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Pós-graduação em Direito Público Disciplina: Direito Constitucional Aula 4/4 Prof.ª Bruna Vieira Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Profa. Bruna Leyraud Vieira Moniz Ribeiro Mestranda em Direito no UNISAL, aluna especial no Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu da USP (Faculdade de Direito - Universidade São Paulo) MIDIAS SOCIAIS: Instagram: profabrunavieira Facebook: @professorabruna E-mail: professorabrunavieira@gmail.com Senha de desconto para livros da Editora FOCO (https://www.editorafoco.com.br/): professorabruna Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Processo Legislativo I Prof. ª Bruna Vieira Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 1. Processo legislativo (art. 59 ao 69 da CF) -Conceito -Fases: •Fase instrutória (iniciativa) •Fase constitutiva (deliberações: legislativa e executiva) •Fase complementar (promulgação e publicação) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Podem iniciar projetos de lei (art. 61 da CF) a) quaisquer membros ou Comissões do Congresso Nacional, do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados; b) o Presidente da República; c) o Supremo Tribunal Federal; d) os Tribunais Superiores; e) o Procurador-Geral da República e f) os cidadãos comuns. - Iniciativa popular (art. 61,§2º, da CF) - federal - estadual - municipal (art. 29, XIII, da CF) - Iniciativa parlamentar e extraparlamentarElayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Iniciativa privativa do Presidente da República: art. 61, § 1º, da CF - são de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; II - disponham sobre: a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração; b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios; c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 STF: Surge constitucional lei de iniciativa parlamentar a criar conselho de representantes da sociedade civil, integrante da estrutura do Poder Legislativo, com atribuição de acompanhar ações do Executivo. [RE 626.946, rel. min. Marco Aurélio, j. 13-10-2020, P, DJE de 17-12-2020, Tema 1.040] STF: Viola a cláusula de reserva de iniciativa do chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1º, II, a, extensível aos Estados-membros por força do art. 25 da CF) a concessão de gratificação a policiais militares integrantes de assessoria militar junto ao Tribunal de Contas estadual. O exercício funcional junto a outros órgãos ou Poderes não desnatura o vínculo entre esses servidores e seu cargo e órgão de origem. [ADI 5.004, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 12-4-2018, P, DJE de 25-4-2018.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 STF: Legislação estadual paulista de iniciativa parlamentar que trata sobre a vedação de assédio moral na administração pública direta, indireta e fundações públicas. Regulamentação jurídica de deveres, proibições e responsabilidades dos servidores públicos, com a consequente sanção administrativa e procedimento de apuração. Interferência indevida no estatuto jurídico dos servidores públicos do Estado de São Paulo. Violação da competência legislativa reservada do chefe do poder executivo. Descumprimento dos arts. 2º e 61, §1º, II, c, da constituição federal. [ADI 3.980, rel. min. Rosa Weber, j. 29-11-2019, P, DJE de 18-12-2019.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Fase constitutiva a) Deliberação legislativa Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar. Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Na deliberação legislativa o projeto poderá ser rejeitado, aprovado ou emendado. * Se rejeitado - arquivamento; * Se aprovado - deve ser encaminhado ao Executivo para sanção ou veto; •Se emendado pela casa revisora – essas emendas devem ser enviadas à apreciação da casa iniciadora, que poderá concordar ou discordar, mas não criar subemendas nem modificar o novo texto. - Atenção! Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Controle concentrado de constitucionalidade STF: Na presente hipótese, não houve qualquer desrespeito ao devido processo legislativo, tendo sido respeitado integralmente o bicameralismo congressual, pois ambas as Casas legislativas aprovaram os mesmos textos, inexistindo qualquer alteração substancial de conteúdo nos dispositivos impugnados. [ADI 2.238, voto do rel. min. Alexandre de Moraes, j. 24-6-2020, P, DJE de 15-9-2020.] Vide ADI 2.182, rel. p/ o ac. min. Cármen Lúcia, j. 12- 5-2010, P, DJE de 10-9-2010 Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 STF: Inconstitucionalidade formal da Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa): inexistência. (...) Iniciado o projeto de lei na Câmara dos Deputados, cabia a esta o encaminhamento à sanção do presidente da República depois de examinada a emenda apresentada pelo Senado da República. O substitutivo aprovado no Senado da República, atuando como Casa revisora, não caracterizou novo projeto de lei a exigir uma segunda revisão. [ADI 2.182, rel. p/ o ac. min. Cármen Lúcia, j. 12-5- 2010, P, DJE de 10-9-2010.] Vide ADI 2.238, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 24- 6-2020, P, DJE de 15-9-2020 Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Deliberação executiva Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. § 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 66, § 2º, da CF - O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. Art. 66, § 3º, da CF - Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção. Art. 66, § 4º, da CF - O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 66 , § 5º, da CF - Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República. Art. 66 , § 6º, da CF - Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. § 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Derrubada do veto A EC nº 76/13, retirou a expressão"escrutínio secreto" (voto secreto) do art. 66, § 4º, da CF. Desse modo, para que o veto do Presidente seja derrubado é obrigatória a apreciação em sessão conjunta e o voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores Sancionado o projeto de lei adentra-se à fase complementar. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Fase complementar Promulgação e a publicação A efetiva eficácia está condicionada a vacatio legis - período entre a publicação e a entrada em vigor da norma. Art. 1º, parágrafo único, da Lei de introdução às normas do Direito Brasileiro (antiga LICC) Regra: 45 dias após a publicação no território nacional e após três meses no estrangeiro Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Espécies normativas (art. 59 da CF) a) emendas à Constituição b) leis complementares c) leis ordinárias d) leis delegadas e) medidas provisórias f) decretos legislativos g) resoluções. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Emendas constitucionais (art. 60 da CF) Limitações ao poder de reforma a) Limitações procedimentais ou formais b) Limitações circunstanciais c) Limitações materiais Há algumas matérias que não poderão sequer ser objeto de deliberação (art. 60, § 4º, CF – Cláusulas Pétreas). * forma federativa de Estado; * voto secreto, direto, universal e periódico; * a separação dos Poderes; * os direitos e garantias individuais. d) Limitações implícitas Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 -Leis complementares -Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta. -Leis ordinárias -Controle concentrado de constitucionalidade STF: A lei complementar, conquanto não goze, no ordenamento jurídico nacional, de posição hierárquica superior àquela ocupada pela lei ordinária, pressupõe a adoção de processo legislativo qualificado, cujo quórum para a aprovação demanda maioria absoluta, ex vi do artigo 69 da CRFB. A criação de reserva de lei complementar, com o fito de mitigar a influência das maiorias parlamentares circunstanciais no processo legislativo referente a determinadas matérias, decorre de juízo de ponderação específico realizado pelo texto constitucional, Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 fruto do sopesamento entre o princípio democrático, de um lado, e a previsibilidade e confiabilidade necessárias à adequada normatização de questões de especial relevância econômica, social ou política, de outro. A aprovação de leis complementares depende de mobilização parlamentar mais intensa para a criação de maiorias consolidadas no âmbito do Poder Legislativo, bem como do dispêndio de capital político e institucional que propicie tal articulação, processo esse que nem sempre será factível ou mesmo desejável para a atividade legislativa ordinária, diante da realidade que marca a sociedade brasileira – plural e dinâmica por excelência – e da necessidade de tutela das minorias, que nem sempre contam com representação política expressiva. A ampliação da reserva de lei complementar, para além daquelas hipóteses demandadas no texto constitucional, portanto, restringe indevidamente o arranjo democrático-representativo desenhado pela Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Constituição Federal, ao permitir que Legislador estadual crie, por meio do exercício do seu poder constituinte decorrente, óbices procedimentais – como é o quórum qualificado – para a discussão de matérias estranhas ao seu interesse ou cujo processo legislativo, pelo seu objeto, deva ser mais célere ou responsivo aos ânimos populares. -[ADI 5.003, rel. min. Luiz Fux, j. 5-12-2019, P, DJE de 19-12-2019.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 -Leis delegadas (art. 68 da CF) Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. § 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 -As leis delegadas são elaboradas pelo Presidente da República, quando ele exerce, atipicamente, a função legislativa. -A resolução do Senado que autoriza o Presidente a criar a lei não retira do Congresso Nacional a possibilidade de controle sobre o seu conteúdo, pois ele pode estabelecer que o projeto de lei delegada passe por sua apreciação antes de ser convertido em lei (delegação atípica). - Por outro lado, a delegação dada pelo Congresso Nacional pode ser de natureza típica, ou seja, sem qualquer interferência. Nessa hipótese, o Presidente da República terá autonomia para criar, promulgar e mandar publicar a lei delegada.Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 -Determina o art. 68, § 3º, da CF que se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda; Art. 68, § 1º, CF - Não podem ser objetos de delegação: •os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional; •os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; • a matéria reservada à lei complementar; • nem a legislação sobre: Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Medida provisória (art. 62 da CF) -Requisitos -Quem edita? -Votação da MP - Prazo de vigência -Prazo para ser votada - Recesso -Regime de urgência ou trancamento de pauta -Proibição de reedição de medidas provisórias na mesma sessão legislativa Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Medida provisória (art. 62 da CF) -Art. 62, caput, da CF. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. -Art. 62, § 3º, da CF. As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Medida provisória (art. 62 da CF) -Art. 62, § 4º, da CF. O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional -Art. 62, § 5º , da CF. A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Medida provisória (art. 62 da CF) -Art. 62, §6º, da CF. Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. -§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 62, § 1º, da CF - Não podem ser objeto de medida provisória: a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; b) direito penal, processual penal e processual civil; c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º, da CF. - O inciso II do mesmo dispositivo constitucional menciona que também é vedada a edição de medida provisória que visea detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro, além das matérias reservadas a lei complementar e as já disciplinadas em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Controle concentrado de constitucionalidade NOVO: Medida provisória não revoga lei anterior, mas apenas suspende seus efeitos no ordenamento jurídico, em face do seu caráter transitório e precário. Assim, aprovada a medida provisória pela Câmara e pelo Senado, surge nova lei, a qual terá o efeito de revogar lei antecedente. Todavia, caso a medida provisória seja rejeitada (expressa ou tacitamente), a lei primeira vigente no ordenamento, e que estava suspensa, volta a ter eficácia. [ADI 5.709, ADI 5.716, ADI 5.717 e ADI 5.727, rel. min. Rosa Weber, j. 27-3-2019, P, DJE de 28-6-2019.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - MP que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. -Decreto legislativo Exemplos: art. 49, V e XV, da CF, sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa (inciso V) e autorizar referendo e convocar plebiscito (inciso XV). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Resolução Matérias de competência privativa da Câmara de Deputados (art. 51 da CF), do Senado Federal (art. 52 da CF) e, ainda, algumas atribuições do Congresso Nacional, por exemplo, a delegação ao Presidente da República para que ele edite lei delegada (art. 68, §2º, da CF). - Quem promulga uma resolução é a Mesa da Casa Legislativa responsável por sua edição. Do mesmo modo que ocorre com o decreto legislativo, as resoluções não estão sujeitas a deliberação executiva (sanção ou veto presidencial). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Fiscalização contábil, financeira e orçamentária Art. 70 da CF, a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Todos os órgãos, pessoas, públicos ou privados, que utilizem, arrecadem, guardem, cuidem ou administrem o patrimônio público, têm o dever de prestar contas. Para tanto, é necessária a realização de controle, que pode Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Para tanto, é necessária a realização de controle, que pode ser interno ou externo. O primeiro, como já mencionado, é aquele realizado pelo próprio poder. Já o controle externo é feito pelo Congresso Nacional com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete, dentre outras atribuições: -apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário; -realizar inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; -aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; - sustar, se não atendida, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. Vale lembrar, conforme dispõe o § 3º do art. 71 da CF, que as decisões do Tribunal de Contas que decorram de imputação de débito ou multa valem como título executivo. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Além do exposto, deve o Tribunal de Contas enviar relatórios de suas atividades, trimestral e anualmente, ao Congresso Nacional. É da competência originária do STF o processo e julgamento dos membros dos Tribunais de Contas da União e, do STJ, os processos relativos aos membros dos Tribunais de Contas Estaduais e do Distrito Federal (arts. 102, I, “c”, e 105, I, “a”, ambos da CF). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Súmula O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público. [Súmula 347.] Controle concentrado de constitucionalidade STF: Lei complementar 101/2000. Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Artigos 56, § 2º, e 59, caput. Inexistência de usurpação de competência. (...) Inexistência de qualquer subtração à competência dos Tribunais de Contas de julgamento das próprias contas, Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 mas previsão de atuação opinativa da Comissão Mista de Orçamento (art. 166, § 1º, da CF) ou órgão equivalente. Ao permitir a fiscalização dos padrões de gestão fiscal pela atuação concomitante do Legislativo e dos Tribunais de Contas, o dispositivo buscou melhor aproveitar as especializações institucionais, sem qualquer usurpação de competências privativas. [ADI 2.324, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 22-8- 2019, P, DJE de 14-9-2020.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Controle concentrado de constitucionalidade STF: Ação direta de inconstitucionalidade. Lei Complementar 101/2000. Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). (...) Em relação ao artigo 56, caput, da LRF, a emissão de diferentes pareceres prévios respectivamente às contas dos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público transmite ambiguidade a respeito de qual deveria ser o teor da análise a ser efetuada pelos Tribunais de Contas, se juízo opinativo, tal como o do art. 71, I, da CF, ou se conclusivo, com valor de julgamento. Confirmação da liminar, declarando-se a inconstitucionalidade do dispositivo. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 O mesmo se aplica ao art. 57, caput, da LRF, cuja leitura sugere que a emissão de parecer prévio por Tribunais de Contas poderia ter por objeto contas de outras autoridades que não a do Chefe do Poder Executivo. Confirmação da liminar, declarando-se a inconstitucionalidade do dispositivo.[ADI 2.238, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 24-6-2020, P, DJE de 15-9-2020.]= ADI 2.324, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 22-8-2019, P, DJE de 14-9-2020 NOVO: É inconstitucional o art. 1º da Lei 9.604/1998, que fixou a competência dos Tribunais de Contas Estaduais e de Câmaras Municipais para análise da prestação de contas da aplicação de recursos financeiros oriundos Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 do Fundo Nacional de Assistência Social, repassados aos Estados e Municípios. A competência para o controle da prestação de contas da aplicação de recursos federais é do Tribunal de Contas da União (...). [ADI 1.934, rel. min. Roberto Barroso, j. 7-2-2019, P, DJE de 26-2-2019.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Poder Executivo I Prof. ª BrunaVieira Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Poder Executivo -Funções Art. 76 da CF - O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. Requisitos para o cargo de Presidente: a) brasileiro nato; b) com mais de 35 anos Requisitos para ser Ministro de Estado: ser brasileiro, maior de 21 anos e estar no exercício dos direitos políticos. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 -Mandato -Eleição -Art. 77 da CF - A eleição do Presidente e do Vice- Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. Art. 77, § 3º, da CF - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Atenção: no âmbito dos municípios só haverá segundo turno se o número de eleitores for superior a duzentos mil (art. 29, II, da CF). Conforme o parágrafo 3º do artigo 77 da Constituição, os dois candidatos mais votados no primeiro turno concorrem à vaga. -Sistema majoritário -Art. 77, § 2º, da CF Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - Posse: ocorrerá no dia primeiro de janeiro do ano seguinte à sua eleição. O Presidente e o Vice- Presidente tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil. -O parágrafo único do artigo 78 dispõe que passados dez dias da data fixada para a posse e o governante, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Sucessão e substituição presidencial a) Sucessão/vacância – ausência definitiva b) Substituição – ausência temporária Art. 80 da CF - “CASESU” - Dupla vacância 1º – nos dois primeiros anos do mandato presidencial (art. 81, caput, da CF); 2º – nos últimos dois anos (art. 81, §1º, da CF). Art. 81, §2º, da CF - mandato-tampão. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Controle concentrado de constitucionalidade NOVO: Os substitutos eventuais do Presidente da República – o Presidente da Câmara dos Deputados, o Presidente do Senado Federal e o Presidente do Supremo Tribunal Federal (CF, art. 80) – ficarão unicamente impossibilitados de exercer, em caráter interino, a Chefia do Poder Executivo da União, caso ostentem a posição de réus criminais, condição que assumem somente após o recebimento judicial da denúncia ou da queixa-crime (CF, art. 86, § 1º, I). Essa interdição, contudo – por unicamente incidir na hipótese estrita de convocação para o exercício, por substituição, da Presidência da República (CF, art. 80) – , não os impede de desempenhar a chefia que titularizam no órgão de Poder que dirigem, razão pela qual não se Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 legitima qualquer decisão que importe em afastamento imediato de tal posição funcional em seu órgão de origem. A ratio subjacente a esse entendimento (exigência de preservação da respeitabilidade das instituições republicanas) apoia-se no fato de que não teria sentido que os substitutos eventuais a que alude o art. 80 da Carta Política, ostentando a condição formal de acusados em juízo penal, viessem a dispor, para efeito de desempenho transitório do ofício presidencial, de maior aptidão jurídica que o próprio chefe do Poder Executivo da União, titular do mandato, a quem a Constituição impõe, presente o mesmo contexto (CF, art. 86, § 1º), o necessário afastamento cautelar do cargo para o qual foi eleito.[ADPF 402 MC-REF, rel. p/ o ac. min. Celso de Mello, j. 7-12-2016, P, DJE de 29-8-2018.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 NOVO: O legislador ordinário federal pode prever hipóteses de vacância de cargos eletivos fora das situações expressamente contempladas na Constituição, com vistas a assegurar a higidez do processo eleitoral e a preservar o princípio majoritário. Não pode, todavia, disciplinar o modo de eleição para o cargo vago diferentemente do que estabelece a Constituição Federal. Inconstitucionalidade do § 4º do art. 224 do Código Eleitoral, na redação dada pela Lei 13.165/2015, na parte em que incide sobre a eleição para Presidente, Vice-Presidente e Senador da República, em caso de vacância, por estar em contraste com os arts. 81, § 1º e 56, § 2º do texto constitucional, respectivamente. É constitucional, por outro lado, o tratamento dado pela lei impugnada à hipótese de dupla vacância dos cargos de Governador e Prefeito. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 É que, para esses casos, a Constituição não prevê solução única. Assim, tratando-se de causas eleitorais de extinção do mandato, a competência para legislar a respeito pertence à União, por força do disposto no art. 22, I, da Constituição Federal, e não aos entes da Federação, aos quais compete dispor sobre a solução de vacância por causas não eleitorais de extinção de mandato, na linha da jurisprudência do STF. No tocante à exigência de trânsito em julgado da decisão que implica na vacância do cargo, prevista no art. 224, § 3º do Código Eleitoral, seus efeitos práticos conflitam com o princípio democrático e a soberania popular. Isto porque, pelas regras eleitorais que institui, pode ocorrer de a chefia do Poder Executivo ser exercida, por longo prazo, por alguém que sequer tenha concorrido ao cargo. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Dessa forma, a decisão de última ou única instância da Justiça Eleitoral que importe o indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda do mandato de candidato eleito em pleito majoritário, em regra, será executada imediatamente, independentemente do julgamento dos embargos de declaração. [ADI 5.525, rel. min. Roberto Barroso, j. 8-3-2019, P, DJE de 29- 11-2019.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - O Presidente e o Vice não poderão ausentar-se do país por período superior a 15 dias, salvo se tiverem autorização do Congresso Nacional, sob pena de perderem o cargo (art. 83 da CF) Atribuições do PR (art. 84 da CF) a) Regulamentar normas: é de competência do Presidente, mediante decreto, sempre focado na fiel execução da lei, a regulamentação de normas; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 b) Relacionar-se com Estados estrangeiros: cabe ao Presidente manter relações com os Estados estrangeiros; acreditar seus representantes diplomáticos; celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 c) Nomear autoridades para ocuparem cargos: nomear e exonerar os Ministros de Estado (art. 84, I, CF); nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei (art. 84, XIV, CF); d) Nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos (art. 84, XIII, CF); nomear os Ministros do Tribunal de Contas da União (art. 84, XV, CF); nomear os magistrados e o AGU (art. 84, XVI, CF); e nomear membros do Conselho da República Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 e) Atuações no processo de formação das leis (processolegislativo): o Presidente da República inicia projetos de lei e de emendas constitucionais, nos casos determinados pela Constituição. Também participa, quando da edição de leis, da fase deliberativa, vetando ou sancionando projetos de lei. Além dessas atuações, ao promulgar e mandar publicar as leis e emendas, o Presidente atua no processo legislativo na fase complementar. E, por último, ao editar medidas provisórias (art. 84, XXVI, CF) e leis delegadas (art. 68 da CF), o Presidente está exercendo uma função atípica, nesse caso, a legislativa. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 f) Atuações nos “estados de exceção”: ao chefe do Executivo é dada a atribuição de decretar o estado de defesa e o estado de sítio (art. 84, IX, da CF); decretar e executar a intervenção federal (art. 84, X, da CF); declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizada pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional (art. 84, XXII, da CF); g) Direção superior da administração federal: cabe ao Presidente da República exercer tal função, auxiliado pelos Ministros de Estado. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 h) Disciplinar, por meio de decreto, sobre: i) organização e funcionamento da administração federal quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; e ii) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; i) Conceder indulto e comutar penas: é da competência do Chefe do Executivo conceder tais benefícios por meio da expedição de decreto. O indulto é concedido usualmente nos finais de ano, quando da comemoração do natal. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 j) Comandar as forças armadas: o Presidente da República comanda as forças armadas. Elas têm por finalidade a proteção militar do país e a defesa da ordem interna, além de protegerem a lei e atuarem de acordo com o que ela determina. l) Convocar e presidir Conselhos: o Chefe do Executivo é quem convoca e preside o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional. m) Celebrar a paz: o Congresso Nacional pode autorizar o Presidente a celebrar a paz ou referendar uma determinação já formulada por ele. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 n) Demais atribuições: cabe ainda ao Chefe do Executivo enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de 60 (sessenta) dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; além de outras atribuições dispostas na Constituição. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 84, parágrafo único, da CF - O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII (conceder indulto e comutar penas) e XXV, primeira parte (prover os cargos públicos federais, na forma da lei), aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Responsabilidade do Presidente da República -Procedimento bifásico -Fases - Crime comum - crimes de responsabilidade: atos que atentem contra a Constituição Federal, em especial contra a existência da União, contra o livre exercício dos poderes, contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais, contra a segurança interna do País, contra a probidade na administração, contra a lei orçamentária e contra o cumprimento das leis e das decisões judiciais (art. 85 da CF). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 A Lei 1.079/50 define os crimes de responsabilidade, por exemplo, em seu art. 13, item 3, mencionado que a falta de comparecimento sem justificação, perante a Câmara dos Deputados ou o Senado Federal, ou qualquer das suas comissões, quando uma ou outra casa do Congresso os convocar para pessoalmente prestarem informações acerca de assunto previamente determinado. O art. 50 da CF também trata dessa hipótese de crime de responsabilidade. - O art. 14 da Lei 1.079/50 admite que qualquer cidadão denuncie o Presidente da República ou Ministro de Estado, por crime de responsabilidade, perante a Câmara dos Deputados. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Em relação aos crimes comuns, para que seja preservada a independência do Executivo, o Presidente da República possui certas prerrogativas, denominadas imunidades. São três as mencionadas pela CF. 1) Em relação à formação do processo, pois a Constituição exige o juízo de admissibilidade da Câmara de Deputados para iniciar o processo e o julgamento dos atos praticados pelo Presidente da República 2) O Presidente da República não pode ser preso, nas hipóteses de infração comum, enquanto não houver sentença penal condenatória, dada pelo STF (art. 86,§ 3º, CF). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 O PR não poderá ter restrita sua liberdade por nenhuma das modalidades de prisão cautelar: -Prisão em flagrante; -Prisão preventiva; ou -Prisão provisória 3) O PR, durante o mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício da função (art. 86, §4º, CF). A responsabilização por tais atos pode ocorrer após o término do mandato e perante a Justiça Comum. Obs: essa relativa “irresponsabilidade” do chefe do executivo só se aplica às infrações penais. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Desse modo, o PR pode, durante o mandato, responder por infrações civis, administrativas, fiscais etc. Detalhe: durante o mandato também fica suspensa a prescrição do crime. Suspensão das funções: a) no caso de crime comum, se a denúncia ou queixa for recebida pelo Supremo, o Presidente ficará suspenso de suas funções pelo prazo de 180 dias. b) se o crime for de responsabilidade, essa suspensão das funções do Presidente por 180 dias ocorre após a instauração do processo pelo Senado. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Após esse período, se o processo ainda não tiver che- gado ao fim, o Presidente deverá retomar suas fun- ções (art. 86, §1º, I e §2º, da CF). Obs: o PR não possui imunidade material, garantia assegurada apenas aos integrantes do Legislativo (parlamentares). Portanto, não é inviolável civil e penalmente por suas palavras opiniões e votos, ainda que no exercício da função. Responsabilidade dos demais chefes do Executivo: o julgamento dos chefes do executivo dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios é semelhante ao do âmbito federal, vejamos. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 -Nos Estados e no Distrito Federal, os Governadores também podem ser responsabilizados por crimes comuns ou de responsabilidade. Pelos primeiros são julgados pelo Superior Tribunal de Justiça (art. 105, I, “a”). Pelo segundo são julgados pelo Tribunal de Justiça do Estado do qual são governantes. A composição desse Tribunal, especificamente para o julgamento do Governador, é dada pelo parágrafo 3º do artigo 78 da Lei nº 1.079/50 que determina que será presidido pelo Presidente do próprio Tribunal e composto por cinco Deputados Estaduais e cinco Desembargadores. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Poder Judiciário I Prof. ª Bruna Vieira Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 -Imparcialidade - funções e órgãos Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I - o Supremo Tribunal Federal; I-A o Conselho Nacional de Justiça; II - o Superior Tribunal de Justiça; II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela EC nº 92, de 12 de julho de 2016) III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408- O Poder Judiciário tem como função típica a jurisdicional (solução de interesses através do devido processo legal, já como atípica de natureza legislativa a elaboração do seu regimento interno e de natureza executiva-administrativa a organização de suas secretarias. Art. 93, I, da CF - Regra de ingresso na carreira da magistratura: o cargo inicial é o de juiz substituto. Depende de aprovação em concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas as fases. Além disso, o bacharel em direito tem de comprovar três anos de atividade jurídica. É a chamada “quarentena de entrada”, instituto inserido na CF pela EC45/04 (reforma do poder judiciário). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - EC45/04 (reforma de poder judiciário) institutos que se destacam: a) inserção do inciso LXXVIII no art. 5º da CF –a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. b) criação de um novo órgão no poder judiciário: CNJ – Conselho Nacional de Justiça (art.103-B da CF) – Assunto que será analisado separadamente; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 c) fortificação do princípio da imparcialidade, pela criação de vedações ao membros da magistratura, como a proibição do exercício da advocacia no juízo ou tribunal ao qual se afastou pelo prazo de 3 anos; d) criação de mais um requisito de admissibilidade ao recurso extraordinário: instituto da repercussão geral; e) alterações nas regras de competência, em especial, em relação à justiça do trabalho; f) criação do instituto denominado súmula vinculante (art. 103-A da CF, regulamentado pela Lei nº. 11.417/06). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Súmula Vinculante - art. 103-A da CF e Lei nº 11.417/06 Edição: só pelo o Supremo Tribunal Federal (de ofício ou por provocação). Legitimados: art. 3º da Lei 11.417/06 I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III – a Mesa da Câmara dos Deputados; IV – o Procurador-Geral da República; V - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VI - o Defensor Público-Geral da União; Quórum: aprovação por decisão de dois terços dos seus Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 VII – partido político com representação no Congresso Nacional; VIII – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional; IX – a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; XI - os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - O Município poderá propor, incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo (art. 103-A, §1º, da CF). Objeto: súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. (art. 103-A, §1º, da CF). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Obs: o Procurador-Geral da República, nas propostas que não houver formulado, manifestar-se-á previamente à edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante (art. 2º, §º, da Lei 11.417/06). Quórum: aprovação por decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional. Tal súmula, a partir da publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - Se a súmula não for cumprida? - Se a própria súmula não cumprir os seus requisitos constitucionais? -De acordo com o STF: “Não se admite reclamação contra omissão da administração pública, sob fundamento de ofensa a súmula vinculante, quando não demonstrado o esgotamento das vias administrativas, conforme disposto no art. 7º, § 1º, da Lei 11.417/2006.” (Rcl 14.343-AgR, rel. min. Teori Zavascki, julgamento em 27-2-2014, Plenário, DJE de 28-3-2014.) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Normas relativas ao Judiciário / Estatuto da Magistratura: O artigo 93 da Constituição Federal dispõe que cabe à lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, dispor sobre o Estatuto da Magistratura, atualmente regulamentado pela Lei Complementar 35/79, devendo observar os princípios constitucionais elencados nos respectivos incisos. a)Ingresso na carreira (inc. I): mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas as fases, sendo exigido do bacharel em direito no mínimo três anos de atividade jurídica; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 b) Promoção do juiz (inc.II): é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento; a Constituição estabelece que não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação etc; a) Residência do juiz titular (inc. VII): o juiz titular deve Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 c) Acesso aos tribunais de 2º grau (inc.III): o acesso será por antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância; d) Residência do juiz titular (inc. VII): o juiz titular deve residir na respectiva comarca, salvo se houver autorização do tribunal; d) Remoção, disponibilidade e aposentadoria por interesse público (inc. VIII): o quórum para essas determinações é de maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurando-se ao juiz a ampla defesa; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 e) Publicidade (inc. IX): todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; e) Decisões administrativas dos Tribunais (inc. X): devem ser motivadas e tomadas em sessão pública, devendo as de natureza disciplinar ser tomadas pelo voto da maioria dos seus membros; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 f) Composição do órgão especial (inc. XI): os Tribunais com número superior a 25 julgadores poderão constituir órgão especial com no mínimo 11 e no máximo 25 membros para exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais, sendo a metade deles provida por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; g) Férias forenses (inc. XII): a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, nos quais deverão funcionar juízes em plantão permanente nos dias em que não houver expediente forense normal; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 h) Número de juízes (inc. XIII): deve ser proporcional à demanda e à população da unidade jurisdicional; i) Delegação de atos (inc. XIV): os servidores devem receber delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório; j) Distribuição de processos (inc. XV): deve ser imediata, em todos os graus de jurisdição. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408Garantias (art. 95, caput, da CF) - Vitaliciedade - Inamovibilidade - Irredutibilidade de subsídios Vedações (parágrafo único do art. 95 da CF) Aos juízes é vedado: I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 III - dedicar-se à atividade político-partidária. IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Quinto Constitucional -Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Supremo Tribunal Federal (art. 101 da CF) - O Supremo Tribunal Federal tem como função principal a guarda da Constituição. Composição - 11 Ministros, escolhidos pelo Presidente da República dentre brasileiros natos, que tenham entre 35 e 65 anos de idade, notório saber jurídico e reputação ilibada. O Senado Federal aprova a indicação do Presidente da República por maioria absoluta de votos (sabatina) As competências do STF estão previstas no art. 102 da CF. Alguns assuntos que devem ser dirimidos pelo Supremo: Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - julgar, em recurso ordinário, o crime político (art. 102, II, “b”, da CF); - julgar, de forma originária, o pedido de extradição solicitada por estado estrangeiro (art. 102, I, “g”, da CF); - julgar a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados (art. 102, I, “n”, da CF); - julgar o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Congresso Nacional (art. 102, I, q, da CF); Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - julgar, em recurso ordinário, o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão (art. 102, II, “a”, da CF); - julgar, de forma originária, a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal (art. 102, I, “a”, da CF); Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - julgar nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; (art. 102, I, “b”, da CF); - julgar o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for do Congresso Nacional (art. 102, I, “q”, da CF); - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. Superior Tribunal de Justiça Composição – mínimo 33 Ministros, devendo sua composição obedecer aos seguintes percentuais: a) um terço será composto por membros dos Tribunais Regionais Federais, indicados em lista tríplice pelo próprio Tribunal; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 b) um terço será formado por membros dos Tribunais de Justiça dos Estados, indicados em lista tríplice pelo próprio Tribunal; c) um terço será composto por advogados e promotores, indicados pela regra do quinto constitucional, estabelecida no artigo 94, CF; cabe aos respectivos órgãos de classe elaborar uma lista sêxtupla de representantes, cabendo ao STJ a indicação de uma lista tríplice dentre os apontados, enviando-a ao Presidente da República, que nomeará um dentre os três indicados. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - Em qualquer das hipóteses descritas, incumbe ao Senado Federal aprovar por maioria absoluta a indicação do Presidente da República. -Em suma, os requisitos para o cargo de Ministro do STJ são os seguintes: (i) ser brasileiro nato ou naturalizado; (ii) ter entre 35 e 65 anos de idade; (iii) ter notório saber jurídico; (iv) ter reputação ilibada. -As competências do STJ estão previstas no art. 105 da CF. Alguns assuntos que devem ser dirimidos pelo Superior Tribunal de Justiça: Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - homologação de sentença estrangeira (art. 105, I, i, da CF); - será competente para julgar originariamente habeas corpus em que figure como paciente desembargador de tribunal de justiça estadual (art. 105, I, c, da CF); - julgar, de forma originária, o mandado de segurança contra ato de ministro de Estado (art. 105, I, b, da CF) etc. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Conselho Nacional de Justiça – CNJ (art. 103-B da CF Composição: art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução. Art. 103-B, § 1º, da CF - O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal (EC 61/09). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Membros do CNJ a) o Presidente do STF; b) um Ministro do STJ, indicado pelo próprio Tribunal; c) um Ministro do TST, indicado pelo próprio Tribunal; d) um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo STF; e) um juiz estadual, indicado pelo STF; um juiz do TRF, indicado pelo STJ; f) um juiz federal, indicado pelo STJ; um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo TST; g) um juiz do trabalho, indicado pelo TST; h) um membro do Ministério Público da União, indicado pelo PGR; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 i) um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo PGR dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual; j) dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB; k) dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e um pelo Senado Federal. Os membros do CNJ são nomeados pelo Presidente da República, após a aprovação da escolha pelo Senado Federal, por votação de maioria absoluta (§ 2º, art. 103-B, CF). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 •Não há mais idades mínimas e máximas para ser membro do CNJ (EC 61/09). -órgão de caráter eminentemente administrativo. -Atribuições do CNJ: estão previstas no parágrafo 4º do artigo 103-B da CF, além das conferidas pelo Estatuto da Magistratura e, dentre elas, destacam-se as seguintes: -I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União; III - receber e conhecer das reclamações contra membros ouórgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade; V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano; VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa. - Ressalta-se que não é da competência do CNJ julgar magistrados por crime de abuso de autoridade, até porque tal órgão não tem função jurisdicional. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
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