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20/09/2021 15:16 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=31E8E5B4D458889%21317&page=Edit&wd=target%28TUTORIA.one%7Cfaa4abcb-11d6-40ec-a819-f528c… 1/6 27/05- SP3 quinta-feira, 28 de maio de 2020 10:12 SP3 - “Passeio ao shopping” Cora, de 85 anos, mora com filho Lauro, de 55 anos de idade, que trabalha em tempo integral, por isso a idosa se sente muito só no dia a dia. Cora sempre foi muito ativa e até um ano atrás fazia exercícios regularmente, apesar das várias intercorrências de saúde (diabetes, hipertensão, incontinência urinária, artrose em joelhos). Gosta de ir ao shopping, mas não costuma ter companhia. No início deste ano fez de três quedas consecutivas e os demais filhos começaram a impedi-la de sair sozinha, em virtude de temerem pela sua integridade física. Acompanhando há algum tempo a família de Cora, mesmo esta tendo plano de saúde e só aceitando a visita por conhecê-la desde criança, a Agente Comunitária de Saúde – Solange resolveu discutir o caso com a equipe de saúde, para poderem pensar se um projeto terapêutico singular poderia ajudar Dona Cora a recuperar o brilho nos olhos de outros momentos. Então, a primeira ação pensada foi uma interconsulta e Solange, com seu jeitinho e o vínculo de anos com Dona Cora, foi conversar com ela, rememorou histórias antigas, deram umas boas risadas e daí perguntou: “Dona Cora, o pessoal lá da Unidade trabalha tão bem, confio tanto neles, a senhora aceitaria conversar com a médica, a fisioterapeuta e a nutricionista, para gente investigar mais sobre suas quedas?” Dona Cora respondeu: “mas, Solange, já fui ao médico do plano e estou tomando os remédios que ele passou...” Dona Cora, não precisa deixar de ir nele... A gente só queria acompanhar por aqui também, por isso, combinei um dia que as três estivessem, para poderem lhe atender juntas – disse Solange. Tá bom, minha filha, como você tá pedindo, vou pedir algum dos meninos para me levar lá... Chegando à Unidade Básica de Saúde, Cora e seu filho ficaram impressionados com a boa estrutura, com o atendimento recebido e com o encaminhamento para realizar hidroginástica em um serviço ofertado pelo município. Encontrando Solange na saída, Dona Cora falou: “Ah, minha filha, nunca imaginei que o SUS fosse desse jeito... Até me animei mais!” E Solange retrucou: “Esse é apenas o primeiro passo, fiquei feliz que a senhora tenha aceito meu convite... Da próxima vez que for à sua casa, quero – com a senhora e quem tiver lá – planejarmos os próximos passos, para pensarmos em cuidados que vão lhe ajudar a voltar àqueles velhos passeios ao shopping...” PROBLEMAS: 1- Idosa se sente muito só no dia a dia. 2- Parou de fazer exercícios. 3- Várias intercorrências em saúde; Diabetes. 4- Hipertensão. 5- Incontinência urinária. 6- Artrose em joelhos. 7- 3 quedas consecutivas. 8- Impedida de sair sozinha. 9- Não conhecimento de seus direitos. 10- Descrença da família no sus. HIPÓTESES: 1- Envelhecimento do ouvido. 2- Sarcopenia. 3- Distúrbios osteomioarticulares. 4- Lesão do sistema músculo esquelético. 5- Poli farmácia. 6- Uso de corticosteroides a longo prazo. 7- Uso de AINEs a longo prazo. 8- Limitação da mobilidade. 9- Maior risco de fraturas. 10- Possivel osteoporose. 11- Risco de ficar sozinha em casa. PERGUNTAS Quais as alterações fisiológicas no sistema osteomioarticular na senescência? A perda de massa e de qualidade muscular relacionadas ao envelhecimento são substrato para um processo chamado sarcopenia e, consequentemente, a Síndrome de Fragilidade, que é relacionada ao aumento das incapacidades e da fragilidade entre idosos. A diminuição da força muscular – dinapenia – é contínua e global, porém é mais proeminente em alguns grupos musculares, como o antebraço e a panturrilha. Tais mudanças contribuem para alteração na marcha e dificuldade em atividades mais complexas. A diminuição de corpúsculos de Meissner e Pacini – tato fino e pressão – também ocorre, ocasionando a incoordenação motora Estudos com tomografia computadorizada mostraram que, após os 30 anos, há diminuição na área de musculatura no corte seccional da