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John Locke

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John Locke 
Da lei natural, como modelo fixo de sociedade, 
para ideia de pacto racional feito pelos seres 
humanos. 
ESTADO DE NATUREZA – estado onde as 
pessoas estão ligadas entre si por leis ou por um 
poder, estão soltas no mundo e em liberdade 
natural, pois tudo está disponível a todos. 
Há uma sociabilidade natural no ser humano, 
mas a sociedade civil (ou política) é uma criação 
racional. 
Cria-se uma Sociedade Civil/Política quando as 
pessoas passam a ser obedientes às mesmas 
leis e a uma jurisdição comum e imparcial (não 
emocional) para julgar os conflitos. Não é pacto 
de submissão, mas de confiança entre os 
atores, pois cria-se a sociedade por um juízo de 
conveniência. 
E, nela, ganha-se a liberdade civil, ou seja, a 
segurança de gozar dos benefícios da lei que se 
pactuou. 
Sociedade civil é uma criação do produto da 
conjunção de vontades individuais visando à 
estabilidade e à paz. 
A sociedade resulta do encontro mais ou menos 
temporário de seres humanos e os homens 
podem reforçar ou não os laços de sua 
sociabilidade. 
O homem não “nasce”, mas pode vir a tornar-se 
pessoa na medida em que submete sua 
vontade às leis naturais que a razão lhe indica. 
Deixado à sua própria natureza, cada homem 
vive em uma situação de perfeita liberdade. 
Para Locke, o conteúdo da lei natural não 
consiste na autopreservação, mas na 
preservação da humanidade. 
Apela ao aprendizado pela experiência e 
observação, contra o inatismo clássico. 
Pela repetição, é possível superar as 
dificuldades inerentes a determinados 
comportamentos. 
As ideias são apenas prováveis, pois se 
constituem a partir de uma multiplicidade de 
pontos de vistas. 
A razão é a ponderação sobre a conveniência ou 
não entre as ideias (lógica). É ela. Também, um 
juízo moral – indivíduo pode se tornar pessoa à 
medida em que, subjugando suas paixões, 
passa a obedecer aos primados de uma razão e 
a responder por suas ações. 
A razão implica a suspensão da opinião de 
modo a permitir a reflexão. 
Defende a importância da educação para a 
formação de ideias claras e sem vícios, para 
uma razão lúcida aos cidadãos que lhes permita 
formular boas leis. 
As pessoas podem ser impedidas de 
compreender a procedência de um 
determinado argumento em virtude de um 
conjunto de quatro fatores: 
• Precárias condições de vida. 
• Ideia de que o conhecimento se chega 
pela reflexão e não pela fé. 
• Preguiça. 
• Tomam por verdadeiras as proposições 
que têm maior finalidade com suas 
crenças. 
Defensor ferrenho da tolerância, numa 
perspectiva antidogmática de respeito pelas 
diferenças de crenças e opiniões. Convívio de 
várias religiões em um mesmo espaço social. 
Locke é cristão. 
Ateísmo era rejeitado. 
Não existe qualquer razão para o governo 
interferir nos assuntos religiosos: 
• Ninguém pode renunciar à sua busca de 
salvação em favor de uma autoridade 
política. 
• Não se deve imiscuir no interior da 
mente humana. 
O temor de Deus é necessário para garantir que 
as pessoas cumpram com sua palavra. 
Religião tem de estar de acordo com o bem 
comum. 
Foi um consolidador da ideia de Governo 
Representativo – Parlamento Inglês, sistema 
representativo das diversas ideias na sociedade, 
que se expandiu ao mundo moderno ocidental. 
Acreditava que a religião tinha uma importante 
função na manutenção da sociabilidade, pois o 
temor a Deus tornava os homens confiáveis 
(fazendo com que cumprisse sua palavra), rumo 
ao bem comum. 
Mas a sociedade política é de natureza civil, e 
não deve o Estado impor religião ao súdito 
(primeiros sentidos do Estado Laico), mas 
apenas protege-lo e à sociedade como um todo. 
Da noção social da propriedade medieval, para 
a noção individual de propriedade em Locke. 
A propriedade deriva do trabalho, aplicado 
sobre as coisas a todos disponíveis, sendo o 
inspirador, assim, da teoria do valor trabalho. 
Trabalho legitima a apropriação privada da 
terra. 
O trabalho, em contraposição ao vício da 
preguiça, é o dever do homem com Deus. 
A propriedade privada, assim conquistada, é 
direito natural, e não da ação do Estado (como 
pensava Hobbes). 
Mas haveria limites morais à acumulação – uma 
justiça distributiva: deixar o bastante para os 
outros, não desperdiçar, só acumular o fruto do 
próprio trabalho, não exceder a capacidade de 
seu consumo. 
O direito à propriedade passa a justificar-se 
como condição da realização moral do 
indivíduo. 
Comunidade política se forma pela confiança, 
que é pré-condição da formação dos pactos, e 
que garante que esses serão cumpridos. 
Dever do Estado de proteger a sociedade, e não 
o de obrigar os súditos a praticar o que o Estado 
considera ser a religião correta. 
• Administrar o sistema colonial. 
• Tráfico de escravos. 
• Regular o comércio. 
• Garantir o bem-estar da popu8lação. 
• Proteger o sistema mercantilista. 
Cada cidadão deve ser capaz de garantir-se a si 
mesmo e a seus dependentes, cabendo ao 
Estado implementar políticas sociais para 
ajudar aqueles incapazes de se manterem a sair 
dessa situação de dependência e precariedade. 
Não é o Estado que cria a sociabilidade, e não é 
a força que garante o pacto – a força, para 
Locke, era de uso excepcional. 
O Estado surge para mediar e resolver os 
conflitos quando esse tipo de apropriação 
privada ganha escala. 
O princípio da responsabilidade individua e a 
limitação a ação do Estado. 
O legislativo é o poder supremo – representa a 
soberania da comunidade; e suas leis se 
aplicam a todos (independentemente da 
posição social). 
Afirma o direito a rebelião do povo se o governo 
se afastar dos fins estabelecidos nas leis. 
Não há qualquer razão para que os indivíduos 
sejam destituídos de seus direitos naturais com 
vistas a uma sociabilidade pacífica. 
Só o consentimento pode legitimar o exercício 
do poder do Estado. 
Poder político como direito de legislar e 
implementar leis com vistas a preservar a 
propriedade e a comunidade, sempre em prol 
do bem público. 
Todas as pessoas buscam a felicidade, mas 
observa que a felicidade só se realiza se as 
paixões forem instrumentadas pela razão. 
Igualdade postulada por Locke não é de ordem 
biológica e sim protojurídica, pois se trata de 
uma igualdade frente à lei natural. 
A preservação da humanidade ganha 
prioridade sobre a e cada um. 
As decisões coletivas devem obedecer ao 
princípio majoritário. 
A comunidade é soberana, embora o legislativo 
seja o poder supremo. 
Leis têm caráter universal. 
Separação entre os poderes visa garantir que o 
Legislativo não usurpe da sua atribuição. 
O Executivo fica com a atribuição de aplicar e 
supervisionar as leis vigentes.

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