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•PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECG •MONITORIZÇÃO CARDÍACA Profa. Dra. Claudia Soares PRINCÍPIOS BÁSICOS O ECG (eletrocardiograma) é o registro das forças elétricas produzidas pelo coração. O corpo age como um condutor de correntes elétricas. O ELETROCARDIOGRAMA • Avanços Tecnológicos diagnósticos e de imagens • ECG relação custo-benefício é insuperável frente as técnica modernas = mais dispendiosas • Nenhum método supera o ECG na rapidez e segurança no diagnóstico (IAM e arritmias). ELETROCARDIOGRAMA E SUAS IMPLICAÇOES PARA A ENFERMEIRA (O) Potencial de ação (variação elétrica rápida da membrana celular). - Etapas: 1. Repouso – membrana polarizada (negativa) 2. Despolarização – permeável aos canais de sódio 3. Repolarização – os canais de sódio rapidamente se fecham e os canais de potássio se abrem. - Potencial de membrana em repouso da celula cardíaca = -85 a -95mV - Potencial de ação = 105mV. O POTENCIAL DE AÇÃO Fenômeno eletroquímico onde correntes iônicas são liberadas por meio de canais específicos, fazendo com que a célula se despolarize, até perder quase totalmente a diferença de potencial elétrico entre o meio interno e externo. ELETROCARDIOGRAMA E SUAS IMPLICAÇOES PARA A ENFERMEIRA (O) Bomba Sódio-Potássio A célula em repouso (polarizada) é rica em potássio, e apresenta-se negativa em relação ao meio externo que é positivo e rico em sódio. Com a ativação celular, ocorrem trocas iônicas e inverte-se a polaridade da célula. O meio intra celular fica positivo, enquanto que o meio extracelular fica negativo. A célula totalmente despolarizada ficará com sua polaridade invertida. A repolarização fará com que a célula volte às condições basais. ELETROCARDIOGRAMA E SUAS IMPLICAÇOES PARA A ENFERMEIRA (O) Na+ invade a célula e provoca abertura dos canais de Ca++ gerando um grande aumento na sua atividade elétrica → iniciando a contração INTRODUÇÃO AO ECG 3O coração produz e conduz seu próprio estímulo elétrico, fazendo com que as células musculares se contraiam durante a passagem desse estímulo 3Automatismo: propriedade cardíaca de gerar estímulos próprios. 3Condutibilidade: propriedade das células cardíacas de conduzirem estímulos elétricos recebidos ELETROCARDIOGRAMA E SUAS IMPLICAÇOES PARA A ENFERMEIRA (O) SISTEMA DE CONDUÇÃO ELÉTRICO Nó sinoatrial ( NS-A ); Vias internodais; Nó atrioventricular ( A-V ); Feixe A-V e Fibras de Purkinje. No estado normal é NSA que determina a freqüência dos batimentos cardíacos. NSA marca-passo SISTEMA DE CONDUÇÃO ELÉTRICO PRINCÍPIOS BÁSICOS O traçado do registro da atividade elétrica do coração ondas: P = despolarização dos átrios Complexo QRS = despolarização dos ventrículos T = repolarização dos ventrículos Despolarização Atrial Despolarização Nó AV Despolarização Ventricular Despolarização Ventricular Repolarização ventricular PRINCÍPIOS BÁSICOS PR = 0,20 / QRS = 0,12 IMPORTANTE!!! IMPORTANTE ! Papel milimetrado / termossensível • Padronização do ECG é de 10 mm : 10 quadrados pequenos iguais a 1 milivolt • A velocidade de registro do papel é de 25mm por segundo • 1 quadrado pequeno = 1 mm = 0,04 seg • 1 quadrado grande = 5 mm = 0,20 seg PRINCÍPIOS BÁSICOS 1 mm = 0,04 seg 5 = 0,2 seg PRINCÍPIOS BÁSICOS É realizado por meio do eletrocardiógrafo (Galvanômetro); Mede pequenas intensidades de corrente recolhidas a partir de eletrodos cutâneos. RITMO • Determine a distância entre um QRS e outro, e daí