coxa, bem como diminuição da densidade muscular relacionada ao aumento de gordura intramuscular. O número de fibras musculares na secção do vasto lateral da coxa aferido em autópsia é 23% menor em idosos quando comparado com jovens – sarcopenia. Redução de massa muscular no idoso se acentua a partir dos 80 anos: o tecido muscular tende a diminuir aproximadamente 50% entre os 20 e 90 anos, e a força muscular sofre perda de 20/09/2021 15:16 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=31E8E5B4D458889%21317&page=Edit&wd=target%28TUTORIA.one%7Cfaa4abcb-11d6-40ec-a819-f528c… 2/6 15% por década a partir dos 50 anos. A força muscular do diafragma sofre pouca alteração, enquanto a força da musculatura da panturrilha diminui significativamente ao longo dos anos. A musculatura vai diminuindo, especialmente as fibras tipo II, de contração rápida, como as encontradas nas mãos. Com isso a força muscular vai diminuindo, estando na 8a década de vida 40% menor quando comparada à 2a década. Em contrapartida, há aumento proporcional da gordura, especialmente em torno da cintura pélvica, provocando modificações da silhueta. As alterações ósseas no envelhecimento são diversas em ambos os sexos, porém são mais acentuadas nas mulheres menopausadas devido às alterações hormonais. Há modificações na arquitetura óssea – rearranjo trabecular –, acúmulo de microfraturas, disparidade localizada na concentração de depósitos minerais, alterações no conteúdo proteico da matriz óssea, aumento de paratormônio (PTH) e redução de metabólitos ativos de vitamina D. <A, Tatiana Alves de Araujo et al . Sarcopenia associada ao envelhecimento: aspectos etiológicos e opções terapêuticas. Rev. Bras. Reumatol., São Paulo , v. 46, n. 6, p. 391-397, Dec. 2006 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042006000600006&lng=en&nrm=iso>. access on 07 June 2020. https://doi.org/10.1590/S0482-50042006000600006.> Quais as principais doenças osteomioarticulares? OSTEOPOROSE A osteoporose (OP) é uma doença esquelética crônica caracterizada pela baixa massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, causando alto risco de fraturas e perda da qualidade de vida. No estado pré-clínico, a OP é caracterizada, simplesmente, pela baixa massa óssea sem fraturas, e, geralmente, é assintomática, não levando o paciente ao médico, retardando o diagnóstico. Caracteriza-se por resistência óssea comprometida, predispondo ao aumento do risco de fratura, à dor, à deformidade e à incapacidade física. A resistência óssea reflete a integração entre densidade e qualidade óssea, que, por sua vez é determinada por vários fatores: microarquitetura trabecular interna, taxa de remodelamento ósseo, macroarquitetura, acúmulo de microdanos, grau de mineralização e qualidade da matriz OSTEOMALACIA Trata-se de doença óssea generalizada, caracterizada por acúmulo de matriz não mineralizada ou osteoide no esqueleto devido à deficiência de vitamina D. A osteomalacia por deficiência da vitamina D ocorre principalmente pela falta de exposição à luz solar ou pelo aumento da pigmentação da pele. As pessoas negras têm maior risco porque a melanina absorve os raios ultravioleta B, diminuindo a fotoconversão da provitamina D3, embora a maior densidade óssea inicial, característica étnica, proteja contra fraturas ósseas na velhice. Também é vista em pessoas malnutridas. Mesmo quando a vitamina D é oferecida pela dieta, pode sofrer diminuição de sua absorção pelo intestino delgado nos pacientes portadores de síndrome de má absorção, como os que sofreram cirurgias gástricas, bypass ileojejunal, nos portadores de insuficiência pancreática, doença colestática do fígado, doença inflamatória intestinal e outras. MANIFESTAÇÃO CLÍNICA Inicialmente, é assintomática, dificultando a realização do diagnóstico.Com o avanço da clínica, o paciente se queixa de fraqueza muscular, especialmente proximal, marcha anserina, sensação de fadiga e humor deprimido, antecedendo a dor óssea difusa. Ocorrem deformidades esqueléticas no eixo axial, levando à cifose, escoliose e alterações na caixa torácica, pélvis e ossos longos. Observa-se dificuldade para levantar-se de