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ESTRUTURA DE VALIDADE DOS CONTRATOS

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ESTRUTURA DE VALIDADE DOS CONTRATOS 
➢ Pressupostos de validade existem para que contrato produza seus 
efeitos. Caso contrário, consequentemente o contrato será inválido, não 
produzindo efeitos (negócio jurídico nulo ou anulável, a depender do 
requisito ausente) 
➢ Se porventura o negócio jurídico absolutamente nulo produziu efeitos, a 
partir do reconhecimento de nulidade, os efeitos já produzidos perdem 
eficácia (declaração de nulidade produz efeitos ex tunc - retroage) 
➢ Se o negócio for relativamente nulo, cabe à parte prejudicada suscitar a 
anulação (nulidade relativa), cuja declaração produzirá efeitos ex nunc – 
a partir da declaração. 
 
❖ Requisitos subjetivos de validade (quanto às partes) 
➢ Capacidade genérica - manifestação de vontades livres de sujeitos 
civilmente capazes (capacidade de agir) 
• OBS: incapacidade absoluta – menores de 16 anos (CC, art. 3°) – 
negócio nulo – CC, art. 166 
• OBS2: incapacidade relativa – maiores de 16 e menores de 18; 
dependentes químicos; os que, por causa provisória ou 
permanente não puderem exprimir sua vontade; os pródigos (CC, 
art. 4°) – negócio anulável – CC, art. 171 - (pode ser suprida por 
curatela ou tutela) 
• OBS3: Nos casos de pessoa jurídica, deve haver um representante 
legal que firmará os contratos em nome da empresa – contrato 
social 
 
➢ Capacidade especial – aptidão específica para contratar 
• Anuência de descendentes e cônjuges (CC, art. 496) 
• Outorga uxória – autorização de um cônjuge para que o outro 
realize certos negócios jurídicos, como preveem os arts. 1647, 
1649, 1650, do CC 
 
 
➢ Consentimento recíproco 
• Deve ser livre e espontâneo o acordo sobre a existência e natureza 
do contrato, seu objeto e suas cláusulas. Se não, pode ser anulado 
(CC, 171, II) – 
→ Erro (CC, art. 138 a art. 144) 
→ Dolo (CC, art. 145 a art. 150) 
→ Coação (CC, art. 151 a art. 155) 
→ Estado de perigo (CC, art. 156) 
→ Lesão (CC, art. 157) 
→ Fraude contra credores (CC, art. 158 a art. 165) 
→ Simulação (CC, art. 167 – negócio nulo) 
• Acordo recíproco sobre existência, natureza, objeto e cláusulas do 
contrato 
• Deve haver, para tanto, manifestação de vontade tácita nos 
negócios nos quais a lei admite – como no caso da doação (CC, 
art. 539), praxe comercial (CC, art. 432) ou silêncio (CC, art. 111) - 
ou expressa (regra geral) 
• Partes podem se manifestar pelo mesmo representante (em alguns 
casos) 
• Representante pode receber autorização do representado para 
celebrar negócio consigo mesmo (CC, art. 117). Sobre isso → 
súmula 60 do STJ, que considera nula a obrigação cambial 
assumida por procurador do mutuário, vinculado ao mutuante 
 
❖ Requisitos objetivos de validade – CC, art. 104, II → objeto deve ser lícito, 
possível, determinado ou determinável 
➢ Licitude do objeto 
• Não deve atentar contra a lei, moral e bons costumes (CC, art. 150) 
➢ Possibilidade física ou jurídica do objeto (CC, art. 166, II) 
• Impossibilidade física pode ser absoluta (alcança indistintamente a 
todos – ex: “vaga no céu”) ou relativa (atinge apenas o devedor – 
art. 106) 
• Impossibilidade jurídica - expressa vedação legal 
→ Ex: herança de pessoa viva (CC, art. 426) / bens 
inalienáveis 
➢ Determinação do objeto 
• Venda de coisa incerta determinada por gênero e quantidade (CC, 
art. 243) e nos casos de venda alternativa (CC, art. 252) 
• Deve ter valor econômico (apontado pela doutrina como requisito 
objetivo) 
 
❖ Requisitos formais de validade (quanto à forma que o contrato deve 
observar – se houver previsão legal no sentido) 
➢ Sistema do consensualismo: determina a liberdade da forma (regra 
geral no brasil – CC, art. 107). Partes podem escolher a forma que lhes 
convier 
➢ Sistema Formalista: forma obrigatória determinada pelo legislador em 
alguns contratos específicos (CC, art. 166, IV e V) / registros públicos (CC, 
art. 221) 
➢ Pode ser livre (CC, art. 107) 
➢ Pode ser especial ou solene – única (CC, arts. 108, 1964, 1535 e 1536) 
/ múltipla (CC, arts. 62, 842 e 1609). 
➢ Pode ser contratual (CC, art. 109) 
 
OBS-GERAL: Via de regra, os contratos produzem seus efeitos imediatamente. 
No entanto, em certas circunstâncias, nas quais os próprios contraentes assim 
decidem, podem haver elementos acidentais – previstos pelo próprio Código 
Civil – que postergam ou cessam a produção de efeitos. São eles 
• Condição: Condiciona a produção de efeitos (condição suspensiva) ou o 
seu cessar (condição resolutiva) à ocorrência de evento futuro e incerto 
• Termo: condiciona a produção de efeitos à ocorrência de um evento 
futuro e certo 
• Encargo: obrigação acessória que obriga o beneficiário ao cumprimento 
de um encargo. O não-cumprimento gera consequências.

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