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ASSISTENCIA E MANEJO DO RECÉM NASCIDO

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NEONATOLOGIA E PUERICULTURA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
Assistência e Manejo do Recém-Nascido 
• Após o parto, os RN a termo (IG > 39) e pré-termo (37-38) passam por uma rotina de cuidados neonatais para a 
transição satisfatória à vida extrauterina → avaliação nas primeiras 24h para identificar quaisquer anormalidades 
o A assistência inclui uma revisão da historia materna, familiar e pré-natal, além de exame físico completo 
o Cuidados profiláticos para certas desordens 
o Screening universal do RN 
o Educação familiar 
o Avaliação para alta 
 
❖ Historia do neonato 
o Inclui uma revisão da gestação e parto e suas intercorrências, incluído o screening de testes pré-natais 
o Revisão de gestações anteriores, incluindo anomalias congênitas, prematuridades e síndromes congênitas 
o Revisão da HMP do pai e da mãe, além de medicações usadas 
 
Rotina Da Sala De Parto 
• Para definir se o RN deve ser admitido na enfermaria normal ou precisa de cuidados mais intensos, algumas 
perguntas devem ser respondidas → se IG > 35, se possui bom tônus muscular, e se esta respirando ou chorando 
• Existem determinadas condições mais associadas à necessidade de reanimação ao nascer → idade materna (< 16 
ou > 35), DM, HAS, infecção, gestação múltipla, cesárea, prematuridade, rotura prolongada de membrana... 
o Se sim para todas as perguntas, o neonato não precisa de intervenções e deve ser entregue a mãe para 
iniciar vinculo e iniciar a amamentação → posteriormente vai para a enfermaria neonatal nível 1 
o Se NÃO para qualquer uma, precisa de avaliação mais rigorosa e intervenção → adm de O2, ventilação com 
pressão positiva, compressões torácicas, medicações reanimadoras, transferência para cuidados intensivos 
 
❖ Mesmo que a gestação e parto não aponte qualquer FR para necessidade de reanimação e o neonato seja de baixo 
risco, é importante que a sala de parto esteja preparada para eventuais necessidades. 
• A primeira medida para assistência à sala de parto é prepará-la: 
o Temperatura ambiente de 23-26ºC. 
o Campos estéreis preaquecidos. 
o UCI preaquecida (fonte de calor radiante). 
o Material de aspiração de orofaringe/narinas 
▪ Pera de sucção, mangueira de látex conectada a vácuo, sonda de aspiração n.º (6, 8, 10, 12) 
o Material para clampeamento de cordão → cord clamp, tesoura 
o Material para identificação do neonato → pulseiras de identificação 
o Material para reanimação neonatal → deve estar sempre preparado 
▪ Máscara orofacial, balão autoinflável ligado à fonte de oxigênio, laringoscópio, tubos orotraqueais, 
medicações já preparadas nas seringas (adrenalina, soro fisiológico), cateteres venosos 
 
PASSOS DA SALA DE PARTO DO NEONATO BAIXO RISCO (37-41 Sem) 
• O cuidado imediato pós-parto inclui secar o RN, limpar as vias aéreas de secreções, e prover calor 
o RN de baixo risco podem inicialmente ser colocados no abdome da mãe após o parto 
• Indica-se que a boca seja limpa das secreções com sucção gentil usando seringa se houver quantidade excessiva 
de fluido na boca ou narinas → limpar gentilmente face, nariz e boca com pano macio pode tambem 
o Os que respiram espontaneamente sem desconforto não precisam de nenhum método para limpar suas VA 
• O clampeamento do cordão umbilical entre 1 e 3 minutos tem significância em reduzir incidência de anemia 
• Avaliar FC e boletim APGAR 
• Iniciar amamentação na 1ª hora pós-parto, o que aumenta a chance de aleitamento exclusivo 
• Exame físico completo 
• Identificar neonato com a pulseira 
• Prescrição médica inicial 
 
 
 
NEONATOLOGIA E PUERICULTURA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
APGAR 
• O uso do escore de APGAR no 1º e 5º minuto de vida é o método universal para avaliar o status do neonato 
• Índices baixos são associados a maior morbimortalidade neonatal → porem o APGAR não deve ser usado 
isoladamente para prever prognostico individual, não é o fator que determinará o inicio de manobras de reanimação 
o A decisão de começar a reanimação é tomada na avaliação da respiração e FC ANTES do 1º min de vida 
• Pontuação baixa pode ser resultado de estresse fetal, mas pode ser causada também por diversos fatores → 
prematuridade e fármacos dados para a mãe durante o parto 
o Ele não prevê quadro neurológicos → por ex. pontuação normal nos RN com paralisia cerebral 
o Baixos índices de Apgar e o pH sanguíneo da artéria umbilical predizem morte neonatal 
 
• 1 min após o nascimento do RN (desconsiderando cordão e placenta), os 5 sinais são avaliados e a cada um dada 
uma pontuação de 0, 1 ou 2 
o Pontuação total de 10 indica que o RN está na melhor condição possível 
▪ 90% dos neonatos com APGAR 7-10 não precisarão de intervenções futuras 
▪ Sempre que a pontuação for < ou = 6, o escore continua a ser calculado com intervalos de 5 
minutos até que se obtenha uma nota maior ou igual a 7. 
o RN com a pontuação de 0 a 3 demanda reanimação imediata. 
 
