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Raquel Bueno 73 A Edema pulmonar, Tromboembolismo, Infarto Pulmonar, Hipertensão pulmonar Patologia Médica I Sistema respiratório: normalidade https://images.app.goo.gl/THWxXbLa4hbw4G779 • Brônquio direito é mais largo, curto e verticalizado → maior chance de aspiração de material estranho • Suprimento arterial duplo: Artérias pulmonares Artérias brônquicas Fator de proteção contra isquemia! • Árvore brônquica: Traqueia Brônquios principais (D e E) Bronquíolos terminais Bronquíolos respiratórios Ductos/sacos alveolares https://images.app.goo.gl/ec5qQ5vhGyyUTpTN6 • Brônquios apresentam cartilagem e glândulas submucosas; bronquíolos NÃO! https://images.app.goo.gl/FXBwUX2QV9mzRY616 Imagem: aula FCMMG • Brônquios são revestidos por epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com glândulas subepiteliais abundantes https://images.app.goo.gl/2JKrJaG82c2xMv6G9 https://images.app.goo.gl/RCtZXdEZqq1BxTaC9 https://images.app.goo.gl/FXBwUX2QV9mzRY616 https://images.app.goo.gl/2JKrJaG82c2xMv6G9 • Septo alveolar: Parede constituída por: endotélio capilar, interstício, epitélio alveolar (com os pneumócitos) e macrófagos alveolares Pneumócito tipo I: 95% Pneumócito tipo II: fonte de surfactante; reparo do epitélio alveolar Edema pulmonar • Edema pulmonar: acúmulo patológico de líquido no espaço extravascular pulmonar (interstício e interior dos alvéolos) • Pode resultar de: Distúrbios hemodinâmicos (cardiogênicos) Aumento da permeabilidade vascular (não cardiogênicos) Edema pulmonar cardiogênico/hemodinâmico • Ocorre em razão do aumento da pressão hidrostática (ocorre mais comumente na ICC esquerda) • Mecanismo mais comum para o desenvolvimento do edema pulmonar • Condições relacionadas: IAM, IC descompensada, estenose mitral, insuficiência mitral, estenose aórtica, hipertrofia do VE, arritmias... • Macroscopia: pulmões encharcados com aumento do peso; acúmulo na base • Microscopia: capilares alveolares ficam túrgidos; transudato intra-alveolar (material rosa-pálido granular); micro hemorragias alveolares; macrófagos contendo hemossiderina (células da insuficiência cardíaca); pode haver fibrose e espessamento da parede alveolar • Quadro clínico: Tosse seca ou com expectoração rósea Taquidispneia Ortopneia: dispneia ao se deitar (líquido se espalha no pulmão) Tiragem intercostal Sinais de hipoxemia • Obs.: em alguns casos o edema cardiogênico por ser causado por diminuição da pressão oncótica como na hipoalbuminemia, na síndrome nefrótica, em doenças do fígado e na enteropatia perdedora de proteína Edema pulmonar não-cardiogênico • Causado por lesão microvascular • Lesão do septo alveolar • Aumento da permeabilidade • BAC (barreira alvéolo-capilar) lesada • Gera um exsudato inflamatório • Causas pulmonares (lesão direta): infecções, inalação de gases, aspiração de líquidos, radiação... • Causas extrapulmonares (lesão indireta): septicemia, queimaduras, drogas e substâncias químicas, choque, trauma... • Edema grave com extravasamento de componentes do plasma para a luz alveolar e fibrose intersticial de instalação rápida • Quando difuso: contribui para a SARA SARA (Síndrome da Angústia Respiratória Aguda) • Lesão pulmonar aguda (LPA) • Edema pulmonar não-cardiogênico • Início abrupto de hipoxemia significativa • Infiltrados pulmonares bilaterais na ausência de insuficiência cardíaca • SARA é uma manifestação da LPA grave ligada ao aumento da permeabilidade vascular pulmonar associada à inflamação • Manifestação histológica: dano alveolar difuso (DAD) Dano Alveolar Difuso (DAD) • Evolui em 3 fases: 1. Fase aguda/exsudativa: Pulmões congestos, de consistência borrachosa e coloração vinhosa Edema intersticial e