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Conhecimento e Método do cuidar em Enfermagem AULA 3 - TEORIA AMBIENTALISTA – FLORENCE NIGHTINGALE Precursora da enfermagem moderna • Criação da primeira escola de enfermagem • Livros: notas para enfermagem; notas para hospitais entre outros escritos. • Demonstrou a importância da observação como ferramenta principal da atuação da enfermagem. • Teoria ambientalista: tem como base o humanismo e o cuidado de enfermagem e sua inter-relação com os ambientes sociais, políticos e ecológico. • Considerada uma das 100 mulheres que marcaram a história mundial. TEORIA AMBIENTALISTA O principal enfoque: controle sobre o ambiente, sobre o indivíduo, a família e a comunidade, tanto dos sadios quanto dos doentes. • Em seus escritos não se menciona o nome da sua teoria, mas na literatura é citada como teoria ambientalista. • Influência da atuação da enfermagem sobre o ambiente e o paciente no processo de cura. METAPARADIGMA – CONJUNTO DOS 4 CONCEITOS DA ENFERMAGEM Ser humano: 1. Pessoa que possui poder vital, capaz de atuar sobre sua própria recuperação, restabelecendo sua saúde. 2. Necessário equilíbrio entre o ser humano e o meio ambiente. Meio Ambiente: • Exerce forte influência na condição de saúde ou doença do ser humano. • Melhorar o ambiente favorece a condição de saúde do ser humano. • Fatores: arejamento, iluminação, limpeza, ruído ambiental, higiene pessoal e alimentação. Saúde: Processo autor restaurador do ser humano instituído pela natureza. • Recursos do meio ambiente devem ser constantemente adequados para manter a saúde. Enfermagem: Processo reparador/restaurador deve fortalecer o poder vital do ser humano, deve dar atendimento tanto aos sadios quanto aos enfermos. • Assistência Holística • Elementos do ambiente devem ser equilibrados. PRESSUPOSTOS Teoria ambientalista: • Prevenção da doença • Observação da doença • Atenção ao ambiente FATORES DETERMINANTES DO MEIO AMBIENTE QUE ATUAM SOBRE A SAÚDE: • Arejamento e aquecimento • Condições sanitárias das moradias • Ruídos • Variedades • Alimentação • Cama e roupa de cama • Limpeza de quartos e paredes • Higiene pessoal O individuo sofre influência do ambiente físico, mas também do ambiente social e psicológico. TEORIA DO RELACIONAMENTO INTERPESSOAL NA ENFERMAGEM – HILDEGARD ELIZABETH PEPLAU Enfermeira, médica, educadora Dedicou-se à enfermagem, saúde mental e psiquiatria. • Em seu doutorado na área de enfermagem psiquiátrica formulou sua teoria. Sua teoria não é focada apenas na cabeça, mas também é psicológica e psiquiátrica. Relação enfermeiro – paciente TEORIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS. BIOGRAFIA Influenciou os setores educacionais profissionais e práticos da enfermagem enfatizando a importância da instrução dos profissionais de enfermagem para que estes possam prestar cuidados aos doentes. Para Peplau enfermagem é: “um processo educacional e terapêutico no qual a enfermeira e o paciente se conhecem e se respeitam como pessoas que são iguais, mas também, diferentes, e que compartilham soluções para problemas.” • Introduziu o conceito do grau de mestre. • Tornou obrigatória a entrevista de enfermagem (e seu registro). • Formulou conceitos como ansiedade, conflito e frustação. • Ficou conhecida como “mãe da enfermagem psiquiátrica”. • Enfermeira do século. PRESSUSPOSTOS DA TEORIA ✓ Privilegia o relacionamento enfermeiro/paciente. ✓ Interação no processo saúde/doença. Proporcionando o desenvolvimento de ações educativas. ✓ Enfrentamento pessoal da doença pelo paciente e a enfermagem. Crescimento e desenvolvimento pessoal ocorre de forma gradual: • o crescimento pessoal é compartilhado pelo enfermeiro e pelo paciente desenvolvido no processo de cuidar. • A enfermagem psicodinâmica: reconhece, esclarece e constrói uma compreensão quando o enfermeiro se relaciona de forma útil como paciente. Etapas psicodinâmicas: • Postura adotada pelo enfermeiro interfere diretamente no que o paciente vai aprender no processo do cuidado. • O auxílio ao desenvolvimento da personalidade e ao amadurecimento é uma função da enfermagem que exige métodos que facilitem as dificuldades interpessoais no cotidiano. METAPARADIGMA – CONJUNTO DOS 4 CONCEITOS DA ENFERMAGEM Ser humano: indivíduo com necessidade não suprida dentro de um curso de saúde e doença. Saúde: relação enfermeira-paciente eficiente por orientar os modos de vida corretos ao paciente (para suprir suas necessidades) Ambiente: não abordou. Enfermagem: é educar o paciente para alcançar um relacionamento maduro no curso saúde-doença, por meio das fases de orientação, identificação, exploração e resolução. RELAÇÃO DO ENFERMEIRO/PACIENTE ACONTECE EM 4 FASES ENFERMAGEM PSICODINÂMICA. 