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Resumo reabilitação física no transplante de coração

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REABILITAÇÃO FÍSICA NO TRANSPLANTE DE CORAÇÃO 
Problemas clínicos P.O: ocorrem devido inatividade pré-operatória e a fatores como 
diferença de superfície corpórea doador/receptor. 
- descondicionamento físico; 
- atrofia; 
- fraqueza muscular; 
- menor capacidade aeróbia máxima. 
Transplante é a última terapia para paciente com insuficiência cardíaca em estágio final. 
Após o transplante ocorre normalização hemodinâmica em repouso e durante o 
exercício -> melhorar a perfusão tecidual e os efeitos deletérios neurormonais que 
acompanham a insuficiência cardíaca. 
A falência cardíaca pré-transplante, o próprio ato cirúrgico, o período de hospitalização, 
a utilização de imunossupressores, o número de episódios de rejeição e o tempo de 
transplante pode levar a -> intolerância ao exercício físico pela alteração no 
desempenho hemodinâmico resultante de anormalidades cardíacas, neurormonais, 
vascular, musculoesquelética e pulmonar. 
O atividade física pós transplante diminui algumas complicações mais frequêntes: 
- hipertensão; 
- obesidade; 
- alteração corporal; 
- redução da libido; 
- osteoporose; 
- ansiedade; 
- depressão; 
- euforia; 
- menor capacidade física. 
o RESPOSTA FISIOLÓGICA DO CORAÇÃO TRANSPLANTADO 
Técnicas cirúrgicas mais utilizadas para o transplante cardíaco: 
- Clássica: corte neural ao nível da conexão atrioventricular, preservando assim mais 
fibras parassimpáticas que simpáticas. Nesta técnica tem evidências de regeneração 
apenas de fibras simpáticas 
- Bicaval: remoção completa da junção atrial, da veia cava superior e inferior, ocorrendo, 
assim, a denervação completa do coração. Nesta técnica tem evidências de reinervação 
tanto de fibras simpáticas quanto parassimpáticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A FC de repouso pós transplante é elevada quando compara com indivíduos saudáveis 
da mesma idade e sexo. 
Durante o exercício a FC apresenta atraso gradual, tanto para atingir FC máxima quanto 
no período de recuperação. 
Em análise da variabilidade da FC, em que a mensuração da energia espectral máxima 
e mínima na variabilidade indica ativação parassimpática e simpática, respectivamente, 
foi observado um declínio na variabilidade máxima na fase inicial do exercício, o que, 
provavelmente, estaria indicando reinervação parassimpática em indivíduos 
transplantados pela técnica cirúrgica bicaval, o que não foi descrito pela técnica clássica. 
O consumo de oxigênio de pico apresenta valor reduzido em transplantados e pode ser 
devido: 
- técnica cirúrgica; 
- disfunção sistólica e diastólica; 
- atrofia muscular; 
- anormalidades metabólicas decorrentes da insuficiência cardíaca (que persistem após 
o transplante); 
- utilização de fármacos que reduzem a capacidade de exercício; 
- estimulação simpática decorrente do uso de imunossupressores. 
* A atividade física regular pode melhorar a captação de oxigênio. 
Nos transplantado o óxido nítrico ajuda: 
- na regulação da FC pela estimulação do nó sinoatrial; 
- pela resposta reflexa para vasodilatação (modifica tensão na parede atrial); 
- pelas influências neuromoduladoras no controle cardíaco autonômico (concentração 
sérica de catecolaminas). 
no corte neural por completo tem maior probabilidade de ocorrer o 
estímulo necessário para o início do processo de reinervação das fibras 
nervosas. 
 
RELEVÂNCIA CLÍNICA!! uma vez que a reinervação completa aumenta 
o controle da pressão sanguínea por maior reflexo na mudança da 
frequência cardíaca, levando a melhor adaptação durante a atividade 
física. 
A ciclosporina (medicação que previne rejeição do enxerto) associada à hipertensão: 
 
* Entretanto, não foi notada diferença no nível do ANP entre as técnicas bicaval e 
clássica. 
 
