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Levantamentos epidemiológicos e calibração de examinadores
Por: Natalia Cruz Soares
Entende-se por epidemiologia a ciência que estuda os dados obtidos para um propósito. E o levantamento epidemiológico é a pesquisa onde os dados coletados são estudados. Essas informações são conseguidas de uma forma específica, ou seja, precisa-se de um método para obtê-las. Esses dados podem ser de variados seguimentos, dependerá do que se queira estudar, e limitara-se a uma determinada população. 
Limitando-se a uma população e com interesse de obter dados sobre as doenças mais comuns que afligem aquelas pessoas, o levantamento deve ser feito por profissionais capazes de documentar por meio de entrevistas ou exames as informações pertinentes como fatores de risco, dados demográficos uso de serviços da população, além de utilizar critérios de diagnósticos. O coordenador do levantamento deveria manter um diário de campo no qual a localização dos exames de cada dia, o número de pessoas examinadas, e informação sobre cada levantamento é registrada. Pois, essa forma de se obter informação é previamente determinada para que haja uma padronização da pesquisa que não servirá apenas para o grupo responsável pelo levantamento como ficará abertamente disponível, sendo esse um dos objetivos do levantamento epidemiológico, assim como o manual da OMS Levantamentos em Saúde Bucal – Métodos básicos direciona. 
Além disso, outro objetivo importante será entender, analisar, estudar o problema e/ou a necessidade para que possa elaborar um plano de tratamento para atender as doenças encontradas, seja esse tratamento de curto ou longo prazo. Será de grande interesse procurar levantamentos epidemiológicos anteriores daquela população para que já se possa ter uma direção e também para que ao final da pesquisa recente possa-se ter um comparativo da situação. 
Na comunidade, equipe é responsável por fazer exames. Para isso é necessário um ambiente que seja compatível, confortável, iluminado. Além de que devem seguir uma padronização de conduta para que haja uniformidade nos dados, um profissional de saúde deve ser capaz de identificar os mesmo problemas, por exemplo na boca de uma criança, um dentista deve avaliar de forma padronizada, utilizam-se fichas, códigos, índices etc, para que o processamento de dados e de resultados seja válido. E é importante salientar que o levantamento de dados em saúde bucal pode ser referente a vários objetivos a se estudar: cárie, uso de prótese, extrações.
Como já mencionado antes, é importante a capacitação dos participantes da equipe e isso é feito de forma muito séria pois tem um grande significado para o resultado da pesquisa. O nome dado para esse processo é Calibração dos Examinadores, que possui até manuais específicos para cada função feito pelo ministério da saúde para guiar como deverá ser conduzida a calibração dos profissionais.
Segundo o Manual de Levantamento Epidemiológico: “Assistência para treinamento e calibração de potenciais examinadores pode, em certas circunstâncias, ser disponibilizada pela OMS. Mediante concordância prévia, um epidemiologista experiente que tenha sido treinado nos métodos recomendados para levantamentos epidemiológicos em saúde bucal pode ser indicado para realizar as sessões de treinamento e calibração como um examinador padrão-ouro.
Realmente a percepção acerca das coisas é diferente para cada pessoa, e em relação a um exame intra-oral para conseguir dados para o levantamento epidemiológico isso não é diferente. O objetivo da padronização é minimizar as variações entre os diferentes examinadores buscar padrões uniformes afim de ter consistência aos exames epidemiológico. E não só é feito o exercício de critérios entre os examinadores, que se chama interexaminador, como também deve ser feito individualmente pelo participante da equipe, afim de que ele siga realmente critérios próprios que sejam estáveis.
Os resultados após cada examinador obter precisam ser o mais compatíveis possível para que aja concordância do plano de tratamento final, e é exatamente a concordância que é calculada para determinar se há um consenso no exame. É o índice Kappa que determina a qualidade da concordância, sendo de 81 a 100% uma concordância quase perfeita sendo o ideal para que se chegue ao resultado fiel. 
O manual de calibração dos examinadores traz que o processo são 5 etapas. A Preparação do projeto; Discussão teórica das variáveis utilizadas códigos e critérios de exame; Discussão prática; Calibração propriamente dita; e Discussão final. Com o total de 20h ao todo, o resultado final buscando sempre compatibilidade e o máximo de concordância. 
Também existe o ICDAS que é os critérios visuais de detecção da cárie. Esse critério é muito importante pois ele possui códigos para os variados graus da cárie, e mesmo sem um profissional dentista ver aquele dente cariado ele saberá a gravidade da lesão pelo código que o outro dentista deu ao diagnosticar. 
É preciso seguir condições para que seja feito um exame de qualidade, aprofundado e confiável, com técnicas especificas e é claro, padronizadas para que os códigos do ICDAS sejam utilizados corretamente. Esses códigos classificam e abordam diversos níveis das lesão cariosa e características dos dentes. Por exemplo se a carie é extensa ela possui seu próprio código para que outro profissional apenas lendo um diagnóstico consiga saber como é o estado do dente ou da lesão.

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