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Cuidado de enfermagem em emergência e trauma AULA 1 – BOAS PRÁTICAS PARA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE SERVIÇOS DE URGÊNCIA AE EMERGÊMCIA portaria n° 1.600, de 7 de julho de 2011 Reformula a política nacional de atenção às urgências e institui a rede de atenção às urgências (RUE) no sistema único de saúde (SUS) A rede de atenção às urgências priorizará as linhas de cuidados cardiovasculares, cerebrovasculares e traumatologia. Art. 4° a rede de atenção às urgencias é constituída pelos seguintes componentes I. Promoção, prevenção e vigilância à saúde II. Atenção básica em saúde III. Serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU 192) e suas centrais de regulação médica das urgências IV. Sala de estabilização V. Força nacional de saúde do SUS VI. Unidade de pronto atendimento (UP 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas VII. Hospitalar, e VIII. Atenção domiciliar COMPONENTE PRÉ-HOSPITALAR FIXO • UBS • Ambulatório de especialidades • Serviços de apoio diagnóstico • UPAS Os recursos organizados permitem o atendimento e estabilização do cliente ate que seja transferido, de forma adequada para uma unidade de maior complexidade. PRÉ-HOSPITALAR FIXO: PRINCIPAIS UE NA APS/ESF • Urgência pediátrica • Traumatismo não-intencionais, violências e suicídios • Urgências cardiovasculares • Urgências ginecológicas e obstétricas • Urgências metabólicas • Urgências psiquiátricas • Urgências respiratórias Infância: • Desidratação, infecções respiratórias agudas (IRA), doenças infecciosas/parasitarias/ acidentes domésticos. Adolescência: • Violência, acidente de causas externas Adultos • Hipertensão • Diabetes • Doenças infecciosas – dengue Velhice Morte • PCR, traumas Nascimento • Prematuridade COMPONENTE PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL Centrais de regulação médica de urgência – Portaria 2048 de 2002 • É parte integrante do samu 192, definida como uma estrutura física, com a atuação de profissionais médicos, telefonistas auxiliares de regulação médica (Tarm) e rádio operadores (RO) • Além de ordenas o fluxo efetivo das referenciase contrarreferências dentro da rede de atenção à saúde COMPONENTE HOSPITALAR HOSPITAL TIPO 1 Especializados: contam com recurso tecnológicos e humanos adequados para atendimento de urgência e de natureza clinica e cirúrgica, nas áreas pediátricas ou trauma-ortopedia ou cardiologia HOSPITAL TIPO 2 Hospitais gerais: dispõe de unidade de emergência, recursos tecnológicos e humanos adequados para o atendimento geral de urgência clínica e cirúrgica HOSPITAL TIPO 3 Hospital geral: contam com recursos tecnológicos e humanos adequados para atendimento de urgências clinicas, cirúrgicas e traumáticas. Desempenha ações de capacitação, aprimoramento e atualização para todos os profissionais envolvidos no atendimento de urgência, conhecido como hospitais universitários ou de ensino. MELHOR EM CASA – HOME CARE Modalidades de atenção domiciliar, projetos de reabilitação PORTARIA N° 354 DE 10 DE MARCO DE 2014 PORTARIA N° 393, DE 13 DE MARÇO DE 2020 Aprova a resolução GMC n° 02/2015 “registros de boas práticas para organização e funcionamento de serviços de urgência e emergência (revogação da Res. GMC n° 12/07) “boas práticas para organização e funcionamento de serviços de urgência e emergência” Considera: • Que é necessário contar com boas práticas para organização e funcionamento dos serviços de urgência e emergência • Que os serviços de urgência e emergência são de importância para o funcionamento de nossos sistemas de saúde • Que essa resolução define qualidade desejadas que devam reunir a