cadeiras e subir escadas. Devido à hipocalcemia, pode surgir tetania, com parestesia e cãibras nas mãos e ao redor dos lábios. Quando o comprometimento é grave, o paciente pode exibir marcha cambaleante com base alargada. Como a OP, pequenos traumas podem levar a fraturas DOENÇA DE PAGET A doença de Paget tem uma importância muito grande para a população geriátrica por ser a segunda causa mais comum de doença óssea. Seus sintomas podem levar a importantes limitações físicas, bem como à perda de qualidade de vida nos indivíduos afetados. Ela pode ser responsável por dores crônicas nas costas, dores articulares, deformidades esqueléticas, perda de audição e compressão de nervos cranianos. A característica da patologia é o aumento da reabsorção óssea mediada por osteoclastos, com imediata formação óssea que conduz à produção de um osso maior em tamanho, menos compacto, com mais vascularização e mais suscetível a deformidades ou fraturas do que um osso normal. PATOLOGIA A lesão inicial na doença de Paget é um aumento na reabsorção óssea. Isso ocorre em associação com uma anormalidade nos osteoclastos encontrados nas áreas afetadas. Os osteoclastos pagéticos são mais numerosos e contêm substancialmente mais núcleos do que os osteoclastos normais, com até 100 núcleos por célula observados por alguns investigadores. Em resposta ao aumento de reabsorção óssea, numerosos osteoblastos são recrutados para as áreas pagéticas, onde ocorre uma ativa e rápida nova formação óssea e, devido à natureza acelerada do processo, surge um novo osso. Fibras de colágeno recém-depositadas são https://doi.org/10.1590/S0482-50042006000600006 20/09/2021 15:16 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=31E8E5B4D458889%21317&page=Edit&wd=target%28TUTORIA.one%7Cfaa4abcb-11d6-40ec-a819-f528c… 3/6 dispostas a esmo, e não de forma linear, criando osso entrelaçado mais primitivo. A medula óssea fica infiltrada com excessivo tecido conjuntivo fibroso e por um número maior de vasos sanguíneos, o que explica o estado hipervascular do osso. SINAIS E SINTOMAS Os sinais e sintomas dependem, sobretudo, da localização do osso afetado e do grau de acometimento. - Dor óssea, que é a manifestação clínica mais comum. Descrita como profunda, irritante, piorando à noite e em repouso. Provavelmente está relacionada com o aumento da pressão intraóssea, devido ao aumento da circulação periosteal e interna do osso, que estimula as fibras dolorosas localizadas nos canalículos. Há aumento da temperatura local, podendo-se auscultar ruídos na tíbia e no crânio - Irregularidades e maior dureza nos ossos do crânio, assim como deformidades ou alargamento de ossos longos - Dor articular ou proximal à articulação, podendo ocorrer perda da cartilagem, o que leva à osteoartrite, mais frequente nos joelhos e nas articulações coxofemorais - Alargamento ou aumento do volume da articulação decorrente da expansão óssea, ou mesmo de artrite - Fratura dos ossos longos pela fragilidade óssea. Geralmente decorre de fissuras incompletas na cortical, podendo chegar a uma fratura completa (10 a 15% dos pacientes) - Falta de consolidação das fraturas - Lombalgia decorrente de estenose de canal, fraturas vertebrais e outras alterações ósseas que podem comprimir raízes nervosas e desencadear dor - Complicações dentárias - Degeneração neoplásica do osso pagético, que é um acontecimento relativamente raro, com incidência de menos de 1%. Essa anormalidade tem um prognóstico grave, tipicamente se manifestando como uma nova dor em um locus pagético - Tumores benignos de células gigantes, que podem ocorrer, também, no osso afetado pela doença de Paget. Entre os sintomas neurológicos, encontram-se hipoacusia (em 50% dos pacientes), tinido, alterações do olfato, complicações visuais, paralisia de nervos cranianos, hidrocefalia, síndromes do tronco cerebral e cerebelares. São ainda sintomas da doença de Paget síndromes de insuficiência vascular, insuficiência cardiovascular, hipercalcemia de imobilização e calcificação extraóssea, como a valvar. OSTEOARTRITE A doença é resultado de lesão e reparação aberrante tecidual, como reação à lesão primária. A