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Exercício sobre senescência do sistema muscular, ósseo e auditivo

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20/09/2021 15:16 OneNote
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27/05- SP3 
quinta-feira, 28 de maio de 2020 10:12 
SP3 - “Passeio ao shopping” 
 Cora, de 85 anos, mora com filho Lauro, de 55 anos de idade, que trabalha em tempo integral, por isso a
idosa se sente muito só no dia a dia. Cora sempre foi muito ativa e até um ano atrás fazia exercícios
regularmente, apesar das várias intercorrências de saúde (diabetes, hipertensão, incontinência urinária,
artrose em joelhos). Gosta de ir ao shopping, mas não costuma ter companhia. No início deste ano fez de
três quedas consecutivas e os demais filhos começaram a impedi-la de sair sozinha, em virtude de
temerem pela sua integridade física. 
 Acompanhando há algum tempo a família de Cora, mesmo esta tendo plano de saúde e só aceitando a
visita por conhecê-la desde criança, a Agente Comunitária de Saúde – Solange resolveu discutir o caso
com a equipe de saúde, para poderem pensar se um projeto terapêutico singular poderia ajudar Dona
Cora a recuperar o brilho nos olhos de outros momentos. 
 Então, a primeira ação pensada foi uma interconsulta e Solange, com seu jeitinho e o vínculo de anos
com Dona Cora, foi conversar com ela, rememorou histórias antigas, deram umas boas risadas e daí
perguntou: “Dona Cora, o pessoal lá da Unidade trabalha tão bem, confio tanto neles, a senhora aceitaria
conversar com a médica, a fisioterapeuta e a nutricionista, para gente investigar mais sobre suas
quedas?” Dona Cora respondeu: “mas, Solange, já fui ao médico do plano e estou tomando os remédios
que ele passou...” 
Dona Cora, não precisa deixar de ir nele... A gente só queria acompanhar por aqui também, por isso,
combinei um dia que as três estivessem, para poderem lhe atender juntas – disse Solange. Tá bom, minha
filha, como você tá pedindo, vou pedir algum dos meninos para me levar lá... 
Chegando à Unidade Básica de Saúde, Cora e seu filho ficaram impressionados com a boa estrutura, com
o atendimento recebido e com o encaminhamento para realizar hidroginástica em um serviço ofertado
pelo município. Encontrando Solange na saída, Dona Cora falou: “Ah, minha filha, nunca imaginei que o
SUS fosse desse jeito... Até me animei mais!” E Solange retrucou: “Esse é apenas o primeiro passo, fiquei
feliz que a senhora tenha aceito meu convite... Da próxima vez que for à sua casa, quero – com a senhora
e quem tiver lá – planejarmos os próximos passos, para pensarmos em cuidados que vão lhe ajudar a
voltar àqueles velhos passeios ao shopping...” 
 
PROBLEMAS: 
1- Idosa se sente muito só no dia a dia. 
2- Parou de fazer exercícios. 
3- Várias intercorrências em saúde; Diabetes. 
4- Hipertensão. 
5- Incontinência urinária. 
6- Artrose em joelhos. 
7- 3 quedas consecutivas. 
8- Impedida de sair sozinha. 
9- Não conhecimento de seus direitos. 
10- Descrença da família no sus. 
 
