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FACULDADE ESTÁCIO Asma & DPOC • A asma é uma doença heterogênea, geralmente caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas. Ela é definida pela história de sintomas respiratórios, tais como sibilos, dispneia, opressão torácica retroesternal e tosse, os quais variam com o tempo e na intensidade, sendo esses associados à limitação variável do fluxo aéreo. • Adesão ao tratamento • Tabagismo • Exposição ambiental e ocupacional • Uso de medicações (AAS, AINEs e betabloqueadores) • Comorbidades (DRGE, obesidade, polipose nasal, disfunção de cordas vocais, apneia do sono, etc.) • É um episódio caracterizado por um aumento progressivo nos sinais e sintomas: tosse, sibilos, sensação de aperto no peito e dispneia, com risco de causar insuficiência respiratória. GATILHOS • Infecções respiratória virais • Exposição a alérgenos • Alergia a alimentos • Mudança sazonal • Má adesão ao tratamento • Exacerbação prévia grave: internamento em UTI; • Dois ou mais internamentos por asma no último ano; • Mais de 3 visitas à emergência no ano anterior; • Uso de dois sprays de β 2 agonista no último mês ou uso recente de corticoide; • Dificuldade de percepção da gravidade; • Uso de 3 ou mais classes de medicações para controle; • Problemas sociais; • Presença de comorbidades. • Deve ser perguntado ao paciente e/ou sua família sobre: - Tempo e qual a causa daquela exacerbação; - Sobre sintomas de asma crônica grave como limitação no exercício e dificuldades para dormir; - Sintomas de anafilaxia; - Se já teve outro quadro antes; - TUDO relacionado ao tratamento atual do paciente e ao seu diagnóstico; • 1ª ETAPA: ABCD + MOV - MOV: o paciente (todo paciente na emergência deve ser monitorizado, colocado oximetria de pulso e garantido acesso venoso). Existem 3 sinais importantes nesse momento: RISCO DE VIDA A: Obstrução de via aérea: levanta outros diagnósticos. B: Murmúrios vesiculares INAUDÍVEIS. D: Sonolência ou Confusão mental. *o paciente com asma de tanto hiperinsuflar, aumenta pressão intra alveolar — pneumotórax é comum por causa do aprisionamento do ar; principal sinal é o B (murmúrio vesicular inaudível) CONCEITO FATORES QUE INFLUENCIAM CONTROLE DA DEFINIÇÃO DE CRISE DE ASMA (EXACERBAÇÃO) FATORES — GRAVIDADE E RISCO DE MORTE ANAMNESE RÁPIDA E DIRIGIDA MANEJO ASMA AGUDA NA EMERGÊNCIA FACULDADE ESTÁCIO • Parada respiratória • Parada cardíaca • Rebaixamento do nivel de consciência • Fadiga progressiva • Arritmias graves • Tórax silencioso • Falha em reverter acidose respiratória, mesmo com otimização da terapêutica • Hipoxemia não corrigida, mesmo com máscara FiO2 40-50%. • Oxigenoterapia - Utilizar cânula nasal ou máscara de venturi para manter oxigênio entre 93-95% no adulto ou 94%-98% em crianças de 6 a 11 anos. • B2-agonista de curta ação - Utilizar um B2-agonista de curta duração inalado, preferencialmente com espaçador. Pode ser feito a cada 20 minutos na primeira hora. Em crianças sem resposta ao tratamento usual, pode-se considerar o uso de nebulização contínua. • Fenoterol (berotec) ou Salbutamol (Aerolin): spray com 6-8 jatos com espaçador (preferencial) ou Nebulizar 10 gotas (max: 20 gotas) em 03 a 05 mL de SF0,9% em oxigênio 6-8 L/min • Corticoide intravenoso: Metilprednisolona 60-125mg/dose, EV (preferir) ou Hidrocortisona 100-500mg/ dose, EV. • Corticoide inalatório - O uso de corticoide inalatório em altas doses na primeira hora reduz necessidade de hospitalização naqueles que não estão usando o corticoide sistêmico. • Brometo de ipratrópio - Em casos de crise asmática grave, o uso de ipatrópio está associado a redução da necessidade de hospitalização e melhora do PEF e FEV1. • Brometo de Ipratrópio (Atrovent): 40 gotas a cada 20 minutos, via NBZ (associado ao beta-2-agonista de curta, diluído em 3 a 5mL de SF0,9%). • Sulfato de magnésio - O MgSO4 ndicado em exacerbações mais graves, devendo ser utilizado quando não ocorre resposta ao tratamento inicial com β2-agonista e corticoide. A resposta terapêutica ocorre em uma a duas horas. • Sulfato de Magnésio 2g, EV, infundir em 20 minutos (20ml de MgSO4 10% + 200ml de SF0,9%, em BIC) • Esta medicação só deve ser administrada uma única vez – não repetir! • Radiografia de tórax (BCP, pneumotórax) • Exames laboratoriais (hemograma e eletrólitos) * um dos tratamentos da hipercalemia (que é frequente em pacientes nas crises asmáticas) é a nebulização *importante também pedir gasometria • Ver slide 14 da aula sobre o manejo da crise asmática!! INDICAÇÃO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA TTO MEDICAMENTOSO DA CRISE ASMÁTICA EXAMES COMPLEMENTARES https://www.sanarmed.com/oxigenoterapia-dispositivos-de-oxigenacao-yellowbook https://www.sanarmed.com/oxigenoterapia-dispositivos-de-oxigenacao-yellowbook https://www.sanarmed.com/oxigenoterapia-dispositivos-de-oxigenacao-yellowbook FACULDADE ESTÁCIO • A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é definida como a obstrução progressiva ao fluxo de ar, em maior parte sem reversibilidade, geralmente com aparecimento clínico associado a pessoas de meia-idade e idosos com um histórico importante de tabagismo. • E essa obstrução ao fluxo de ar não pode ser atribuída a nenhuma outra doença específica, como asma ou bronquiectasia. Por ser portador de uma doença crônica, o paciente com DPOC apresenta um padrão clínico regular, ou seja, uma dispneia basal, presença ou não de tosse e expectoração. E esse padrão pode se alterar, caso ocorra uma exacerbação da sua doença de base • Usualmente, a doença decorre da interação de fatores ambientais e do indivíduo. O tabagismo é o principal fator de risco ambiental. Os fatores individuais que favorecem o aparecimento da DPOC são: - alterações genéticas; em especial a deficiência de alfa-1-antitripsina; - hiperresponsividade brônquica; - desnutrição; - redução do crescimento pulmonar durante a infância ou gestação; - infecções pulmonares recorrentes. • A exacerbação da DPOC é definida como um evento agudo no curso natural da doença, por alguma etiologia a ser esclarecida, que é caracterizada por: - mudanças no padrão da dispneia basal ou tosse; - mudança no padrão da expectoração; - ou mudança de coloração do escarro. • Anamnese rápida e dirigida • RX tórax (BCP, derrame pleural, pneumotórax, ICC) • Gasometria arterial (hipercapnia e acidose) • Exames laboratoriais (hemograma com leucocitose, distúrbios eletrolíticos) • ECG (presença de arritmias) • Ecocardiograma (hipertensão pulmonar e disfunção de VD) • OXIGÊNIO: • Ofertar o mínimo necessário, com alvo de saturação 88-92%. • Evitar máscaras reinalantes. • ANTIBIÓTICO (5 a 10 dias): - nos casos de infecção respiratória presente ( alteração na cor e quantidade do escarro, febre e imagem radiológica) • Esquemas terapêuticos: (tratamento hospitalar) a) Amoxicilina-clavulanato 1g 8/8h; b) Levofloxacina 500-750mg 1x/dia • CORTICÓIDE: - VO e EV com eficácia semelhante; - Início de ação a partir de 4-6 horas; - Prednisona 0,5mg/kg até 40mg por 5-7 dias; - Metilprednisolona 40mg 2-3x/dia por 5-7 dias • BRONCODILATADOR: via preferencial SEMPRE é a inalatória! - B2 adrenérgico (fenoterol ou salbutamol 5mg/ mL) 10 a 20 gotas em 5mL SF 0,9% + 40 gotas de brometo de ipratrópio (anticolinérgico); - Iniciar com 1 inalação cada 20 minutos, por 3 doses; B2 adrenérgico pode ser realizado até de forma contínua, observando-se efeitos colaterais: tremores, palpitações, taquicardia, hipocalemia. Intervalo usual em casos leves: 6/6 horas. Em casos graves, de 3/3 horas ou até de 