Buscar

Problema 4

Prévia do material em texto

Problema 4- O que fazer diante de uma pandemia?
No início de 2020 o mundo passou a acompanhar o surgimento de uma doença que causaria muita preocupação. Inicialmente, a OMS foi notificada sobre casos de pneumonia de etiologia desconhecida detectada na cidade de Wuhan, na China. Dias depois, as autoridades chinesas identificaram um novo tipo de coronavírus, comunicando o surto e compartilhando a sequência genética do vírus. A incidência da doença, denominada COVID-19, crescia assustadoramente no país e, na sequência, países próximos relataram casos, até que o novo vírus chegou à Europa, se espalhando pelo mundo. Sua rápida disseminação levou a OMS a decretar emergência de saúde pública de interesse internacional e, recentemente, uma pandemia do novo coronavírus. Apesar da baixa letalidade desse novo vírus, em torno de 3%, a preocupação é justificada por sua alta transmissibilidade, inclusive favorecida por sua menor patogenicidade.
No Brasil, inicialmente, foi realizada a avaliação de risco utilizando os termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), para analisar o possível impacto no país e, em seguida, o evento passou a ser monitorado. Diante da repercussão mundial, o então Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, declarou, em suas primeiras entrevistas, que não havia motivo para pânico, que as autoridades sanitárias estavam em alerta, mas que a COVID-19 não era tão preocupante para o país quanto outras doenças que, sabidamente, causam morbidade e mortalidade por aqui, como por exemplo a dengue, endêmica em várias regiões, cuja incidência havia aumentado naquele período de intensas chuvas.
De fato, a permanência ou reemergência de doenças infecciosas ainda preocupa, como no caso do sarampo, visto que em 2019, segundo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), foram confirmados 13.181 casos. Em 2020, até o mês de março (início da pandemia de COVID-19) haviam sido confirmados 909 casos de sarampo, conforme Tabela abaixo.
As autoridades estão monitorando os números visto que o sarampo está presente na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública. Porém, a realidade pode ser ainda pior, se considerarmos as subnotificações. Realmente, são tantas doenças que afligem o Brasil que se faz necessário acompanhar, por meio dos indicadores de saúde, o perfil epidemiológico no país a fim de que sejam adotadas as medidas necessárias para evitar epidemias. Por esse motivo, estudos epidemiológicos são realizados constantemente, com diferentes metodologias e por diferentes instituições, a fim de pesquisar sobre as doenças, seus fatores de risco, tratamentos, medidas de prevenção, prevalência, dentre outras.
Uma demonstração clara da importância da pesquisa científica foi o rápido sequenciamento do coronavírus que chegou ao país, por pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz e da USP, que posteriormente, assim como outros pelo mundo, procuram descobrir o comportamento do vírus, a melhor forma de tratamento e desenvolver uma vacina para prevenir a doença.
Mas voltando à pandemia, a primeira preocupação do governo brasileiro, atuando juntamente ao Ministro da Saúde (MS) e representantes da SVS, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), da Vigilância Epidemiológica, da Vigilância Ambiental, da Vigilância do Trabalhador, dentre outros, foi com as providências para a quarentena de brasileiros repatriados da China, declarando emergência de saúde de interesse nacional. No dia 26 de fevereiro foi confirmado o primeiro caso da COVID-19 no país, em um brasileiro que havia chegado da Itália. Começaram as investigações epidemiológicas dos contatos e, paulatinamente, novos brasileiros contaminados pelo novo vírus foram surgindo, até a ocorrência de caso autóctone e a transmissão comunitária (sustentada) se estabelecer.
