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Questões sobre platelmintos

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Questões sobre platelmintos:
59) Quais são as principais inovações evolutivas encontradas no filo Platyhelminthes em
relação ao filo Cnidaria?
Os Platelmintos possuem uma simetria bilateral, o que é característica dos Animais com
modo de vida vágil. Esses animais possuem dois eixos de polaridade corporal: O primeiro é
o eixo anterior/posterior, com uma extremidade anterior e uma extremidade posterior. O
segundo é o eixo dorso/ventral, com uma face do corpo que fica em contato com o
substrato e outra que fica em cima de ventral, exposta ao ambiente geral, as duas faces
sendo nitidamente especializadas em função dessa exposição diferenciada ao ambiente.
Existe também um lado esquerdo e um lado direitos simétricos em relação ao plano de
simetria mediano-sagital, o único plano de simetria que existe nos animais bilaterais.
Estruturas como membros e órgãos dos sentidos são simetricamente dispostos de cada
lado do plano de simetria. Os órgãos dos sentidos são tipicamente concentrados na
extremidade anterior do corpo onde se concentra também a maior parte do sistema nervoso
central. Essa concentração dos órgãos dos sentidos e do sistema nervoso central na região
anterior se chama cefalização e é intimamente ligada com a simetria bilateral e a
mobilidade. Além disso os Platelmintos são triploblásticos, ou seja, tem um terceiro folheto
embrionário chamado mesoderme que se forma entre a ectoderme e a endoderme durante
a formação embrionária. É ela que possibilita a formação de um compartimento corporal
onde órgãos e sistemas de órgãos podem se desenvolver. A mesoderme também livra a
epiderme e a gastroderme de certas funções.
60) Quais são as vantagens da triplobastia em relação à diplobastia?
A mesoderme providenciou uma série de tecidos e órgãos especializados como: epitélio
específico, tecido conjuntivo, músculos, esqueleto, gônadas e etc. De um modo geral, a
mesoderme possibilita a formação de um compartimento corporal onde órgãos e sistemas
de órgãos podem se desenvolver. A mesoderme também livra a epiderme e a gastroderme
de certas funções. Em particular, o sistema nervoso e muscular, intimamente associados
com a epiderme e a gastroderme nos Animais diploblásticos migram para o compartimento
oriundo da mesoderme. Portanto, Animais triploblásticos são caracterizados por um nível de
organização corporal com órgãos.
61) Descreva a condição acelomada nos Platyhelminthes.
Nos Platelmintos o parênquima preenche completamente o espaço entre a epiderme e a
cavidade digestiva. Não há cavidade corporal entre a ectoderme e a endoderme. Portanto,
os Platelmintos são Animais acelomados, ou seja, sem celoma, uma condição que é hoje
considerada como possivelmente secundária e derivada de uma condição ancestral.
62) Quais são as características que distinguem o filo Platyhelminthes dos demais filos
invertebrados com simetria bilateral?
Eles são acelomados, eles não possuem sistema respiratório e nem circulatório.
63) Descreva a parede corporal, o sistema muscular e a parênquima dos Platyhelminthes.
“Turbellaria” é o grupo do qual surgiram os demais três grupos dessa classe, então focamos
neles para descrever as características principais dos Platelmintos. A parede corporal é
tipicamente um simples epitélio ciliado, onde cada célula tem muitos cílios com 2 a 30 μm
de espessura. Os cílios são usados para a locomoção, para rastejar no substrato. Curtas
microvilosidades estão presentes na superfície da epiderme, essa que não secreta cutícula,
onde ausência dela o suporte da parede corporal é fornecido pela lâmina basal
relativamente espessa e por uma rede densa de filamentos de actina nas células. A
epiderme contém numerosas células glandulares que secretam muco e substâncias
adesivas. De forma frequente o corpo principal dessas células fica no parênquima.
Prolongamentos em forma de pescoço permitem a essas células atingir a superfície da
epiderme. O muco age como lubrificante para a locomoção e é também usado para a
adesão no substrato e para a captura de alimento. Mesmo que se baseiem principalmente
nos seus cílios para rastejar em cima de superfícies muitos possuem um sistema muscular
bem desenvolvido que permite uma ampla variedade de movimento. A musculatura consiste
em uma camada de fibras circulares logo debaixo da epiderme e de uma camada de fibras
longitudinais debaixo da camada circular. Entre essas duas camadas, muitas espécies
possuem também dois jogos de músculos diagonais que são cruzadas em relação ao outro.