HIPÓTESES: 
1- Envelhecimento do ouvido. 
2- Sarcopenia. 
3- Distúrbios osteomioarticulares. 
4- Lesão do sistema músculo esquelético. 
5- Poli farmácia. 
6- Uso de corticosteroides a longo prazo. 
7- Uso de AINEs a longo prazo. 
8- Limitação da mobilidade. 
9- Maior risco de fraturas. 
10- Possivel osteoporose. 
11- Risco de ficar sozinha em casa. 
PERGUNTAS 
Quais as alterações fisiológicas no sistema osteomioarticular na senescência? 
A perda de massa e de qualidade muscular relacionadas ao envelhecimento são substrato para
um processo chamado sarcopenia e, consequentemente, a Síndrome de Fragilidade, que é
relacionada ao aumento das incapacidades e da fragilidade entre idosos. 
A diminuição da força muscular – dinapenia – é contínua e global, porém é mais proeminente
em alguns grupos musculares, como o antebraço e a panturrilha. Tais mudanças contribuem
para alteração na marcha e dificuldade em atividades mais complexas. A diminuição de
corpúsculos de Meissner e Pacini – tato fino e pressão – também ocorre, ocasionando a
incoordenação motora 
Estudos com tomografia computadorizada mostraram que, após os 30 anos, há diminuição na
área de musculatura no corte seccional da coxa, bem como diminuição da densidade muscular
relacionada ao aumento de gordura intramuscular. 
O número de fibras musculares na secção do vasto lateral da coxa aferido em autópsia é 23%
menor em idosos quando comparado com jovens – sarcopenia.   
Redução de massa muscular no idoso se acentua a partir dos 80 anos: o tecido muscular tende
a diminuir aproximadamente 50% entre os 20 e 90 anos, e a força muscular sofre perda de
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15% por década a partir dos 50 anos.   
A força muscular do diafragma sofre pouca alteração, enquanto a força da musculatura da
panturrilha diminui significativamente ao longo dos anos.   
A musculatura vai diminuindo, especialmente as fibras tipo II, de contração rápida, como as
encontradas nas mãos. Com isso a força muscular vai diminuindo, estando na 8a década de
vida 40% menor quando comparada à 2a década. Em contrapartida, há aumento proporcional
da gordura, especialmente em torno da cintura pélvica, provocando modificações da silhueta. 
As alterações ósseas no envelhecimento são diversas em ambos os sexos, porém são mais
acentuadas nas mulheres menopausadas devido às alterações hormonais. Há modificações na
arquitetura óssea – rearranjo trabecular –, acúmulo de microfraturas, disparidade localizada na
concentração de depósitos minerais, alterações no conteúdo proteico da matriz óssea,
aumento de paratormônio (PTH) e redução de metabólitos ativos de vitamina D. 
 <A, Tatiana Alves de Araujo et al . Sarcopenia associada ao envelhecimento: aspectos etiológicos e opções
terapêuticas. Rev. Bras. Reumatol., São Paulo , v. 46, n. 6, p. 391-397, Dec. 2006 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042006000600006&lng=en&nrm=iso>. access on 
07 June 2020. https://doi.org/10.1590/S0482-50042006000600006.> 
Quais as principais doenças osteomioarticulares? 
OSTEOPOROSE 
 A osteoporose (OP) é uma doença esquelética crônica caracterizada pela baixa massa óssea
e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, causando alto risco de fraturas e perda da
qualidade de vida. No estado pré-clínico, a OP é caracterizada, simplesmente, pela baixa
massa óssea sem fraturas, e, geralmente, é assintomática, não levando o paciente ao médico,
retardando o diagnóstico. 
Caracteriza-se por resistência óssea comprometida, predispondo ao aumento do risco de
fratura, à dor, à deformidade e à incapacidade física. A resistência óssea reflete a integração
entre densidade e qualidade óssea, que, por sua vez é determinada por vários fatores:
microarquitetura trabecular interna, taxa de remodelamento ósseo, macroarquitetura, acúmulo
de microdanos, grau de mineralização e qualidade da matriz 
   OSTEOMALACIA 
 Trata-se de doença óssea generalizada, caracterizada por acúmulo de matriz não mineralizada
ou osteoide no esqueleto devido à deficiência de vitamina D. 
A osteomalacia por deficiência da vitamina D ocorre principalmente pela falta de exposição à
luz solar ou pelo aumento da pigmentação da pele. As pessoas negras têm maior risco porque
a melanina absorve os raios ultravioleta B, diminuindo a fotoconversão da provitamina D3,
embora a maior densidade óssea inicial, característica étnica, proteja contra fraturas ósseas na
velhice. Também é vista em pessoas malnutridas. 
Mesmo quando a vitamina D é oferecida pela dieta, pode sofrer diminuição de sua absorção
pelo intestino delgado nos pacientes portadores de síndrome de má absorção, como os que
sofreram cirurgias gástricas, bypass ileojejunal, nos portadores de insuficiência pancreática,
doença colestática do fígado, doença inflamatória intestinal e outras. 
  MANIFESTAÇÃO CLÍNICA 
Inicialmente, é assintomática, dificultando a realização do diagnóstico.Com o avanço da
clínica, o paciente se queixa de fraqueza muscular, especialmente proximal, marcha anserina,
sensação de fadiga e humor deprimido, antecedendo a dor óssea difusa. Ocorrem
deformidades esqueléticas no eixo axial, levando à cifose, escoliose e alterações na caixa
torácica, pélvis e ossos longos. 
Observa-se dificuldade para levantar-se de cadeiras e subir escadas. Devido à hipocalcemia,
pode surgir tetania, com parestesia e cãibras nas mãos e ao redor dos lábios. Quando o
comprometimento é grave, o paciente pode exibir marcha cambaleante com base alargada.
Como a OP, pequenos traumas podem levar a fraturas 
DOENÇA DE PAGET 
 A doença de Paget tem uma importância muito grande para a população geriátrica por ser a
segunda causa mais comum de doença óssea. Seus sintomas podem levar a importantes
limitações físicas, bem como à perda de qualidade de vida nos indivíduos afetados. Ela pode
ser responsável por dores crônicas nas costas, dores articulares, deformidades esqueléticas,
perda de audição e compressão de nervos cranianos. 
A característica da patologia é o aumento da reabsorção óssea mediada por osteoclastos, com
imediata formação óssea que conduz à produção de um osso maior em tamanho, menos
compacto, com mais vascularização e mais suscetível a deformidades ou fraturas do que um
osso normal. 
 PATOLOGIA 
 A lesão inicial na doença de Paget é um aumento na reabsorção óssea. Isso ocorre em
associação com uma anormalidade nos osteoclastos encontrados nas áreas afetadas. Os
osteoclastos pagéticos são mais numerosos e contêm substancialmente mais núcleos do que
os osteoclastos normais, com até 100 núcleos por célula observados por alguns
investigadores. 
Em resposta ao aumento de reabsorção óssea, numerosos osteoblastos são recrutados para
as áreas pagéticas, onde ocorre uma ativa e rápida nova formação óssea e, devido à natureza
acelerada do processo, surge um novo osso. Fibras de colágeno recém-depositadas são
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dispostas a esmo, e não de forma linear, criando osso entrelaçado mais primitivo. A medula
óssea fica infiltrada com excessivo tecido conjuntivo fibroso e por um número maior de vasos
sanguíneos, o que explica o estado hipervascular do osso. 
 SINAIS E SINTOMAS 
Os sinais e sintomas dependem, sobretudo, da localização do osso afetado e do grau de
acometimento. 
- Dor óssea, que é a manifestação clínica mais comum. Descrita como profunda, irritante,
piorando à noite e em repouso. Provavelmente está relacionada com o aumento da pressão
intraóssea, devido ao aumento da circulação periosteal e interna do osso, que estimula as
fibras dolorosas localizadas nos canalículos. Há aumento da temperatura local, podendo-se
auscultar ruídos na tíbia e no crânio 
- Irregularidades e maior dureza nos ossos do crânio, assim como deformidades ou
alargamento de ossos longos 
- Dor articular ou proximal à articulação, podendo ocorrer perda da cartilagem, o que leva à
osteoartrite, mais frequente nos joelhos e nas articulações coxofemorais 
- Alargamento ou aumento do volume da articulação decorrente da expansão óssea, ou mesmo
de artrite 
- Fratura dos ossos longos pela fragilidade óssea. Geralmente decorre de fissuras incompletas
na cortical, podendo chegar a uma fratura completa (10 a 15% dos pacientes) 
- Falta de consolidação das fraturas 
- Lombalgia decorrente de estenose de canal, fraturas vertebrais e outras alterações ósseas
que podem comprimir raízes nervosas e desencadear dor 
- Complicações dentárias 
- Degeneração neoplásica do osso pagético, que é um acontecimento relativamente raro, com
incidência de menos de 1%. Essa anormalidade tem um prognóstico grave, tipicamente se
manifestando como uma nova dor em um locus pagético 
- Tumores benignos de células gigantes, que podem ocorrer, também, no osso afetado pela
doença de Paget. 
Entre os sintomas neurológicos, encontram-se hipoacusia (em 50% dos pacientes), tinido,
alterações do olfato, complicações visuais, paralisia de nervos cranianos, hidrocefalia,
síndromes do tronco cerebral e cerebelares. 
São ainda sintomas da doença de Paget síndromes de insuficiência vascular, insuficiência
cardiovascular, hipercalcemia de imobilização e calcificação extraóssea, como a valvar. 
OSTEOARTRITE 
A doença é resultado de lesão e reparação aberrante tecidual, como reação à lesão primária. 
A osteoartrite (OA), no passado conhecida como osteoartrose, é uma doença altamente
prevalente principalmente na população acima dos 60 anos, e que leva a alterações na
funcionalidade (ligadas à realização das atividades de vida diária) dos indivíduos que por ela
são acometidos. Pode ainda limitar a mobilidade, com alto impacto social e econômico para os
sistemas de saúde. a OA é considerada como insuficiência da articulação, com o
comprometimento de todas as estruturas que a formam. Além disso, é encarada como uma
doença na qual é possível modificar o seu curso evolutivo, tanto em relação ao tratamento
imediato quanto ao seu prognóstico 
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 A OA apresenta início insidioso, lento e gradualmente progressivo ao longo de vários anos,
principalmente nas articulações de carga, na coluna e nas mãos. O acometimento dos punhos,
cotovelos e ombros são pouco frequentes, e a sua ocorrência deve sugerir outras causas, salvo
se houver história de trauma prévio ou qualquer outro fator predisponente. 
Os pacientes descrevem uma dor mecânica nas articulações envolvidas, isto é, a dor aparece
quando se movimenta a articulação, desaparecendo ao repouso. 
 