Muitas medidas foram tomadas pelo MS, por meio da SVS e pelos serviços de vigilância sanitária e epidemiológica em todo país, tais como monitoramento dos portos, aeroportos e fronteiras; estabelecimento de protocolos; divulgação de material educativo e de boletins epidemiológicos; capacitação dos serviços e profissionais de saúde; publicação de portarias, dentre outras. No sistema público, para a confirmação dos casos suspeitos, a coleta de materiais respiratórios era, inicialmente, encaminhada para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Posteriormente, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto de Biologia Molecular do Paraná desenvolveram um kit mais barato para o diagnóstico, que foi sendo distribuído para os laboratórios centrais de todos os estados. Com o tempo, outras opções foram surgindo e melhorando o acesso ao diagnóstico dos casos.
Em meados de março tínhamos 3.599 casos notificados, com 200 (5,56%) casos confirmados da doença, 1.913 (53,15%) suspeitos, 1.486 (41,29%) descartados e nenhum óbito. Após um mês da confirmação do primeiro caso todos os estados registravam casos da doença, sendo 3.417 confirmados e 92 mortes no país. O gráfico a seguir mostra a incidência nesse período.
As equipes de vigilância dos estados e municípios, bem como quaisquer serviços de saúde, precisaram ficar alertas aos casos de pessoas com sintomatologia respiratória a fim de preencherem a ficha de notificação, notificando os casos suspeitos, prováveis e confirmados de forma imediata (até 24 horas) ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS) por telefone (0800 644 6645) ou e-mail (notifica@saude.gov.br). Ademais, os Núcleos de segurança do paciente (NSP) dos hospitais também redobraram a atenção visto que o número de internações tenderia a aumentar. Como o período médio de incubação da infecção por coronavírus é de até 14 dias, medidas para evitar a disseminação do vírus foram tomadas à medida que a doença se alastrava pelo país, tais como a suspensão de aulas, recomendação de isolamento social e uso de máscaras, dentre outras. A equipe econômica também estabeleceu estratégias para o enfrentamento da situação. O governo de Minas Gerais publicou decreto estabelecendo situação de emergência no estado e mencionando diferentes medidas que poderiam ser adotadas. Em Montes Claros, não foi diferente.
E assim a pandemia foi se alastrando, as divergências entre a classe médica, os pesquisadores, a OMS, os governos e a sociedade persistiram, as vacinas foram surgindo e sendo aplicadas paulatinamente pelo mundo, seguindo-se ordem de prioridade e, atualmente, aguardamos seus resultados, na esperança de vivenciarmos o controle da situação. Muitas regiões passaram por quedas e retomadas da incidência da doença, liberação e restrição de atividades comerciais, de lazer e de ensino e, na nossa cidade, quando as escolas se preparavam, sob orientação dos órgãos competentes, para a retomada às aulas presenciais, vivenciamos o agravamento da pandemia, na segunda onda, e inclusão da macro norte na onda roxa, com inúmeras restrições a fim de evitar o colapso do sistema de saúde e ainda mais mortes. Segundo informe disponível no site do CONASS em fevereiro (13/02/2021), e pouco mais de dois meses após (dados de 25/04 Brasil e 17/04 Minas Gerais), a situação no país e no estado de Minas Gerais era a seguinte:
Enfim... não podemos prever onde tudo isso vai chegar... só o tempo irá dizer as consequências dessa pandemia!
	Fechamento 1- Objetivos
1. Caracterizar os diferentes tipos de estudos epidemiológicos (vantagens, desvantagens, indicações, contra indicações, questões éticas envolvidas).
2. Discutir a importância dos indicadores de saúde, sua finalidade e exemplificando os mais utilizados.
3. Discutir sobre letalidade, mortalidade, patogenicidade, incidência, prevalência, etiologia e transmissibilidade, morbidade.
4. Conceituar surto, epidemia, pandemia, endemia (nomenclaturas relacionadas à epidemiologia).
*saber analisar gráficos referentes aos objetivos 3 e 4.
	Fechamento 2- Objetivos
1. Caracterizar vigilância em saúde.
2. Explicar a vigilância epidemiologica (objetivos, funcionamento, ações, importância, responsabilidades).3. Discutir sobre notificação compulsória (importância, aspectos éticos legais, consequências de uma sub notificação, responsáveis).
