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Ética em ginecologia e obstetrícia

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Princípios bioéticos básicos 
1. Autonomia: poder de deliberar sobre escolhas pessoais e ser tratado com respeito pela capacidade de decisão. 
Todos tem direito de decidir sobre questões de seu corpo e sua vida. Deve-se respeitar a opinião feminina 
(maior vulnerabilidade). Em situações de deficiência intelectual e crianças a autonomia é exercida pelos 
responsáveis, 
2. Beneficência: maximizar benefício e minimizar o prejuízo. Deve utilizar informações técnicas que assegurem que 
o ato médico será benéfico ao paciente 
3. Não-maleficência: reduzir ao máximo efeitos indesejáveis “primum nos nocere”. A ação médica então deve 
causar mínimo de prejuízo 
4. Justiça: equidade é condição fundamental, que da condição ética de que cada individuo seja tratado de forma 
semelhante. Deve ser imparcial. 
 
 Ginecologia é alvo de denuncias (34,34% do total de denuncias de assédio) 
Durante exame ginecológico: 
a. Ter sempre a presença de acompanhante seja ele auxiliar de enfermagem ou acompanhante da paciente, 
independente do sexo do acompanhante. 
b. Explicar previa e detalhadamente os procedimentos que irão ser realizados no exame. 
Prontuário médico 
 “Grande arma” 
 Pode proteger ou ser usado contra o médico 
 Deve ser preenchido com letra legível, CRM, com dados precisos e ricos em detalhes 
Segredo médico 
 É um dever não expor a paciente em nenhuma das informações que ela trás ao consultório. 
 A confidencialidade é o grande pilar da assistência. 
 Somente em situações de dever legal, justa causa ou com autorização expressa do paciente 
Consentimento livre e esclarecido 
 Consolida de forma prática que a autonomia será guardada como pilar. 
 Art 22 – é vedado ao medico deixar de obter consentimento 
 Art 24 - É vedado ao medico deixar de garantir ao paciente o exercício do direito de decidir livremente 
Informações à paciente 
 Devem ser: claras, objetivas e compreensíveis 
a. Hipóteses diagnósticas 
b. Diagnósticos realizados 
c. Exames solicitados 
d. Ações terapêuticas 
e. Riscos benefícios e inconvenientes das medidas 
f. Duração prevista do tratamento. 
 
Daiane Barros 
Se atendimento ao parto: 
a. Direito de acompanhante 
b. Registro gráfico partograma é fundamental 
c. Constante vigilância aos preceitos da beneficência e não maleficência, aliado aos cuidados visando bem 
estar materno-fetal, com registro de horário, intervenção e assinatura do examinador. 
d. Sempre solicitar autorização para procedimentos e justificar o motivo e tal. 
Cesária à pedido 
 Modalidade privada: 
o Art 1 – é direito da gestante,nas situações eletivas, optar pela realização de cesariana, garantida por sua 
autonomia, desde que tenha sido informada sobre o parto vaginal e o cesariano, seus benefícios e riscos. 
Registrado em termo de consentimento. Apenas a partir de 39 semanas completas 
 No SUS a mulher ainda não tem autonomia 
Atendimento à adolescente 
 Adolescente pode ter capacidade de entendimento, de cuidar de si, logo: 
a. Respeito ao sigilo médico 
b. Respeito à autonomia 
 Se gravidez, abuso de drogas, não adesão a tratamento, doenças graves, risco à vida ou à saúde de terceiros, ou 
em procedimentos mais complicados – participação e consentimento de pais ou respondáveis. 
Contracepção cirúrgica 
 Lei do planejamento familiar 
o Somente é permitida esterilização em homens ou mulheres maiores de 25 anos ou com 2 filhos vivos 
Obs: laqueadura pode ser feito em gestantes com doenças como hipertensão, diabetes, cardiopatias, cardiopatias que 
acarretam prejuízo a saúde da mulher ou mulheres com repetição de cesariana. Precisa que 2 médicos avaliem. Pode 
ser feito no momento do parto. 
Obs: a realização de esterilização cirúrgica em desacordo com a lei submete o infrator a reclusão de 2 a 8 anos e multa. 
A pena pode ainda ser acrescida de um terço se a esterilização for praticada durante a gestação, parto e puerpério ou se 
ela não for voluntária em indivíduos com capacidade civil plena. 
Abordo legal e ilegal 
 Aborto previsto em lei: gravidez devido a abuso sexual, anencefalia ou risco à vida da mãe 
 O médico não está obrigado a comunicar às autoridades um crime já cometido pelo qual o seu paciente possa 
ser processado: principio do segredo médico.

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