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O ÉDIPO NO MENINO E NA MENINA

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
LOIANA FERNANDA SOUZA SILVA 
 
 
O ÉDIPO NO MENINO E NA MENINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ananindeua/PA 
2021 
O ÉDIPO NO MENINO E NA MENINA 
 
A arte grega é uma das mais ricas, através delas temos muitas histórias 
de anjos, demônios, deuses e heróis (Mitologia Grega) que são usadas para 
explicar suas origens, uma das mais famosas “tragédias gregas” é a que retrata 
o homem que matou o pai e casou com a mãe, essa história é utilizada por Freud 
para explicar as possibilidades da sexualização na criança, a atração do filho 
pela mãe, denominado como complexo de Édipo. 
Antes de adentrar no “complexo de Édipo”, vamos conhecer o famoso 
personagem. Conta a lenda e/ou história que Édipo, se tornou rei de Tebas após 
decifrar um enigma proposto pela esfinge (monstro que possuía cabeça humana, 
corpo de leão e asas de águia) que trazia destruição e má sorte à cidade de 
Tebas, a todos viajantes que chegavam a cidade a esfinge propunha um enigma, 
aqueles que não respondessem ou errassem eram mortos: “Que animal tem 
quatro patas de manhã, duas ao meio-dia e três à noite?”, perguntava, de pronto 
Édipo responde: “É o homem, que na infância engatinha, quando adulto caminha 
ereto sobre duas pernas e na velhice precisa de uma bengala”, após ter seu 
enigma decifrado, o monstro enlouquece e se mata. Tendo livrado a cidade das 
maldições da esfinge, Creonte, o regente da cidade, o nomeia rei e oferece a 
própria irmã, Jocasta, viúva do Rei Laio, que fora assassinado, para ser sua 
esposa. 
Até ai, tirando o feito heroico de Édipo, nada de anormal, mas eis que o 
herói era filho do Rei Laio e Jocasta que por conta de uma profecia que este 
quando crescesse iria matar o pai e casar com a mãe, fora abandonado para 
morrer no Monte Ciretrão, entre Tebas e Corinto, encontrado por um pastor 
coríntio, foi adotado pelo rei Pólibo, de Corinto. Já adulto, ao consultar o oráculo 
de Delfos para saber sua origem, Édipo teve como resposta a mesma dada ao 
seu pai quando nasceu. Sem entender, aquelas palavras, pois não tinha 
problemas com seu pai e sua mãe resolve abandonar a cidade de Corinto para 
que a profecia não se concretize. Assim pensando que está fugindo do seu 
destino, ele o realizada sem saber na cidade de Tebas, matando seu pai (Rei 
Laio) e desposando sua mãe (Jocasta). Após 15 anos tudo é descoberto, 
inconformado, Édipo fura os próprios olhos e se torna um andarilho sem destino, 
como castigo. Já sua mãe comete suicídio. 
Essa tragédia grega, foi de grande sucesso e muito encenada, tendo 
servido de inspiração e ilustração para Sigmund Freud, assinalando o termo 
“complexo de Édipo” como um termo em sua teoria da sexualidade, obra lançada 
em 1905, na qual aborda o desenvolvimento psicossexual da criança. Ressalte-
se que é um conceito muito discutido na psicanálise, que trata de sentimentos 
como desejos de amor e ódio na relação das crianças com os pais. De forma 
generalista o filho nutre amor tal pelo genitor do sexo oposto que chega a rivalizar 
com o do mesmo sexo, segundo abordagem de Freud esse fato ocorre dos 3 
aos 6 anos de idade, na qual denominou fase “fálica”. 
De acordo com Freud, as crianças passam por cinco fases do 
desenvolvimento psicossexual (oral, anal, fálico, latência e genital), onde 
segundo CARNIER, Alex (saudeinterior.org/desenvonvimento-psicossexual-
fases-de-freud/), cada estágio representa a fixação da libido (impulsos ou 
instintos sexuais) em uma área diferente do corpo, conforme a seguir: 
• Fase Oral (do nascimento até 1 ano de idade): A libido é centrada na 
boca do bebê, nessa fase seus prazeres são orientados para a boca, 
como sucção, mordida e amamentação. 
• Fase Anal 1 a 3 anos de idade): A libido se concentra no ânus, e a criança 
sente grande prazer em defecar. Os desejos das criança colocam em 
conflito as demandas do mundo exterior. Segundo Freud, esse tipo de 
conflito tende a surgir no treinamento do vaso sanitário. 
• Fase Fálica (3 a 5 anos): A sensibilidade é concentrada nos órgãos 
genitais. A criança toma consciência das diferenças anatômicas sexuais, 
desencadeando conflitos entre atração erótica, ressentimento, rivalidade, 
ciúme e medo. A isso, Freud, chamou de Complexo de Édipo, que será 
tratado com mais detalhe a frente. 
• Fase de Latência (5 anos à puberdade): Para Freud, esta fase não é um 
período psicossexual, mas uma fase de desejos inconscientes reprimidos, 
de acordo com CARNIER, Alex, grande parte da energia da criança é 
