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AULA 10 - SAÚDE COLETIVA - PROGRAMAS DE SAÚDE (programa nacional de imunização)

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Saúde Coletiva – 
Programas de Saúde 
AULA 10 – PROGRAMA NACIONAL DE 
IMUNIZAÇÃO 
• Lei federal no 6.259, de 30 de outubro de 1975 
• Decreto n° 78.321, de 12 de agosto de 1976 
(SNVE). 
 
“Controle, a erradicação e a eliminação de doenças 
imunopreveníveis.” 
 
• Os principais aliados no âmbito do SUS são as 
secretarias estaduais e municipais de saúde. 
• Ações de vigilância em saúde - União, pelos 
estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios. 
 
Responsabilidades das esferas nacional e 
estadual e municipal 
Na esfera federal 
PNI – MS ( Sec. de Vigilância em saúde) -> Dep. Vig. 
em doenças transmissíveis -> Cood. Geral do PNI. 
 
Competências: 
1. A coordenação do PNI ( vacinas e 
campanhas), as estratégias e as 
normatizações técnicas sobre sua utilização; 
2. Provimento dos imunobiológicos definidos 
pelo PNI, considerados insumos estratégicos; 
3. A gestão do sistema de informação do PNI, 
incluindo a consolidação e a análise dos 
dados nacionais e a retroalimentação das 
informações à esfera estadual; 
 
Competências da esfera estadual: 
1. Coordenação do componente estadual do 
PNI; 
2. Provimento de seringas e agulhas; 
3. A gestão do sistema de informação do PNI, 
incluindo a consolidação e a análise dos 
dados municipais, o envio dos dados ao nível 
federal dentro dos prazos estabelecidos e a 
retroalimentação das informações à esfera 
municipal 
 
Competências da esfera municipal: 
A vacinação e as demais ações de vigilância 
epidemiológica 
1. Vacinação de rotina, as estratégias especiais 
(como campanhas e vacinações de bloqueio) 
e a notificação e investigação de eventos 
adversos e óbitos temporalmente associados 
à vacinação; 
2. Gerência do estoque municipal de vacinas e 
outros insumos, incluindo o armazenamento 
e o transporte para seus locais de uso, de 
acordo com as normas vigentes; 
3. Descarte e a destinação final de frascos, 
seringas e agulhas utilizados; 
4. A coleta, o processamento, a consolidação e 
a avaliação da qualidade dos dados 
provenientes das unidades notificantes; 
 
PNI – uma saúde sem excluídos 
“O brasileiro sabe que pode contar com vacina de boa 
qualidade em todos os momentos de sua vida” 
• Nos últimos 30 anos foram eliminadas ou são 
mantidas sob controle as doenças preveníveis 
por meio da vacinação. 
• O PNI brasileiro é citado como referência 
mundial. 
• Mostrar resultados e avanços notáveis 
(erradicaram a febre amarela urbana em 1942, a 
varíola em 1973 e a poliomielite em 1989). 
 
Eficácia das vacinas 
• 77% dos imunobiológicos utilizados são 
produzidos no Brasil. 
• A partir da década de 1980, com a criação do 
programa de auto-suficiência nacional em 
imunobiológicos (pasni) – ms. 
• Não há auto-suficiência entre os países. 
• Investimento em tecnologia de ponta. 
 
Rede de frio no Brasil 
“A rede de frio, ou cadeia de frio, é o processo de 
armazenamento, conservação, manipulação, 
distribuição e transporte dos imunobiológicos” 
• Objetivo: assegurar que todos os 
imunobiológicos oferecidos à população 
mantenham suas características iniciais; 
• As normas definidas para o desempenho da rede 
de frio são elaboradas com a participação dos 
coordenadores estaduais e outras instituições 
afins; 
• Como essa rede funciona? 
 
Novo perfil de supervisões no PNI 
• SI-PNI foi desenvolvido em 1993 em parceria 
com a coordenação nacional do programa e o 
datasus. 
• Novo perfil de supervisões no PNI em 1999 
(informatizada); 
• Desse ano até 2003, é descentralizado para as 
regionais e municípios; 
• Si-API (Sistema de avaliação do programa de 
imunizações); 
• Hoje, o PNI dispõe de seis sistemas de 
informação; 
 
Sistema de informação 
• SI-API: registrar as doses aplicadas nas 
vacinações de rotina e campanhas, por faixa 
etária e imunobiológico, e calcular a cobertura 
vacinal e taxa de abandono 
• SI-EDI: controlar o estoque, o recebimento e a 
distribuição de imunobiológicos na central 
nacional (cenadi), nas centrais estaduais de rede 
de frio, nas regionais, nas municipais e nas salas 
de vacina. 
• SI-AIU: Avaliar a movimentação, utilização e 
perdas dos imunobiológicos em todas as 
instâncias. 
• SI-EAPV: Registrar a ocorrência de eventos 
adversos por imunobiológico, laboratório, dose, 
faixa etária e tempo. 
• SI-PAIS: Desenvolvido para avaliar o 
instrumento de supervisão. Seu objetivo: avaliar 
o desempenho das coordenações estaduais e 
salas de vacinas. 
• SI-CRIE: Tem por finalidade controlar o 
desenvolvimento das ações dos cries. Seu 
objetivo: registrar o atendimento individual da 
clientela, as doses aplicadas de produtos 
especiais por faixa etária, imunobiológicos e 
motivos de indicação; calcular a taxa de 
abandono e garantir a análise de demanda. 
 