Pode ter também músculos dorso-ventrais nas grandes espécies achatadas. Os músculos
podem agir de maneira antagonista ou sinérgica para modificar a forma do corpo. Devido a
sua turgescência, o parênquima atua como esqueleto hidráulico cuja forma pode ser
modificada pela contração dos músculos ao redor. Os músculos são do tipo liso ou estriado
oblíquo. Existe nos Turbelários uma grande variedade de adaptações para a locomoção,
desde o deslizamento com cílios sobre o substrato até o rastejo muscular, o nado, o
peristaltismo, e outros tipos de movimentos. Em geral as pequenas espécies aquáticas
usam os cílios para a locomoção enquanto as grandes usam movimentos musculares do
corpo inteiro ou da face ventral com a ajuda ou não de cílios. Muitos possuem glândulas
adesivas cujas secreções permitem uma fixação temporária ao substrato. Cílios adesivos e
pequenas ventosas são também encontradas. O parênquima é basicamente um tecido
conjuntivo celular relativamente frouxo e com espaços intercelulares cheios de líquido que
serve como suporte para os sistemas de órgãos e funciona para o transporte de
metabólitos. Ele preenche o espaço entre a parede corporal e a cavidade digestiva e entre
os órgãos internos. Também serve como esqueleto hidráulico. O parênquima é composto
por células mesenquimatosas numa matriz extracelular com fibras do tipo colagênio. Dois
tipos principais de células são encontrados, com funções ainda não totalmente
estabelecidas: a células mesenquimatosas fixas são grandes células ramificadas que fazem
junções do tipo comunicantes com outras células mesenquimatosas, células da epiderme e
células da gastroderme, estabelecendo ligações entre os tecidos. E as células “cepas”, que
são de dois tipos: os neoblastos com grande núcleo e pouco de citoplasma, eles são células
totipotentes. Funcionam na regeneração que segue a reprodução assexuada ou um
ferimento. Servem também enquanto células “cepas” para a formação das gônadas. O outro
tipo são As células de reposição ficam debaixo da epiderme, prontas por repor células
desgastadas ou destruídas da epiderme.
64) Descreva o sistema digestivo e excretor dos Platyhelminthes
A cavidade digestiva é tipicamente em forma de saco e a única abertura serve tanto para a
ingestão como para a egestão, sendo uma cavidade gastrovascular. O epitélio da cavidade
digestiva é mono estratificada e é composto por células que secretam enzimas e células
fagocitárias. A forma da cavidade gastrovascular é relacionada com o tamanho do animal.
Nos pequenos Turbelários ela é um simples saco sem ramificações. Os de maior tamanho
possuem uma com ramificações que aumentam a superfície para a digestão e a absorção e
que também participam do transporte de nutrientes para todos as partes do corpo. A boca
fica geralmente no meio da face ventral, mas nem sempre. Em algumas espécies a boca
fica na parte anterior do corpo, em outras, na parte posterior. A boca se encontra na
extremidade de uma faringe especializada e glandular que mostra diversos graus de
complexidade nos Turbelários. Em alguns grupos formados por pequenas espécies a
faringe é um simples tubo ciliado. Os Turbelários com esse tipo simples de faringe se
alimentam por ação dos cílios que levam pequenos itens alimentares e partículas orgânicas
para dentro da boca. A maioria dos outros Turbelários possui uma faringe que pode ser
evertida, se trata de um tubo muscular que fica numa cavidade faríngea. Durante a nutrição
a parte livre do tubo muscular pode ser evertida para fora do corpo, é a chamada faringe
plicadatubular que é usada por espécies predadoras. As faringes possuem células
glandulares que sintetizam e secretam enzimas digestivas que servem para uma digestão
parcial extracelular e extracorporal. Nos Turbelários, uma grande parte dos resíduos
nitrogenados do metabolismo é eliminada por simples difusão através da superfície geral do
corpo.