ARTRITE REUMATÓIDE 
 A artrite reumatoide é uma doença inflamatória sistêmica, autoimune e crônica, caracterizada
pelo acometimento primordial das articulações sinoviais. A inflamação sinovial progressiva,
associada à destruição da cartilagem articular e do osso marginal, pode levar a deformidades
e, consequentemente, a uma redução na qualidade de vida e na capacidade física dos
pacientes. Define-se como artrite reumatoide do idoso a doença de início após os 60 anos de
idade. 
Classicamente, a artrite reumatoide é caracterizada por dor e edema poliarticulares simétricos,
principalmente nas pequenas articulações das mãos e dos pés. As articulações mais
comumente acometidas são a segunda e a terceira metacarpofalangeanas, as interfalangeanas
proximais das mãos, as metatarsofalangeanas, punhos, joelhos, cotovelos e ombros. Pode
também haver queixa de dor em coluna cervical e em região de articulação temporomandibular.
Nos indivíduos idosos, o número de articulações acometidas pode ser menor, e é mais
frequente o envolvimento de grandes articulações, como os ombros, nas quais muitas vezes
pode ser encontrado derrame articular. 
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A rigidez matinal, descrita pelos pacientes como a dificuldade em abrir e fechar as mãos ao
acordar, tem grau direto com a atividade da doença, podendo desaparecer quando a mesma
está em remissão. Quando a doença está em atividade, a rigidez é prolongada, geralmente
superior a 1 h. 
 <Tratado de Geriatria e Gerontologia> 
 
