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Morte Encefálica

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➢ A morte encefálica é a constatação 
irremediável e irreversível da lesão central nervosa e 
significa morte, seja clínica, legal e/ou social; 
- Potencial doador de órgãos é um paciente sem 
critério clínico para doação ou que a família não 
consentiu. - O paciente é considerado, após o 
diagnóstico de ME, sob o aspecto legal, ético e 
moral, um cadáver, com instituição terapêutica inútil. 
- 310 pacientes com ME mantidos com suporte 
intensivo mesmo após o diagnóstico; 
- 88% evoluíram para óbito em até 24h; 
- 100% em até 5 dias. 
 
Para iniciar o protocolo: 
- Necessários 3 pré-requisitos: 
- Coma com causa conhecida e irreversível (causa 
deve estar comprovada por TC/RM ou LCR); 
- Ausência de hipotermia, hipotensão ou distúrbio 
metabólico grave (PIA >60, Tax >36,5, 160 < Na 
<120); 
- Ausência de intoxicação exógena ou efeito de 
medicamentos psicotrópicos (12h -sedação/curare, 
24h -barbitúricos). 
 
Bases Clínicas da ME: 
- 3 condições obrigatórias e concomitantemente: 
- Coma sem resposta ao estímulo externo; 
- Ausência completa de reflexos do tronco 
encefálico; 
- Apneia. 
 
- O diagnóstico é estabelecido após a realização de 
dois exames clínicos por profissionais diferentes e 
não inoculados à equipe de transplantes. 
- É OBRIGATÓRIO a realização de exame 
complementar compatível com ausência de perfusão 
cerebral ou de atividade elétrica cortical. 
- O intervalo entre os exames clínicos deve ser de 
no mínimo SEIS HORAS. 
 
Exame neurológico: 
- COMA SEM RESPOSTA – ECG 3 
- Descobrir o paciente expondo os 4 membros; 
- Realizar estímulo doloroso na face (supraorbitária 
ou temporomandibular) 
- Testa a via trigeminal 
- REFLEXO PUPILAR 
- Testa o nervo Óptico (II) e o oculomotor; 
- As pupilas devem estar dilatadas e na linha média; 
- Não devem apresentar qualquer resposta à 
estimulação luminosa por 10 segundos 
- REFLEXO CORNEANO 
- Testa o nervo Trigêmeo e o nervo Facial; 
- A estimulação da córnea com aponta de uma gaze 
ou algodão não produz resposta de defesa ou 
fechamento ocular. 
- REFLEXO VESTÍBULO CALÓRICO 
- Testa o nervo vestíbulo-coclear, óculomor, 
 
 
 
abducente e troclear; 
- Cabeceira da cama elevada a 30o 
- Infundir 50ml de SF 0,9% a 0o 
- Não pode haver movimentação ocular. 
- REFLEXO ÓCULO-CEFÁLICO 
- Testa o nervo vestíbulo-coclear, óculomor, abducente e 
troclear; 
- A cabeça é movimentada em rotação lateral para ambos os 
lados enquanto se observa o surgimento de qualquer 
movimento ocular. 
- REFLEXO DE TOSSE 
- Testa o nervo glossofaríngeo e o nervo Vago; 
- Não ocorre qualquer reação de tosse, náusea, sucção, 
deglutição ao introduzir uma sonda de aspiração além do 
tubo orotraqueal. 
- TESTE DE APNÉIA 
- Possui valor preditivo positivo próximo de 100%; 
- Deve ser o último teste a ser realizado; 
- Deve ser abortado quando surgirem sinais de hipóxia 
(SaO2<75%) - Início: CO2 em torno de 40mmHg; 10 minutos 
com FiO2 100%; PAI para facilitar coleta de gasometrias; 
- Desconecte o ventilador; 
- Instale uma sonda na traquéia com fluxo de O2 de 6L/min; 
- Observe o aparecimento de qualquer incursão respiratória 
por 10 minutos ou até que a PaCO2 esteja acima de 
55mmHg. 
 
 Exames complementares: 
- ELETROENCEFALOGRAFIA 
- É compatível com ME quando mostra traçado isoelétrico 
- ARTERIOGRAFIA 
- É compatível com ME quando mostra ausência de perfusão 
encefálica 
- DOPPLER - Avalia o Polígono de Willis. 
 
 
Morte encefálica

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