deduza se ele é rítmico ou arrítmico • É sinusal? PRESENÇA DE ONDA “P”. • Normalmente é rítmico e com FC entre 60 - 100 bpm DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA Freqüência? * Para calcular a FC, deve-se primeiro escolher uma onda R que coincida com uma linha mais escura do papel milimetrado. * Depois conte: “300, 150, 100, 75, 60” para cada linha escura que se segue, denominando cada uma. Método de Sequência • Memorizar os números; • Frequência atrial: encontre uma onda P cujo pico esteja em uma linha grossa e atribua os números às seis linhas grossas subsequentes : 300, 150, 100, 75, 60 e 50; • A seguir, encontre o pico da próxima onda P e calcule a frequência atrial, com base no número atribuído à linha preta grossa mais próxima; • Calcule a frequência ventricular da mesma forma, utilizando a onda R. FREQUÊNCIA CARDÍACA Lembre dos números mágicos: 300 – 150 – 100 – 75 – 60 – 50. Eles representam a FC para o Nº de quadrados grandes 300 150 100 75 60 50 DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA Freqüência? DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA Freqüência? DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA Freqüência? FC = 60 bpm DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA Freqüência? FC=75 bpm DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA Uma freqüência inferior a 60 bpm (com ritmo normal) se denomina Bradicardia sinusal. Ritmo regular- Método de 1.500 • Denominado assim porque 1500 quadrados pequenos representam 1 minuto; • Conte quadrados pequenos entre pontos idênticos em duas ondas P consecutivas ; • Depois divida 1500 por esse número para obter a frequência atrial; • Para obter a frequência ventricular, utilize o mesmo método com duas ondas R consecutivas. FREQUÊNCIA CARDÍACA • Conte o Nº de quadrados pequenos entre 2 QRS e divida 1.500 por este número. • É o método mais preciso e utilizado. 1500 / 28 = 54 bat/min. SINUSAL FC = 1500 / 20 = 75 BPM BRADI SINUSAL FC= 1500 / 30 = 50 BPM IMPORTANTE GEL ÁLCOOL LIMPEZA DO EQUIPAMENTO MEDIDA Eletrodo Dados de identificação - nome, data, hora, sexo, idade e medicação. Determinação do ritmo - sinusal (presença de onda P). Determinação da frequência – normal : 60 a 100 (divide 1.500 pelo No. de quadradinhos encontrado entre 2 ondas R). 3.1. O TRAÇADO ELETROCARDIOGRÁFICO NORMAL ELETROCARDIOGRAMA E SUAS IMPLICAÇOES PARA A ENFERMEIRA (O) ELETROCARDIOGRAMA - ECG Derivações precordiais V1 V2 V3 V4 V5 V6 PRINCÍPIOS BÁSICOS O ECG compõe de 12 derivações, sendo 6 precordiais e 6 periféricas. ELETROCARDIOGRAMA - ECG CUIDADOS NA REALIZAÇÃO DO ELETROCARDIOGRAMA: Preparo da pele: • É conveniente limpar, com álcool o local da aplicação dos eletrodos • Após a limpeza da pele, recomenda-se a aplicação de, aproximadamente, 1 cm de gel apropriado • Realizar tricotomia local se necessário •Manter o cliente livre de contato com áreas de metal (maca, chaves, moedas, etc) • Orientar quanto ao relaxamento e ausência de movimentos • Manter o fio terra conectado a um dispositivo metálico se necessário DISPOSIÇÃO DOS ELETRODOS: • 4 eletrodos: um em cada punho, um em cada tornozelo: • Punho direito recebe o nome de R (right) • O punho esquerdo de L (left) • O eletrodo do tornozelo esquerdo de F (foot) • O eletrodo do tornozelo direito é ligado ao fio terra • 6 Eletrodos precordiais – V1, V2, V3, V4, V5 e V6 ou 1 eletrodo móvel que deve ser deslocado entre V1 e V6 Localização das derivações precordiais: V1 - 4º Espaço