Vacinação e atenção básica 
• Política nacional de atenção básica (2006) 
“um conjunto de ações de saúde, no âmbito 
individual e coletivo, que abrange a promoção 
e a proteção da saúde, a prevenção de 
agravos, o diagnóstico, o tratamento, a 
reabilitação e a manutenção da saúde”. 
• Estratégia de Saúde da Família (ESF) – 
1994 
“organizar e fortalecer esse primeiro nível de 
atenção” 
 
Calendário nacional de vacinação 
• Os tipos de vacina; 
• O número de doses do esquema básico e 
dos reforços; 
• A idade para a administração de cada dose 
• O intervalo entre uma dose e outra no caso 
do imunobiológico cuja proteção exija mais 
de uma dose. 
• Portaria ministerial nº 1.498, de 19 de julho 
de 2013, no âmbito do Programa Nacional 
de Imunizações (PNI) 
• SUS ofertadas mais de 19 vacinas em sua 
rotina gratuitamente para crianças e 
adolescentes 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos dos imunobiológicos 
• Imunidade: “eventos moleculares e celulares 
que ocorrem quando o organismo entra em 
contato com microorganismos ou 
macromoléculas estranhas” 
1. Resposta natural, inata ou inespecífica. 
Mecanismos de defesa bioquímicos e celulares 
(proc. Infeccioso) respondendo, prontamente, à 
infecção. Ex: Fagocitose 
2. Resposta adquirida, adaptativa ou específica. 
Proteção contra cada agente infeccioso ou 
antígeno 
Ex: Lif. B – Ac espec. (Humoral); Lif. T – cel. 
Mémoria (celular) 
 
Imunização 
Resposta natural, inata ou inespecífica 
• Resposta rápida (minutos a hora). 
• Ex: fagocitose 
 
Resposta adquirida, adaptativa ou especifica 
• Lenta (dias ou semanas). 
• Ex: produção de anticorpos específicos. 
 
Na maior parte, a resposta inata é suficiente na 
defesa do organismo. Quando isso não ocorre – 
IMUNIDADE ESPECÍFICA 
 
Resposta adquirida, adaptativa ou especifica 
Primária 
• Primeira classe de Ac produzido é IgM e, 
posteriormente, IgG. 
• A vacina estimula a produção de Ac 
específicos e células de memória. 
 
Secundária 
• IgG ficará presente, na maioria das vezes, 
para o resto da vida. 
• Resposta rápida. 
 
 
 
Fatores que influenciam a resposta imune 
Fatores relacionados ao vacinado 
• Idade: primeiro ano de vida – sist. Imune em 
desenvolvimento. 
• Gestação: NÃO devem tomar vacinas vivas 
(Malformações, aborto, TPP). 
• Amamentação: não há contraindicação de 
vacinas virais atenuadas para as mães 
(exceto: febre amarela). 
• Reação anafilática: alguns componentes. 
• Imunodeprimidos: não deverão receber 
vacinas vivas (avaliar o caso). 
• Uso de antitérmico profilático: tríplice 
bacteriana (penta ou DTP ou DTPa); no 
momento da vacinação e com intervalos 
regulares nas 24 horas até as 48 horas 
subsequentes. 
 
Fatores relacionados a vacina 
• Via de administração: vias de administração 
diferentes da preconizada. 
• Dose e esquema de vacinação: De modo 
geral, as vacinas inativadas (uma dose), 
vacinas virais atenuadas (apenas de uma 
dose 
• Adjuvantes: São substâncias presentes na 
composição de algumas vacinas e que 
aumentam a resposta imune ( ex: sais de 
alumínio). 
 
Conceitos• Vacina conjugada: combina Ag 
polissacarídeo (cadeia de açúcares) + 
proteína para aumentar a capacidade de 
induzir resposta imunológica no vacinado. 
(ex: pneumo e meningo) 
• Bactéria atenuada: bactéria sem atividade, 
perdeu sua capacidade de reprodução, mas 
mantém a capacidade imunogênica, ou seja, 
a capacidade de induzir resposta 
imunológica. 
• Vacina adsorvida: os antígenos estão 
fixados à superfície de um adjuvante, o qual 
reforça o poder imunogênico da vacina. 
• Vírus inativada: sem atividade, inerte. 
• Vacina combinada: são aquelas que contém 
no mesmo frasco várias vacinas diferentes. 
 