intra-alveolar Membrana hialina (exsudato proteico revestindo internamente as paredes alveolares) Espessamento dos septos alveolares 4 a 7 dias 2. Fase proliferativa Hiperplasia de penumócitos tipo II para tentar reparar os septos 7 dias a 3 semanas Pulmão mais pesado com coloração vermelho-acinzentada e consistência mais firme Áreas de oclusão/dilatação dos espaços aéreos Tecido de granulação: colágeno jovem nos alvéolos 3. Fase fibrótica/resolução Fibrose dos septos alveolares 3 a 4 semanas Gera sequela (ao contrário do cardiogênico) • Patogenia: Iniciada com a lesão de pneumócitos e do endotélio pulmonar, resultando em um círculo vicioso de aumento de inflamação e danos pulmonares Aumento da permeabilidade vascular e destruição tecidual Quando há fibrose: doença crônica • Curso clínico: Dispneia e taquipneia Cianose e hipoxemia Insuficiência respiratória Tromboembolismo e Infarto Pulmonar Tromboembolia Pulmonar • Trombos que migram pela circulação venosa até chegar às artérias pulmonares • Êmbolos provenientes de: trombose venosa profunda dos membros inferiores; coração; cateter venoso central... • Tromboses de grandes vasos pulmonares são raras e se desenvolvem apenas na presença de hipertensão pulmonar, aterosclerose pulmonar e insuficiência cardíaca • Tríade de Virchow: lesão endotelial, fluxo sanguíneo anormal e hipercoagulabilidade favorecendo a trombose • Principais repercussões: Prejuízo da perfusão pulmonar Isquemia do parênquima pulmonar Aumento da pressão pulmonar Sobrecarga do coração direito (Cor pulmonale) Morte súbita • O infarto pulmonar ocorre em apenas 10% dos casos (dupla circulação!) • Grupo de risco: imobilização prolongada, cirurgia recente, trauma, neoplasias malignas, síndrome do anticorpo antifosfolipide (gera hipercoagulabilidade), trombofilias, pacientes acamados... • Embolia paradoxal: êmbolo sai do coração esquerdo e cai no pulmão; shunts e comunicações intercavitárias • Sintomas: dispneia, taquipneia, tosse, dor torácica, hipotensão arterial... • Pode gerar infarto pulmonar Infarto pulmonar • Necrose do parênquima pulmonar • Mais comum em lobos inferiores • É classicamente hemorrágico (dupla circulação) • Podem sofrer infecção secundária ou serem consequência de êmbolo séptico • Forma de cunha: ápice voltado para o vaso obstruído e base voltada para a pleura Hipertensão Pulmonar • Hipertensão pulmonar = pressão arterial pulmonar média maior ou igual a 25mmHg em repouso • Classificada em 5 grupos: 1. Hipertensão arterial pulmonar Doenças autoimunes 2. Hipertensão pulmonar secundária à insuficiência cardíaca esquerda Doença cardíaca congênita ou adquirida prévia 3. Hipertensão pulmonar originada de doença do parênquima pulmonar ou hipoxemia Doenças pulmonares obstrutivas crônicas ou intersticiais Apneia obstrutiva do sono 4. Hipertensão pulmonar tromboembólica crônica Tromboembolismo recorrente; redução da área funcional do leito vascular pulmonar 5. Hipertensão pulmonar de base multifatorial • Quando há menos vasos sanguíneos disponíveis a pressão aumenta • Morfologia: Hipertrofia da camada média das artérias pulmonares elásticas e musculares Aterosclerose arterial pulmonar Hipertrofia do VD Arteríolas e artérias pequenas: hipertrofia da média e fibrose da íntima Lesão plexiforme: tufo de formações capilares; ocupa a luz das pequenas artérias B: hipertrofia da média C: lesão plexiforme • Curso clínico: Dispneia progressiva Fadiga Hipertrofia do VD Taquidispneia Cianose Cor pulmonale Óbito Referências: Robbins & Cotran Patologia - Bases Patológicas das Doenças - 9ª edição – Elsevier Site Anatpat – Unicamp (http://anatpat.unicamp.br/pecasdc.html) Aulas de patologia médica I da FCMMG
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