1. Orientação: esclarecimento de vínculo entre o paciente-enfermeiro. • Nessa fase o enfermeiro apoia o paciente fornecendo informações para que o paciente entenda sua situação. 2. Identificação: o paciente já deve ter seus problemas esclarecidos. • O enfermeiro desempenha seus cuidados de enfermagem aprendizagem construtiva. 3. Exploração: o paciente já consegue identificar o enfermeiro como aquele que reconhece e compreende as relações interpessoais da situação. • Desenvolvimento de ações de autocuidado. 4. Resolução: as necessidades do paciente foram satisfeitas pela resolução das etapas anteriores. • Fortalecimento do autocuidado. PAPEIS DA ENFERMAGEM Pessoa estranha: profissional que executa as suas atividades baseadas no respeito e interesse pelo quem vai usufruir dos cuidados • o enfermeiro deve usar palavras claras, frases simples. Pessoa especialista: deve levar o paciente ao aprendizado. • Devem partir do que o paciente sabe, propor novas intervenções de enfermagem. Pessoa de liderança: liderança democrática. Deve encorajar a participação do paciente em seu tratamento. O paciente deve entender e compreender sua situação. Pessoa substituto: o paciente vê o enfermeiro como outra pessoa: figura materna, um irmão, um professor. Pessoa de orientador: o enfermeiro deve ajudar o paciente a conscientizar-se sobre sua saúde. • o enfermeiro deve proporcionar ao paciente autor renovação, autorreparo e auto conscientização. A CIÊNCIA DO SER HUMANO UNITÁRIO – MARTHA ROGERS Enfermeira com especialização na área de saúde coletiva. Dirigiu a divisão de educação em enfermagem, universidade de nova Iorque por vinte e um anos. Rogers é uma das primeiras teóricas de enfermagem que mostra o ser humano como um campo energético, como um sistema aberto em troca ininterrupta de energia, com o ambiente a qual está integrado. A CIÊNCIA DO SER HUMANO UNITÁRIO Para Rogers a enfermagem é: “uma ciência humanística e humanitária, voltada para a descrição e a explicação do ser humano, em um todo sinérgico.” Ela propõe a transformação da prática da enfermagem em um sistema terapêutico independente, que promova a saúde e calcado na utilização da energia e em processos não-invasivos. • O cuidar deve ser integral e a prevenção é uma das diversas faces desse processo. O mundo é um todo holístico e integrado. Ser humano está fortemente ligado e sofre fortes influências do meio em que vive. Composto nuclear da enfermagem é o ser humano irredutível e seu ambiente, por serem ambos campos de energia. Campo de energia: unidade fundamental, constando que tudo é dinâmico, infinito e continuamente em movimento. METAPARADIGMA – CONJUNTO DOS 4 CONCEITOS DA ENFERMAGEM Ser humano: o indivíduo é um todo unificado, indivisívele totalmente integrado ao ambiente. Sendo um campo energético em interação constante com o universo pandimensional. Saúde: padrões de resposta ao universo pandêmico que podem ser positivas ou negativas. Meio ambiente: universo pandêmico que integra com o ser humano unitário e ecoa dentro deste. Enfermagem: atividade com foco no futuro do ser humano, atuando ao vislumbrar o potencial criativo do ser humano na promoção do bem-estar. CONCEITOS Universo Pandimensional: o indivíduo é caracterizado como um campo energético humano em interação constante com este universo pandimensional. • Sem que possa ser reduzido a sistemas, órgãos e células, interagindo com infinitas dimensões que compõe o universo. ROGER IDENTIFICOU 2 CAMPOS DE ENERGIA COMO FOCO PARA ENFERMAGEM, QUE SÃO DISTINTOS, MAS NÃO SEPARADOS: CAMPO DEFINIÇÃO EXEMPLO Humano Pessoa, grupo, família ou comunidade. Sendo partes que somente possuem significado na totalidade unitária. Enfermeira avalia o holismo (as diversas partes de um ser humano), mas elabora um plano para a sua totalidade. O campo humano se manifesta pelos padrões de comportamento do ser humano. Ambiental Fatores ambientais, localização geográfica, condições de moradia, condições de trabalho. Enfermeiro avalia as condições de moradia e trabalho do ser humano. O campo ambiental se manifesta por exigir mudanças no campo humano. Estão sujeitos, a constantes