOSO 
 
Previsão Legal: Art. 18, II 
Quando o agente eu causa ao resultado por Imprudência,Negligência ou Imperícia. 
Conceito: É uma conduta humana voluntária ( inicialmente licita), mas que da causa a um 
resultado involuntário(existe sim ilícito), previsível(previsibilidade) e eventualmente 
previsto(previsão), mas que poderia ter sido evitado se tivesse agido com mais cautela. Esta culpa 
se da por Imprudência,Negligência e Imperícia. 
Requisitos: 
1º) Conduta Voluntária; 
2º) O Resultado Involuntário; 
3º) Previsibilidade (Capacidade que o homem médio(ser humano de prudência e discernimento 
normal) tem de antever o resultado lesivo, saber que é possível acontecer). 
4º) Ausência de Previsão( Exceção culpa consciente); 
5º) Ausência do dever de cuidado objetivo, manifestado pela imprudência, negligência ou 
imperícia( é o dever que todos nos devemos ter no dia a dia). 
Principio da confiança: Aduz que agindo com dever de cuidado objetivo podemos confiar que 
todos também agirão. 
Principio do Risco tolerado ou permitido: Existem certas situações em que o próprio agente 
assume o risco estando ali. Ex.: corridas. 
6º) Nexo de Causalidade 
7º) Tipicidade Especial 
Principio da Excepcionalidade do Crime Culposo: O Crime Culposo é excepcional porque deve 
estar expressamente declarado/previsto na lei ( Art. 18, parágrafo único) 
 
 
 
 
 
 
ESPÉCIES DE CULPA 
 CULPA PRÓPRIA: É a culpa propriamente dita; aquela em que o agente não quer o 
resultado, nem assume o risco de produzi-lo, mas deu causa a ele por Imprudência,Negligência ou 
Imperícia. 
 CULPA IMPROPRIA: É aquela em que o agente quis o resultado. Também chamada de 
culpa por extensão equiparação ou assimilação; é aquela em que o agentequer o resultado, 
porém recai em erro de tipo vencível, aquele que poderia ter sido evitado se tivesse agido com 
mai cautela. 
 CULPA INCONSCIENTE: É a culpa sem previsão, aquela em que o agente não prevê o que 
era possível ser previsto. 
 CULPA CONSCIENTE: Também cahamada de culpa com previsão: É aquela em que o 
agente pratica uma conduta que sabe que pode dar causa a um resultado lesivo, mas não quer e 
nem assume o risco, ele acredita levianamente que este resultado não irá produzir, mas caso 
venha a se produzir ele acredita fielmente em suas habilidades que irá conseguir evitar. 
MODALIDADE DE CULPA: 
1) IMPRUDÊNCIA: É um agir de forma errada, presume-se uma ação, é a forma comissiva do 
crime culposo. 
2) NEGLIGÊNCIA: É um não fazer, pressupõe uma inação, é a forma omissiva do crime 
culposo. 
3) IMPERÍCIA: É a inaptidão técnica; é a imprudência ou negligência no campo da Arte, 
Profissão ou Ofício.

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