Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Atividade Prática Supervisionada (APS) Disciplina: Sistemas Estruturais- Aço e Madeira. Aluno(a): Mariana Silva Pinto de Souza Professor(a): Alessandra Arduim Data: 2021.2 Introdução Esse trabalho consiste em analisar dois projetos, um com estrutura de aço e outro com o de madeira. Justificativa - Atendimento aos requisitos da atividade. - Análise das estruturas de aço e madeira. Metodologia Análise das estruturas de dois projetos, um de aço outro de madeira. Objetivo Aprendizagem de como procedem as estruturas de aço e madeira. Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto (EM/UFOP) O projeto está situado na Cidade de Ouro Preto, foi construída entre 1994 e 1996. É uma edificação estruturada em aço. A estrutura metálica possibilitou esse período de construção relativamente rápido e, já na praça de entrada, encontra-se um expressivo pórtico de onde flui toda a trama em estrutura aparente de aço. A edificação possui área construída de 7.310 m² em dois pavimentos e compreende, em um primeiro bloco, as áreas administrativas e de serviços (salas da diretoria, de professores e pós-graduandos, laboratórios de computação e secretarias de departamentos). No segundo bloco, encontram-se as salas de aula e a biblioteca. O aço empregado na estrutura foi o USI-SAC-41, atualmente denominado de USI SAC 300, das Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. (USIMINAS), de propriedades anticorrosivas e boa resistência mecânica (fy = 300 MPa). As ligações são soldadas, na maior parte da estrutura, exceto em algumas vigas, bases de pilares e alguns pontos da passarela central. A estrutura em aço, composta de perfis I e H, cujas chapas possuem espessuras variando de 4,75 a 16 mm conforme a função estrutural da peça, é afastada do fechamento de vidro de aproximadamente 0,40 m. A modulação dos pilares dos pórticos da edificação é de 6,00 x 11,20 m². Para realçar o uso de contraventamentos em construções de aço, peças tubulares, soldadas às vigas e colunas, são encontradas no contorno do edifício. A iluminação e a ventilação naturais vêm de janelas do tipo máximo ar que ocupam toda a largura das paredes. A cobertura é feita em telhas de aço zincadas pré-pintadas em uma parte e telhas de fibra de vidro em outra, apoiadas sobre perfis de chapas dobradas e fixadas por parafusos também zincados. Na entrada da edificação e atravessando o pátio interno, há uma passarela central coberta com telhas metálicas em formato arredondado, presas por tirantes de aço fixados em pilares unilaterais, que prestam leveza a essa cobertura. Os perfis utilizados foram dimensionados adequadamente, seguindo as normas AISC:1989, NBR 6123:1988 e NBR 8800:1986, conforme observado na memória de cálculo. As ligações, tanto as parafusadas, quanto as soldadas, foram executadas sem nenhum erro aparente de fabricação ou projeto. Não foram encontrados problemas de dimensionamento ou de ajuste das peças. A estrutura não apresenta nenhum problema que signifique risco imediato para os usuários da edificação. É comum encontrar peças reforçadas estruturalmente, tais como uma das vigas do pórtico de entrada que é acompanhada por uma treliça, a qual praticamente duplica a altura dessa viga de 30,40 m de vão livre, e outras vigas mais solicitadas que receberam enrijecedores no meio de seus vãos. Vê-se, ainda, que em várias uniões de vigas com pilares foram colocados reforços de chapas para favorecer o enrijecimento e evitar o excesso de deformação nesses pontos. Apenas observa-se um aspecto ondulado em mesas de algumas vigas da cobertura, mas, como são de chapas relativamente finas, (4,75 mm), é provável que essas deformações sejam devidas ao calor do processo de soldagem, que causou o empenamento nas chapas ainda na fase de fabricação dos perfis e de montagem dos pórticos. O desempenho final de uma edificação também está relacionado à compatibilização entre a estrutura de aço e o sistema de fechamento, sendo essa associação feita por meio de junções que devem fornecer isolamento acústico e estanqueidade. No entanto, essa associação, às vezes, é dificultada devido ao fato de que os dois sistemas, estrutural e de fechamento, devem trabalhar independentemente. Soluções de projeto poderiam eliminar esse problema, tais como a elevação do piso interno