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ACESSO À JUSTIÇA - TEORIA GERAL DO PROCESSO CIVIL

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Atividade
ACESSO À JUSTIÇA – TEORIA GERAL DO PROCESSO CIVIL
1. Qual é a concepção de acesso à justiça adotada pelos autores?
2. Que ruptura de paradigma estatal foi responsável por desencadear a preocupação com o acesso à justiça?
3. Por que o acesso à justiça representa um importante norte para o processo civil?
4. O acesso à justiça é reconhecido como direito social no Estado Brasileiro?
5. Cite e explique, brevemente, quais são os obstáculos a serem transpostos para o efetivo acesso à justiça?
6. E que medida a eliminação de barreiras de acesso à justiça podem, eventualmente, torna-se um risco para os litigantes de baixo nível econômico e educacional?
7. Quanto à primeira onda de acesso à justiça, “assistência judiciária para os podres”, responda: o Brasil adota o sistema judicare, misto ou outro sistema? Explique.
Respostas:
1.		Com relação ao “Acesso à Justiça”, os autores defendem que essa concepção divide-se em duas vertentes. A primeira seria a possibilidade de toda e qualquer pessoa defender seus direitos e resolver suas lides, por meio de um processo com aval do Estado. Já a segunda vertente dissemina a concepção de que os resultados de tal acesso deve proporcionar resultados benéficos que incidam no âmbito individual tanto quanto no coletivo.
2.		A medida que as sociedades se desenvolveram e tomaram maiores e mais complexas organizações, os direitos humanos foram diretamente influenciados e, consequentemente, coube ao Estado a concretização da Justiça, assegurando os direitos básicos de cada cidadão. No mais, as reformas do Welfare State proporcionaram um maior debate e preocupação quanto ao acesso à justiça para todos. Nos dias de hoje, esse é um assunto cada vez mais debatido, pois busca-se uma igualdade quanto ao acesso, uma vez que este é considerado um direito fundamental de todo e qualquer indivíduo. 
3.		Tem-se o acesso à justiça como um importante norte para o Processo Civil, visto que este é um dos principais meios de resoluções de conflitos e que é uma forma de se obter a justiça. Ademais, tem-se a existência de medidas alternativas, as quais em sua maioria são mais rápidas e menos burocráticas, e que se apresentam como medidas tão eficazes quanto o Processo Civil clássico. 
4.		Pode-se afirmar que o Acesso à Justiça é um Direito Social reconhecido gradativamente pelo Estado Brasileiro e isso pode ser notado em sua evolução histórica. Em um primeiro momento, o Direito Natural, antes mesmo do Estado, já configurava-se como um acesso à justiça. Com o passar do tempo, o Estado passou a ser o meio de garantir e instituir tais direitos, os quais passaram a ser chamados de Direitos Fundamentais. Como exemplo do acesso à justiça como um direito social, tem-se os programas de assistência judiciária gratuita, que visa atingir um nível de igualdade e ampliar o acesso a esse direito.
5.		Em suma, têm-se três obstáculos para o Acesso à Justiça: as custas judiciais, a possibilidade das partes e os interesses difusos. As custas judiciais configuram-se como um obstáculo visto que os gastos que um processo gera podem ser muito altos, gastos estes que incluem os honorários advocatícios. Além disso, a possibilidade das partes considera as vantagens e desvantagens entre as partes, motivo que pode desencorajar um das partes em frente a outra. Por fim, os interesses difusos configuram-se como barreira, pois pode acontecer que o resultado final de um processo não compense todo o trâmite anterior.
6. 		As barreiras de acesso à justiça influenciam para que os indivíduos autores de pequenas causas, especialmente os de menor renda, tenham maiores problemas para afirmar seus direitos quando a reinvindicação deles envolva ações judiciais por danos relativamente pequenos, contra grandes organizações. Ademais, tem-se o fato das barreiras estarem inter-relacionadas e, a medida que se elimina uma, outra acaba sendo exacerbada. Como exemplo, cita-se a eliminação do advogado em certos procedimentos como forma de reduzir custas. No entanto, litigantes de baixo nível econômico e educacional provavelmente não terão a capacidade de apresentar seus próprios casos de modo eficiente, ocasião que podem mais prejudicá-los do que beneficiá-los. 
7.		Quanto à primeira onda de acesso à justiça, pode-se afirmar que o Brasil adota o sistema misto de assistência jurídica. Este sistema oferece a escolha entre o atendimento por advogados servidores públicos ou por advogados particulares. Ademais, o modelo combinado permite que os indivíduos escolham entre os serviços personalizados de um advogado particular e a capacitação especial dos advogados de equipe. Dessa forma, tanto as pessoas menos favorecidas, quanto os pobres como grupo, podem ser beneficiados.

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