osteoartrite (OA), no passado conhecida como osteoartrose, é uma doença altamente prevalente principalmente na população acima dos 60 anos, e que leva a alterações na funcionalidade (ligadas à realização das atividades de vida diária) dos indivíduos que por ela são acometidos. Pode ainda limitar a mobilidade, com alto impacto social e econômico para os sistemas de saúde. a OA é considerada como insuficiência da articulação, com o comprometimento de todas as estruturas que a formam. Além disso, é encarada como uma doença na qual é possível modificar o seu curso evolutivo, tanto em relação ao tratamento imediato quanto ao seu prognóstico MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A OA apresenta início insidioso, lento e gradualmente progressivo ao longo de vários anos, principalmente nas articulações de carga, na coluna e nas mãos. O acometimento dos punhos, cotovelos e ombros são pouco frequentes, e a sua ocorrência deve sugerir outras causas, salvo se houver história de trauma prévio ou qualquer outro fator predisponente. Os pacientes descrevem uma dor mecânica nas articulações envolvidas, isto é, a dor aparece quando se movimenta a articulação, desaparecendo ao repouso. ARTRITE REUMATÓIDE A artrite reumatoide é uma doença inflamatória sistêmica, autoimune e crônica, caracterizada pelo acometimento primordial das articulações sinoviais. A inflamação sinovial progressiva, associada à destruição da cartilagem articular e do osso marginal, pode levar a deformidades e, consequentemente, a uma redução na qualidade de vida e na capacidade física dos pacientes. Define-se como artrite reumatoide do idoso a doença de início após os 60 anos de idade. Classicamente, a artrite reumatoide é caracterizada por dor e edema poliarticulares simétricos, principalmente nas pequenas articulações das mãos e dos pés. As articulações mais comumente acometidas são a segunda e a terceira metacarpofalangeanas, as interfalangeanas proximais das mãos, as metatarsofalangeanas, punhos, joelhos, cotovelos e ombros. Pode também haver queixa de dor em coluna cervical e em região de articulação temporomandibular. Nos indivíduos idosos, o número de articulações acometidas pode ser menor, e é mais frequente o envolvimento de grandes articulações, como os ombros, nas quais muitas vezes pode ser encontrado derrame articular. 20/09/2021 15:16 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=31E8E5B4D458889%21317&page=Edit&wd=target%28TUTORIA.one%7Cfaa4abcb-11d6-40ec-a819-f528c… 4/6 A rigidez matinal, descrita pelos pacientes como a dificuldade em abrir e fechar as mãos ao acordar, tem grau direto com a atividade da doença, podendo desaparecer quando a mesma está em remissão. Quando a doença está em atividade, a rigidez é prolongada, geralmente superior a 1 h. <Tratado de Geriatria e Gerontologia> 5. Fisiopatologia da osteoporose e hormônios envolvidos. O osso é uma forma rígida de tecido conjuntivo, formado por células, osteócitos, osteoblastos (Ob) e osteoclastos (Oc). Os osteócitos encontram-se embebidos em uma matriz proteica de fibras colágenas impregnadas de sais minerais, especialmente de fosfato de cálcio. A matriz apresenta-se, na fase orgânica, constituída de colágeno, proteínas e glicosaminoglicanos; na fase inorgânica, encontram-se, principalmente, hidroxiapatita (fosfato de cálcio) e menores quantidades de outros minerais. Os Ob e os Oc estão no periósteo e no endósteo, formando a matriz óssea. As fibras colágenas dão elasticidade, e os minerais, resistência. Na infância, doisterços da substância óssea são formados por tecido conjuntivo. Na velhice, são os minerais que predominam. Essa transposição de conteúdo leva a menor flexibilidade e aumenta a fragilidade do osso. Na composição do esqueleto, há aproximadamente 80% de osso cortical ou compacto, com funções mecânica e protetora, portanto mais resistente, e 20% de osso trabecular ou esponjoso, mais frágil, responsável pela função metabólica. Como ocorre a perda de massa muscular no idoso? Porque é importante fortalecer o sistema musculoesquelético? Além de apontar que o fortalecimento muscular é capaz de aumentar a rigidez dos músculos