❖ Fatores Que Afetam O Índice 
 FALSO POSITIVO DE BAIXO INDICE (sem acidose ou hipoxia) 
o Prematuridade; Analgésicos, narcóticos, sedativos; Sulfato de Mg 
o Trauma cerebral agudo ou da ME; Parto precipitado; Miopatia ou neuropatia congênita 
o Anomalia do SNC ou pulmonar; Obstrução das vias aéreas 
o Pneumonia congênita e sepse; Hemorragia-hipovolemia 
o Episódios prévios de asfixia fetal (recuperado) 
 FALSO-NEGATIVO DE INDICE NORMAL (acidose) 
o Acidose materna 
o Altos índices de catecolaminas fetais 
o Alguns lactentes a termo 
 
Período Transicional 
• O período de transição intra e extra-uterino é nas 4-6h após o nascimento → com alterações fisiológicas ocorrendo 
• Diminuição da resistência vascular pulmonar com aumento FS para os pulmões, expansão pulmonar com depuração 
do fluido alveolar e melhor oxigenação, e fechamento do ducto arterioso 
o Nesse tempo, o estado clínico do RN deve ser avaliado a cada 30-60min para garantir que outras 
intervenções/avaliações não sejam mais necessárias 
• Alguns parâmetros são monitorizados a partir da sala de parto e continuando no quarto da mãe/criança ou berçário: 
 
TEMPERATURA 
• A temperatura axilar normal deve estar entre 36,5 a 37,5ºC para uma criança num berço aberto 
• RN têm risco de perder calor e sofrer hipotermia por diversos fatores 
o Área de contato corporal é 3x a de um adulto → perda de calor depende da área de superfície, sendo a 
perda do RN 4x maior 
 
NEONATOLOGIA E PUERICULTURA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
• Em recém-nascidos com baixo peso ao nascer e prematuros, a camada isolante de gordura subcutânea é fina. 
• Nas condições usuais, a temperatura da pele de um prematuro cai 0,3°C/min e a temperatura corporal central 
reduz 0,1°C /min durante o período imediatamente após o parto → perda cumulativa de 2-3°C na T central 
• A perda ocorre por convecção de energia de calor para o ar mais frio das imediações 
o Condução do calor para os materiais mais frios que estão tocando o recém-nascido 
o Radiação de calor do RN para objetos mais frios próximos 
o Evaporação da pele e pulmões 
 
❖ Acidose metabólica, hipóxia, hipoglicemia e excreção renal aumentada de água e solutos pode acontecer em RN 
expostos ao frio → esforço de compensar a perda de calor 
• Produção de calor é potencializada aumentando índices metabólicos e consumo de oxigênio → liberando 
norepinefrina, resultando na gênese de calor através da oxidação de gordura, principalmente a gordura marrom 
o RN hiperglicêmicos ou em hipóxia não podem aumentar seu consumo de oxigênio quando expostos a 
ambientes frios, e as temperaturas corporais centrais caem 
o Após trabalho de parto, muitos RN apresentam acidose metabólica moderada, a qual podem compensar 
hiperventilando 
• Para reduzir perda de calor, se assegura que o RN seja secos e/ou enrolados em cobertores (saco plásticos quando 
< 1,5kg) → além deserem colocados junto as mães e embaixo de aquecedores 
o Contato pele a pele com a mãe é ótimo para manter a temperatura em um RN estável 
 
❖ Hipertermia inicial pode indicar febre materna ou no ambiente intra-uterino 
o Hipertermia persistente ou hipotermia pode ser sinal de sepse 
• Hipotermia pode contribuir para desordens metabólicas como hipoglicemia e acidose 
 
CUIDADOS ANTISSÉPTICOS COM A PELE E O CORDÃO 
• Remover o fluido amniótico da pele após o nascimento reduz risco de infecção por agentes transmitidos pelo sangue 
• Depois que a temperatura for estabilizada, pele e cordão devem ser limpos com água morna ou solução de sabão 
não medicamentoso e água → evita colonização com bactérias patogênicas da pele e região periumbilical 
o Para evitar a perda de calor, RN a termo deve ser então seco e enrolado em cobertores limpos 
• Para reduzir colonização por Staphylococcus aureus e outras bactérias, cordão deve ser tratado diariamente com 
agentes bactericidas ou antimicrobiais como álcool a 70% ou clorexidina 
o Aplicação de álcool a cada troca de fraldas reduz a colonização, os exsudatos e odor desagradável em 
comparação com o cuidado seco (sabão e água quando sujo) 
• Funcionários da unidade neonatal devem assepsia/antissepsia antes do atendimento de cada RN 
 
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA 
• A frequência respiratória normal é 40-60 rpm, devendo ser contado durante um minuto inteiro 
• Taquipneia pode ser sinal de doença respiratória ou cardíaca 
• Apneia pode ser secundária à exposição a medicamentos maternos (anestesia ou sedação), assim como pode ser 
sinal de comprometimento neurológico ou sepse. 
 
