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NÁUSEAS E VÔMITOS PROTOCOLO FEBRASGO 2021

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DIRETORIA DA FEBRASGO
2020 / 2023
Marta Franco Finotti
Vice-Presidente
Região Centro-Oeste
Carlos Augusto Pires C. Lino
Vice-Presidente
Região Nordeste
Ricardo de Almeida Quintairos
Vice-Presidente
Região Norte
Marcelo Zugaib
Vice-Presidente
Região Sudeste
Almir Antônio Urbanetz
Vice-Presidente
Região Sul
Agnaldo Lopes da Silva Filho
Presidente
Sérgio Podgaec
Diretor Administrativo
César Eduardo Fernandes
Diretor Científi co
Olímpio B. de Moraes Filho
Diretor Financeiro
Maria Celeste Osório Wender
Diretora de Defesa e Valorização 
Profi ssional
Imagem de capa e miolo: passion artist/Shutterstock.com
COMISSÃO NACIONAL ESPECIALIZADA 
EM ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL - 2020 / 2023
Presidente
Fernanda Garanhani de Castro Surita
Vice-Presidente
Lilian de Paiva Rodrigues Hsu
Secretária
Adriana Gomes Luz
Membros
Edson Gomes Tristão
Eliana Martorano Amaral
Eugenia Glaucy Moura Ferreira
Francisco Herlanio Costa Carvalho
Joeline Maria Cleto Cerqueira
José Meirelles Filho
Luciana Silva dos Anjos França
Marianna Facchinetti Brock
Mary Uchiyama Nakamura
Patricia Gonçalves Teixeira
Renato Ajeje
Sérgio Hecker Luz
2021 - Edição revista e atualizada | 2018 - Edição anterior
Náuseas e vômitos na gravidez
Descritores
Hiperêmese gravídica; Náuseas e vômitos; Gravidez; Distúrbios hidroeletrolíticos; Distúrbios 
metabólicos
Como citar? 
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Náuseas e 
vômitos na gravidez. São Paulo: FEBRASGO; 2021. (Protocolo Febrasgo-Obstetrícia, n. 32/
Comissão Nacional Especializada em Assistência Pré-Natal). 
Introdução
A hiperêmese gravídica (HG) é uma forma grave de náuseas e vômi-
tos na gravidez que afeta de 0,3% a 3% das gestações, dependendo de 
diferentes critérios de diagnóstico e variação étnica nas populações 
estudadas, constituindo-se em uma das indicações mais comuns de 
hospitalização durante a gravidez.(1) É uma das intercorrências mais 
comuns da gestação, também conhecida como vômito incoercível 
ou vômito pernicioso, sendo um quadro grave de vômitos prove-
niente da complicação da êmese gravídica habitual, podendo levar a 
distúrbios hidroeletrolíticos, alterações nutricionais e metabólicas, 
com risco para a vida materna e a fetal.(2)
É um diagnóstico clínico de exclusão baseado na presença de 
vômitos persistentes e na ausência de outras doenças,(3) associa-
do à fome importante, geralmente com grande cetonúria e alguma 
perda de pelo menos 5% do peso pré-gestacional.(4) Anormalidades 
* Este protocolo foi elaborado pela Comissão Nacional Especializada em Assistência Pré-Natal 
e validado pela Diretoria Científi ca como Documento Ofi cial da Febrasgo. Protocolo Febrasgo de 
Obstetrícia, n. 32. Acesse: https://www.febrasgo.org.br/
Todos os direitos reservados. Publicação da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e 
Obstetrícia (Febrasgo). 
4 Protocolos Febrasgo | Nº32 | 2021
eletrolíticas, tireoidianas e hepáticas podem estar presentes. A pre-
valência de náuseas e de vômitos na gestação é calculada em torno 
de 85%. Em 25% dos casos, observa-se exclusivamente o quadro de 
náusea matinal (morning sickness). 
