Buscar

Embriologia do Sistema Nervoso

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

E M B R I O L O G I A
Haste oca da membrana orofaríngea ao nó primitiva que
sinaliza o esqueleto axial e o SNC, que sofre 2 grandes
processos: a tunelização que resulta no canal notocordal e a
fusão com endomembrana que forma a placa notocordal. O
processo notocordal é realizada pelas células mesenquimais da
fosseta primitiva que, inicialmente, migram por todos os lados
para transformarem-se em mesoderma, encontrando a placa
pré-cordal e assim, a partir do cordão fibroso e rígido em
direção cranial, formam o canal notocordal ("túnel"com luz),
este para na placa pré-cordal, local onde há o encontro das
células endodérmicas com as ectodérmicas, formando a
membrana bucofaríngea.
 Quando formadas são contínuas no
 sentido craniocaudal, mas se dividem,
formando fragmentos que originam gânglios espinhais, situados
na raiz dorsal dos nervos espinhais, estes se diferenciam em
neurônios sensitivos, pseudounipolares, cujos prolongamentos
centrais se ligam ao tubo neural, enquanto os prolongamentos
periféricos se ligam aos dermátomos dos somitos. Várias células
da crista neural migram e originam: gânglios sensitivos, gânglios
do SNA, medula da glândula suprarrenal, melanócitos, células de
Schwann, anfícitos, odontoblastos, dura-máter e aracnóide
 Dos 3 folhetos embrionários, o ectoderma está em contato com o meio externo, e inicia o desenvolvimento embriológico do SN
na terceira semana de gestação, a partir da formação da notocorda e do tubo neural. Inicialmente, tem-se espessamento do
ectoderma que forma a placa neural por volta do 20o dia de gestação a partir da ação indutora da notocorda. Esta cresce
progressivamente, torna-se mais espessa e adquire um sulco longitudinal (sulco neural), que se aprofunda para formar a
goteira neural. Os lábios da goteira neural se fundem para formar o tubo neural, o ectoderma, não diferenciado, então se fecha
sobre o tubo neural, isolando-o do meio externo, assim, quando este encontra os lábios da goteira neural, desenvolvem-se
células que formam de cada lado uma lâmina longitudinal (crista neural).
NOTOCORDA
Transformação do ectoderma que se espessa e vira a placa
neural, que inicia sobre a notocorda e a ultrapassa no sentido
anteroposterior, assim, envolve desde a placa neural que
começa na 3a e termina na 4a semana, e vai ser induzido pela
notocorda, gerando, posteriormente, o encéfalo, a medula
espinhal e a retina. A neurulação inicia com a invaginação a
partir do 18o dia que forma o sulco neural com 2 pregas
neurais, uma de cada lado - responsáveis pela formação do
encéfalo a partir do curvamento anterior da porção cranial -
que se juntam e, no final da 3a semana tem-se o tubo neural e a
transformação das células ectodérmicas em mesenquimais
(pluripotentes). A crista neural consiste em células do tubo
neural que se desprendem e ocupam os espaços dorsolateral
esquerdo e direito, e, posteriormente, formam os gânglios
sensitivos dos nervos cranianos (V,VII,IX e X), gânglios
espinhais (raízes dorsais e SNA), células pigmentares
(melanócitos) e células da medula suprarrenal.
NEURULAÇÃO
CRISTA neural 
2 lâminas alares e 2 lâminas basais: entre elas há o sulco
limitante, e deriva neurônios e grupos de neurônios (núcleos)
ligados, respectivamente, à sensibilidade e à motricidade,
situados na medula e no tronco encefálico;
1 lâmina do assoalho: permanece no adulto, formando sulcos,
como o sulco mediano do assoalho do IV ventrículo;
1 lâmina do teto: muito fina e origina o epêndima da tela
corióide e plexos coroides;
 Fechamento da goteira neural e, 
 concomitantemente, a fusão do ectoderma não
diferenciado se inicia no meio da goteira neural e é mais lento em
suas extremidades, nas quais permanecem 2 pequenos orifícios,
o neuróporo rostral e o neuróporo caudal. O crescimento das
paredes do tubo neural e a diferenciação de células nesta parede
não são uniformes, e originam:
O calibre do tubo neural é variado ao longo de sua formação, a
parte cranial torna-se dilatada e constitui o arquencéfalo
(encéfalo primitivo) - possui 3 dilatações (vesículas encefálicas
primitivas), são elas: prosencéfalo (origina telencéfalo e
diencéfalo), mesencéfalo e rombencéfalo (origina metencéfalo e
mielencéfalo) - e a parte caudal permanece de calibre uniforme e
constitui a medula primitiva do embrião. 
Por fim, as cavidades do tubo neural sofrem modificações e
derivam diferentes estruturas, a luz do tubo neural forma, no
adulto, o canal central da medula ou canal do epêndima, a
cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV ventrículo, as
cavidades do diencéfalo e da parte mediana do telencéfalo
formam o III ventrículo, a luz do mesencéfalo constitui o
aqueduto cerebral e a luz das vesículas telencefálicas formam
ventrículos laterais, unidos ao III ventrículo pelos 2 forames
interventriculares.
TUBO neural 
Telencéfalo é parte mediana fechada anteriormente pela lâmina
terminal, na qual se evaginam as vesícula telencefálicas
laterais, que se expandem e formam hemisférios cerebrais.
PROLIFERAÇÃO NEURONAL: células precursoras do neurônio se