O chamado sistema de “excreção” serve mais para realizar a osmorregulação. Esse sistema
excretor/osmorregulador é formado por protonefrídios, túbulos terminados por uma
célula-flama. O sistema é formado por ductos longitudinais que ficam dentro do parênquima
e são conectados redes de túbulos que se terminam com as células flamas. Os ductos se
abrem ao exterior por meio de pequenos poros excretores. No centro da célula-flama que
recobre a extremidade de um túbulo há um tufo de cílios cujo movimento lento lembra uma
chama. O movimento desses cílios cria uma depressão dentro do túbulo, ou seja, uma
diferença de pressão entre o interior da célula-flama e o líquido intersticial do parênquima,
assim o líquido do parênquima entra dentro do espaço interno formado pela célula-flama
através da fina membrana dessa célula-flama. Água, íons e outras pequenas moléculas
passam assim por ultrafiltração do líquido do parênquima. Parte dos elementos desse
ultrafiltrado é reabsorvida no sistema tubular, e o líquido resultante é liberado ao exterior via
os poros excretores.
65) Fale do sistema circulatório e respiratório dos Platyhelminthes, e relacione com a
morfologia desses animais
O chamado sistema de “excreção” serve mais para realizar a osmorregulação. Esse sistema
excretor/osmorregulador é formado por protonefrídios, túbulos terminados por uma
célula-flama. O sistema é formado por ductos longitudinais que ficam dentro do parênquima
e são conectados redes de túbulos que se terminam com as células flamas. Os ductos se
abrem ao exterior por meio de pequenos poros excretores. No centro da célula-flama que
recobre a extremidade de um túbulo há um tufo de cílios cujo movimento lento lembra uma
chama. O movimento desses cílios cria uma depressão dentro do túbulo, ou seja, uma
diferença de pressão entre o interior da célula-flama e o líquido intersticial do parênquima,
assim o líquido do parênquima entra dentro do espaço interno formado pela célula-flama
através da fina membrana dessa célula-flama. Água, íons e outras pequenas moléculas
passam assim por ultrafiltração do líquido do parênquima. Parte dos elementos desse
ultrafiltrado é reabsorvida no sistema tubular, e o líquido resultante é liberado ao exterior via
os poros excretores.
66) Quais são os 4 grupos de Platyhelminthes, as carac1terísticas morfológicas e
ecológicas de cada grupo, e as diferenças básicas entre esses grupos?
O primeiro é o grupo “Turbellaria”, que segundo seu tamanho são divididos em dois grupos
informais: macroturbellaria e microturbellaria. Os macroturbellaria formam o grupo dos
grandes turbelários, onde eles são facilmente visíveis, com um a vários centímetros de
comprimento. Os macroturbelários são tipicamente achatados e muito finos, de forma oval
ou alongada. A cabeça possui muitas vezes curtos tentáculos ou projeções triangulares
chamadas aurículas. Já os microturbelários formam a maioria dos turbelários e são
microscópicos, onde muitos nem atingem o tamanho de 1 mm. Podem ser achatados, mas
são geralmente cilíndricos ou com forma de sola rastejadora, com parte superior convexa e
parte inferior achatada. Muitos dos microturbelários fazem parte da fauna intersticial. A
maioria das espécies é aquática, marinha e bentônica, mas há grupos de água doce que
são também bentônicos. Existem também algumas espécies tropicais terrestres que são
noturnas e vivem em lugares úmidos como a serrapilheira. Sua cor geralmente está entre
gradações de preto, marrom e cinza, onde algumas espécies marinhas e terrestres com
cores muito vivas. O segundo grupo é a classe Trematoda que é formada por duas
subclasses de vermes parasitos: a subclasse Digenea e a subclasse Aspidobothrea. O
tamanho dos Trematódeos digêneos varia ente 0,2 e 6 cm. São tipicamente achatados
dorso-ventralmente, e têm o formato oval ou de folha. Possuem uma ventosa oral, ao redor
da boca, e muitas espécies possuem também uma ventosa no meio da face ventral. Essas
ventosas servem para a fixação do parasito nos lugares onde ele vive no hospedeiro e no
caso da ventosa oral, ajuda na tomada de alimento. A terceira é a classe também parasita
Cestoda, onde eles possuem tipicamente um corpo muito comprido em forma de fita o
comprimento variando de 1 cm a 20 metros. Seu corpo é divido em três regiões: o escólex
que é a cabeça do verme. Um pescoço que constitui uma região de proliferação que produz
o resto do corpo e o resto do corpo, que chamamos de estróbilo, que é constituído por uma
sucessão linear de segmentos chamados proglótides. O escólex é uma diminuta inchação
na parte anterior do corpo. Geralmente possui 4 lados providos de ventosas que permitem
ao verme se fixar à parede do tubo digestivo do hospedeiro. O pescoço representa uma
pequena região fina que produz os proglótides por crescimento mitótico seguido por
constrição transversal, ou seja, os mais jovens proglótides são os que são mais próximos do
pescoço. Essas proglótides crescem em tamanho e atingem a maturidade sexual à medida
que se deslocam para a região posterior. O tegumento é altamente especializado para a
vida parasita. A quarta e última é a classe Monogenea. Os membros dessa pequena classe
são na mairoia ectoparasitos de Animais aquáticos, principalmente os peixes e vivem
fixados nos filamentos branquiais no, tegumento geral do corpo, nas cavidades associadas
com o tubo digestivo e nas narinas. Sua característica mais óbvia é a presença, na parte
porte posterior do corpo, de uma estrutura de fixação chamada opistohaptor provinda de
ventosas, ganchos, âncoras ou grampos.