FREQUÊNCIA CARDÍACA 
• A FC normal é de 120 a 160 bpm, mas pode diminuir para 85-90 em alguns RN de termo durante o sono. 
• FC muito alta ou baixa pode indicar patologia subjacente → doença cardíaca, sepse, desordens metabólicas. 
 
COR 
• Cianose central (lábios, língua e tronco central) pode indicar doença respiratória ou cardiaca 
 
TÔNUS 
• A hipotonia pode ser secundária à exposição a medicações maternas ou febre materna febre durante o parto 
• Ou ser indicativo de síndrome subjacente (síndrome de Down), sepse, deficiência neurológica, hipoglicemia... 
 
OUTRAS MEDIDAS 
• Os olhos de todos RN devem ser protegidos contra a oftalmia gonocócica neonatal com a aplicação de uma fita de 
1 cm de pomada oftalmológica estéril de eritromicina (0,5%) ou tetraciclina (1%) em cada saco conjuntival inferior 
• Feito nas primeiras 2h de vida → e uma vez aplicado, não deve ser enxaguado 
o Solução de nitrato de prata a 1% é alternativa, mas causa conjuntivite química transitória em 10-20% 
 
NEONATOLOGIA E PUERICULTURA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
• Injeção IM de 0,5 a 1 mg de vitamina K solúvel em água (fitonadiona) deve ser dada a todos logo após o nascimento 
para prevenir a doença hemorrágica do RN 
o Melhora os índices dos status de coagulação na primeira semana de vida 
o Apesar de quadros de hemorragia em RN puderem resultar de diversos fatores além da deficiência de VK 
• Imunização para hep B antes da saída da sala de parto recomendada independente do status materno de hepatite 
o A primeira dose é dada nas primeiras 24h 
o Se a mae tem HbsAg positivo, o RN recebe a HBC + imunoglobulina para Hb, nas primeiras 12h 
 
Programa Nacional De Triagem Neonatal (PNTN) 
• Consiste em exames realizados nos RN nos primeiros 28 dias de vida, objetivando realizar triagem para realização 
de um diagnóstico precoce de condições que possam ser tratadas ou seguidas precocemente 
TESTE DO PEZINHO 
• Coleta de sangue em papel-filtro, entre o 3º e 5º dia de vida, em vigência de alimentação proteica (amamentação) 
• Visa ao diagnóstico precoce de doenças genéticas, endocrinológicas e metabólicas → sendo as principais cobertas: 
o Hemoglobinopatias, hipotireoidismo congênito, hiperplasia adrenal congênita, fibrose cística, fenilcetonúria 
e deficiência de biotinidase 
o Identificadas mais comumente → hipotireoidismo (52/100k), fibrose cística (30), hemoglobinopatias (26) 
TESTE DA ORELHINHA 
• Feito pelo teste de emissões otoacústicas → realizado no 1º mês para identificar deficiências auditivas precocemente 
• Se teste positivo, RN é encaminhado para teste eletrofisiológico de audição (potencial auditivo evocado de tronco 
encefálico) e seguimento otorrinolaringológico 
TESTE DO OLHINHO 
• A triagem ocular, conhecida como teste do reflexo do olho vermelho (ROV), deve ser feita na maternidade, até o 
5º dia de vida → sendo repetida pelo menos uma vez até o 1º ano de idade 
• Visa triar para encaminhamento e seguimento precoce casos de retinoblastoma, catarata congênita e outros... 
TESTE DO CORAÇÃOZINHO 
• Feito entre 24-48h, desde que o RN apresente estabilidade clínica 
• Objetiva a detecção precoce de cardiopatias congênitas complexas, sendo feito pela avaliação da oximetria pré-
ductal em MSD (sensor em palma de mão/pulso direito) junto a outro sensor em qualquer um dos mmii 
o Ambos deverão apresentar um valor > 95% de saturação de oxigênio e não pode haver variação > 3% 
entre a leitura de ambos os exames 
• Caso o teste seja positivo (oximetria alterada), o recém-nascido não poderá ter alta da unidade hospitalar e deverá 
ser complementada a investigação com ecocardiograma. 
TESTE DA LINGUINHA 
• Consiste na avaliação da anquiloglossia ou língua presa, onde o frênulo lingual é curto ou possui tecido em excesso 
o Limita a movimentação da língua e os movimentos que exerce (sucção, deglutição, mastigação e fala). 
• Apenas anquiloglossias congênitas graves necessitam de correção cirúrgica 
• A SBP e o MS ainda não recomendam o teste como triagem obrigatória neonatal 
 
❖ RN a termo sem complicações na gravidez e TP são baixo risco para hipoglicemia 
• A dosagem da glicemia deve ser feita apenas em RN de IG < 37s, PIG, GIG, filhos de mães diabéticas, ou historia 
familiar de hipoglicemia genética ou outras síndromes associadas 
 