organização e funcionamento dos serviços de urgência e emergência. • As boas praticas estabelecidas no anexo são aplicadas à atenção em serviços de urgência e emergência e não são aplicáveis à atenção móvel pré-hospitalar • Os serviços de urgência e emergência devem estar organizados e estruturado considerando as necessidades da área de atenção a saúde existente • É de responsabilidade da administração do serviço de saúde prever e prover os recursos humanos, equipamentos, materiais e medicamentos necessários para o funcionamento os serviços de urgência e emergência. • A direção do serviço de saúde e o chefe do serviço de urgência e emergência têm a responsabilidade de planejar, implementar e garantir a qualidade dos processos. REQUISITOS • Podem funcionar como serviço de saúde independente ou dentro de outra unidade • Todos os serviços de urgência e emergência, publico ou privado, devem possuir ou estar inserido em um serviço que possua habilitação ou licença de funcionamento • O serviço de urgência e emergência deve dispor de instruções escritas e atualizadas das rotinas técnicas implementadas • As rotinas técnicas devem ser elaboradas em conjunto com as áreas envolvidas na assistência ao paciente, assegurando a assistência integral e a interdisciplinaridade, O SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGENCIA DEVE: • Possuir estrutura organizacional documentada • Oferecer orientação ao paciente e aos familiares em linguagem clara, sobre o estado de saúde e a assistência a ser prestada, desde a admissão até a alta • Promover um ambiente acolhedor • Preservar e identificar e a privacidade do paciente, assegurando um ambiente de respeito e dignidade • Levar em consideração todas as condições momentâneas relativas ao estado geral do paciente. RECURSOS HUMANOS – URGÊNCIA E EMERGENCIA: • Responsabilidade técnico legalmente habilitado • Equipe médica: deve ser composta por médicos em quantitativo suficiente para o atendimento dos serviços nas 24 horas. • o serviço de urgência e emergência de maior complexidade deve contar com profissionais especializados de acordo com o perfil de atenção, capacitados para atendimento das urgências e emergências • coordenação de enfermagem: 1 enfermeiro coordenador • enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem em quantitativo suficiente para os atendimentos dos serviços nas 24 horas do dia. AS UNIDADES NÃO-HOSPITALARES DE ATENDIMENTO ÀS URGENCIAS E EMERGENCIAS DEVERÃO CONTAR, OBRIGATORIAMENTE: • técnico de radiologia, auxiliar de serviços gerais, auxiliar administrativo e, quando houver laboratório na unidade, também deverão contar com bioquímico, técnico de laboratório e auxiliar de laboratório. • Outros profissionais poderão compor a equipe, como: assistente social, odontólogo, cirurgião geral, ortopedista, ginecologista, motorista, segurança e outros. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL PRÉ- HOSPITALAR FIXO PORTARIA N°354 DE 10 DE MARÇO DE 2014 INFRAESTRUTURA FÍSICA MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Manter instruções escritas de uso e manutenção. DISPOR OU GARANTIR ACESSO ÀS ESPECIALIDADES CLÍNICAS • ÁREA EXTERNA COBERTA PARA AMBULANCIAS • PRONTUARIOS • SALA DE RECEPÇÃO E ESPERA • CLASSIFICAÇÃO DE RISCO • HIGIENIZAÇÃO • NEBULIZAÇÃO • SERVIÇO SOCIAL • PROCEDIMENTOS • CONSULTORIOS • SALA PARA REANIMAÇÃO E ESTABILIZAÇÃO • SALAS PARA OBSERVAÇÃO E ISOLAMENTO • POSTO DE ENFERMAGEM • BANHEIRO COMPLETO • DEPÓSITO PARA RESIDUOS SÓLIDOS • DEPOSITO PARA MATERIAL LIMPEZA • VESTIÁRIOS E BANHEIROS PARA PROFISSIONAIS • FARMACIA • ALMOXARIFADO METERIAIS E EQUIPAMENTOS • Estetoscópio adulto e infantil • Esfigmomanômetro adulto e infantil • Otoscópio adulto e infantil • Oftalmoscópio • Espelho laríngeo • Ventilador manual reservatório adulto e infantil • Desfibrilador • Marcapasso externo • Monitor cardíaco • Oxímetro de pulso, eletrocardiógrafo • Equipamentos para aferição deglicemia capilar • Aspiradores • Bombas de infusão com bateria e equipo universal • Cama hospitalar com rodas e grades laterais • Mascara para ventilador adulto e infantil • Ventilador mecânico adulto e infantil • Foco cirúrgico portátil • Foco cirúrgico com bateria • Negatoscópio, mascaras, sondas, drenos, cânulas, pinças e cateteres • Laringoscópio adulto e infantil • Material para traqueostomia • Equipos de macro e microgotas • Material para pequenas cirurgias • Colares de imobilização cervical tamanhos P, M, G • Prancha longa para imobilização do paciente em caso de trauma • Prancha curta para massagem cardíaca • Equipamentos necessários para reanimação cardiorrespiratória • Medicamentos para assistência em urgências e emergências • Cilindro de oxigênio portátil e rede canalizada de gases • Cama hospitalar com rodas e grades laterais. SALA DE ESTABILIZAÇÃO E REANIMAÇÃO – SALA DE EMERGENCIA ELETROCARDIOGRAMA CARRO DE EMERGENCIA MONITOR MULTIPARÂMETROS VENTILADOR MECÂNICO BOMBA DE INFUSÃO GASOMETRIA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL PRÉ- HOSPITALAR MÓVEL • Ambulância • Moto • Helicóptero • Lanchas EQUIPES Suporte básico de vida (SBV) Suporte avançado de vida (SAV) Profissionais Auxiliar ou técnico de enfermagem conduto de veículo – bombeiro militar* Enfermeiro Médico Condutor de veiculo Atribuição Atendimento de baixa complexidade, não realizando procedimentos invasivos, em casos de vítima de menor gravidade Atendimento de urgência e emergência de alta complexidade, realizando procedimentos não invasivos e invasivos, em casos de vítima grave USUÁRIO • Medo • Solidão • Angustia • Tristeza • Desespero • Sofrimento • Família URGENCIA E EMERGENCIA • Acesso restrito • Alta demanda • Deficiência de recursos humanos • Escassez de recursos • Gravidade • Diversos casos PROCESSOS OPERACIONAIS ASSISTENCIAIS O serviço de urgência e emergência deve: • Prestar ao paciente assistência integral e interdisciplinar • O serviço de urgência e emergência deve realizar a classificação dos pacientes por níveis de risco • Garantir a transferência do paciente, em caso de necessidade. URGENCIA X EMERGÊNCIA Primeiros socorros: atendimento prestado, inclusiva por leigos, para manter a vida e evitar o agravamento das condições até o recebimento da assistência especializada Atendimento pré-hospitalar: atendimento prestado por profissionais da área da saúde, treinados e capacitados para prover os cuidados iniciais ao cliente, de forma organizada e sistematizada, seguindo de transporte até serviço de saúde que proporcionará o tratamento definitivo Resgate: consiste na retirada do individuo de um local, por vezes de difícil acesso, de onde o mesmo não possa sair sozinho em segurança, pode ser necessário o uso de materiais e equipamentos especiais para efetuar a retirada, além de treinamento específico para realizar esses procedimentos. ATRIBUIÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGE: • Atuar com agilidade, rapidez. • Ser eficaz • Protocolos de atendimento de rotina • Educação continuada • Abordagem humanizada no atendimento em situações especificas no pré-hospitalar e no intra-hospitalar Pré-hospitalar: oferece condições de estabilização hemodinâmica do quadro clínico Intra-hospitalar: demais intervenções. ENFERMEIRO EMERGENCISTA: • Assistência direta • Planejamento, liderança, comunicação • Educação (capacitação)
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