1/1 hora. Aumentar intervalo à medida em que o paciente melhore do broncoespasmo. Anticolinérgico: no máximo de 6/6 horas (sem benefício adicional acima disso). - Evitar realizar nebulização com fonte de oxigênio. Dar preferênciapara ar comprimido; • TERBUTALINA ½ (meia) a 1 ampola (0,25-0,5mg) SC no máximo a cada 6 horas. Utilizada em casos críticos ou quando a biodisponibilidade via inalatória não é adequada (p. ex. silêncio pulmonar). Preferir via IM se instabilidade hemodinâmica (má absorção SC); • SULFATO DE MAGNÉSIO: - Reservado para casos graves, sem resposta às medidas iniciais; - Antagoniza o cálcio no músculo liso, promovendo broncodilatação; - MgSO4 1 a 2g dose única. MgSO4 10% – DPOC FATORES DE RISCO EXACERBAÇÃO DA DPOC CONDUTA EM DPOC DESCOMPENSADO TRATAMENTO FACULDADE ESTÁCIO 10 A 20ml + SF 0,9% 100ml, correr em 30 minutos. • METILXANTINAS (aminofilina ou teofilina): - Podem ser consideradas em casos selecionados que não respondem a broncodilatador de curta duração- Realizar ECG. • Reduz taxa de IOT, tempo de hospitalização e mortalidade. Principais indicações: - Acidose respiratória (pH ≤ 7,35 e/ou pCO2 ≥ 45mmHg); - Dispnéia severa com sinais de fadiga muscular, uso de musculatura acessória, movimento abdominal paradoxal ou retração intercostal • Contra-indicações: - Instabilidade hemodinâmica; - Secreção excessiva; - Vômitos. *Paciente deve ser reavaliado entre 30-120min. Se não houver melhora de parâmetros como FR, tiragem, uso de musculatura acessória, hipoxemia, não se deve postergar a intubação orotraqueal. • MRG, feminino, 35 anos , dá entrada no ps com quadro de dispnéia iniciada há 3 dias com piora hoje. refere histórico de asma , no momento sem medicações de uso continuo, trabalha como doméstica e diz ter feito limpeza com produtos de forte odor • Ao exame: consciente, contactante, taquidispneica • Ausculta respiratória mv+ sibilos difusos, pouco uso de musculatura acessória • BRNF S/SS • sat 93% PA 110 x 70 mmhg, FC 110 bpm, FR 25 irpm • Diagnóstico: crise asmática • Classificação da crise: moderada • Conduta: monitorização; oxigenioterapia; nebulização com b2 curta (fenoterol 10 gotas a cada 20 minutos); metilprednisolona 125 mg EV; solicitar exames laboratoriais e RX tórax • Gasometria arterial: pH 7,35 pO2 70 pCO2 45 HCO3 24 Sat 92% • Após 4 horas de tto, paciente apresenta melhora do padrão respiratório, SAT 95%, FR 20. Como proceder? - Alta com encaminhamento p/ pneumo - Receita com corticoide oral prednisona 40mg 5 dias - Beta 2 curta duração aerolin 2 puffs a cada 4-6 horas • JRT, 65 anos, masculino, dá entrada no ps devido quadro de dispneia intensa,familiares referem iniciodo quadro há 4 dias com tosse produtiva e febre; tabagista de longa data 2 maços/dia, hipertenso em uso de losartan 50 mg /dia.nega outras patologias. • Ao exame: MEG, taquidispneico, pouco sonolento • VE + ar ambiente sat 80% FR 30 irpm • mv+ diminuído com roncos esparsos e sibilos expiratórios • BRNF S/SS FC 120 bpm • PS 160x 100 mmhg • Diagnóstico: insuficiência respiratória, provável DPOC descompensado • Conduta: monitorização, oxigenoterapia pra manter sat 88-92% • Solicitar gasometria arterial e RX tórax VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI): CASO CLÍNICO 01 CASO CLÍNICO 02 FACULDADE ESTÁCIO • Gasometria arterial: pH 7,2 pO2 45 pCO2 60 HCO3 30 Sat 83% • Tratamento - Iniciar ATB? Sim, pra pra pneumonia comunitária ceftriaxona 1g 12/12 e claritromicina 500mg 12/12h . Corticoide endovenoso 125 mg EV . Nebulização com fenoterol 10 gts + brometo de ipatróprio 40 gts a cada 20 min . VNI • Após 1 hora de tratamento, paciente evoluiu com rebaixamento de consciência e queda de saturação. Como proceder? IOT, sedação e internação na UTI.
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