mudanças que, ao ocorrerem, provocam alterações simultânea nos dois campos. Foco da ciência da enfermagem para Rogers: É o ser humano unitário (é contínuo, indivisível, incerto, caracteriza-se ainda pelo uso da abstração, sensação, emoção, imaginação, linguagem e pensamentos produtivo) está em constante troca de energética com o ambiente e que utiliza initerruptamente seu potencial criativo, ao se readaptar a cada mudança que ocorre nos campos humano e ambiental. Este ser humano, incluindo o enfermeiro, é, portanto, um ser acima de tudo criativo e que depende de seu potencial criador para sobreviver a cada alteração dos padrões energéticos dos campos humano e ambiental. TEORIA DE ENFERMAGEM DO DEFICIT DO AUTOCUIDADO – DOROTHEA OREM uma das primeiras teóricas de enfermagem, orem, contribuiu para formar o conhecimento na enfermagem. Para Orem, o autocuidado é desempenho ou a prática de atividades que os indivíduos realizam em benefício próprio para manter a vida, a saúde e o bem-estar. Orem define a enfermagem como: “um serviço de saúde especializado, distinguindo-se de outros serviços por ter seu foco de atenção nas pessoas com incapacidade para a contínua provisão de quantidade e qualidade de cuidados em um momento específico, sendo eles reguladores de seu próprio funcionamento e desenvolvimento”. O autocuidado é apreendido pela interação humana e pela comunicação. O autocuidado é indispensável à sobrevivência do ser humano com qualidade no mundo em que vive. Dorothea Orem, participou de um projeto para melhoria do treinamento prático de enfermagem, estimulando a questão de pesquisa: que condição existe na pessoa quando essa pessoa ou outros determinam que ele deva estar sob cuidados de enfermagem? AUTOCUIDA DO DÉFICIT DO AUTOCUIDA DO ENFERMAGE M Teoria do Autocuidad o Teoria do Déficit do Autocuidado Teoria dos Sistemas de Enfermage m Primeira teoria: que se refere à realização do autocuidado em si, explicando e justificando porque o autocuidado é necessário à saúde. Quando as pessoas são capazes, elas cuidam de si mesmas. Quando a pessoa é incapaz de proporcionar o autocuidado, elas apresentam-se em déficit do autocuidado, surgindo assim a segunda teoria, “teoria do déficit do autocuidado”. Quando a enfermagem é necessária para auxiliar o indivíduo a providenciar o autocuidado, tem-se a origem “teoria dos sistemas de enfermagem” METAPARADIGMA – CONJUNTO DOS 4 CONCEITOS DA ENFERMAGEM Pessoa: possui capacidade de aprendizagem. Eles são responsáveis pelo seu autocuidado de outros. Ambiente: está centrado na sociedade. • O ser humano e o ambiente com uma unidade única a acreditar que eles se influenciam reciprocamente. Saúde: representa a capacidade de as pessoas agirem com independência. • Cuidado preventivo de saúde. Enfermagem: profissional de enfermagem presta assistência especializada a pessoas incapacitadas. A teoria do déficit do autocuidado está presente como referencial na prática e na fundamentação teórica de estudos, na identificação de déficit de autocuidado e na utilização do sistema de apoio- educação como instrumento do cuidar. A TEORIA DE ENFERMAGEM DO DÉFICIT DO AUTOCUIDADO: É constituída por: • Teoria de autocuidado • Teoria de déficit do autocuidado • Teoria do sistema de enfermagem 1. TEORIA DE AUTOCUIDADO Descreve e explica os motivos pelos quais o autocuidado é necessário para a vida, saúde e bem-estar da pessoa. São as práticas ou atividades que as pessoas iniciam e realizam em benefício próprio com a finalidade de manter a vida, saúde e qualidade de vida. • As práticas de autocuidado são condutas aprendidas e demonstradas. • É a realização consciente de algo que pressupõe a decisão de pessoa em querer realizá-lo. 2. TEORIA DO DÉFICIT DE AUTOCUIDADO Centro de atenção da teoria Geral de Orem. Consiste em explicar quando e porque a enfermagem torna-se necessária e imprescindível à pessoa em relação ao processo cuidativo. Nessa relação as capacidades de autocuidado são inferiores às demandas, há limitação para prover autocuidado contínuo e eficaz, demonstrando com isso a necessidade obter conhecimento, habilidades e experiências para nivelar ou superar as demandas próprias daquele momento ou período de vida. Sempre que um indivíduo não é capaz de se auto cuidar, ou os pais/cuidadores, surge a demanda terapêutica de autocuidado, ou seja precisa de ajuda profissional. Tais demandas são identificadas a partir de dos “requisitos de