A evolução do quadro de náuseas e vômitos na gravidez (NVGs) 
com necessidade de tratamento farmacológico situa-se em cerca de 
10% das gestações.(5) A mortalidade materna por náuseas e vômitos 
é excepcional, sendo inferior a 1/10 mil nascimentos no Brasil e em 
todo o mundo desenvolvido.(5) Mulheres que apresentam o quadro 
de NVG podem manifestar recorrências em gestações futuras, sen-
do preocupante o achado de recentes estudos que mostram a pos-
sibilidade de persistência posterior de disfunções emocionais em 
mulheres que apresentaram as formas mais graves de hiperêmese 
gravídica.(6)
Etiologia
O aparecimento da gonadotro� na coriônica e o aumento do estro-
gênio e da progesterona durante a gravidez apresentam potenciali-
dades diretas ou indiretas para causar náuseas, sendo as principais 
justi� cativas nesse sentido,(7) embora a literatura ainda considere ser 
uma doença pouco compreendida, com múltiplos órgãos envolvi-
dos, entre os quais se encontram a tireoide e o � gado.(8) NVGs são 
mais frequentes e graves entre gestantes que apresentam situações 
com aumento das concentrações de hCG, a exemplo da gestação 
múltipla e da doença trofoblástica gestacional. 
Por causa da estreita relação temporal entre o pico de concentra-
ções de hCG e o pico dos sintomas de NVG, hCG foi considerado um 
provável candidato ao estímulo emetogênico. NVGs ainda são mais 
comuns quando os níveis de estradiol estão aumentados e menos 
comum quando os níveis de estradiol estão baixos,(9,10) e a pílula con-
5
CNE em Assistência Pré-Natal
Protocolos Febrasgo | Nº32 | 2021
traceptiva induz náuseas e vômitos de maneira proporcional à sua 
dosagem de estrogênio.(11,12)
Em adendo, o tabagismo está associado a níveis mais bai-
xos de hCG e estradiol,(13) e vários estudos têm mostrado que as 
fumantes são menos propensas a ter HG. Além disso, gestantes 
com fetos do sexo feminino e gestantes com fetos portadores da 
síndrome de Down tiveram mais NVGs que as demais gestantes.
(14) Nas duas últimas décadas, vários autores têm demonstrado pa-
drões mais elevados de infecção por Helicobacter pylori (HP) em 
mulheres com NVG. Foi observado que 95% dos exames histológi-
cos das mucosas das gestantes com NVGs são positivos para esse 
agente versus 50% do grupo controle.(7,15) As taxas mais elevadas 
de recorrência dessa complicação em sucessivas gestações refor-
çam a teoria genética.(16)
Fisiopatologia
Toxinas, proteínas estranhas, re� exos originados no útero aumen-
tado ou em órgãos digestivos, alterações hormonais, especialmente 
gonadotro� nas, neuroses e causas psicossomáticas ativam a área do 
centro do vômito, sobretudo por responder às mais variadas aferên-
cias.(17) Em 1987, Jarnfelt-Samsioe descreveu a teoria da pouca reserva 
hepática em metabolizar todos esses acréscimos hormonais decor-
rentes da gravidez.(18) Especialistas continuam a debater se as alte-
rações psicológicas são fatores predisponentes ou uma complicação 
da HG. A questão de saber se certos tipos de personalidade ou distúr-
bios psicológicos especí� cos predispõem alguém à HG foi levantada 
na literatura por muitos anos. Pequenos ensaios de caso-controle ob-
servaram que HG recorrente não se associa com qualquer condição 
psiquiátrica subjacente quando comparada com mulheres grávidas 
sem NVGs.(19,20) Uma revisão das teorias psicológicas propostas para 
6
Náuseas e vômitos na gravidez
Protocolos Febrasgo | Nº32 | 2021
explicar sua etiologia concluiu que é questionável a evidência de que 
NVGs são causadas por distúrbio psicológico ou resposta anormal ao 
estresse.(21)
Anamnese
A presença de náuseas leva à redução do aporte alimentar e da in-
gesta de água, com efeitos negativos sobre a gravidez. Nos casos 
mais graves, pode informar perda de peso e diminuição do volume 
urinário. Deve-se avaliar antecedentes familiares (principalmente 
mães e irmãs) e pessoais acerca do mesmo problema, correlacioná-
-los com sangramento vaginal e cogitar sempre doença trofoblásti-
ca gestacional.(22,23)
Fatores de risco
Mulheres com massa placentária aumentada (gestação molar ou 
múltipla), história familiar de HG, história pessoal de náuseas, en-
xaqueca ou HG em gestação anterior têm mais risco de desenvolver 
HG.(12) Um estudo descobriu que aproximadamente dois terços das 
mulheres que descreveram seus vômitos como graves em uma gra-
videz tiveram sintomas semelhantes na gravidez seguinte e metade 
daquelas que descreveram seus sintomas como leves descobriu que 
os sintomas pioraram na gestação seguinte.(24) Filhas e irmãs de mu-
lheres que tiveram HG são mais propensas a ter o mesmo problema, 
assim como mulheres grávidas de fetos femininos.(25)
Exame físico
Nos casos de média ou maior intensidade, o exame � sico pode iden-
ti� car sinais de desidratação e redução do peso. Além disso, esses 
distúrbios metabólicos são fatoresque interferem negativamente 
sobre o neurodesenvolvimento embrionário e o fetal.(23)
7
CNE em Assistência Pré-Natal
Protocolos Febrasgo | Nº32 | 2021
Exames laboratoriais
Sugere-se avaliar inicialmente hemograma, sódio e potássio, soro-
logias (teste para sí� lis, HIV, toxoplasmose, rubéola e hepatites A, B 
e C), testes de função renal, testes de função hepática, amilase, TSH 
e T4 livre, sumário de urina e urocultura.(26) A utrassonogra� a está 
indicada para descartar casos de doença trofoblástica e identi� car 
gestação gemelar, situações em que as NVGs são mais frequentes. 
Pesquisa de HP, via endoscopia digestiva alta, comprova esse fato.
(27,28) Dentre os vários escores propostos na literatura, sobressai o 
Pregnancy Unique Quanti� cation of Emesis (PUQE).(29)
Quadro 1. Determinação da gravidade da NVG 
1. Por quanto tempo se sentiu nauseada nas últimas 24 horas?
Nunca (1) – Até 4 horas (2) – Até 8 horas (3) – Até 12 horas (4) – Mais de 12 horas (5)
2. Quantos episódios de vômitos apresentou nas últimas 24 horas?
Nunca (1) – Até 4 horas (2) – Até 8 horas (3) – Até 12 horas (4) – Mais de 12 horas (5)
3. Em quantos momentos observou intensa salivação e esforço de vômito nas últimas 24 horas?
Nunca (1) – Até 4 horas (2) – Até 8 horas (3) – Até 12 horas (4) – Mais de 12 horas (5)
Classifi cação – Pontuação ≤ 6: forma leve; entre 7 e 11: forma moderada; ≥ 12: forma grave.
Escore de PUQE (Pregnancy Unique Quantifi cation of Emesis)
Fonte: Adaptada de Koren G, Piwko C, Ahn E, Boskovic R, Maltepe C, Einarson A, et al. Validation 
studies of the Pregnancy Unique-Quantifi cation of Emesis (PUQE) scores. J Obstet Gynaecol. 
2005;25(3):241-4.(29)
Diagnósticos diferenciais 
O momento do início das náuseas e vômitos é importante. Iniciam-
se antes da nona semana de gestação em praticamente todas as mu-
lheres. Quando uma paciente os apresenta pela primeira vez após 
nove semanas de gestação, outras condições devem ser cuidadosa-
mente consideradas no diagnóstico diferencial, como colelitíase ou 
gastroparesia diabética. Febre e dor de cabeça, bem como alterações 
neurológicas, não estão presentes na HG. Apesar de o hipertireoidis-
mo bioquímico poder ser visto na HG, não se observa bócio palpável. 