dividem de forma assimétrica formando outra célula precursora
e um neurônio jovem que inicia o processo de migração da
região proliferativa periventricular para a região mais externa,
para formar o córtex cerebral e suas camadas.
MIGRAÇÃO NEURONAL: precocemente, na superfície ventricular
da parede do tubo neural existe a glia radial, precursoras dos
astrócitos, através da qual deslizam os neurônios migrantes,
que param após ultrapassar a camada antecedente a partir da
secreção de sinais moleculares;
DIFERENCIAÇÃO NEURONAL: neurônios jovens irão adquirir
características morfológicas e bioquímicas próprias da sua
função, esta depende da secreção de fatores por grupos de
neurônios que irão influenciar outros a expressar genes;
SINAPTOGÊNESE E FORMAÇÃO DE CIRCUITOS: neurônios
jovens começam a emitir seu axônio ao alvo, assim, o cone de
crescimento, especializado em "tatear o ambiente", utiliza o
reconhecimento de pistas químicas no microambiente neural
para conduzir o axônio, próximo à região-alvo, a extremidade
do axônio ramifica-se e começa a sinaptogênese;
D I F E R E N C I A Ç Ã O E O R G A N I Z A Ç Ã O 
MIELINIZAÇÃO: final da maturação ontogenética do sistema
nervoso, que se completa em épocas diferentes em cada área
do SNC;
ELIMINAÇÃO PROGRAMADA DE NEURÔNIOS E SINAPSES:
regulada pela quantidade de tecido-alvo presente, que produz
uma série de fatores neurotróficos que são captados pelos
neurônios, assim, atuando sobre o DNA neuronal bloqueiam um
processo ativo de morte celular por apoptose (o próprio
neurônio secreta substâncias cuja função é matar a si próprio).
Portanto, ocorre uma competição entre os neurônios no tecido-
alvo e aqueles que conseguem estabilizar suas sinapses e
assegurar os fatores tróficos sobrevivem, e os demais entram
em apoptose.
Tem-se uma reserva neuronal e de sinapses (plasticidade
neuronal) que diminui com a idade, baseada na proteína actina,
responsável pelos processos de adaptação, memória e
aprendizado, o que permite, em crianças, melhor prognóstico
em recuperações de lesões e maior facilidade de aprendizado
Zona Ventricular: constituída por células neuroepiteliais da
parede do tubo neural, dão origem a todos os neurônios e
células macrogliais da medula espinhal;
Zona Intermediária: formada por neuroblastos,
provenientes das células neuroepiteliais em divisão da zona
ventricular, que se tornam neurônios;
Zona Marginal: composta pelas partes externas das células
neuroepiteliais, origina a substância branca da medula
espinhal.
 O tubo neural é constituído por células neuroepiteliais, que
formam o neuroepitélio - estas dão origem às células nervosas
primitivas (neuroblastos), que formam progressivamente o
manto e a camada marginal. Portanto, a medula espinhal com 6
semanas é dividida em:
D E S E N V O L V I M E N T O E M B R I O L Ó G I C O 
3 semanas: tubo neural forma-seao longo da parte posterior do
embrião, a partir da qual 3 partes distintas serão criadas,
começam a surgir olhos rudimentares e vesículas do ouvido;
7 semanas: embrião tem cerca de 2cm de comprimento e as
circunvoluções se tornarão o tronco encefálico, cerebelo e 
 cérebro estão claramente visíveis, e os nervos cranianos e
sensoriais começam a se desenvolver;
11 semanas: cérebro aumenta de tamanho, olhos e ouvidos
amadurecem, movendo-se para posições finais, a cabeça ainda
é grande em relação ao restante do corpo, que em breve
iniciará um surto de crescimento, e o cérebro posterior
(rombencéfalo) origina o cerebelo e o tronco encefálico;
16 semanas: principais estruturas anatômicas já estão
formadas, mas o córtex cerebral e cerebelar é liso, já os giros e
sulcos são formados em razão da alta taxa de expansão da
superfície cortical que passa a dobrar-se para caber na
cavidade craniana;
Nascimento: cérebro continua a se desenvolver e as fissuras
(sulcos) e saliências (giros) aumentam em complexidade no
nascimento, o bebê tem tantos neurônios quanto um adulto
(100 bilhões), a maioria tendo sido formada até o sexto mês
gestacional, embora eles ainda não estejam amadurecidos.
D E F E I T O S D E F E C H A M E N T O 
Os defeitos do fechamento do tubo neural são relativamente
comuns (1:500), ocasionando grave comprometimento
funcional. Falhas no fechamento da porção posterior ocasionam
malformações, como espinhas bífidas, nas quais a porção
dorsal da vértebra não se fecha, as meningoceles, nas quais
ocorre um déficit ósseo maior, a dura-máter se sobressai e
necessita de correção cirúrgica, e as mielomeningoceles, em
que, além da dura-máter, parte da medula e das raízes
nervosas são envolvidas, causando déficits neurológicos (desde
distúrbios no controle vesical até a paraplegia). Já o
fechamento da porção anterior pode dar origem a defeitos
muito graves como a anencefalia, quadro fatal caracterizado
pela ausência do prosencéfalo e do crânio.
D I S T Ú R B I O S D E M I G R A Ç Ã O 
Alguns neurônios não terminam sua migração ou o fazem de
forma anômala, gerando grupos de neurônios ectópicos, que
tendem a apresentar alta excitabilidade e potencial
epileptogênico, causando epilepsias ou, em casos mais graves,
quadros de retardo mental ou paralisia cerebral
L A Y A N E S I L V A

Outros materiais