e a adoção de fechamento externo mais compatível com a industrialização (painéis de placas cimentícias, pré-moldados de concreto, dentre outros, que poderiam ser fixados diretamente na estrutura metálica e na laje, desde que aplicada técnica adequada de execução). Processos de corrosão uniforme são detectados em vários pontos da estrutura metálica, da passarela central e em outras áreas. Também, há corrosão em frestas junto a parafusos localizados nas bases dos pilares e na união de perfis de chapa dobrada com solda intermitente, causada pelas intempéries e fezes de aves. Em alguns locais, faz-se necessária uma intervenção no sentido de interromper o fenômeno, que poderá futuramente comprometer o aço, o qual, apesar de ser resistente à corrosão, devido à umidade da atmosfera local e ao contato dos pilares com o solo, está bastante deteriorado em pontos específicos. https://www.scielo.br/j/rem/a/Jb8ff5qLZJ4ZXVxbVjgN5Xs/?lang=pt https://www.scielo.br/j/rem/a/Jb8ff5qLZJ4ZXVxbVjgN5Xs/?lang=pt A estrutura metálica foi pintada em tom avermelhado, sendo que no projeto de arquitetura foi especificada a utilização de tinta automotiva brilhante, de cor estável e resistente ao intemperismo. Entretanto, vê-se o desbotamento da pintura em locais sujeitos à ação dos raios ultravioletas. Essa degradação da resina que ocorre quando a pintura perde o brilho superficial, tornando-se fosca, que é denominada de empoamento, diminui a eficiência da película e compromete a estética. Todos os elementos da passarela, calhas, tubos e tirantes, deveriam ser galvanizados, conforme indicação de projeto. Mas, devido ao estado de corrosão das peças, essa requisição parece não ter sido atendida, sendo necessária uma pintura das mesmas. Projeto Arquitetônico e Estrutural para Unidade Habitacional O trabalho representa uma contribuição aos processos de desenvolvimento de projetos de sistemas construtivos e componentes pré-fabricados em madeira, com destaque para o emprego de materiais de fontes renováveis em projetos residenciais. No trabalho é apresentado o projeto arquitetônico e o projeto estrutural em madeira de uma unidade habitacional localizada em Campinas, São Paulo, Brasil. O projeto é uma residência unifamiliar, onde sua estrutura é feita de estrutura maciça. Serão apresentados componentes estruturais pré-fabricados divididos em: pilares maciços, vigas simples, vigas duplas, barrotes de piso e treliças de cobertura, bem como as interfaces destes componentes com a fundação e as conexões metálicas. No detalhamento do projeto estrutural foram especificadas as ligações entre os vigamentos principais e as lajes pré-moldadas, assim como as interfaces entre os pilares e os fechamentos verticais em alvenaria. Por fim, na etapa de detalhamento do projeto dos componentes e interfaces, são apresentadas as peças gráficas das ligações entre componentes de madeira, conectores metálicos e o subsistema de fundações. É importante ressaltar que o Brasil, mesmo possuindo uma alta capacidade de produção de madeira, ainda é incipiente o seu emprego na construção civil, de forma racional e sustentável. O aperfeiçoamento de sistemas construtivos mistos, com estrutura de madeira e fechamento em alvenaria, segundo BARATA e GANDINI (2008), pode viabilizar o uso da madeira como principal material de construção, principalmente se considerarmosos seguintes aspectos: - Maior controle de qualidade e eficiência no processo produtivo de componentes estruturais em madeira em unidades de pré-fabricação; - Racionalidade e rapidez no processo de montagem em canteiro de obra e; - Maior possibilidade de redução de desperdícios com adoção de conceitos de coordenação modular no projeto com o emprego de fechamentos em alvenaria. Além dos fatores citados acima, os sistemas construtivos que se utilizam da madeira para fins estruturais contam com uma sensível agilidade no cronograma, diminuindo o tempo gasto na execução da obra, garantindo a redução de custos diretos e indiretos, bem como a valorização estética da obra. Visto que os sistemas construtivos convencionais, especificamente aqueles que adotam componentes estruturais em concreto armado, pressupõem etapas de preparação de formas, armações, escoramentos e concretagens, além do tempo de espera de cura e desforma do concreto. O sistema construtivo estrutural