5. Fisiopatologia da osteoporose e hormônios envolvidos. 
O osso é uma forma rígida de tecido conjuntivo, formado por células, osteócitos, osteoblastos
(Ob) e osteoclastos (Oc). Os osteócitos encontram-se embebidos em uma matriz proteica de
fibras colágenas impregnadas de sais minerais, especialmente de fosfato de cálcio. A matriz
apresenta-se, na fase orgânica, constituída de colágeno, proteínas e glicosaminoglicanos; na fase
inorgânica, encontram-se, principalmente, hidroxiapatita (fosfato de cálcio) e menores
quantidades de outros minerais. Os Ob e os Oc estão no periósteo e no endósteo, formando a
matriz óssea. As fibras colágenas dão elasticidade, e os minerais, resistência. Na infância, doisterços da substância óssea são formados por tecido conjuntivo. Na velhice, são os minerais que
predominam. Essa transposição de conteúdo leva a menor flexibilidade e aumenta a fragilidade
do osso.  
Na composição do esqueleto, há aproximadamente 80% de osso cortical ou compacto, com
funções mecânica e protetora, portanto mais resistente, e 20% de osso trabecular ou esponjoso,
mais frágil, responsável pela função metabólica.  
 
 Como ocorre a perda de massa muscular no idoso? Porque é importante fortalecer o sistema
musculoesquelético? 
 
