ARTIGO CIENTIFICO

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA: OS DESAFIOS DA INCLUSÃO DO ALUNO SURDO EM SALA DE AULA
Maria Aparecida Batista Ferreira1
Nilza Luz de Brito da Silva2
A Educação Inclusiva é uma pedagogia voltada ao atendimento de crianças com necessidades educacionais especiais. Este trabalho teve como objetivo abordar os desafios encontrados na inclusão de crianças com deficiência auditiva em sala de aula no ensino regular. A amostra foi retirada de um questionário realizado com 25 professores de uma escola Municipal de Praia Grande - São Paulo. Questionário qual visou a compreender os desafios que os mesmos encontram quando chegam à escola e durante sua permanência, as ações dos professores, dos colegas e de todo profissional ligado direta e indiretamente à Educação. O comportamento dos educandos com necessidades educacionais diante das dificuldades de aprendizagem e as ações do professor diante de tal desafio. Observou-se nesta pesquisa que 30% dos professores não havia ainda tido experiência no atendimento ao educando com deficiência auditiva, pode-se também observar que 35% dos educadores tinham curso de pós em Educação especial na especialização com atendimento à criança surdez. Diante do pouco porcentual de formação, os professores ainda não se sentem seguro para atender, ficando de certa forma comprometida. O planejamento e as adaptações no currículo eram condições necessárias para serem planejadas pelos professores e equipe. Esta pesquisa foi realizada no início do ano letivo de 2013.
Palavras-chave: Educação Inclusiva – deficiência auditiva – currículo
· R.A 2211581 Curso de Pedagogia EaD Universidade de Santo Amaro, Módulo XI Polo de São Vicente
· R.A 2211599 Curso de Pedagogia EaD Universidade de Santo Amaro, Módulo XI Polo de São Vicente
INTRODUÇÃO 									
A inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais em sala de aula, ainda tem grandes desafios para serem enfrentados necessitam de um rompimento de barreiras e na buscar em sanar tais necessidades e garantir uma aprendizagem coerente e coesa para que o aluno seja incluído não somente pelo fato de estar e sim fazer parte do contexto em sala de aula.
O direito desta acessibilidade é garantido por leis e documentos importantes como destaca a Declaração Internacional de Montreal sobre Inclusão, (2001). O acesso igualitário a todos os espaços da vida é um pré-requisito para os direitos humanos universais e as liberdades fundamentais das pessoas. O esforço rumo a uma sociedade inclusiva para todos é a essência do desenvolvimento social sustentável. 
Passo importante para se compreender como funciona tal modalidade e como desenvolve o universo da inclusão com deficiência auditiva, é necessário buscar o conhecimento por meio de pesquisa com profissionais especializados e fontes teóricas baseados em autores conceituados e renomeados sobre o assunto e a pesquisa de campo por meio de entrevistas com professores de inclusão.
 A filosofia da inclusão defende uma educação eficaz para todos, sustentada em que as escolas, enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de todos os alunos, sejam quais forem as suas características pessoais, psicológicas ou sociais (com independência de ter ou não deficiência). Trata-se de estabelecer os alicerces para que a escola possa educar com êxito a diversidade de seu alunado e colaborar com a erradicação da ampla desigualdade e injustiça social. (Sanchez, P.8. 2005).
O direito de apreender juntamente e igualmente são princípios de uma educação inclusiva, independente de suas características e sim por sua singulariedade.
Observou-se que o maior número de crianças com este tipo de deficiência estão matriculadas nos anos das séries iniciais. Onde o processo de alfabetização requer maior atenção e que acontece de forma gradual. Mais para o aluno com problemas de surdez torna-se um desafio, pois, precisam de uma atenção diferenciada sem excluí-lo do plano de aula.
Pode-se compreender certa preocupação por parte dos docentes em relação a chegada da criança com deficiência auditiva em sala de aula. Alegam não terem preparo ou experiência, com receio de errar acreditam que podem não atender de forma adequada as necessidades educacionais das quais são primordiais para o desenvolvimento global do aluno.
A questão da formação do professor é um dos elementos relevantes para atender e sanar as dificuldades encontradas no processo de ensino aprendizagem. do aluno com surdez., precisa ser contínua esta formação.
Ponto importante também observado foi em relação a adaptação do currículo para melhor oportunizar uma educação de qualidade e inclusiva. O planejamento dos conteúdos, conceituais, procedimentais e atitudinais são requisitos para definirem metas e ações.
Conforme afirma Glat,(2007) que um currículo na perspectiva da Educação Inclusiva os conteúdos a serem trabalhados em classe não são apenas um fim em si, mais um meio para o desenvolvimento das estruturas afetivo-cognitivas dos alunos
Os recursos utilizados com os alunos com alguma deficiência auditiva na escola pesquisada são elaborados de forma homogênica, quanto ao grau ou complexo requer uma adaptação sendo que todos recursos educacionais especiais garantam a aprendizagem.
Questionamentos como os recursos deveriam atender as necessidades de tais alunos com deficiência auditiva, mostra a realidade ainda encontrada em inserir uma formação ou grupos de pesquisas em busca de conhecimentos 
específicos e quais seriam pertinentes neste contexto e levar em consideração o tempo e o grau de aprendizagem que o aluno já possui, assim adapta-lo de forma objetiva e significativa.
Base primordial na relação professor-aluno está na comunicação, fato observado e diagnosticado pelos educadores, onde reconhecem a relevância de saber a língua de sinais ( Libras).
 Passo fundamental para o bom andamento do desempenho da prática pedagógica e da compreensão do conteúdo na aprendizagem do educando. Conta-se apenas com um interprete de Libras para o atendimento dos alunos com problemas auditivos.