Intercostal Direito, borda direita do esterno (paraesternal) V2 - 4º EIE, borda esquerda do esterno (paraesternal) V3 - Entre V2 e V4 V4 - 5º EIE, linha hemiclavicular V5 - 5º EIE, linha axiliar anterior V6 - 5º EIE, linha axilar média ELETROCARDIOGRAMA E SUAS IMPLICAÇOES PARA A ENFERMEIRA (O) ELETROCARDIOGRAMA - ECG ELETROCARDIOGRAMA - ECG DERIVAÇÕES PERIFÉRICAS •Derivação I – capta a diferença de potencial entre os braços direito e esquerdo. •Derivação II – Capta a diferença de potencial entre os eletrodos do braço direito e perna esquerda. • Derivação III – Capta a diferença do braço esquerdo e perna esquerda. •AVR – Braço direito + (aumento da voltagem do braço direito) • AVL – Braço esquerdo + (aumento da voltagem do braço esquerdo) • AVF – Perna esquerda + (aumento da voltagem da perna esquerda. •A perna direita serve apenas como “terra”. Cada uma destas três derivações capta a diferença de potencial entre os eletrodos dos braços e da perna ELETROCARDIOGRAMA – ECG Eletrocardiograma •O ECG é impresso em fita de papel milimetrado ou em monitor de vídeo. EIXO CARDÍACO = média da direção de propagação da despolarizacão quando observada pela frente. Normal do coração = está em ângulo reto 90o nas derivações em que R e S são do mesmo tamanho. DI – definida como olhar do coração apartir de O DII – apartir de 60o AVF – de 90o DIII- de 120o As derivações AVL e AVR olham o coração de -30o a -150o O Eixo cardíaco normal = -30o a +90o. ELETROCARDIOGRAMA E SUAS IMPLICAÇOES PARA A ENFERMEIRA (O) ELETROCARDIOGRAMA - ECG No eixo horizontal, marca-se o tempo. Como o registro é realizado em uma velocidade de 25 mm/seg , cada quadradinho equivale a 0,04seg. Portanto 5 quadradinhos (1 quadrado maior) equivalem a 0,20 s. No eixo vertical, marca-se a voltagem. Cada quadradinho equivale a 0,1 mVolt. Portanto 10 quadradinhos equivalem a 1 mVolt. HORIZONTAL V E R T I C A L ELETROCARDIOGRAMA E SUAS IMPLICAÇOES PARA A ENFERMEIRA (O) ELETROCARDIOGRAMA - ECG AVALIAÇÃO DE CADA DERIVAÇÃO AVR = AD AVL / D 1 /D 2 = Superfície lateral esquerda D3 / AVF = Superfície inferior V1 + V2 = VD V3 + V4 = Septo interventricular V5 + V6 = Parede anterior e lateral do VE. ELETROCARDIOGRAMA E SUAS IMPLICAÇOES PARA A ENFERMEIRA (O) ELETROCARDIOGRAMA - ECG AVF AVR AVL DI DIII DII DIII DII AVF DI -180O +180O 0O AVR AVL -90O +90O +120O +60 O +30O -30O -60O -120O -150O +150O ELETROCARDIOGRAMA E SUAS IMPLICAÇOES PARA A ENFERMEIRA (O) ELETROCARDIOGRAMA - ECG INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Monitorização hemodinâmica Jejum Realização de procedimentos: punção venosa, tricotomia, coleta sanguínea Verificação dos dispositivos a serem utilizados Atentar para causas primárias Monitorização e ECG Monitorização Cardíaca Registrar a atividade elétrica do coração Detectar possíveis arritmias Material: monitor cardíaco completo; 3 ou 5 eletrodos Preparar a pele: tricotomia se necessário + remoção da oleosidade da pele (álcool) Fixar os eletrodos – conforme orientação dos cabos Ligar o monitor Manter em DII – preferencialmente Ajustar a amplitude Ajustar alarmes: nível sonoro, parâmetros. Eletrodos devem ser trocados diariamente Monitorização é contínua e ininterrupta: Não RETIRÁ-LA!!! “Não dá choque!!!!” Manter paciente monitorizado durante o banho Verificar se monitor bem fixado na parede - Evitar acidentes Realizar troca de eletrodos diariamente; Permite avaliar: Ritmo cardíaco PA spO2 PVC
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