4. Conhecer a lista de notificação compulsória (caracterizar de acordo com a região caso seja diferente).
5. Explicar a atuação da Vigilância Sanitária (objetivos, funcionamento, ações, importância, responsabilidades e a segurança do paciente).
*olhar uma ficha de notificação.
1. O que é a OMS e suas funções? 
A Organização Mundial da Saúde é uma agência especializada em saúde pública, subordinada à ONU. Foi fundada em 1948, possui constituição própria, cujo objetivo é desenvolver ao máximo o nível de saúde do planeta. Não objetiva apenas evitar enfermidades, mas tratar do estado completo do bem-estar físico, metal e social de todos os povos. 
Umas das principais funções da OMS é coordenar os esforços internacionais para controlar surtos de doenças, como está sendo feito em relação à pandemia de covid-19, e foi feita com a tuberculose e a malária, por exemplo. Também patrocina programas para prevenção e tratamentos das doenças e apoia o desenvolvimento e distribuição de vacinas e medicamentos seguros e eficazes.
2. O que caracteriza um surto, epidemia, pandemia, endemia? 
Surto: ocorre quando há aumento localizado do número de casos de uma doença. É possível ocorrer um surto de uma doença até dentro de um hospital, causado, por exemplo, por uma infecção hospitalar. Em alguns casos, a dengue é tratada como surto, pois acontece em regiões específicas (como bairros).
Epidemia: quando ocorre um aumento no número de casos de uma doença em diversas regiões, estados ou cidades, porém sem atingir níveis globais. Em 1974, houve uma epidemia de meningite, pois teve um aumento muito grande no número de casos, mas localizados aqui no Brasil.
Endemia: ocorre quando a doença é recorrente na região, mas não há um aumento significativo no número de casos e a população convive com ela. A dengue tem caráter endêmico no Brasil, porque ocorre durante o verão em certas regiões. A febre amarela é endêmica no norte do Brasil.
Pandemia: acontece quando uma epidemia se espalha por diversas regiões do planeta, é o pior dos cenários. Em 2009, a gripe A (ou gripe suína) passou de epidemia para pandemia quando a OMS começou a registrar casos nos seis continentes do mundo. A aids, apesar de estar diminuindo no mundo, também é considerada uma pandemia.
3. O que é letalidade, mortalidade, patogenicidade, incidência, prevalência, etiologia e transmissibilidade, morbidade? 
Letalidade: mede o risco que um doente correu de morrer em consequência de uma doença. É uma forma de indicar a gravidade da doença, e pode ser feito p vários sub grupos (sexo, raça, idade, etc) =(nº de óbitos/nº de casos)x1000
Mortalidade: indica a probabilidade de um indivíduo daquela população de morrer durante aquele período de tempo. =(nº de óbitos em área e período definidos/população)x1000
Patogenicidade: é a capacidade do agente, uma vez instalado, de produzir sintomas e sinais (doença). Ex: a patogenicidade é alta no vírus do sarampo, onde a maioria dos infectados tem sintomas e a patogenicidade é reduzida do vírus da pólio onde poucos ficam doentes.
Incidência: a ocorrência de casos novos relacionados a um certo intervalo de tempo definido. =(nº de casos novos em certo tempo/população exposta)
Prevalência: frequência de casos existentes de uma doença em determinada população em determinado tempo. =(nº de casos da enfermidade/população exposta)
Etiologia: estuda as causas das doenças.
Transmissibilidade: é a capacidade de transmissão de um agente a um hospedeiro. 