EXAME FÍSICO 
• Na sala de parto deve ser realizado um exame físico sumário, observando a vitalidade e focalizando o padrão 
respiratório, FC, cor, tônus e a atividade espontânea → malformações graves também devem ser excluídas 
• Em seguida, o RN deve ser levado para o alojamento conjunto para os primeiros cuidados 
• Exame minucioso deve ser então realizado NAS PRIMEIRAS 24 HORAS DE VIDA, devendo incluir: 
o Uma inspeção geral, determinando o sexo, identificando quaisquer deformações, o estado nutricional 
(notando a quantidade de gordura subcutânea nas coxas e glúteos) 
o Sinais vitais e medidas corporais → peso, comprimento, perímetro cefálico 
▪ Comprimento medico do topo da cabeça até a planta dos pés, com as pernas estendidas 
▪ PC medido na circunferência máxima 
▪ Perímetro torácico medido em casos de preocupações em relação ao crescimento pulmonar 
 
NEONATOLOGIA E PUERICULTURA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
PELE 
• A pele deve ser inspecionada para anormalidades que possam indicar desordem subjacente → áreas de pimentação 
anormal, nevos congênitos, manchas maculares, hemangiomas... 
• RN possuem certa instabilidade vasomotora e lentidão circulatória periférica, as quais produzem cor vermelho-
escura ou até mesmo violácea durante o choro 
o Pode ocorrer cianose de extremidades (acrocianose) quando há exposição ao frio 
o Moteamento da pele, exemplo de instabilidade vasomotora, pode ser relacionado a doença → sendo sinal 
inespecífico de desconforto respiratório/sepse, ou ser decorrente de flutuação transitória da T cutânea 
• A pele do RN é tao mais fina e lisa quanto mais prematuro → maior proporção de agua na constituição contribui 
para a consistência gelatinosa dos prematuros extremos 
❖ Lanugem → pelos finos, macios e imaturos dos prematuros, substituída por pelos nos lactentes a termo 
o Tufos de pelos lombossacrais sugerem anomalia subjacente, comoespinha bífida oculta, fístula, tumor 
• Palidez → pode representar asfixia (vasoconstricção), anemia (por hemorragia grave, como rotura de vísceras ocas, 
placentária, ou ainda na DHP), choque ou edema 
• Pletora → aparência vermelha intensa, vista na policitemia 
• Cor do Arlequim → divisão do corpo da região frontal ao púbis em metades vermelha e pálida 
o Alteração vasomotora transitória, não significando doença nem condição mórbida associada 
• Vérnix/verniz caseoso → substância graxenta, branco-amarelada (sebo e debris de queratinócitos), que recobre a 
superfície cutânea das dobras 
• Pérolas de Epstein → acúmulos temporários de células epiteliais no palato duro, desaparece espontaneamente 
semanas após o nascimento 
❖ Manchas mongólicas → machas de pigmentação cinza-azulada no dorso e nas nádegas, sem importância clínica. 
o Decorrem da presença de melanócitos na derme que ainda não migraram para epiderme 
o Observada em 80% dos RN de raça negra e asiáticos, tende a desaparecer ou clarear após o 1º ano 
• Hemangiomas → hemangiomas capilares maculares transitórios são comuns em pálpebras e pescoço, também são 
achados normais em recém-nascidos 
• Manchas Salmão → manchas róseas ou vermelhas que se exacerbam no choro, presentes da nuca, pálpebras ou 
glabela → decorrem de ectasia capilar e são observadas em 30-40%, desaparecendo em 1-2 anos 
• Petéquias e Equimoses → podem estar presentes na cabeça por aumento da pressão durante o parto, especialmente 
no parto a fórcipe, desaparecendo em dias 
 
❖ Eritema tóxico → erupção cutânea de pápulas ou lesões vesicopustulosas que surgem de 1-3 dias após o termo, 
sendo localizado na face, tronco e membros 
o Classificado como um exantema benigno, desaparecendo em uma semana 
❖ Melanose Pustulosa → erupção cutânea pustulosa de causa desconhecida, sendo pouco mais comum na raça negra 
• Pode estar presente ao nascimento, com grupamentos de pústulas estéreis de 2-3 mm (ricas em neutrófilos e 
eosinófilos), predominando na fronte, abaixo do mento, região retroauricular e cervical, dorso, mãos e pés 
o Após 2-3 dias desaparecem, deixando pequenas máculas hipercrômicas com um colarete de escamas 
brancas → essas permanecem por cerca de três meses. 
• Milium sebáceo → pápulas amarelo-esbranquiçadas na fronte, asas do nariz e genitália, sendo pequenos cistos 
queratogênicos causados por obstrução dos folículos pilossebáceos. 
 