Geralmente este profissional atende em maior tempo os alunos com um grau mais acentuado como de surdez profunda e os demais alunos pelos professores regentes que por sua vez vão se adaptando e fazendo os dois papéis.
MÉTODO
A pesquisa teve como integrantes 28 profissionais da Educação entre eles 25 professores, uma coordenadora pedagógica, orientadora e gestora. Todos entre 29 a 52 anos de idade, tinham formação no curso de pedagogia 35% com curso de pós-graduação em educação especial com habilitações em alguma deficiência.
Cerca de 60% dos professores funcionários efetivos da rede municipal e os demais 40%contratados, sendo 25 do sexo feminino e 3 do sexo masculino, a unidade escola tem seu público ao alunos do Ensino Fundamental ( 1º ao 5º ano).
A pesquisa presente foi realizada em horário de HTPC ( horário de trabalho 
pedagógico coletivo) com duração de 2 horas, o qual ressaltou a veracidades das informações e o momento foi de reflexão sobre a questão dos desafios encontrados para inclusão do aluno com deficiência auditiva em sala de aula no ensino regular.
PROCEDIMENTOS
A pesquisa teve autorização para ser realizada no momento de HTPC, onde os professores e a equipe colocaram-se a disposição, para esclarecer os pontos de dúvidas e responderem as questões.
Foi encaminhado com antecedência de 15 dias o relatório do questionário, e de todo desenvolvimento para abordagem do assunto o que teve a proposta aceita.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados apresentados pela pesquisa foram obtidos por meio das respostas dos professores referente ao questionamento sobre os desafios que são encontrados para se encaminhar uma aprendizagem de forma significativa e efetiva do aluno com deficiência auditiva.
Em primeira instância as questões mais discutidas foram a chegada dos alunos com algum tipo de deficiência auditiva, como eles chegam e qual o conhecimento e a realidade por eles vividas e no que isso interferem ou influenciam na sua aprendizagem e no seu desenvolvimentoglobal.
O comportamento da sala de aula em relação ao aluno com necessidades educacionais especiais,tem sido positiva em relação à aceitação ao diferente.
Partindo diante dos questionamentos, a importância da formação do professor teve um direcionamento proveitoso, esta formação de forma contínua por meio de reflexão e discussões sobre o assunto em roda de mesa, palestras com especialistas, seminários entre outros, foram sugeridos como propostas, para que venha oportunizar tais conhecimentos aos educadores em sua vida profissional.
A comunicação e a importância do professor saber e utilizar a língua brasileira de sinais (Libras) na construção da relação professor aluno e no momento de transformar conteúdos em aprendizagem, teve sua reflexão garantida e aceita, levando em pauta a extensão para à todos os profissionais ligados direta e indiretamente à Educação.
Os caminhos a percorrerem na adaptação do currículo serem abordados nos HTPC, obtiveram resultados surpreendente, a aprovação para detalhar e compartilhar com os demais professores que não regem salas onde existem tais alunos foi de suma importância para o desenvolvimento do saber fazer.
 A adaptação do currículo para atender as necessidades educacionais do educando, as quais influenciam de forma direta no saber e na prática pedagógica do educador e aplicada com os recursos diversificados tornar este processo de aprendizagem sólido e eficaz
Faz notório a utilização de recursos pedagógicos como aliados no desenvolvimento dos educandos, frisando a relevância do uso de material visual com total diversificação e tamanhos.
As possibilidades de aprendizagem e a inclusão do aluno com necessidades educacionais com problemas auditivo na sala de aula, os desafios encontrados e quais nortearam pontos relevantes para orientar e discernir os caminhos a serem percorridos para que o processo inclusivo seja realizado de maneira efetiva com propostas embasadas na realidade vivida pelo educando amparada dentro das leis vigentes;
Onde a acessibilidade esteja garantida e aplicada no contexto educacional e social. As aplicações e tratamento de estratégias metas e ações embasam a pesquisa. Direcionando as propostas de interação significativa.
CONCLUSÃO
Foi realizado uma reflexão sobre a realidade vivência pelos educandos e professores sobre os princípios de uma educação inclusiva com objetividade a inclusão do alunos com necessidades educacionais especiais de deficientes auditivo na sala de aula.
A elaboração de artigo veio contribuir e aprimorara o conceito sobre os desafios encontrados na inclusão do aluno com surdez em sala de aula. A comunicação como base da relação professor x aluno e a interação entre o Ensino e aprendizagem.
Teve por finalidade a percepção dos educadores compreenderem a necessidade e o esforço necessário em adaptar em seu planejamento questões e estratégias relevantes para aprimorar seus conhecimentos e saberes dentro de uma perspectiva inclusiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS 
BRASIL / MJ / Secretaria Nacional dos Direitos Humanos/CORDE (1994) Declaração de Salamanca e Linha de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais. 
 DECLARAÇÃO MUNDIAL DE MONTREAL SOBRE INCLUSÃO, 2001
 
 
 DECLARAÇÃO DE SALAMANCA Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Disponível 
em:<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf> Acesso em 26/01/2013. 
GLAT, R. Educação Inclusiva Cultura e cotidiano escolar.Ed.7 letras.Rio de Janeiro, 2007.
MAZZOTTA. M. J. Da S. Trabalho docente e formação de professores de educação especial. São Paulo. Ed. EPV, 1993 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO; SEESP (Secretaria de Educação Especial) – Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: SEESP, 2001. 
 
SÁNCHEZ, Pilar Arnaiz. A Educação Inclusiva: um meio de construir escolas para todos no século XXI. In: INCLUSÃO - Revista da EducaçãoEspecial, Ano I, nº. 1, out./ 2005, p.7 - 18. 
SASSAKI,