Aspectos técnicos e a administrativos da 
atividade de vacinação 
Sala de vacina: 
• Instância final da rede de frio – responsável 
exclusivamente pelos procedimentos de 
vacinação de rotina, campanhas, bloqueios e 
intensificações. 
• Localizada em UBS e hospitais que ocupam 
posição estratégica em relação à rede de frio. 
• Armazenamento dos imunobiológicos em 
locais ideais de refrigeração. 
 
Área semicrítica: destinada exclusivamente para a 
administração dos imunobiológicos. 
• Promover a máxima segurança; 
• Reduzir os riscos de contaminação; 
 
Equipe de vacinação 
• Enfermeiro + téc. Ou auxiliar de enfermagem. 
“treinada e capacitada para os procedimentos de 
manuseio, conservação, preparo e administração, 
registro e descarte dos resíduos” 
• Ideal a presença de dois vacinadores para 
cada turno de trabalho. 
“administrar com segurança cerca de 30 doses de 
vacinas injetáveis ou 90 doses de vacinas 
administradas pela VO por hora de trabalho” 
• O enfermeiro é responsável pela supervisão ou 
pelo monitoramento do trabalho desenvolvido 
na sala de vacinação e pelo processo de 
educação permanente da equipe. 
 
Funções da equipe responsáveis pelo trabalho na 
sala de vacinação: 
1. Planejar as atividades de vacinação; 
2. Monitorar e avaliar o trabalho desenvolvido; 
3. Prover os materiais e os imunobiológicos; 
4. Manter as condições preconizadas de 
conservação dos imunobiológicos; 
5. Utilizar os equipamentos de forma a preservá-
los em condições de funcionamento; 
6. Dar destino adequado aos resíduos da sala de 
vacinação; 
7. Atender e orientar os usuários com 
responsabilidade e respeito; 
8. Registrar todos os dados referentes às atividades 
de vacinação; 
9. Manter o arquivo da sala de vacinação em 
ordem; 
10. Promover a organização e monitorar a limpeza 
da sala de vacinação; 
 
Bom funcionamento da sala de vacina 
Início do trabalho diário 
• Verificar limpeza e ordem da sala (verificar e 
registrar a temperatura dos equipamentos de 
refrigeração e ligar o ar-condicionado). 
• Higienizar as mãos (organizar a caixa térmica de 
uso diário; separar cartões de controle ou SI-PNI 
aprazadas). 
• Retirar as vacinas e separar os diluentes 
correspondentes (atentar para o prazo de 
validade após abertura dos frascos e organizar 
sobre a mesa os impressos e materiais do 
escritório). 
 
Encerramento do trabalho diário: 
• Conferir no boletim diário as doses de vacinas 
administradas (devolver as doses restante, 
validade-para o refrigerador). 
• Desprezar as vacinas multidoses que 
ultrapassaram a validade após aberta e registrar 
em formulário (verificar e anotar a temp. do 
refrigerador e limpar a caixa térmica). 
• Organizar o arquivo – cartão controle; verificar a 
lista de faltosos e organizar buscas (certificar o 
funcionamento dos equipamentos de 
refrigeração, desligar o ar e deixar a sala em 
ordem). 
 
Encerramento do trabalho mensal: 
• Consolidar as doses registradas no boletim 
diário – boletim mensal. 
• Avaliar e calcular a % de utilização e perda (física 
e técnica) de imunobiológicos. 
• Monitorar as atividades de vacinação 
(abandono, cobertura e eventos adversos). 
• Revisar os arquivos para estabelecer as ações de 
busca ativa de faltosos. 
 
Resíduos 
• Classificados – Grupo a1 
o Inativação dos resíduos infectante – 
autoclavagem (15 min, entre 121 a 127 
0C) 
• Classificados – Grupo D 
o RDC Anvisa nº 306, de 7 de dezembro de 
2004 (gerenciamento) 
o Resolução Conama nº 358, de 29 de abril 
de 2005 (tratamento) 
 
Vacinas disponíveis no SUS 
• BCG; 
• Hepatite B; 
• Hepatite A; 
• Penta 
• DTP; 
• Polio Inativada (Vip) 
• Polio Oral (Vop) 
• Pneumo 10; 
• Rotavírus humano; 
• Meningo C; 
• Meningo ACWY 
• Tríplice Viral 
• Tetraviral 
• Febre Amarela 
• Varicela 
• HPV 
• Pneumo 23 
• Dupla adulto (Dt) 
• Dtpa 
• Sars-CoV-2 
 
Sistema de informação SI-PNI e SIES 
• SI-PNI: consiste no sistema nacional e nominal 
do programa de vacinação 
• Objetivo: coletar os dados referentes às 
atividades de vacinação de forma a gerar 
informação individualizada a partir da instancia 
local para subsidiar as decisões e ações no 
âmbito da sua gestão 
• Funcionalidade: além do registro individual e 
nominal dos registros da vacinas, tem a 
finalidade de substituir sistemas utilizados pelo 
programa nacional de imunização: SI-API; SI-
AIU; SI-EAPV e SI-CRIE 
 
Fluxo: município -> ministério da saúde

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