NEONATOLOGIA E PUERICULTURA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
❖ Miliária → pequeninas vesicopápulas que representam a obstrução das glândulas sudoríparas, ocorrendo aprox. 7d 
após o nascimento por sudorese excessiva (clima quente, roupas em excesso, febre) → 2 tipos principais 
o Miliária cristalina → oclusão ductal se dá no nível da córnea, sendo vesículas tipo “gotas de orvalho” na 
fronte do RN 
o Miliária rubra ou “brotoeja” → oclusão ductal intraepidérmica, sendo que a rotura do ducto sudoríparo leva 
ao extravasamento do suor para o tecido circunjacente, provocando inflamação 
▪ Pequenas pápulas ou vesicopápulas eritematosas, pruriginosas, eventualmente com pústula 
central, com predileção pela fronte, região cervical e axilar, 
▪ A miliária desaparece rapidamente pela aplicação de compressas frias e resfriamento do ambiente 
• Acne Neonatal → 20% dos RN, ocorre a partir de 7-14 dias de vida 
o Surgem comedões (pápulas com centro branco ou preto), pápulas eritematosas e pústulas, 
preferencialmente na face e por vezes no tronco superior e região proximal dos braços 
o As lesões desaparecem após semanas. 
CRÂNIO 
• Forma arredondada ou modelada, ajustada ao canal do parto, em apresentação cefálica, com cavalgamento parcial 
dos ossos do crânio → o Perímetro Cefálico varia de 33 a 38 cm, com média de 35 cm 
• As suturas são as junturas fibrosas entre os ossos do crânio → fontanelas são espaços fibroelásticos, normalmente 
planos, e são a convergência das suturas 
o Fontanela anterior ou bregmática → convergência das suturas metópica, coronária e sagital 
▪ Diâmetro de 1-3 cm (média 2 cm) e fecha entre 9-18 meses de vida (variação normal de 4m a 2a) 
o Fontanela posterior → convergência das suturas sagital e lambdoide 
▪ Diâmetro de 0,5-0,7 cm (média 0,6 cm), e fecha-se aos 2 meses de vida 
 
❖ Craniotabes → área amolecida deprimida no osso parietal, próximo à sutura sagital. 
o Decorre da compressão pontual do crânio pelo osso pélvico da mãe na cavidade uterina 
• Bossa serossanguínea → abaulamento com acumulo de sangue no tecido subcutâneo com/sem equimose, que 
ultrapassa as linhas de sutura → representa edema subgaleal por trauma do parto (a. 
cefálica), desaparece em dias 
• Cefalematoma → abaulamento decorrente de hematoma ABAIXO DO PERIOSTIO pelo 
trauma do parto → observado em 1-2%, geralmente no osso parietal → o 
abaulamento n ultrapassa a sutura e n tem equimose 
o Desaparece em 2s-3m → ele e a bossa facilitam a icterícia neonatal, pois uma 
coleção de sangue fora do vaso disponibiliza mais Hb para ser degradada 
rapidamente 
• Craniossinostose → representa fechamento prematuro de suturas cranianas, sendo 
que quando acontece em uma ou duas suturas, causa formato de crânio alterado 
o Se for de todas, impede crescimento normal do crânio e desenvolve HIC 
 
NEONATOLOGIA E PUERICULTURA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
• Fontanelas amplas → permanência de fontanelas grandes (principalmente anterior) 
o Pode estar associada a doenças → acondroplasia e hipotireoidismo congênito, síndrome de rubéola 
congênita, hidrocefalia, raquitismo, osteogênese imperfecta e trissomias (21, 13 e 18) 
• Hemorragias Subconjuntivais e retinianas → representadas por pequenos pontos hemorrágicos na conjuntiva e 
petéquias em face e pescoço, resolvendo-se em 2 semanas 
o Acontecem pela laceração de vasos sanguíneos por aumento da pressão intratorácica na passagem do tórax 
do bebê no canal de parto. 
 
FACE 
• Deve-se atentar para sinais que possam sugerir alguma síndrome genética → como pregas epicânticas, 
microftalmia, hipertelorismo ocular, base nasal achatada, filtro longo, micrognatia, baixa implantação de orelhas... 
• Assimetria de mímica facial pode estar associada à paralisia de 7º par craniano, hipoplasia do músculo depressor 
do ângulo da boca ou posição intrauterina viciosa 
• A ausência de mímica facial por paralisia facial bilateral é vista na síndrome de Möebius → ocorre agenesia ou 
hipoplasia do núcleo do 7º par no tronco encefálico 
 
❖ Olhos → fechados, mas abrem-se espontaneamente quando o neonato é inclinado para frente (reflexo labiríntico) 
• Reflexos pupilares presentes; isocoria; hemorragia subconjuntival, escleral e retiniana comuns 
• Córneas medindo aprox. 1 cm → se maiores ou houver lacrimejamento e fotofobia, investigar glaucoma congênito 
o Reflexo vermelho preservado (oftalmoscópio), com transparência do cristalino e corpo vítreo 
o Ausência de pregas epicânticas 
• Leucocoria → reflexo pupilar branco, que chama a atenção para investigação de catarata, retinoblastoma, 
coriorretinite e retinopatia da prematuridade 
• Conjuntivite pode decorrer do colírio de nitrato de prata (química) ou ser infecciosa 
• Microftalmia pode ser encontrada na toxoplasmose, rubéola e outras infecções congênitas 
• Estrabismo é comum e pode persistir até 3-6m, quando a coordenação dos movimentos oculares desenvolve 
 
❖ Orelhas → pavilhão auricular com formação completa, implantação normal das orelhas (hélice no plano dos olhos), 
membrana timpânica visível pela otoscopia 
o Audição pode ser testada no RN de alto risco para surdez neurossensorial (ex.: infecção congênita) através 
do potencial evocado auditivo 
❖ Boca → alterações comuns e transitórias 
o Língua relativamente grande com frênulo curto → anquiloglossia 
o Pérolas de Epstein → pequenos nódulos brancos no palato ou gengiva, são grupamentos de células epiteliaiso Aftas de Bednar → úlceras aftosas simétricas no palato 
o Dentes neonatais → geralmente 1 ou 2 incisivos inferiores, que tendem a cair espontaneamente 
 
❖ Nariz → simétrico e com narinas pérvias 
• Respiração é basicamente nasal, sendo testada aproximando um chumaço de algodão do nariz do RN 
• Permeabilidade das narinas tem de ser observada 
o Atresia das coanas pode justificar insuficiência respiratória em um RN 
o Coriza intensa pode ser encontrada em RN de mães tratadas com reserpina 
o Coriza mucossanguinolenta sugere sífilis congênita. 
 