Além de apontar que o fortalecimento muscular é capaz de aumentar a rigidez dos músculos e
do complexo tendão-aponeurose, alguns estudos têm proposto que o fortalecimento isotônico
em posição alongada pode diminuir a rigidez muscular devido à adição de sarcômeros em série e
ao consequente aumento do comprimento muscular 
<https://www.scielo.br/pdf/fm/v25n4/a20v25n4.pdf> 
 
 Quais as alterações fisiológicas do sistema auditivo na senescência? Patologias do sistema
auditivo mais comuns em idosos. 
A perda auditiva pode ser classificada como de condução (em que o estímulo sonoro se perde
em estruturas do ouvido externo ou médio, sem atingir a cóclea), sensorineural (em que há
problemas cocleares ou no nervo vestibulococlear) ou mista. A perda auditiva de condução
também é chamada de periférica, enquanto a sensorineural é denominada de central. 
 PRESBIACUSIA 
A presbiacusia é a principal causa de perda auditiva em idosos. Ela pode decorrer de lesões
nas células sensórias do órgão de Corti (com perdas para sons de alta frequência), nos
neurônios aferentes (com perda na capacidade de discriminar palavras), na estria vascular
(com redução do volume do som ouvido), na membrana basilar (com perda de mais de 50 dB
em todas as frequências) ou no sistema nervoso central (com dificuldade de compreender o
som que é ouvido). Na presbiacusia, apesar do aumento do limiar para a percepção sonora (os
sons precisam ter maior intensidade para serem ouvidos), a tolerância à intensidade do som
mantém-se inalterada, estreitando o espectro acústico útil. O fenômeno do recrutamento, em
que a sensação de intensidade sonora experimentada pelo paciente cresce
desproporcionalmente ao real aumento da intensidade física do som, prejudica ainda mais sua
capacidade auditiva. Queixas de zumbido podem ocorrer à medida que a perda auditiva torna-
se mais significativa. 
As mudanças da audição no envelhecimento incluem progressiva degeneração sensorial,
neural, estrial e de suporte das células da cóclea além do processamento neural central. Os
efeitos da idade no sistema auditivo periférico e central interagem com mudanças na
diminuição do suporte cognitivo, diminuição da percepção e elevação de limiares, redução da
compreensão de fala no ruído e ambientes reverberantes, interfere na percepção das
mudanças rápidas na fala, e na localização do som  
<BARALDI, Giovana dos Santos; ALMEIDA, Lais Castro de; BORGES, Alda Cristina de
Carvalho. Evolução da perda auditiva no decorrer do envelhecimento. Rev. Bras.
Otorrinolaringol.,  São Paulo ,  v. 73, n. 1, p. 64-70,  Feb.  2007 .> 
 
Quais os aspectos biopsicossociais envolvidos na perda ou limitação da deambulação do idoso? 
 
A marcha do idoso difere da do adulto entre outros fatores, pelo menor comprimento dos
passos, pela menor extensão dos joelhos, por menor força na flexão plantar dos tornozelos e
por menor velocidade dos passos. Em uma avaliação clínica – reconhecendo que o
envelhecimento traz consigo um decréscimo na informação sensorial, um retardo nas respostas
e outras limitações musculoesqueléticas. Infelizmente muitos adultos e idosos aceitam os
transtornos da marcha e a diminuição da mobilidade como mudanças “normais” do
envelhecimento. 
<TRATADO DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA> 
 
 Como prevenir quedas na terceira idade, e qual a epidemiologia e número de ocorrências de
fraturas nos idosos? 
https://www.scielo.br/pdf/fm/v25n4/a20v25n4.pdf
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As quedas têm etiologia multifatorial, e seus fatores causadores são classificados como
intrínsecos e extrínsecos. São chamadas intrínsecas as alterações fisiológicas do
envelhecimento, doenças e efeitos causados pelo uso de fármacos. E os extrínsecos englobam
fatores relacionados às circunstâncias sociais e ambientais que criam desafios ao idoso. Nesse
contexto, os fatores de risco de queda são considerados abrangentes e variados. Vão desde
histórico de quedas, diminuição de força, alterações de equilíbrio e marcha, deficiência visual,
disfunções cognitivas, medicamentos, polifarmácia, depressão, osteoartrose, limitações
funcionais, perda de massa muscular, incontinência urinária, artrite, diabetes, vertigens, até
dores não tratadas. As pessoas que manifestam quatro dos fatores mencionados possuem
risco de queda de 78%, um número bastante elevado e preocupante. Prevenir essas quedas
não beneficia somente o paciente, mas também seus familiares, a equipe multiprofissional de
cuidados de saúde e todo o sistema de saúde, haja vista os efeitos devastadores sobre os
acidentados e a sobrecarga da família e do sistema de saúde. As triagens e as avaliações para
os riscos de quedas devem ter prioridade 
 