e do complexo tendão-aponeurose, alguns estudos têm proposto que o fortalecimento isotônico em posição alongada pode diminuir a rigidez muscular devido à adição de sarcômeros em série e ao consequente aumento do comprimento muscular <https://www.scielo.br/pdf/fm/v25n4/a20v25n4.pdf> Quais as alterações fisiológicas do sistema auditivo na senescência? Patologias do sistema auditivo mais comuns em idosos. A perda auditiva pode ser classificada como de condução (em que o estímulo sonoro se perde em estruturas do ouvido externo ou médio, sem atingir a cóclea), sensorineural (em que há problemas cocleares ou no nervo vestibulococlear) ou mista. A perda auditiva de condução também é chamada de periférica, enquanto a sensorineural é denominada de central. PRESBIACUSIA A presbiacusia é a principal causa de perda auditiva em idosos. Ela pode decorrer de lesões nas células sensórias do órgão de Corti (com perdas para sons de alta frequência), nos neurônios aferentes (com perda na capacidade de discriminar palavras), na estria vascular (com redução do volume do som ouvido), na membrana basilar (com perda de mais de 50 dB em todas as frequências) ou no sistema nervoso central (com dificuldade de compreender o som que é ouvido). Na presbiacusia, apesar do aumento do limiar para a percepção sonora (os sons precisam ter maior intensidade para serem ouvidos), a tolerância à intensidade do som mantém-se inalterada, estreitando o espectro acústico útil. O fenômeno do recrutamento, em que a sensação de intensidade sonora experimentada pelo paciente cresce desproporcionalmente ao real aumento da intensidade física do som, prejudica ainda mais sua capacidade auditiva. Queixas de zumbido podem ocorrer à medida que a perda auditiva torna- se mais significativa. As mudanças da audição no envelhecimento incluem progressiva degeneração sensorial, neural, estrial e de suporte das células da cóclea além do processamento neural central. Os efeitos da idade no sistema auditivo periférico e central interagem com mudanças na diminuição do suporte cognitivo, diminuição da percepção e elevação de limiares, redução da compreensão de fala no ruído e ambientes reverberantes, interfere na percepção das mudanças rápidas na fala, e na localização do som <BARALDI, Giovana dos Santos; ALMEIDA, Lais Castro de; BORGES, Alda Cristina de Carvalho. Evolução da perda auditiva no decorrer do envelhecimento. Rev. Bras. Otorrinolaringol., São Paulo , v. 73, n. 1, p. 64-70, Feb. 2007 .> Quais os aspectos biopsicossociais envolvidos na perda ou limitação da deambulação do idoso? A marcha do idoso difere da do adulto entre outros fatores, pelo menor comprimento dos passos, pela menor extensão dos joelhos, por menor força na flexão plantar dos tornozelos e por menor velocidade dos passos. Em uma avaliação clínica – reconhecendo que o envelhecimento traz consigo um decréscimo na informação sensorial, um retardo nas respostas e outras limitações musculoesqueléticas. Infelizmente muitos adultos e idosos aceitam os transtornos da marcha e a diminuição da mobilidade como mudanças “normais” do envelhecimento. <TRATADO DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA> Como prevenir quedas na terceira idade, e qual a epidemiologia e número de ocorrências de fraturas nos idosos? https://www.scielo.br/pdf/fm/v25n4/a20v25n4.pdf 20/09/2021 15:16 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=31E8E5B4D458889%21317&page=Edit&wd=target%28TUTORIA.one%7Cfaa4abcb-11d6-40ec-a819-f528c… 5/6 As quedas têm etiologia multifatorial, e seus fatores causadores são classificados como intrínsecos e extrínsecos. São chamadas intrínsecas as alterações fisiológicas do envelhecimento, doenças e efeitos causados pelo uso de fármacos. E os extrínsecos englobam fatores relacionados às circunstâncias sociais e ambientais que criam desafios ao idoso. Nesse contexto, os fatores de risco de queda são considerados abrangentes e variados. Vão desde histórico de quedas, diminuição de força, alterações de equilíbrio e marcha, deficiência visual, disfunções cognitivas, medicamentos, polifarmácia, depressão, osteoartrose, limitações funcionais, perda de massa