Morbidade: refere-se a uma população pré-definida, com clara localização espacial, intervalo de tempo e abrangência do estudo. A morbidade mostra o comportamento das doenças e dos agravos à saúde na população. (= nº de casos da enfermidade/população)
4. O que é regulamento sanitário internacional e quais suas funções? 
O Regulamento Sanitário Internacional (RSI) é um instrumento jurídico internacional vinculativo para 196 países em todo o mundo, que inclui os Estados Membros da OMS. eu objetivo é ajudar a comunidade internacional a prevenir e responder a graves riscos de saúde pública que têm o potencial de atravessar fronteiras e ameaçar pessoas em todo o mundo. O RSI de 2005 (entrou em vigor em 2007), exige que os países notifiquem certos surtos de doenças e eventos de saúde pública à OMS e define os direitos e obrigações dos países de relatar eventos de saúde pública e estabelecer vários procedimentos que a OMS deve seguir em seu trabalho para defender a segurança pública mundial.
5. O que é um boletim epidemiológico e a sua importância? 
De acordo com a Vigilância Sanitária “é uma publicação de caráter técnico-científico, acesso livre, formato eletrônico com periodicidade mensal e semanal para os casos de monitoramento e investigação de doenças específicas sazonais”.
Em geral, eles têm trazido dados como evolução da contaminação no Brasil e no mundo, o coeficiente de incidência, número de óbitos, recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre testes e uso de equipamentos de proteção individual, entre muitas outras informações.
6. O que é reemergência e quais fatores determinam esse fato? 
Doenças emergentes: é um problema de saúde novo em que sua incidência cresceu nos últimos anos. Pode ser também um problema conhecido, mas que, ultimamente, tem aparecido com mais frequência. Um exemplo importante de doença emergente é a AIDS.
Doenças reemergentes: doenças são reemergentes quando são conhecidas há algum tempo, estavam controladas, mas agora retornaram, causando preocupação aos seres humanos. As doenças podem aparecer novamente quando, por exemplo, um novo vetor é inserido no local. A reemergência também pode indicar problemas na vigilância sanitária. Um exemplo é a dengue.
Podemos citar fatores demográficos, ambientais e econômicos, baixo desempenho do setor da saúde, mudanças e adaptação dos micro-organismos e manipulação de organismos como determinantes. A degradação ambiental merece destaque por permitir o aparecimento de novas enfermidades e o reaparecimento de outras consideradas como erradicadas, uma vez que garante que vetores e agentes etiológicos desloquem-se e acabem contaminando a população. Outro fator é a facilidade de migração observada nos dias atuais, que acaba por levar organismos causadores de doenças de uma área para outra de maneira extremamente rápida, o que favorece a emergência e reemergência de doenças. Por essa razão, é essencial que investimentos em pesquisas sobre essas doenças sejam feitos a fim de evitar sua disseminação e garantir o tratamento de pacientes quando o avanço é incontrolável.
7. O que é Secretaria de Vigilância em Saúde? 
A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), representada por cinco departamentos, é responsável, em âmbito nacional, por todas as ações de vigilância, prevenção e controle de doenças transmissíveis, pela vigilância de fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, saúde ambiental e do trabalhador e também pela análise de situação de saúde da população brasileira.
Dentre as competências da SVS estão a coordenação de programas de prevenção e controle de doenças transmissíveis de relevância nacional, como aids, dengue, malária, hepatites virais, doenças imunopreveníveis, leishmaniose, hanseníase e tuberculose e do Programa Nacional de Imunizações (PNI); investigação de surtos de doenças; coordenação da rede nacional de laboratórios de saúde pública; gestão de sistemas de informação de mortalidade, agravos de notificação obrigatória e nascidos vivos; realização de inquéritos de fatores de risco; coordenação de doenças e agravos não-transmissíveis e análise de situação de saúde, incluindo investigações e inquéritos sobre fatores de risco de doenças não transmissíveis; e gerir o Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental, incluído o ambiente de trabalho.
8. O que é uma doença infecciosa e uma doença crônica? 
Nas doenças infecciosas, então,há a presença desse agente causal — vírus, bactérias e protozoários — e, portanto, existe um estímulo externo que gera a inflamação. Interessante, porém, é citar que algumas doenças infecciosas podem funcionar como gatilhos para o desenvolvimento de manifestações autoimunes, como, por exemplo, a Chikungunya.