apresentado neste trabalho dispensa a necessidade de uma mão-de-obra com elevado nível de especialização, devido a uma praticidade do processo de montagem, uma vez que, na maioria das vezes, as peças estruturais são colocadas na obra devidamente numeradas e com os conectores metálicos fixados nas peças de madeira, propiciando uma agilidade ainda maior no processo de montagem em canteiro de obra. O sistema construtivo adota uma concepção estrutural pilar-viga, constituído por componentes simples (pilares, vigas simples, vigas duplas e barrotes) e componentes compostos (treliças de cobertura) de madeira maciça serrada. Quanto ao cálculo da estrutura foi considerado a NBR – 7190/1997 – Projetos de Estruturas de Madeira. Segundo BITTENCOURT (1995) o processo produtivo pode ser classificado como sistema construtivo racionalizado visto que as atividades em canteiro de obra são exclusivamente de encaixe e montagem dos componentes. Componentes Estruturais pré-fabricados Foram empregadas madeiras nativas das espécies de nome comercial angico-preto (Anadenanthera macrocarpa) e garapeira (Apuleia Ieiocarpa (Vog.) Macbr). Os componentes estruturais apresentados neste trabalho são os seguintes: • Pilares maciços com seções 17x17 cm, 20x20 cm, 22x22 cm e 27x27 cm. • Vigas simples 10x30 cm e 12x22 cm. • Vigas duplas 5,5x15 cm. • Barrotes de piso 5,5x15 cm e. • Treliças de cobertura formada por 4 peças 5,5x15 cm. Pilares maciços Os pilares maciços possuem seções variáveis, sendo 17x17 cm, 20x20 cm, 22x22 cm e 27x27cm. Os pilares são fixados aos blocos de fundação através de conectores metálicos. A fim de aumentar a estabilidade lateral desta conexão foram utilizadas peças de aço de 10mmx2’, posicionadas uma em cada face dos pilares, nos devidos rebaixos e inseridas no bloco de fundação. Nas vedações verticais da edificação são empregados tijolos maciços intertravados para auxiliar no contraventamento do conjunto de pilares. Vigas simples As vigas simples são peças aparelhadas e pré-cortadas no comprimento definido no projeto de produção e têm seção 10x30 cm e 12x22 cm. Estas peças possuem uma usinagem na sua face inferior, próxima aos pilares, para encaixe dos conectores metálicos pilar-viga. A Figura 10 mostra o detalhe da interface entre as vigas simples e os pilares e a Figura 11apresenta as imagens tri-dimensionais da referida interface. Na figura 12 é apresentado o detalhe da interface entre duas vigas simples 12x22 que formam um angulo de 45º cada uma com uma viga simples 10x30cm. Esta última viga é sustentada por uma viga inclinada, denominada mão-francesa, com seção 20x20 e que possui uma usinagem de topo para apoio da viga simples. Foi utilizada esta configuração de interface para proporcionar maior rigidez ao apoio da laje pré-fabricada de concreto e na Figura 13 é apresentada a imagem tri-dimensional da referida interface. Nesta obra as usinagens mencionadas serão executadas em canteiro de obra com auxílio de gabaritos, porém recomenda-se que esta etapa seja executada na unidade de pré-fabricação, o que confere maior precisão e produtividade na etapa de montagem. Quadro quantitativo do volume de madeira dos componentes estruturais. O volume total de madeira utilizado na edificação foi de 27,08 m3 . O componente estrutural pilar, com seções de 17x17 cm, 20x20 cm, 22x22 cm e 27x27 cm, representou 32,6% do volume total de madeira, com um consumo de 8,83 m3 , sendo o componente com maior volume de madeira empregado no sistema construtivo. O componente viga, com seções de 12x22 cm e 10x30 cm, representou 29,8% do total, com um consumo de 8,08 m3 . Já o componente barrote com seção 5,5x15 cm representou apenas 1,66%, com 0,45 m3 de madeira. Os demais componentes de madeira empregados na edificação representaram 35,94% do volume total de madeira, correspondendo a 9,67 m3 . A Tabela 2 especifica os componentes estruturais, seções, volume por metro linear do componente, volume por componente e o percentual em relação ao volume total de madeira utilizado no sistema construtivo . Referências • www.scielo.br/j/rem/a/Jb8ff5qLZJ4ZXVxbVjgN5Xs/?lang=pt# • 5519055707-ACFINAL.pdf http://www.scielo.br/j/rem/a/Jb8ff5qLZJ4ZXVxbVjgN5Xs/?lang=pt https://www.scielo.br/j/rem/a/Jb8ff5qLZJ4ZXVxbVjgN5Xs/?lang=pt https://www.scielo.br/j/rem/a/Jb8ff5qLZJ4ZXVxbVjgN5Xs/?lang=pt
Compartilhar