8
Náuseas e vômitos na gravidez
Protocolos Febrasgo | Nº32 | 2021
Se houver bócio, deve-se suspeitar de doença tireoidiana primária. 
Hipertiroidismo bioquímico ou tireotoxicose gestacional transitória 
são caracterizados por T4 livre elevado e TSH suprimido, sendo ge-
ralmente limitado à primeira metade da gravidez e não sendo reco-
mendado uso de medicamentos antitireoidianos.(30)
Assim, os diagnósticos diferenciais incluem:
(Reproduzido de Goodwin TM. Hyperemesis gravidarum. Obstet Gynecol Clin North Am 2008; 
35: 401–17, viii, com permissão da Elsevier)(31)
Condições gastrointestinais
• Gastroenterite
• Gastroparesia
• Acalasia
• Doença do trato biliar
• Hepatite
• Obstrução intestinal
• Úlcera péptica
• Pancreatite
• Apendicite
Condições do trato geniturinário
• Pielonefrite
• Uremia
• Torção ovariana
• Calculose renal
• Leiomioma uterino em degeneração
Condições metabólicas
• Cetoacidose diabética
• Por� ria
9
CNE em Assistência Pré-Natal
Protocolos Febrasgo | Nº32 | 2021
• Doença de Addison
• Hipertireoidismo
• Hiperparatireoidismo
Desordens neurológicas
• Pseudotumor cerebral
• Lesões vestibulares
• Enxaqueca
• Tumores do sistema nervoso central
• Hipo� site linfocítica
Condições diversas
• Toxicidade ou intolerância a medicamentos
• Condições psicológicas
Condições relacionadas à gravidez
• Esteatose hepática aguda da gravidez
• Pré-eclâmpsia
Tratamento
O tratamento de NVGs deve começar com prevenção. Dois estudos 
descobriram que mulheres que estavam tomando um polivitamíni-
co no momento da fecundação eram menos propensas a precisar de 
atenção médica para NVGs.(32,33) Embora a base biológica dessa obser-
vação não seja clara, os autores especulam que isso pode ter ocorrido 
por otimização generalizada do estado nutricional ou porque o au-
mento dos níveis de vitamina B6 (piridoxina) pode reduzir o vômito 
em algumas mulheres.(32,33)
Há poucas evidências publicadas sobre a eficácia das mu-
danças dietéticas para prevenir ou tratar NVGs. São recomenda-
10
Náuseas e vômitos na gravidez
Protocolos Febrasgo | Nº32 | 2021
das refeições frequentes (cada uma a duas horas) e em pequenas 
quantidades.(34) Deve-se evitar alimentos picantes ou gordurosos 
e comer alimentos secos ou suaves, lanches ricos em proteínas 
ou biscoitos pela manhã antes de se levantar.(35) Um pequeno es-
tudo mostrou que refeições de proteína eram mais propensas a 
aliviar NVGs do que carboidratos ou refeições gordurosas.(36) A 
percepção da mulher sobre a gravidade de seus sintomas e seu 
desejo de tratamento influenciam a tomada de decisão clínica. 