APARELHO CARDIOVASCULAR 
• A FC do neonato pode variar de 90 bpm (durante o sono quieto) até 180 bpm (na atividade) 
• PAS ao nascer é de cerca de 70 mmHg, sendo um pouco menor nos RN PIG 
• A saturação arterial de O2 situa-se em 90% entre 30 e 180min 
o Cianose pode indicar cardiopatia ou doença respiratória 
• Pulsos amplos podem ser encontrados em prematuros com persistência do canal arterial 
o Se os pulsos nos mmii estiverem reduzidos, PA deve ser aferida nos 4 membros 
▪ Se houver persistência de algum fluxo através do canal arterial, os pulsos femorais podem não estar 
tão diminuídos na coarctação aórtica 
 
 
NEONATOLOGIA E PUERICULTURA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
• Podem ser auscultados sopros transitórios que, na maioria dos casos, não representam cardiopatias 
o Nos primeiros dias de vida a maioria dos RN apresentam, geralmente causados pelo ducto arterioso patente, 
o qual desaparece após 24h → sopro continuo, melhor auscultado no foco aórtico 
o Na maioria das malformações estruturais cardíacas não se ausculta sopro 
 
APARELHO RESPIRATÓRIO 
• A respiração intrauterina inicia-se por volta da 24ª semana de gestação, entre 30 e 90 irpm 
• FR no período neonatal varia de 30-60 irpm → prematuros podem apresentar valores mais elevados 
o FR > 60, durante períodos de respiração regular, indica doença provavelmente pulmonar ou cardíaca 
• O padrão respiratório é abdominal/diafragmático (na inspiração o tórax se retrai e o abdome se expande) e o ritmo 
respiratório é periódico → irregular e intercalado por pausas breves de duração < 10s 
o Os ápices pulmonares se expandem antes das bases → as bases têm total expansão em 2-4 dias 
• Esforço respiratório leve com tiragem intercostal discreta, pode ser encontrado em prematuros sem doença 
 
ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS 
• A volemia do RN é cerca de 85 ml/kg, e a hemoglobina no quarto dia é de 16-17% 
• O número de hemácias no final da 1ª semana é de 5.200.000/mm3 
• Leucometria ao nascer situa-se entre 15 a 20 mil células/mm3, caindo para 12 mil no final da 1ª semana 
o Predomínio de polimorfonucleares até o 6º dia e linfócitos até o 4º ano. 
• Contagem de plaquetas em torno de 250.000 células/mm3 
 
ALTERAÇÕES METABÓLICAS 
• A glicemia cai após as primeiras horas de vida, ficando em torno de 50 mg% até a primeira alimentação. 
o Após a alimentação se eleva para 50 a 70 mg% 
• O cálcio após o terceiro dia de vida situa-se em torno de 10,5 mg% 
 
ABDOME 
• Abdome escavado deve remeter à hérnia diafragmática congênita, pois grande parte das alças intestinais é 
deslocada para dentro da cavidade torácica por esse defeito anatômico do diafragma 
• Fígado costuma ser palpável até 2 cm abaixo da margem costal → baço geralmente não é palpável 
o O sistema glicuroniltransferase não está completamente maduro → ocasiona icterícia fisiológica do RN, de 
início em 48h e pico no terceiro dia, desaparecendo no final da primeira semana 
• A musculatura lisa do tubo digestivo tem tônus diminuído, facilitando a distensão abdominal 
o Porem uma distensão acentuada logo ao nascimento faz pensar em obstrução ou perfuração do tgi, 
geralmente por íleo meconial 
o Distensão que se inicia mais tardiamente pode representar obstrução intestinal, sepse ou peritonite 
• O ar atinge o cólon no primeiro dia de vida → radiografia abdominal deve revelar gás no reto em 24h 
• Mecônio pode ser eliminado logo após o nascimento, mas sua eliminação ocorre geralmente em 10-12h → devendo 
ser eliminado antes de 24h 
• A patência do ânus deve ser avaliada 
• A presença de artéria umbilical única sugere malformações congênitas associadas, principalmente renais 
o Coto umbilical mumifica na 1ª semana e cai entre 7-10 dias 
• Massas abdominais palpáveis anormais geralmente são de origem renal → hidronefrose e rim multicístico 
 
APARELHO URINÁRIO 
• A TFG se encontra baixa no período fetal e aumenta com a IG, assim como no período pós-natal 
• A produção do filtrado glomerular inicia em torno do 4º mês de vida intrauterina 
• 90% dos RN urinam nas primeiras 24h de vida, e 100% antes de 48h 
o Ao final do décimo dia, o volume urinário é de 100 a 300 ml por dia 
 
APARELHO GENITAL 
• A aderência do prepúcio à glande é comum, raramente necessitando de tratamento 
• Hiper-reflexia cremastérica pode elevar os testículos durante o choro ou no frio 
o Pode ocorrer hidrocele não comunicante, que em geral desaparece após o quarto mês 
• Hipertrofia de glândulas mamárias é comum nos 2 sexos devido a transferência de hormônios estrogênicos maternos 
 
NEONATOLOGIA E PUERICULTURA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
• Os pequenos lábios podem ser protrusos e apresentar pequenas sinéquias. 
o Pode-se perceber saída de secreção catarral, às vezes sanguinolenta, pela vagina. 
 