canalizada para o desenvolvimento de novas habilidades. 
• Fase Genital (puberdade para adulto): Nesta fase a criança volta a sua 
energia sexual para seus órgãos genitais. Para GARNIER, Alex, é um 
momento de experimentação sexual adolescente, cuja resolução é 
estabelecer um relacionamento amoroso com outra pessoa. 
 Conhecido resumidamente, as cinco fases do desenvolvimento 
psicossexual proposto por Freud, vamos no ater a fase fálica, onde acontece o 
chamado Complexo de Édipo. De acordo com os slides expostos na aula, para 
os psicanalistas essa é fase mais crucial para o desenvolvimento sexual da vida 
de uma criança. Para um homem, a energia sexual é canalizada para o amor de 
sua mãe, levando a sentimentos de inveja contra o pai, levando-o 
(irracionalmente) a se livrar do pai para que esse desejo possa acontecer. 
Segundo Freud: Todos os seres humanos devem a sua origem a um pai e uma 
mãe. Não havendo assim, como escapar dessa triangulação, a qual constitui o 
centro do conflito humano. Para ele define a estrutura psíquica do indivíduo. 
 De acordo com texto pesquisado no site 
https://www.stoodi.com.br/blog/filosofia/complexo-de-edipo/ durante seus 
estudos, Freud constatou a importância do complexo de Édipo como uma 
maneira de explicar como os adultos agem da forma que agem. Assim, é 
possível compreender as atitudes que são tomadas no dia a dia, por 
adolescentes e adultos. Conforme o autor, isso acontece – porque o menino 
deve se identificar com a figura paterna e reconhecer na figura materna as 
qualidades femininas que serão buscadas em um futuro relacionamento. 
Dependendo como a criança vive seu complexo, podem acontecer 
https://www.stoodi.com.br/blog/filosofia/complexo-de-edipo/
consequências negativas, tais como: ciúme excessivo, submissão, forte 
dependência afetiva, opressão e violência contra o gênero oposto. 
 De acordo com Freud, essa fase envolve as instâncias que formam a 
psique humana o id (componente nato dos indivíduos) e o ego (surge a partir da 
interação do ser humano com a realidade), conforme transcrição a seguir: 
1. O primitivo id quer eliminar o pai, e o ego, realista, sabe 
que o pai é muito mais forte. 
2. É quando surge a angústia da castração no menino, que 
teme que o pai mais forte se imponha contra ele. 
3. Ao descobrir as diferenças físicas entre o homem e a 
mulher, a criança acha que o pênis do sexo feminino foi 
removido. 
4. Com isso, o menino também acha que seu pai irá castrá-
lo por desejar a sua mãe: é o chamado Complexo da 
Castração. 
5. Para resolver esse conflito, o filho menino deve se 
identificar com o pai. Isto é, aceitar o pai, manter uma 
relação com o pai e elaborar um apreço à figura paterna. 
Afinal, se o filho desafiar o pai, estará numa posição 
vulnerável depois. 
 Conforme o texto, uma das principais funções do complexo de Édipo é o 
reconhecimento das limitações da vida. Para Freud, o tema não envolve somente 
sexualidade, sendo trabalhado questões como dificuldade de lidar com as 
frustações a partir do período edipiano. De acordo com Freud, a conclusão desta 
etapa envolveria a identificação do menino com o pai e contribui para o 
desenvolvimento de uma identidade sexual madura. Sendo geralmente, uma 
fase que é superada pelo menino. 
 De forma interessante é citado um facilitador, para melhor compreensão, 
transcrito a seguir: 
Quando o meninocompreende que sua mãe não pode ser 
o seu objeto de amor, ele deve lidar com essa frustação 
para, então, identificar como ele desejará uma mulher no 
futuro. E mais, ao olhar o pai, reconhece quem ele quer ser 
no futuro, consolidando sua masculinidade. 
 Logo, segundo o texto, nessa fase temos a descoberta do amor, bem 
como a aceitação das limitações e das imposições que a vida traz, identificando 
um ideal a ser seguido e aceitando o próprio gênero. 
Para MOREIRA, Jacqueline de Oliveira (2004), O complexo de Édipo 
constitui uma das problemáticas fundamentais da teoria e da clínica 
psicanalítica. Para ela o momento crucial da constituição do sujeito situa-se no 
campo da cena edípica. Segundo a autora: “O Édipo não é somente o “complexo 
nuclear” das neuroses, mas também o ponto decisivo da sexualidade humana, 
ou melhor, do processo de produção da sexuação. Será a partir do Édipo que o 
sujeito irá estruturar e organizar o seu vir-a-ser, sobretudo em torno da 
diferenciação entre os sexos e de seu posicionamento frente à angústia de 
castração.”. 
 De acordo com o texto do site psicanaliseclinica, para superar o chamado 
complexo de Édipo, basicamente é necessário seguir em frente, filho deverá 