As doenças autoimunes são relacionadas, normalmente, à produção de anticorpos e outros componentes do sistema imune, de defesa, que passam a agredir o organismo do paciente. Em condições normais, as células do corpo humano sabem reconhecer o que é próprio do organismo e, quando encontram um agente desconhecido — por exemplo, um vírus ou uma bactéria —, essas células passam a produzir a inflamação. Nas doenças autoimunes, as células perdem a capacidade de reconhecer o que é próprio, sendo assim, há produção de inflamação e de toxinas para combate de células do próprio organismo.
Doenças crônicas são aquelas que duram mais de um ano e precisam de cuidados médicos praticamente constantes. Lento desenvolvimento e longa duração. Tanto doenças autoimunes quanto doenças infecciosas podem se perpetuar, o que as definem como crônicas. Entre as principais doenças autoimunes que podem se tornar crônicas, estão: lúpus; artrite reumatoide; vasculites sistêmicas; e outras colagenoses (doença mista do tecido conjuntivo, esclerodermia sistêmica). Já no caso das doenças infecciosas, podemos citar como grandes exemplos de doença infecciosa crônica a tuberculose e a hepatite C.
9. O que é uma Lista Nacional de Notificação Compulsória, quem formula essa lista, qual a periodicidade da sua atualização? E quais doenças estão presentes? 
A lista de Doenças de notificação compulsória é um recurso comumente utilizado pelos órgãos de saúde para que seja possível identificar e analisar agravos à saúde, bem como doenças relacionadas. A lista vai sendo editada conforme a necessidade de se incluir novas doenças.
A lista de doenças de notificação compulsória foi criada pela Lei Nº 6259 de 1975, que obriga os profissionais de saúde no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e privados de saúde e ensino, a comunicarem aos gestores do SUS a ocorrência dos casos suspeitos ou confirmados daquelas doenças.
10. Quais os indicadores de saúde, para que são utilizados, qual sua importância e como são feitos? 
Indicadores de Saúde são instrumentos utilizados para medir uma realidade, como parâmetro norteador, instrumento de gerenciamento, avaliação e planejamento das ações na saúde, de modo a permitir mudanças nos processos e resultados. O indicador é importante para nos conduzir ao resultado final das ações propostas em um planejamento estratégico.
Deve-se avaliar, segundo a ONU: 
1. Saúde, incluindo condições demográficas; 2. Alimentos e nutrição; 3. Educação, incluindo alfabetização e ensino técnico; 4. Condições de trabalho; 5. Situação de emprego; 6. Consumo e economia gerais; 7. Transporte; 8. Moradia, incluindo saneamento e instalações domésticas; 9. Vestuário; 10. Recreação; 11. Segurança social; 12. Liberdade humana.
Os indicadores são: 
Demográficos - Medem a distribuição de fatores determinantes da situação de saúde relacionados à dinâmica populacional na área geográfica referida;
Socioeconômicos - Medem a distribuição dos fatores determinantes da situação de saúde relacionados ao perfil econômico e social da população residente na área geográfica referida;
Mortalidade - Informam a ocorrência e distribuição das causas de óbito no perfil da mortalidade da população residente na área geográfica referida;
Morbidade - Informam a ocorrência e distribuição de doenças e agravos à saúde na população residente na área geográfica referida;
Fatores de Risco e de Proteção - Medem os fatores de risco (por ex. tabaco, álcool), e/ou proteção (por ex. alimentação saudável, atividade física, aleitamento) que predispõe às doenças e agravos ou, protegem das doenças e agravos;
Recursos - Medem a oferta e a demanda de recursos humanos, físicos e financeiros para atendimento às necessidades básicas de saúde da população na área geográfica referida;
Cobertura - Medem o grau de utilização dos meios oferecidos pelo setor público e pelo setor privado para atender às necessidades de saúde da população na área geográfica referida.
