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Alterações de crescimento na infância

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Fases de crescimento: 
- Embrionário: depende da genética e placenta 
- Primeiros 2-3 anos: ambiente e nutrição 
- Infância: genética e GH 
- Após a puberdade: estrógeno e GH 
GH: importante após os 2 anos de vida. 
A estatura pode sofrer influencia de diversos fatores, 
como potencial genético, condições gestacionais e do 
parto, presença de patologias, condições nutricionais 
pregressas e atuais, estadiamento puberal, velocidade de 
crescimento e história familiar. 
Hormônios que regulam o crescimento: GH, IGF-1, 
glicocorticoide, hormônio tireoideano, estrógeno, 
vitamina D. 
 
Baixa estatura: estatura para a idade < Z -2, < percentil 3 
 
Diagnóstico de baixa estatura 
• Anamnese: história familiar, estatura dos pais, 
doenças na infância. 
 
• Cálculo do alvo genético: média da estatura dos pais 
+ 6,5 se for menino 
- 6,5 se for menina 
Ex. mãe com 157 cm e pai com 180 cm, casal de filhos. 
Qual a estatura na idade adulta? Menino: 1,75; 
menina: 1,62 
 
• Avaliação da velocidade do crescimento: quantidade, 
em centímetros, que uma criança deve crescer em 
determinado período e expresso em centímetros por 
ano. 
Média de velocidade de crescimento: 
Nascimento – 1 ano de idade = 25 cm/ano. 
1 ano- 3 anos de idade = 12,5 cm/ano. 
3 anos - Puberdade = 5 a 7 cm/ano (meninas = 8 a 
10 centímetros ao ano; meninos = 10 a 12 
centímetros ao ano). 
 
• Idade óssea: raio x de mão e punho esquerdos. Pode 
ser encontrada uma diferença de até 2 anos da idade 
cronológica para a idade óssea. 
 
• Descarte de síndromes genéticas 
 
• Descarte de patologias: hipotireoidismo, causas 
infecciosas, doenças intestinais ou esqueléticas. 
Investigação complementar 
Síndrome de 
Turner 
Cariótipo 
Doença celíaca Anticorpos antiendomísio e 
antitransglutaminase tecidual. 
Acidose tubular 
renal 
Gasometria venosa e pH de urina fresca 
Raquitismo Cálcio, fórforo, fosfatase alcalina 
Tumores SNC RNM crânio e sela túrcica 
Deficiência de GH IGF-1, IGFBP-3, teste de estímulo com GH 
Hipo ou 
hipercortisolismo 
Cortisol sérico de 8 e 16 horas e 
ultrassonografia abdominal. 
 
 
Proporções corporais: relação entre os segmentos inferior 
(sínfise púbica ao chão), segmento superior (estatura total 
– segmento inferior). 
 
Causas de baixa estatura 
Variações da normalidade do crescimento: 
• Baixa estatura familiar: 
Pais baixos, crescimento segue paralelo a baixo das curvas 
normais, idade óssea compatível com a idade cronológica. 
A criança nasce com peso e altura adequados, mas aos 2-
3 anos, apresentam um desvio para baixo na curva de 
crescimento. 
 
• Atraso constitucional do crescimento e puberdade: 
Peso e estatura diminuem aos 2-3 anos, estando abaixo 
do percentil 3. A velocidade de crescimento está normal, 
puberdade atrasada e altura na vida adulta normal. Os 
pais podem apresentar a história de atraso da puberdade. 
Causas patológicas: 
• Restrição de crescimento intrauterino: 
Peso e/ou comprimento ao nascimento abaixo de dois-
desvio padrão da média da idade gestacional. Entre 6-12 
meses de vida, espera-se que eles recuperem o 
crescimento. 
 
• Baixa estatura desproporcionada: 
Alteração na relação SS/SI anormal, devido a doenças 
constitucionais do esqueleto – osteocondroplasias. 
Acondroplasia: herança genética autossômica dominante, 
baixa estatura após 2 anos de vida (heterozigotos), óbito 
fetal 1º ano de vida (homozigotos), alterações no 
esqueleto (macrocefalia, rizomelia). 
 
• Doença orgânica: 
Acidose tubular renal (gasometria venosa e pH urina), 
doença celíaca (antiGH tecidual), síndrome de Turner 
(cariótipo), hipotireoidismo tardio (TSH e T4 livre). 
 
• Deficiência de GH: 
Baixa estatura proporcionada, velocidade de crescimento 
persistentemente baixa após 2-3 anos de idade, atraso 
significativo na idade óssea, diminuição dos valores de 
IGF-1, resposta inadequada aos teste de estímulo de GH 
(2 testes < 10 ng/ml ou ser normal). 
 
• Baixa estatura idiopática: 
Diagnóstico de exclusão, baixa estatura (< Z – 2 ou < 
percentil 3), proporcionada (SS/SI normal), peso ao nascer 
normal, ambiente normal. Teste de estímulo GH normal. 
 
• Desnutrição: 
Maior comprometimento do peso em relação a altura, 
com a desnutrição crônica, ocorrerá a queda no percentil 
de altura, é proporcionada (segmentos superior/inferior). 
Crescimento do escolar entre 2-3 cm, deve ser investigada 
se existe uma causa endócrina. 
 
• Síndromes genéticas: 
Síndrome de Turner: sexo feminino, 45 X, nevos 
pigmentados, não ocorre maturação sexual (Tanner: 
M1P1), defeitos renais, defeitos cardíacos (coartação da 
aorta isolada ou associada a estenose aórtica). Pacientes 
com esta síndrome, já nascem menores do que o 
esperado. Outro achado importante no exame físico é o 
linfedema no dorso dos pés e das mãos, em RN do sexo 
feminino. 
Síndrome de Noonan: sexo masculino, pescoço alado, 
dismorfismo facial, hipertelorismo, baixa estatura. 
Cardiopatia congênita (estenose pulmonar). 
Resumo das patologias relacionadas a baixa estatura: 
- síndromes genéticas: síndrome de Down, síndrome de 
Turner. 
- doenças sistêmicas: doença celíaca, retocolite ulcerativa, 
doença de Cronh. 
- endocrinopatias: hipotireoidismo, deficiência de 
hormônio do crescimento (GH), diabetes. 
- nefropatias crônicas, acidoses tubulares. 
- esqueléticas: acondroplasia, osteogênese imperfeita, 
mucopolissacaridoses. 
- causas infecciosas: ITU, infecções congênitas. 
 
Tratamento 
Quando a baixa estatura for familiar ou decorrente de um 
atraso constitucional do crescimento e da puberdade, o 
pediatra deve atuar orientando sobre a alimentação 
adequada, prática de atividade física, tratamento de 
infecções crônicas e parasitoses e cuidado do ambiente 
psicossocial. 
Reposição de GH: deficiência GH, insuficiência renal 
crônica, síndromes genéticas, RCIU, baixa estatura 
idiopática. 
 O tratamento deve ser interrompido quando a velocidade 
crescimento < 2cm/ano ou idade óssea > 14-15 anos 
(meninas), > 16-17 anos (meninos).

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