acertar a supremacia do pai e a impossibilidade de ter o amor conjugal com sua 
mãe. Para ele: o “eu” estará livre para se fixar a outros objetos de amor. 
 Cabe ressaltar que para FARIA, Cláudia (Tua Saúde, Transtornos 
Psicológicos - https://www.tuasaude.com/o-que-e-complexo-de-edipo/), homens 
que não conseguem vencer o complexo de Édipo mal resolvido, podem tornar-
se afeminados e desenvolver medos e as mulheres podem adquirir 
comportamentos característicos dos homens. Ambos podem se tornar pessoas 
mais frios e tímidos sexualmente, e podem experimentar sentimentos de 
inferioridade e medo da desaprovação. 
 Excetuando o parágrafo anterior o complexo de Édipo é retratado como 
se fosse somente para os homens, para esse período crítico das mulheres 
Freud, retrata como complexo de Édipo invertido, conhecido popularmente como 
complexo de Electra – termo desenvolvido por Carl Jung. O funcionamento é 
semelhante ao do de Édipo, bastando inverter os papeis. Ressalte-se que os 
complexos masculinos e femininos não são simétricos, segundo Freud. Sendo 
demonstrado por ele os efeitos diferentes do complexo de castração para cada 
sexo – no caso feminino é o que permite o Édipo, e no masculino, o que 
ocasiona sua dissolução. 
 Ressalte-se que no artigo Electra versus Édipus (Hendrika Halberstadt-
Freud e Susan Markuschower – Psyche (São Paulo) v.10 n.17 São Paulo 
jun.2006), as autoras relatam que 1931, Freud, admitiu sua dificuldade em 
decifrar o enigma da esfinge feminina, segundo o texto ele afirmou: “tampouco 
alcancei sucesso em divisar completamente o caminho em qualquer 
caso”. Reconhecendo assim, que o complexo de Édipo correspondia de 
forma muito limitada ao desenvolvimento feminino, assim o conceito 
deveria ser radicalmente ampliado. Para estas, Freud, criou o termo 
pré-edipiano para manter o complexo de Édipo como núcleo da 
neurose, segundo estas, Freud prolongou a fase pré-edipiana, que por 
um lado mantinha o desenvolvimento de meninos e meninas, 
determinado pelo complexo de Édipo, mas por outro, diferenciava o 
percurso deste para as meninas, evitando confrontar com o problema 
do complexo de Édipo nas meninas. 
Conclusão 
 De acordo com textos pesquisados e retratados acima, o complexo de 
Édipo é considerado fundamental nos estudos da psicanálise, principalmente 
porque envolve o envolve a psique humana (id e ego), tratando da formação da 
sexualidade humana e suas neuroses. 
Nas informações postadas e tratadas, foram colocados os pontos de 
vistas principais extraídos de artigos e textos da internet, que convergiam para 
aceitação do complexo de Édipo proposto por Freud. Ressalte-se que que nos 
https://www.tuasaude.com/o-que-e-complexo-de-edipo/
estudos é dado mais importância para o complexo de Édipo masculino, não que 
o feminino seja renegado e/ou não exista o complexo. 
 Talvez por estar no início do curso, faltou-me maturidade para aceitar que 
os sentimentos de amor e ódio na relação das crianças com os pais, fosse 
ilustrado por um personagem que teve essas relações com pai e mãe, contudo 
sem saber que estes eram seus genitores, já que o complexo Édipo é 
basicamente o “amor” que o filho nutre pela mãe e “ódio” que sente pelo pai. 
De qualquer forma entendo que este assunto deva ser retratado em aula, 
pois perguntas ficaram em aberto e somente com discussões e mais leituras 
poderão ser respondidas, principalmente no quesito complexo de Édipo invetido, 
que trata da menina. 
 
 
 
Bibliografia 
- MOREIRA, Jaqueline de Oliveira. Édipo em Freud: O Movimento de uma 
Teoria. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 9, n. 2, p. 219-227, mai./ago. 2004 
- FARIA, Cláudia (Tua Saúde, Transtornos Psicológicos - 
https://www.tuasaude.com/o-que-e-complexo-de-edipo/) 
- https://www.stoodi.com.br/blog/filosofia/complexo-de-edipo/ 
- https://saudeinterior.org/desenvolvimento-psicossexual-fases-de-freud/ 
- https://www.psicanaliseclinica.com/conceito-complexo-de-edipo/ 
- https://www.infoescola.com/psicologia/complexo-de-electra/ 
- http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
11382006000100003#2 (Hendrika Halberstadt-Freud / Susan Markuschower) 
 
 
https://www.tuasaude.com/o-que-e-complexo-de-edipo/
https://www.stoodi.com.br/blog/filosofia/complexo-de-edipo/
https://saudeinterior.org/desenvolvimento-psicossexual-fases-de-freud/
https://www.psicanaliseclinica.com/conceito-complexo-de-edipo/
https://www.infoescola.com/psicologia/complexo-de-electra/
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-11382006000100003#2
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-11382006000100003#2

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