<MAIA, Bruna Carla et al . Consequências das quedas em idosos vivendo na comunidade. Rev. bras. geriatr.
gerontol., Rio de Janeiro , v. 14, n. 2, p. 381-393, June 2011 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1809-98232011000200017&lng=en&nrm=iso>. access on 22 June 2020. 
https://doi.org/10.1590/S1809-98232011000200017.> 
https://doi.org/10.1590/S1809-98232011000200017
20/09/2021 15:16 OneNote
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 Quais são as alterações do projeto terapêutico singular para atender as necessidades do
idoso? 
A experiência na elaboração do PTS possibilitou conhecer mais profundamente os idosos
envolvidos, fomentar discussões com embasamentos críticos, propiciar trocas de experiências
e ideias entre os membros do projeto. Além disso, contribuiu para transformar as práticas de
cuidado ao modificar o foco da doença para a centralidade nas necessidades dos idosos em
seu contexto social, delineando ações coerentes ao contexto de vida da população envolvida,
com vista em melhorar a saúde dessa população. 
<https://www.unicesumar.edu.br/epcc-2015/wp-
content/uploads/sites/65/2016/07/ana_caroline_oliveira_gomes.pdf> 
 
 Qual o risco do uso prolongado do uso de antinflamatorios estoroidais e não esteroidais? 
A probabilidade de ocorrência de úlcera ou sangramento aumenta com o uso em doses altas
ou prolongada do AINE, administração concomitante de corticoesteroides e/ou anticoagulantes,
tabagismo, bebidas alcoólicas e idade avançada. O uso prolongado de AINEs pode causar
elevação de 5 a 6 mmHg da pressão arterial média, principalmente em hipertensos, e interferir
com os efeitos anti-hipertensivos de diuréticos, betabloqueadores e inibidores da ECA.
Entretanto, há grande variação dos resultados entre os fármacos e entre os estudos clínicos. 
<BATLOUNI, Michel. Anti-inflamatórios não esteroides: Efeitos cardiovasculares, cérebro-vasculares e renais. Arq.
Bras. Cardiol., São Paulo , v. 94, n. 4, p. 556-563, Apr. 2010 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0066-782X2010000400019&lng=en&nrm=iso>. access on 07 June 2020. 
https://doi.org/10.1590/S0066-782X2010000400019.> 
 Discutir sobre os aspectos legais associados a abandono, solidão e acidentes domésticos do
idoso. 
O abandono pode ser material, afetivo e afetivo inverso, o primeiro incide na ação ou omissão de dar
provimento na subsistência da pessoa com mais de 60 anos de idade, já o segundo, decorre da ausência
de afeto e o terceiro é proveniente da ausência de afeto dos filhos para com os pais idosos. Essastrês
espécies acarretam danos psicológicos irreparáveis como o sofrimento, angústia, desprezo, condições de
sobrevivência desumanas e degradantes. 
A legislação traz direitos e deveres para a família e a sociedade no que tange na proteção da pessoa
idosa. A Constituição Federal, estabelece que ninguém deverá ser abandonado quando atingir a velhice.
Para corroborar com os direitos estabelecidos na Carta Magna, foi criado o Estatuto do Idoso, Lei nº
10.741, de 1º de outubro de 2003. 
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-civil/a-responsabilidade-civil-e-criminal-decorrente-do-
abandono-do-idoso/ 
 
 
Reflexão: Nesta aula eu faltei. 
https://www.unicesumar.edu.br/epcc-2015/wp-content/uploads/sites/65/2016/07/ana_caroline_oliveira_gomes.pdf
https://doi.org/10.1590/S0066-782X2010000400019
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-civil/a-responsabilidade-civil-e-criminal-decorrente-do-abandono-do-idoso/

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