11. O que é um estudo epidemiológico e quais os tipos de metodologias usadas? Quais as vantagens e desvantagens e a sua importância? Existem questões éticas que regem esses estudos? 
Epidemiologia: usa métodos quantitativos para estudar a ocorrência de doenças nas populações humanas e para definir as estratégias de prevenção de doenças e promoção da saúde. A epidemiologia avalia a causalidade, história natural da doença, descrição dos estados de saúde das populações em função do tempo e avaliação das intervenções.
12. O que é um sequenciamento de um vírus? 
O sequenciamento do genoma do vírus permite colher as informações genéticas hereditárias daquele ser. O sequenciamento é feito, por exemplo, quando se quer descobrir a paternidade de alguém. Nesse caso, a técnica ficou conhecida como teste de DNA e é capaz de indicar quando um indivíduo é de fato pai ou mãe de outro. Pode ser definido como os processos bioquímicos que permitem identificar cada nucleotídeo em uma cadeia de DNA ou RNA. Dessa forma, a informação genética do organismo vivo.
Esse processo é feito, por exemplo, quando se quer descobrir a paternidade de alguém. Nesse caso, a técnica ficou conhecida como teste de DNA e é capaz de indicar quando um indivíduo é de fato pai ou mãe de outro.
13. Quais as funções e do Ministro da Saúde (MS), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), da Vigilância Epidemiológica, da Vigilância Ambiental, da Vigilância do Trabalhador? 
Compete ao ministro da saúde a tutela e a chefia de um ministério, é responsável por assegurar a tradução das diretivas políticas do governo para a atividade administrativa do ministério que tutela.
Anvisa é uma agência reguladora e sua finalidade é fiscalizar a produção e consumo de produtos submetidos a vigilância sanitária como medicamentos, agrotóxicos e cosméticos. Além disso, controle sanitário de portos, aeroportos e fronteiras, laboratórios, tabaco, sangue, tecido, células e órgãos. Todas as ações ANVISA buscam eliminar ou diminuir riscos à saúde da população. 
Vigilância epidemiológica: fornecer orientação técnica permanente para os profissionais de saúde. Coleta de dados; Processamento de dados coletados; Análise e interpretação dos dados processados; Recomendação das medidas de prevenção e controle apropriadas; Promoção das ações de prevenção e controle indicadas; Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; Divulgação de informações pertinentes.
Vigilância Ambiental: conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos à saúde.
Vigilância do Trabalhador: conjunto de ações interventivas; planejadas, executadas e avaliadas a partir da análise dos agravos/doenças e de seus determinantes relacionados aos processos e ambientes de trabalho; que visam atenuar ou controlar os fatores e as situações geradoras de risco para a saúde dos trabalhadores.
14. Quais as ações são pertinentes a essas vigilâncias e sob responsabilidade de quais esferas se encontram? 
Esfera Federal (caráter estratégico), Estadual (complementar ou suplementar a Vigilância realizada a nível municipal) e Municipal (exige conhecimento analítico da situação local).
15. Quais exemplos podem ser citados sobre cada vigilância diante da pandemia? 
16. O que caracteriza uma emergência em saúde de caráter internacional? O que é uma investigação epidemiológica? 
17. O que caracteriza um caso autóctone? 
Caso autóctone: caso contraído pelo enfermo na zona de sua residência. O aparecimento de um caso autóctone (infecção ocorreu no territórioonde mora) há muitos anos livre de uma determinada doença representaria uma epidemia.
Caso alóctone: caso importado de uma outra localidade.
18. Quais as funções dos laboratórios centrais e seus objetivos? 
19. O que é uma notificação compulsória, por quem é elaborada e preenchida, quais doenças devem ser notificadas? 
A notificação compulsória consiste em levar ao conhecimento das autoridades sanitárias a ocorrência de determinada doença, agravo ou evento de saúde pública. Norteiam as políticas públicas que serão empregadas para conter a disseminação de doenças transmissíveis para a população, bem como eventos que requeiram uma intervenção mais próxima dos órgãos de saúde.
