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beta bloqueadores

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GABRIELI CASARA MEDTXVI FIMCA
2
Farmacologia – beta bloqueadores
· Mecanismo de ação geral: bloqueio dos receptores de beta adrenérgicos 
· Se diferenciam quanto a seletividade, lipossolubidade e ações vasodilatadoras
· Indicação formal para uso em cardiopatas e hipertensos
· Não é a primeira opção para tratamento de hipertensão em idosos e diabéticos
· Os B bloqueadores inibem as respostas cronotrópicas, inotrópicas e vasoconstritoras a ação da epinefrina e norepinefrina nos receptores beta adrenérgicos 
· B1, B2 e B3
· B1: aumenta o debito cardíaco pois eleva a frequência cardíaca e o volume de sangue ejetado; faz liberação de renina nas células justoglomerulares; lipólise do tecido adiposo
· B2: são receptores polimórficos predominantes no músculo liso e produzem relaxamento visceral (brônquios, TGI, útero gravídico, bexiga), também causa dilatação arterial no musculo esquelético, inibição da histamina, glicogenólise e gliconeogênese, aumento da secreção de reina nos rins 
· B3: causam efeitos metabólicos como a estimulação da lipólise 
SELETIVIDADE 
· NÃO SELETIVOS: bloqueiam receptores B1 do miorcárdio, B2 do musculo liso, pulmões e vasos sanguíneos. Seus efeitos são mais perceptíveis: aumento da resistência arterial periférica e broncoconstrição
Mais usados: propranolol, nadolol, timolol
O pindolol age como agonista parcial e possui menos bradicardia e broncocostrição, mesmo sendo não seletivo
· CARDIOSELETIVOS: bloqueiam apenas B1 (coração, SN e rins), menos efeitos colaterais
· AÇÃO VASODILATADORA: antagonismo ao receptor alfa-1 periférico; ex: carvedilol e labetalol
SOLUBILIDADE
· Determina a biodisponibilidade do fármaco e o perfil dos efeitos colaterais
· Fármacos lipossolúveis: a lipossolubilidade determina o grau de penetração na barreira hematoencefálica, quanto mais lipossolúvel mais entra na barreira e mais efeito causa no SNC (letargia, pesadelos, confusão mental e depressão)
· Ex; propranolol é muito lipossolúvel, metoprolol é moderado
· Fármacos hidrossolúveis: menos penetração tissular, meia vida mais longa e causam menos efeitos no SNC
ELIMINAÇÃO E METABOLISMO
· Metabolismo renal: atenolol e nadolol
· Metabolismo hepático: propranolol, metoprolol, labetalol, carvediol, e nebivolol
MECANISMOS ANTI-HIPERTENSIVOS 
· B bloqueadores atuam principalmente no sistema nervoso simpático, que é uma das principais vias da hipertensão arterial por conta dos efeitos sob o coração/vasos e no sistema renina angiotensina aldosterona 
· 1 teoria: O bloqueio dos receptores β1 adrenérgicos cardíacos causa redução da frequência cardíaca e da contratilidade, com a consequente redução do débito cardíaco, enquanto a ação nas células justaglomerulares renais diminui a liberação de renina
· 2 teoria: betabloqueadores promovem readaptação dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas
· Fármacos de terceira geração: ação vasodilatadora associada, o que implicaria melhor efeito anti-hipertensivo
· para o tratamento da hipertensão arterial nos anos 1980 e 1990 colocavam o betabloqueador como fármaco de primeira escolha, ao lado dos diuréticos, para o tratamento inicial da hipertensão arterial
· hoje em dia não são mais a primeira opção
· preferidos para pacientes cardiopatas
3º geração de beta bloqueadores 
· efeitos benéficos sobre a função endotelial, rigidez arterial e eventos cardiovasculares, além de menor efeito metabólico indesejável.
CARVEDILOL
· Bloqueia receptores alfa, B1 e B2 sem altos níveis de atividade agonista, reduzindo os efeitos colaterais 
· Absorção rápida com meia vida de 7-10h
· Possui efeito anti-hipertensivo superior ao da 1 geração, atua na diminuição da pressão através da redução da resistência vascular periférica, sem alterar o debito cardíaco; se assemelhando aos ECAS e bloqueadores de canal de cálcio 
· redução de internações e mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca 
· melhora da função endotelial, da sensibilidade a insulina e do processo inflamatório em hipertensos diabéticos 
NEBIVOLOL
· Seletivo para B1 com vasodilatação mediada por liberação de oxido nítrico 
· Melhor redução da pressão, perfil hemodinâmico estável (preservação do débito cardíaco, redução da resistência periférica e melhora da função diastólica) 
1º x 3º geração 
· A primeira geração de fármacos B bloqueadores são não seletivos, atuando nos receptores B1 e B2, o que faz com que tenham mais efeitos colaterais como a diminuição da perfusão periférica e a broncoconstrição
· Enquanto isso fármacos da terceira geração atuam sobre o receptor alfa 1 periférico, possuem efeitos benéficos sobre a função endotelial, rigidez arterial e eventos cardiovasculares, além de menor efeito metabólico indesejável. São anti-hipertensivos melhores que os de primeira geração.

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