muscular, incontinência urinária, artrite, diabetes, vertigens, até dores não tratadas. As pessoas que manifestam quatro dos fatores mencionados possuem risco de queda de 78%, um número bastante elevado e preocupante. Prevenir essas quedas não beneficia somente o paciente, mas também seus familiares, a equipe multiprofissional de cuidados de saúde e todo o sistema de saúde, haja vista os efeitos devastadores sobre os acidentados e a sobrecarga da família e do sistema de saúde. As triagens e as avaliações para os riscos de quedas devem ter prioridade <MAIA, Bruna Carla et al . Consequências das quedas em idosos vivendo na comunidade. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio de Janeiro , v. 14, n. 2, p. 381-393, June 2011 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S1809-98232011000200017&lng=en&nrm=iso>. access on 22 June 2020. https://doi.org/10.1590/S1809-98232011000200017.> https://doi.org/10.1590/S1809-98232011000200017 20/09/2021 15:16 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=31E8E5B4D458889%21317&page=Edit&wd=target%28TUTORIA.one%7Cfaa4abcb-11d6-40ec-a819-f528c… 6/6 Quais são as alterações do projeto terapêutico singular para atender as necessidades do idoso? A experiência na elaboração do PTS possibilitou conhecer mais profundamente os idosos envolvidos, fomentar discussões com embasamentos críticos, propiciar trocas de experiências e ideias entre os membros do projeto. Além disso, contribuiu para transformar as práticas de cuidado ao modificar o foco da doença para a centralidade nas necessidades dos idosos em seu contexto social, delineando ações coerentes ao contexto de vida da população envolvida, com vista em melhorar a saúde dessa população. <https://www.unicesumar.edu.br/epcc-2015/wp- content/uploads/sites/65/2016/07/ana_caroline_oliveira_gomes.pdf> Qual o risco do uso prolongado do uso de antinflamatorios estoroidais e não esteroidais? A probabilidade de ocorrência de úlcera ou sangramento aumenta com o uso em doses altas ou prolongada do AINE, administração concomitante de corticoesteroides e/ou anticoagulantes, tabagismo, bebidas alcoólicas e idade avançada. O uso prolongado de AINEs pode causar elevação de 5 a 6 mmHg da pressão arterial média, principalmente em hipertensos, e interferir com os efeitos anti-hipertensivos de diuréticos, betabloqueadores e inibidores da ECA. Entretanto, há grande variação dos resultados entre os fármacos e entre os estudos clínicos. <BATLOUNI, Michel. Anti-inflamatórios não esteroides: Efeitos cardiovasculares, cérebro-vasculares e renais. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v. 94, n. 4, p. 556-563, Apr. 2010 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0066-782X2010000400019&lng=en&nrm=iso>. access on 07 June 2020. https://doi.org/10.1590/S0066-782X2010000400019.> Discutir sobre os aspectos legais associados a abandono, solidão e acidentes domésticos do idoso. O abandono pode ser material, afetivo e afetivo inverso, o primeiro incide na ação ou omissão de dar provimento na subsistência da pessoa com mais de 60 anos de idade, já o segundo, decorre da ausência de afeto e o terceiro é proveniente da ausência de afeto dos filhos para com os pais idosos. Essastrês espécies acarretam danos psicológicos irreparáveis como o sofrimento, angústia, desprezo, condições de sobrevivência desumanas e degradantes. A legislação traz direitos e deveres para a família e a sociedade no que tange na proteção da pessoa idosa. A Constituição Federal, estabelece que ninguém deverá ser abandonado quando atingir a velhice. Para corroborar com os direitos estabelecidos na Carta Magna, foi criado o Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-civil/a-responsabilidade-civil-e-criminal-decorrente-do- abandono-do-idoso/ Reflexão: Nesta aula eu faltei. https://www.unicesumar.edu.br/epcc-2015/wp-content/uploads/sites/65/2016/07/ana_caroline_oliveira_gomes.pdf https://doi.org/10.1590/S0066-782X2010000400019 https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-civil/a-responsabilidade-civil-e-criminal-decorrente-do-abandono-do-idoso/
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