SISTEMA NERVOSO (REFLEXOS) 
• O RN alterna períodos de atividade motora com períodos de repouso, tendo tônus preservado com postura em 
flexão dos membros 
• Nos bebês a termo, o cotovelo não alcança o esterno na adução passiva do braço (“sinal do cachecol”) e o ângulo 
poplíteo é < 90º quando se tentada a flexão forçada sobre o tronco. 
 
❖ Reflexo de Moro (Reflexo do “Abraço”) → na posição supina (tronco para cima), eleva-se o bebê pelo tronco acima 
do plano da mesa e repentinamente o solta, apoiando-o em seguida para que não caia. 
o Objetivo é produzir extensão rápida do pescoço e cabeça → obtemos a abdução seguida da adução e flexão 
das extremidades superiores, flexão do pescoço e choro. 
o Aparece com 28-32 semanas de idade gestacional e desaparece aos 4 meses em sua forma completa 
▪ Aos seis meses desaparece definitivamente 
• Reflexo Tônico Cervical Assimétrico (Magnus de Kleijn) → rotação da cabeça para um lado por 15s na posição supina 
→ se espera extensão das extremidades do lado do queixo e flexão das extremidades do lado occipital 
o Aparece nas 35 semanas de idade gestacional e desaparece aos 3-4 meses pós-natais 
• Reflexo de Preensão Palmar → posição supina, examinador coloca o dedo na face palmar do bebê → flexão dos 
dedos e o fechamento da mão como resposta 
o Aparece nas 28-32 semanas de idade gestacional e desaparece aos 3-4 meses pós-natais 
• Reflexo de Preensão Plantar → posição supina, examinador comprime seu polegar sobre a face plantar, abaixo dos 
dedos → como resposta acontece a flexão dos dedos do pé 
o Desaparecimento aos 15 meses 
• Reflexo de Galant → bebê em prona com o tronco apoiado no braço do examinador, e com o dedo da mão 
contralateral, estimula a pele do dorso em movimento linear do ombro até as nádegas a 2 cm da coluna 
o Se espera como resposta a flexão do tronco, com a 
concavidade virada para o lado estimulado 
o Desaparece aos quatro meses 
• Reflexo do Extensor Suprapúbico → posição supina, pressiona-
se a pele acima do púbis com os dedos, se esperando a extensão 
de ambos os mmii, com rotação interna e adução da articulação 
coxofemoral 
o Desaparece ao final do primeiro mês 
• Reflexo do Extensor Cruzado → bebê colocado em posição 
supina e uma das extremidades inferiores é submetida à flexão 
passiva → se espera extensão do membro inferior contralateral 
com adução e rotação interna da coxa 
o Desaparece após seis semanas (um mês e meio) 
• Reflexo de Rossolimo → posição supina, percute-se 2-4x a 
superfícieplantar, havendo flexão dos dedos. 
o Desaparecimento com um mês. 
• Reflexo do Calcanhar → posição supina, percute o calcanhar do 
bebê estando ele com o membro em flexão de quadril e joelho, 
e tornozelo em posição neutra → resposta é extensão do MI 
o Desaparecimento em três semanas 
• Reflexo do Apoio Plantar e Marcha → segura-se o RN de pé pelas 
axilas e, ao colocar seus pés apoiados sobre uma superfície, ele retificará o corpo e iniciará a marcha reflexa 
o Desaparece aos dois meses 
• Reflexo de Landau → com uma das mãos suspendemos o lactente pela superfície ventral, e com a outra flexionamos 
a cabeça rapidamente → todo o corpo entra em flexão 
o Surge aos 3 meses e desaparece ao final do 2º ano 
 
NEONATOLOGIA E PUERICULTURA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
• Reflexo de Babkin → pressionamos a mão do lactente e verificamos a abertura da boca 
• Reflexo de Sucção → ao tocar os lábios de um lactente com o cotonete, há movimentos de sucção. 
o Desaparece em vigília aos três meses e durante o sono com seis meses. 
• Reflexo de Procura → ao tocar suavemente a bochecha do bb, ele roda o pescoço em direção ao lado estimulado e 
abre a boca 
• Reflexo de Expulsão → ao tocar a língua do RN com colher, por ex., ele faz movimentos de protrusão da mesma 
o Desaparece por volta dos 2 meses → permanência maior deve levantar suspeita de paralisia cerebral 
• Reflexo do Paraquedista → segura-se o lactente pela região ventral e o aproxima da mesa de exame bruscamente, 
para dar-lhe a impressão de que está caindo → a criança estende os braços e abre as mãos para proteger-se. 
o Surge aos 8-9 meses e permanece toda a vida 
 
SISTEMA ENDÓCRINO 
• A hipófise e a tireoide atingem pleno funcionamento antes do nascimento 
• Paratireoides exercem sua atividade logo após o nascimento. 
• Nos RN a termo, uma secreção semelhante a colostro pode aparecer, sem significado patológico. 
 