Recomendações para aliviar os sinais iniciais de NVGs incluem 
repouso e evitar estímulos sensoriais, como odores, calor, umi-
dade, ruído ou estímulos luminosos que podem provocar sinto-
mas. As possibilidades de tratamento para mulheres portadoras 
de NVG podem ser divididas em farmacológicas e não farmaco-
lógicas, dependendo da forma que se classifica a intensidade do 
quadro.(37)
Não farmacológicas
A associação de apoio psicoemocional, medidas alimentares e 
mudanças nutricionais e terapias não convencionais ou comple-
mentares beneficia melhor as gestantes que se situam como for-
ma leve (< 6) na classificação de PUQE. Acupressão, aromaterapia 
e acupuntura, hidroginástica e outras atividades físicas de baixo 
impacto articular, uso de vitaminas como piridoxina (vitamina 
B6) na dose de 25 mg, a cada oito horas, podem ajudar.(38) O pon-
to clássico de acupuntura preconizado para as náuseas é o ponto 
PC6 (pericárdio 6), a duas polegadas proximais à prega distal do 
punho, entre os tendões do músculo palmar longo e do flexor ra-
dial do carpo. A própria gestante poderá pressionar esse ponto até 
melhorar. As hortaliças brássicas ou crucíferas (repolho, brócolis, 
couve-manteiga), por terem efeito redutor de colonização por H. 
11
CNE em Assistência Pré-Natal
Protocolos Febrasgo | Nº32 | 2021
pylori,(39) além de ser hepatoprotetoras,(40) podem ser adjuvantes 
no controle dos sintomas. 
Farmacológicas
• Ondansetrona – todos os estudos comparativos entre os an-
tieméticos mostram superioridade de ação da ondansetrona em 
relação aos demais grupos farmacológicos, com baixa incidên-
cia de efeitos colaterais, sendo o principal � ush facial.(41,42) Dois 
estudos recentes abordam o tema e têm sido citados. Um de 
coorte retrospectivo analisou mais de 88 mil mulheres em uso 
de ondansetrona no primeiro trimestre, comparando-as com 
mais de 1.700.000 que não a usaram,(43) e outro de caso-con-
trole, com mais de 864 mil casais de mães e � lhos. no primei-
ro estudo, os resultados apontaram três casos com defeitos 
orofaciais para cada 10 mil em mulheres expostas, sem ter 
observado malformações cardíacas. No segundo, houve mais 
risco de malformações, mas não se veri� cou risco de defeitos 
orofaciais. Em nota técnica da FEBRASGO de 2019, não se con-
sideram seus resultados como de� nidores de conduta e acon-
selha-se prestar esclarecimento a gestantes sobre o baixo risco 
de malformações, reservando seu uso para quando medidas de 
apoio e dietéticas associadas a outros fármacos não tiverem su-
cesso.(44) Embora tenha havido um pequeno aumento no risco 
de defeitos cardíacos em dois estudos (or: 2,0; ic de 95%; 1,3-
3,1; or: 1,62; 95%ic: 1,04-2,14), não ocorreu aumento na taxa 
geral de malformações nos pacientes expostos a ondansetro-
na.(45) Medicaid foi um trabalho que avaliou a exposição a on-
dansetrona no primeiro trimestre, mostrando que não houve 
associação com malformações cardíacas nem malformações, 
porém ocorreu associação de pequeno risco aumentado de 
12
Náuseas e vômitos na gravidez
Protocolos Febrasgo | Nº32 | 2021
� ssuras orais.(43) Em 2019, o mesmo grupo de autores publicou 
uma nova comunicaçãotendo concluído que ondansetrona 
administrada por via intravenosa não se associou a aumento 
no risco de malformações cardíacas, � ssuras orais nem malfor-
mações congênitas em geral. a estimativa para � ssuras orais 
foi menor para ondansetrona intravenosa em comparação com 
ondansetrona oral (rr: 1,24 [ic95%: 1,03-1,48]).(46) em outra co-
municação de junho de 2020, ao reavaliar os dados, concluiu 
que a ondansetrona não é um teratógeno importante e con-