A doenças a serem notificadas estão contidas na Lista Nacional de Notificação Compulsória e podem ser imediatas (24 horas), semanais (7 dias) ou negativas (7 dias).
A notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais de saúde médicos, enfermeiros, odontólogos, médicos veterinários, biólogos, biomédicos, farmacêuticos e outros no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos de saúde públicos ou privados de saúde e de ensino, em conformidade com a Lei 6.259 (30/10/1975).
Critérios para inclusão das doenças na lista: magnitude, potencial de disseminação, transcendência, relevância social e econômica, vulnerabilidade, compromisso internacional. 
20. O que é um Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e quais suas funções? O que é o CIEVS e quais suas funções? 
O Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) deve ser instituído nos serviços de saúde com o objetivo de apoiar a direção na implementação e gestão de ações de melhoria da qualidade e da segurança do paciente. São princípios e diretrizes do NSP: a melhoria contínua dos processos de cuidado e do uso de tecnologias da saúde; a disseminação sistemática da cultura de segurança; a articulação e a integração dos processos de gestão de risco; e a garantia das boas práticas de funcionamento do serviço de saúde dentro de seu âmbito de atuação. O NSP deve ser composto por equipe multiprofissional, formada por ao menos um médico, um farmacêutico e um enfermeiro. Todos devem ser capacitados em conceitos de melhoria da qualidade, segurança do paciente e em ferramentas de gerenciamento de riscos em serviços de saúde. Uma de suas responsabilidades principais é a elaboração do Plano de Segurança do Paciente (PSP), que estabelece prioridades na implementação de práticas de segurança, avalia a cultura de segurança do paciente na instituição e aponta situações de risco buscando a prevenção e redução de incidentes, entre outros diversos processos.
O Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (CIEVS) de cada estado tem como propósito o recebimento, detecção, avaliação e monitoramento de notificações, análise de dados e informações estratégicas relevantes à prática de vigilância em saúde, criando meios de identificação e intervenção precoce nas emergências em saúde pública de relevância estadual e nacional, estimando o risco de expansão destes eventos. É a porta de entrada de notificações compulsórias imediatas da Secretaria de Estado de Saúde e consequentemente, a ponte entre o Estado e Ministério da Saúde.
21. Por que e quando é decretada uma situação de emergência? 
O termo emergência de saúde pública de importância internacional é definido no RSI (2005) como: Evento extraordinário, o qual é determinado, como estabelecido neste regulamento: por constituir um risco de saúde pública para outro Estado por meio da propagação internacional de doenças; por potencialmente requerer uma resposta internacional coordenada.
22. Quais os tipos de onda e o que caracteriza cada uma? Exemplificar a região Macro Norte. 
23. O que é uma subnotificação e em quais situações ela pode ocorrer? 
Quando a notificação não entra para os dados estatísticos (no caso do Covid-19São pessoas que não fizeram o exame para a doença ou que ainda não tiveram o resultado). Sugere uma falsa ideia de controle da doença.
24. O que é e qual o papel da CONASS? 
Os principais objetivos do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) são fortalecer as secretarias estaduais de saúde, torná-las mais participativas na reconstrução do setor saúde e representá-las politicamente.
Site do butantan.gov.br
Site saúde.gov
Site da oms
Regulamento Sanitário
Artigo Indicadores epidemiológicos
Tipos de estudos epidemiológicos Maria Fernanda Lima Costa
Site da ANVISA
Site da saúde.gov
Artigo Emergências de saúde pública: conceito, caracterização, preparação e resposta
Artigo O papel do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) no enfrentamento da pandemia de influenza A (H1N1) 2009
Guia da Vigilância em Saúde

Outros materiais