autocuidado”, que são tudo que é necessário para a regularização do funcionamento humano. REQUISITOS DE AUTOCUIDADO Universais: integridade estrutural ou funcional humana em diversos estágios do ciclo vital. Objetivos comuns a todas as pessoas. • Ingestão suficiente de ar, água e comida. • Equilíbrio entre as atividades e descanso • Processos de eliminação • Equilíbrio entre solidão e a interação humana. • Prevenção de perigos a vida. • Funcionamento e desenvolvimento do ser humano dentro de grupos socais. Desenvolvimento: promovem os processos de vida e maturação (Ex: casamento, maternidade, envelhecimento.) • Garantia a assistência à saúde • Conhecimento sobre efeitos e resultados das condições, dos estados patológicos, dos tratamentos e cuidados prescritos. • Realização das ações prescritas. Dos desvios de saúde: a própria condição de saúde relacionado a patologia. • Atenção: ao estabelecerem intervenções que devem ser implementadas para minimizar/resolver os déficits, o enfermeiro pode usar 5 métodos de ajuda. 1. Agir ou fazer para outra pessoa. 2. Guiar e orientar 3. Proporcionar apoio físico e psicológico 4. Proporcionar e manter um ambiente de apoio ao desenvolvimento pessoal. 5. Ensinar. 3. TEORIA DO SISTEMA DE ENFERMAGEM Relaciona-se ao fato de a pessoa estar em situação do déficit de autocuidado e para compensá-lo, necessita do cuidado de enfermagem. essa teoria se limita a explicar a maneira pela qual as pessoas são ajudadas pela enfermagem.Orem identificou 3 classificações de sistemas de enfermagem para preencher os requisitos de autocuidado apresentados pelos indivíduos são eles: 1. Totalmente compensatório: quando a pessoa é incapaz de engajar-se nas ações de autocuidado. • Alcançar a terapêutica do auto cuidado (ação do enfermeiro) • Compensar a inabilidade do paciente engajar-se no autocuidado (ação do enfermeiro) • Apoiar e proteger o paciente. (ação do enfermeiro) 2. Parcialmente compensatório: refere ao fato o enfermeiro quanto o paciente desempenharem as ações de autocuidado. • Desempenhar alguma medida de autocuidado para o paciente (ação do enfermeiro) • Compensar as limitações de autocuidado do paciente (ação do enfermeiro) • Assistir o paciente em suas necessidades (ação do enfermeiro) • Desempenhar algumas medidas de autocuidado (ação do paciente) • Controlar o autocuidado (ação do paciente) • Aceitar a assistência de enfermagem (ação do paciente) 3. Sistema de apoio-educação: situação onde a pessoa é capaz de desempenhar ou podem e devem aprender a desempenhar as ações de autocuidado, mas precisam de orientação para fazer. • Alcançar autocuidado (ação do paciente) • Controlar o exercício e desenvolvimento do autocuidado (ação do paciente) PROCESSO DE ENFERMAGEM FUNDAMENTO POR OREM – O PROPOSTO POR OREM COMPREENDE OS PASSOS A SEGUIR: 1. Fase de Diagnóstico de enfermagem e prescrição: • Investigação (coleta de dados): os dados coletados devem contemplar os requisitos de autocuidado. Nesta fase se determina quais ações de autocuidado os indivíduos conseguem fazer sozinhos, se há e quais são as demandas terapêuticas de autocuidado. • Enfermeiro verificar o nível de conhecimento, habilidade, motivação e orientação das pessoas (paciente/ família/ membros da comunidade) • Ações implementadas (prescrições): meios usados para preencher as demandas terapêuticas de autocuidado. Enfermeiro buscar resposta para as seguintes questões: • Qual demanda de cuidado terapêutico por eles apresentada? • Eles apresentam déficits para preencher essas demandas? Se sim, por qual motivo? • Eles devem ser ajudados a abster-se do autocuidado ou devem ser estimulados a proteger as capacidades já desenvolvidas de autocuidado? • Qual o potencial apresentado para engajar-se no autocuidado no futuro? 2. Fase do esboço de um sistema de enfermagem e de um plano para o fornecimento do atendimento: • Se esboça o sistema de enfermagem, e se instituiu um planejamento de tarefas a serem implementadas. • Estabelecer os papeis dos enfermeiros e dos indivíduos em relação às tarefas de autocuidado. • A medida que novos déficits forem detectados, deve-se se atualizar e complementar o plano de assistência. 3. Fase de produção e controle dos sistemas de enfermagem • Fase que se refere a avaliação dos resultados alcançados com a implementação das ações com a finalidade de preencher as demandas terapêuticas de autocuidado.
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