67) Quais são os 4 grupos do filo Platyhelmintes? Três deles são inteiramente parasitos e
formam um clado chamado.................................[completar]; porque foi chamado assim?
Turbellaria,Trematoda, Cestoda, Monogenea. Trematoda, Cestoda e Monogenea formam o
clado neodermata. Uma das adaptações à vida parasita desses Platelmintos é a
substituição parcial ou completa da epiderme celular por uma camada sincicial não ciliada
chamada neoderme, por isso o nome do clado.
68) Faça uma comparação da morfologia externa dos grupos Turbellaria, Trematodea e
Eucestoda.
O grupo turbellaria externa se dividi em dois grupos informais: Os macroturbellaria formam o
grupo dos grandes turbelários sendo eles facilmente visíveis, com um a vários centímetros
de comprimento. Os macroturbelários são tipicamente achatados e muito finos, de forma
oval ou alongada. A cabeça possui muitas vezes curtos tentáculos ou projeções triangulares
chamadas aurículas. Já os microturbelários formam a maioria dos turbelários e são
microscópicos, muitos nem atingem o tamanho de 1 mm. Podem ser achatados, mas são
geralmente cilíndricos ou com forma de sola rastejadora, com parte superior convexa e
parte inferior achatada. O grupo Trematodea tem tamanho variado ente 0,2 e 6 cm. São
tipicamente achatados dorso-ventralmente, e têm o formato oval ou de folha. Possuem uma
ventosa oral, ao redor da boca, e muitas espécies possuem também uma ventosa no meio
da face ventral. Já o grupo Escestoda possuem tipicamente um corpo muito comprido em
forma de fita o comprimento variando de 1 cm a 20 metros. Seu corpo é divido em três
regiões: o escólex que é a cabeça do verme. Um pescoço que constitui uma região de
proliferação que produz o resto do corpo e o resto do corpo, que chamamos de estróbilo,
que é constituído por uma sucessão linear de segmentos chamados proglótides. O escólex
é uma diminuta inchação na parte anterior do corpo. Geralmente possui 4 lados providos de
ventosas que permitem ao verme se fixar à parede do tubo digestivo do hospedeiro.
69) Descreva o sistema reprodutor de um Tuberlário.
Quase que todos os Turbelários são hermafroditose a reprodução se efetua por cópula e
fecundação interna. Por causa do pequeno tamanho dos Turbelários e do tamanho limite
inferior que podem ter ovos os Turbelários produzem poucos ovos em relação aos
Platelmintos das outras classes. Existem muitas variações do sistema reprodutor macho e
fêmea, mas um padrão dos sistemas macho e fêmea pode ser descrito, onde as gônadas
são quase sempre separadas do parênquima por um epitélio. No sistema machos pode
existir um só testículo, um par de testículos, ou numerosos testículos que ficam de cada
lado do corpo em fileiras longitudinais, cada um conectado a um espermiducto. Os dois
espermiductos levam a uma vesícula seminal onde o esperma maduro produzido nos
testículos é armazenado antes da cópula. Glândulas prostáticas que fornecem um fluído
seminal para o esperma são muitas vezes associadas com as vesículas seminais e se
abrem nelas. A vesícula seminal faz tipicamente parte de uma câmara muscular chamada
átrio genital que aloja o órgão copulatório em forma de papila ou de cirro eversível que pode
ser armado com estilete e através do qual o esperma é forçado a se deslocar por ação
muscular do átrio. Em algumas especeis o átrio genital é comum ao sistema macho e fêmea
e se abre por um poro genital comum macho/fêmea. Em outras existe um átrio macho e um
átrio fêmeas separadas, cada um seu poro genital. O átrio se abre para o exterior via um
gonóporo. Já no sistema fêmea geralmente temos dois ovários, cada um com um oviducto.