trapõe-se à orientação prévia da agência espanhola de medi-
camentos e produtos sanitários (aemps), que contraindicou 
ondansetrona no início da gravidez.(47)
• Metoclopramida/clorpromazina – Vários antagonistas da do-
pamina foram descritos na literatura médica para tratar náuseas 
e vômitos da gravidez, como metoclopramida e vários medica-
mentos de fenotiazina (prometazina, proclorperazina ou clor-
promazina). Esses medicamentos podem ser administrados por 
via oral, retal, intramuscular ou intravenosa. O alívio da náusea 
e vômito foi demonstrado em grandes grupos de pacientes.(48)
Um teste clínico, randomizado e duplo-cego de prometazina in-
travenosa versus metoclopramida em mulheres com hiperêmese 
gravídica mostrou que ambos os medicamentos tiveram e� cácia 
semelhante na redução de náuseas e sintomas de vômito em 24 
horas, mas as taxas de sonolência, tontura e distonia foram me-
nores com metoclopramida.(49) Efeitos adversos desses medica-
mentos incluem boca seca, sonolência, distonia e sedação, mas 
embora fenotiazinas tenham sido identi� cadas como possíveis 
causas de malformações congênitas em um estudo,(50) o conjun-
to de estudos atesta sua segurança.(48) O uso de metoclopramida 
13
CNE em Assistência Pré-Natal
Protocolos Febrasgo | Nº32 | 2021
durante a gravidez não demonstrou aumento do risco de mal-
formações congênitas.
• Anti-histamínicos (dimenidrinato, meclizina, prometa-
zina) – Os anti-histamínicos têm se mostrado eficazes e são 
frequentemente usados. Sua eficácia na redução de náuseas 
e vômitos da gravidez foi demonstrada em uma metanálise 
de vários anti-histamínicos.(48) Além disso, a maioria dos es-
tudos não mostrou associação de exposição pré-natal a anti-
-histamínicos com eventos teratogênicos.(2) Efeitos adversos 
comuns incluem sedação, boca seca, tontura e prisão de ven-
tre. Promovem eficiente efeito antiemético nas formas mo-
deradas de NVG. Têm como efeito colateral mais evidente a 
sonolência.(42,51)
Nas formas leves das náuseas e dos vômitos da gestante (≤ 6 do 
escore de PUQE), as medidas não farmacológicas e farmacológicas 
por via oral apresentam bons resultados e o tratamento deve ser am-
bulatorial.(51) Nas formas moderadas e graves do quadro de NVG (> 6 
do escore de PUQE), a gestante deve ser abordada de maneira multi-
disciplinar em ambiente hospitalar.
Recomendações fi nais
Internação
É necessário tanto para o tratamento como para retirar a paciente do 
ambiente de estresse:(30,51)
• Controle de peso e de diurese diário;
• Correção de distúrbios hidroeletrolíticos;
• Evitar suplementação de derivados de ferro, pois aumentam os 
sintomas;
• Apoio psicológico, em especial da família e, se necessário, recor-
rer à psicoterapia.
14
Náuseas e vômitos na gravidez
Protocolos Febrasgo | Nº32 | 2021
Alimentação
• Jejum por 24 a 48 horas ou até a estabilização do quadro, retor-
nando progressivamente à dieta líquida e, em seguida, a alimen-
tos sólidos. Dar preferência a alimentos pobres em lipídios e 
ricos em carboidratos, em pequenas porções e pequenos inter-
valos (de três em três horas).(30,51) 
Hidratação venosa e reposição iônica
• Após avaliar o grau de desidratação e desnutrição, as perdas 
eméticas e o volume urinário, deve-se, então, programar reposi-
ção pertinente. A reposição deve ser feita preferencialmente por 
solução glico� siológica. O ideal é a reposição de 2.000 a 4.000 
ml em 24 horas, não devendo exceder 6.000 ml/24 horas. 
• Medicamentos – recomenda-se a dose de 8 mg de ondansetrona, 
por via venosa, a cada seis horas, nos casos moderados a graves. 