SISTEMA ORTOPÉDICO 
• Os membros são simétricos e exibem movimentação ativa 
• Nos bebês a termo, pregas plantares ocupam os 2/3 anteriores das plantas dos pés 
❖ Manobra de Barlow e Ortolani → utilizadas para avaliação e diagnóstico da displasia de quadril 
• Barlow é utilizado para induzir deslocamento em quadris instáveis → examinador segura as coxas do bebê apoiando 
seu polegar na virilha e o 4º e 5º dedos no grande trocanter femoral 
o Gentilmente, com a coxa em adução, imprime força para trás para induzir o deslocamento 
• Ortolani é exatamente o oposto → realizada para reduzir a cabeça femoral deslocada 
o Mãos na mesma posição, mas o movimento passivo realizado é abdução da coxa com tração para frente do 
grande trocanter 
▪ Dizemos que a manobra é positiva quando sentimos na mão um “clique” do quadril 
• Quando as manobras deixam dúvidas, exame útil p avaliação de displasia de quadril é USG da articulação 
 
Cuidados Na Unidade Neonatal 
• RN saudáveis de risco habitual devem ser levados para o quarto da mãe (alojamento conjunto) ou para berçário 
regular enquanto aguardam contato com a mãe 
• Berço deve ser preferencialmente de plástico claro para fácil visibilidade/cuidado, devendo ser limpo frequentemente 
o Toda a assistência profissional do RN deve ser feita no berço, incluindo EF, troca de roupas, aferição de 
temperatura, limpeza da pele... → outros locais aumentam risco para infecções cruzadas 
• Roupas e roupas de cama devem ser mínimas, apenas o suficiente para garantir o conforto do RN 
• Temperatura do ambiente onde o RN permanece deve corresponder a 22-26°C 
o A temperatura do RN deve ser aferida via axilar, com intervalo entre aferições de 4h nos primeiros 2 a 3 
dias e, depois disso, 8 horas 
o Temperaturas axilares de 36,5-37,4°C estão dentro do limite normal 
• Pesar o RN no dia do nascimento e diariamente após o nascimento 
• RN saudáveis devem ser colocados em decúbito lateral para reduzir riscos de morte súbita infantil 
• O vérnix descama espontaneamente em 2 a 3 dias, muito aderindo-se às roupas, que devem ser trocadas 
completamente todos os dias 
• Fralda checada antes e após alimentação e quando bebê chorar, trocando quando molhada ou suja 
o Area do períneo pode ser limpa com lenços umedecidos ou sabão neutro e água morna 
o O mecônio ou fezes devem ser limpos das nádegas com algodão limpo umedecido com água filtrada 
• O prepúcio de RN masculinos não deve ser retraído 
 
❖ Os recém-nascidos devem satisfazer alguns critérios antes da alta hospitalar 
• Prematuros e RN com alta precoce (< 48h) ou muito precoce (< 24h) têm maior risco de re-hospitalização 
o A alta precoce requer acompanhamento cuidadoso ambulatorial em casa (com a visita de enfermeira ou 
médico) ou no consultório dentro de 48 horas de alta. 
 
 
NEONATOLOGIA E PUERICULTURA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
Critérios Para Alta Médica Da Unidade Neonatal De Recém-Nascidos Normais 
• Curso descomplicado de anteparto, intraparto e pós-parto 
• Parto vaginal, idade gestacional apropriada 
• Sinais vitais normais e exames físicos sem anormalidades que exijam a continuidade da hospitalização 
• Urinação e defecação × 1 
• Pelo menos duas amamentações rotineiras bem-sucedidas 
• Sem sangramento excessivo após 2h de circuncisão 
• Sem icterícia dentro de 24h após o nascimento → se icterícia, adm apropriada de follow-up 
• Evidência de conhecimento, habilidade e confiança materna para o cuidado do bebê em casa 
o Amamentação, cuidado do cordão, pele e genitais 
o Reconhecimento de doenças (icterícia, má alimentação, febre) 
o Segurança do RN (banco de bebê para carro, posição para dormir de costas etc.) 
• Viabilidade de suporte familiar e médico (follow-up médico) 
• Avaliação laboratorial → sífilis (tratamento adequado), HbSag e vacinação ou indicação para vacinação 
o Teste de Coombs e tipagem sanguínea, triagem metabólica e auditiva 
• Sem riscos sociais → abuso de substâncias, histórico de abuso infantil, violência doméstica, doença mental 
o Mãe adolescente, falta de moradia, barreiras para acompanhamento 
• É pouco provável que todos esses critérios sejam conhecidos antes de 48 horas de vida. 
 
 
LITERATURA: 
- Nelson Tratado de Pediatria 20ª Ed. 
- Tratado de Pediatria SBP 
- Overview of the routine management of the healthy newborn infant – UpToDate 
- Assessment of the newborn infant – UpToDate 
- MEDCURSO – Neonatologia 2019

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