Os dois oviductos desembocam no átrio genital. Pode existir uma bolsa copulatória e um
receptáculo seminal, para o armazenamento temporário e a longo prazo do esperma
respectivamente.
Em muitos Turbelários, os ovários são associados á glândulas que produzem células cheias
de vitelo, elas se chamam vitelários. São essas células que vão servir para formar uma
camada de células nutritivas ao redor dos ovos fecundados. Nas espécies de Turbelários o
ovário e o vitelário podem ser unidos num ovovitelário ou podem ser separados e ligados
entre si por um ducto comum. Nos dois casos após ser liberado pelo ovário e fecundado o
ovo é rodeado por certo número de células produzidas pelo vitelário. Em seguida, ovo e
células do vitelário são cercados por uma casca protetora, secretada em parte por uma
região especializada do ducto reprodutivo. Em alguns grupos de Turbelários não existe
vitelário, então nesse caso os ovários produzem óvulos que já contêm uma reserva de
vitelo.
70) Descreva o ciclo de vida padrão de um Trematódeo.
O adulto põe “ovos” protegidos em cápsulas, e que têm que deixar o hospedeiro. os ovos
são liberados para o exterior através das fezes do hospedeiro e pela urina ou a saliva em
certas espécies. A primeira segmentação do ovo dá uma célula somática e uma célula
germinal. Acélulas somáticas formam o corpo do parasito, enquanto as células germinais
são reprodutivas. No meio aquático o ovo eclode e libera uma larva miracídio. Ela é uma
larva ciliada, de vida livre, que nada à procura do hospedeiro intermediário Ela representa o
primeiro estágio infectante do ciclo e o único momento do ciclo com existência de uma
epiderme celular e ciliada. Quando encontra um hospedeiro o miracídio penetra nele e uma
vez no hemocele se transforma num esporocisto. O esporocisto tem a forma de um saco
cheio de células germinais, ele resulta da transformação do miracídio, por perda do epitélio
ciliado e da maioria das estruturas internas. No esporocisto, cada célula germinal se
desenvolve em um novo estágio larvar: as rédias. Elas se assemelham a esporocistos, só
que possuem boca, faringe muscular, cavidade digestiva, e são capazes de ingerir tecidos
do hospedeiro, são também cheias de células germinais que se desenvolvem em larvas
cercárias, essas que possuem boca, cavidade digestiva funcional, e cauda potente. São
essas larvas que representam o segundo estágio infectante do ciclo: deixam o hospedeiro
intermediário e graças a cauda podem nadar vigorosamente. Quando há um segundo
hospedeiro intermediário no ciclo de vida a larva cercária penetra nele, perde a cauda e
forma um cisto chamado metacercária. Já se o hospedeiro intermediário secundário for
comido por um hospedeiro primário, a metacercária sai do cisto, migra e cresce até o
estado adulto numa localização característica de cada espécie.
71) Descreva o ciclo de vida das espécies Fasciola hepatica e Schistosoma mansoni.
A Fasciola hepatica é um Trematódeo parasito comum nos bovinos e ovinos, tendo um
comprimento de 2 a 3 cm. Vive nos ductos biliares desses Animais domésticos e provocam
uma doença grave cujos sintomas são: anemia, edemas, emagrecimento extremo e morte.