O antiemético de segunda escolha nesse quadro será metoclo-
pramida na dose de 10 mg, via venosa, a cada seis horas. Em ca-
sos complexos e de di� cil controle, a paciente pode necessitar de 
alimentação parenteral. Os casos de comprometimento neuro-
lógico grave (como psicose de Wernicke) devem ser medicados 
com doses altas de corticoides, além de outras medidas de con-
trole metabólico.(30,51)
Sumário de recomendações baseadas 
em evidências científi cas:(45)
Recomendações baseadas em evidências 
científi cas boas e consistentes (nível A)
• Tratamento de náuseas e vômitos durante a gravidez com vita-
mina B6 (piridoxina) sozinha ou vitamina B6 associada à doxila-
15
CNE em Assistência Pré-Natal
Protocolos Febrasgo | Nº32 | 2021
mina é seguro e e� caz e deve ser considerado de primeira linha 
na farmacoterapia.
• A gestão adequada de casos maternos anormais com testes de 
tireoide atribuíveis à tireotoxicose transitória gestacional ou 
à hiperêmese gravídica, ou a ambas, inclui terapia de suporte. 
Medicamentos antitireoidianos não são recomendados.
Recomendações baseadas em evidências 
científi cas inconsistentes (nível B) 
• Tratamento de náuseas e vômitos durante a gravidez com 
gengibre mostrou alguns efeitos benéficos ao reduzir sinto-
mas de náuseas e podendo ser considerado uma opção não 
farmacológica.
• O tratamento com metilprednisolona, de náuseas e vômitos gra-
ves durante a gravidez ou hiperêmese gravídica pode ser e� caz 
em casos refratários. No entanto, o per� l de risco da metilpred-
nisolona sugere que deve ser um tratamento de último recurso.
Recomendações baseadas principalmente sobre 
consensos e opiniões de especialistas (nível C)
• Tratamento precoce de náuseas e vômitos durante a gravidez 
pode ser bené� co para prevenir a progressão para HG.
• Hidratação intravenosa deve ser usada para o paciente que não 
tolera líquidos orais por um período prolongado ou se houver 
sinais clínicos de desidratação. A correção da cetose e da de� ci-
ência de vitaminas deve ser fortemente considerada. Dextrose 
e vitaminas devem ser incluídas na terapia quando os vômitos 
prolongados estivem presentes. Tiamina deve ser administra-
da antes da infusão de dextrose para prevenir encefalopatia de 
Wernicke.
16
Náuseas e vômitos na gravidez
Protocolos Febrasgo | Nº32 | 2021
• Alimentação por sonda enteral (nasogástrica ou nasoduodenal) 
deve ser iniciada como tratamento de primeira linha para forne-
cer suporte nutricional a mulheres com HG que não respondem 
à terapia nem conseguem manter o peso.
• Cateteres centrais inseridos perifericamente não devem ser usa-
dos rotineiramente em mulheres com HG, dadas as complica-
ções signi� cativas associadas a essa intervenção. A inserção de 
cateteres centrais deve ser utilizada apenas como último recurso 
no manejo de mulheres com HG por causa do potencial de mor-
bidade materna grave.
Referências 
1. Boelig RC, Barton SJ, Saccone G, Kelly AJ, Edwards SJ, Berghella V. Interventions 
for treating hyperemesis gravidarum. Cochrane Database Syst Rev. 2016 
May;11(5):CD010607.
2. Bustos M, Venkataramanan R, Caritis S. Nausea and vomiting of pregnancy - 
What’s new? Auton Neurosci. 2017;202:62-72.
3. Gadsby R, Barnie-Adshead AM, Jagger C. Pregnancy nausea related to women’s 
obstetric and personal histories. Gynecol Obstet Invest. 1997;43(2):108-11. 
4. Goodwin TM, Montoro M, Mestman JH, Pekary AE, Hershman JM. The role of 
chorionic gonadotropin in transient hyperthyroidism of hyperemesis gravidarum. 
J Clin Endocrinol Met ab. 1992;75(5):1333-7.
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