Redução da complacência arterial observada em transplantados: pode ser reflexo da 
hipertensão induzida pela ciclosporina por meio de um declínio da vasodilatação 
periférica ou alterações nos mecanismos vasculares. 
Maior atividade simpática na saída dos vasos sanguíneos -> pode levar a um aumento 
no tono da musculatura lisa das artérias e, consequentemente, aumentar a rigidez dos 
vasos. 
Débito cardíaco de repouso e no início do exercício, em coração denervado, é, 
basicamente, mediado pelo aumento na pré-carga, ou seja, aumento do volume 
diastólico final e aumento do volume sistólico, via mecanismo de Frank-Starling. 
Entretanto, durante o exercício progressivo, o aumento inadequado da frequência 
cardíaca, via liberação de catecolaminas circulantes, leva ao aumento do débito 
cardíaco, porém não o suficiente para exercício máximo. 
Estudo, comparação entre as técnicas: 
- débito cardíaco apresentou valores similares nos primeiros 6 meses e maior após 1 
ano com a técnica clássica. 
- resistência pulmonar técnica clássica apresentou valores menores. 
- pressão de átrio direito técnica clássica apresentou valores maiores. 
- não se observou alteração no desempenho durante o exercício entre as técnicas. 
Estudos mostram que a fração de ejeção do ventrículo esquerdo aumenta ao longo do 
exercício na mesma proporção para uma pessoa saudável. 
o REABILITAÇÃO FÍSICA DO CORAÇÃO TRANSPLANTADO 
A atividade física regular é importante para pacientes cardiopatas tanto na fase primária 
quanto na secundária da doença cardíaca. 
SÓDIO E VOLUME 
PLASMÁTICO
mediam a hipertensão que 
esta associada a 
ciclosporina pois 
estimulam a secreção do 
peptídeo natriurético 
(ANP)
ANP vai proteger a 
elevação da PA
Ela esta aumentada após 
o transplante cardíaco
expansão do volume 
plasmático e à distensão 
da parede ventricular.
secreção peptídeo 
natriurético tipo B (BNP)
BNP são antagonistas 
naturais do sistema 
renina-angiotensina-
aldosterona
BNP tem sua 
concêntração 
plasmática elevada em 
transplantados
níveis maiores de BNP em pacientes submetidos à técnica 
cirúrgica clássica do que à bicaval podem ser decorrentes 
do aumento na pós-carga do ventrículo direito 
apresentando maior gradiente transpulmonar e na 
incidência da incompetência mitral, o que pode contribuir 
para o aumento da pressão de capilar pulmonar, sem levar 
a disfunção ventricular
Pacientes pós transplante devido a inatividade pré operatória e fatores como diferença 
de superfície corporal doador/receptor e denervação do coração apresentam: 
- descondicionamento físico; 
- atrofia; 
- fraqueza dos músculos; 
- menor capacidade aeróbia.. 
A terapia imunossupressora limita a capacidade física. 
Fase hospitalar 
O programa de condicionamento físico inicia assim que ocorra o restabelecimento 
hemodinâmico e o desmame das drogas endovenosas pós-transplante. 
Utilizam programa da Universidade de Stanford que tem: exercícios aeróbios em 
cicloergômetro ou caminhada com aumento gradual e progressivo da duração e 
intensidade, com monitorização da FC, da PA e do cansaço subjetivo (escala de Borg - 
entre ligeiramente cansativo e cansativo). 
 
- trabalho de mobilidade articular; 
- trabalho d flexibilidade; 
- trabalho de resistência dos grandes grupos musculares. 
Alta hospitalar – regime domiciliar 
- orientamos os pacientes a caminharem no plano, por período de 40 a 60 minutos, em 
velocidade de 80 a 100 metros/minuto, de quatro a cinco vezes por semana. 
Após seis meses da alta hospitalar 
- os pacientes estáveis hemodinamicamente realizam teste ergoespirométrico, para 
avaliação cardiopulmonar, e posteriormente liberados para programas de 
condicionamento físico regular, sendo utilizado para prescrição de atividade física os 
limiares ventilatórios. 
* A intensidade adequada para o treinamento físico para transplantados ainda não está 
bem estabelecida. 
 
Os transplantados submetidos a programas de reabilitação cardíaca, em sessões de 
exercício quatro vezes por semana com intensidade moderada, apresentaram melhora 
da capacidade aeróbia entre 20 e 50%. Os possíveis mecanismos para essa melhora 
são aumento do metabolismo periférico,principalmente pela melhor extração de 
oxigênio e mudanças hemodinâmicas, incluindo aumento da frequência cardíaca, do 
débito cardíaco, da função endotelial e redução da atividade neurormonal. 
Exercícios resistidos pós-transplante aumentam a massa magra e a densidade óssea. 
Um estudo demonstrou que ele reestabeleceu níveis pré-transplante de densidade 
óssea. 
Estudos mostram que treinamento supervisionado tem mais resultados que o domiciliar, 
onde observaram aumento de 49% do VO2 pico contra 18% no domiciliar, assim como 
maior tolerância ao exercício e menor resposta ventilatória após seis meses de 
treinamento. 
A relação da atividade física cm adiamento e a prevenção da doença arterial coronariana 
ainda não está esclarecida. 
O exercício intenso pode reduzir os efeitos benéficos do exercício por elevação de 
fatores imunossupressores como glicocorticóides e opioides. 
Atividade física promove adaptações fisiológicas favoráveis, resultando em melhora da 
qualidade de vida. 
o GUIA DE REABILITAÇÃO E CONDICIONAMENTO FÍSICO PÓS-
TRANSPLANTE CARDÍACO

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