Encontra-se ocasionalmente no ser humano quando come agrião coletado em regiões onde
vive o Molusco hospedeiro intermediário. Os ovos são liberados com as fezes do
hospedeiro primário, após isso eclodem na água, onde as larvas miracídio procuram seu
hospedeiro intermediário, como, por exemplo, um molusco. Depois da penetração no
hospedeiro a larva miracídio se instala no pulmão do dele onde se transforma em
esporocisto que por reprodução assexuada vai dar rédias, as quais migram para o
hepatopâncreas do Molusco onde produzem cercárias. As cercárias saem do Molusco e
depois de uma curta vida livre na água, se fixam em plantas aquáticas, perdem sua cauda e
secretam uma membrana cística, se tornando assim larvas metacercárias. Os ruminantes
se contaminam ao comer gramíneas com metacercárias. No intestino do ruminante, a
parede do cisto é digerida, a metacercária se transforma em jovem verme que atravessa a
parede intestinal e se instala nos ductos biliares onde se torna adulto depois de dois a três
meses. O Schistosoma são dióicos. Os adultos vivem nas veias hepáticas e mesentéricas
que ligam o fígado ao intestino. O macho tem um comprimento de 6 a 10 mm, enquanto as
fêmeas são menores, onde machos e fêmeas vivem juntos, o macho possuindo um sulco
ventral na qual a fêmea vive. Quando fecundada a fêmea migra para as vênulas do intestino
onde coloca os ovos. Os ovos possuem um espinho lateral graças ao qual atravessam a
parede intestinal. Os ovos são eliminados pelas fezes, e uma vez na água, eles liberam
miracídios que procuram o hospedeiro intermediário, sendo esses caramujos de certas
espécies. No Molusco, o miracídio se transforma em esporocisto que produz uma segunda
geração de esporocistos, os quais invadem o hepato-pâncreas do Molusco onde produzem
cercárias. As cercárias saem do Molusco e procuram o hospedeiro primário, o ser humano,
no qual penetram através da pele. Na circulação sanguínea do ser humano, as cercárias
perdem sua cauda e se transformam em pequenos Esquistossomos que atingem o coração
direito, o pulmão, o coração esquerdo e depois a circulação geral, de onde atingem o
fígado, onde se tornam adultos. Após isso migram para as veias mesentéricas e hepáticas
que ligam o fígado ao intestino.
72) Os Platyhelminthes da classe Cestoda são considerados como os membros mais
especializados do filo. Por quê?
Pois o tegumento dos Cestódeos possui modificações associadas a seu modo de nutrição
especial: obtêm os nutrientes exclusivamente por absorção através do tegumento. Esse tipo
de nutrição é, aliás, associada a uma ausência total de cavidade digestiva.
73) Descreva a morfologia externa de um Cestódeo.
Eles possuem tipicamente um corpo muito comprido em forma de fita o comprimento
variando de 1 cm a 20 metros. Seu corpo é divido em três regiões: o escólex que é a
cabeça do verme. Um pescoço que constitui uma região de proliferação que produz o resto
do corpo e o resto do corpo, que chamamos de estróbilo, que é constituído por uma
sucessão linear de segmentos chamados proglótides. O escólex é uma diminuta inchação
na parte anterior do corpo. Geralmente possui 4 lados providos de ventosas que permitem
ao verme se fixar à parede do tubo digestivo do hospedeiro. O pescoço representa uma
pequena região fina que produz os proglótides por crescimento mitótico seguido por
constrição transversal, ou seja, os maisjovens proglótides são os que são mais próximos do
pescoço. Essas proglótides crescem em tamanho e atingem a maturidade sexual à medida
que se deslocam para a região posterior. O tegumento é altamente especializado para a
vida parasita. Não há cavidade digestiva, eles obtêm todo o alimento absorvendo os
nutrientes através do tegumento que têm um papel importante no transporte ativo de
carboidratos e aminoácidos. Microvilosidades especiais do tegumento aumentam a
superfície de absorção. O tegumento é também importante para escapar dos sistemas de
defesa do hospedeiro.
74) Descreva o ciclo de vida da espécie Taenia saginatum (ou T. solium).
Na T. saginata os proglótides com ovos maduros são evacuados para o exterior através do
ânus da pessoa infectada. Para que o ciclo possa continuar os ovos têm que ser ingeridos
por um boi, assim no intestino do boi, os ovos eclodem e deles saem larvas esféricas com 3
pares de ganchos: as oncosferas. Elas atravessam a parede do tubo digestivo do boi,
invadem a circulação sanguínea e linfática e chegam dessa maneira aos músculos
estriados onde se transformam em cisticercos, um tipo de vesícula contendo um escólex
invaginado. Nos músculos do boi os cisticercos sobrevivem alguns meses e depois sofrem
um processo de calcificação que os matam. Se um ser humano comer carne infestada com
cisticercos não mortos o cisticero vai se libertar, evaginar o escólex começar a formar
proglótides e se tornar adulto. E assim o ciclo se repete.

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