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Viroses respiratórias

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Viroses respiratórias
Fonte: Professor Marcelo Sousa Silva 
Propriedades gerais dos vírus INFLUENZA
· Pertencem à família Orthomyxoviridae
· Esférico e pleomórfico (várias formas diferentes) (80-120 nm de diâmetro) 
· Nucleocapsídeo de simetria helicoidal
· Genoma segmentado de –ssRNA: 
- FLUAV e FLUBV (8 segmentos) 
- FLUCV (7 segmentos)
Metabolismo do genoma viral
· O RNA do vírus tem sentido negativo e precisa ser copiado no RNAm complementar de sentido positivo para que as proteínas possam ser feitas.
RNA de fita simples para replicar ele precisa produzir um RNA positivo que vai servir de molde para produzir um RNA de fita negativa e o positivo vai servir para transcrição. Se é negativo precisa formar um anti genômico que vai produzir o genoma na replicação e vai produzir as proteínas na transcrição e tradução.
Genoma INFLUENZA A e B
Hemaglutinina (HA) Neuraminidase (NA) 
Proteínas INFLUENZA A e B
HEMAGLUTININA [HA] E NEURAMINIDASE [NA]
Nomenclatura dos vírus de INFLUENZA
· Influenza A
O tipo do vírus (sorotipo)/ hospedeiro de origem (exceto quando humano) / nome da cepa (o local onde foi isolado) / número da cepa /o ano do isolamento (seguido do subtipo antigênico de HA e NA entre parênteses) 
A/swine/Iowa/15/30 (H1N1) - suínos 
A/Puerto Rico/8/34 (H1N1) - humanos I
· Influenza B
Não há classificação em subtipos, e os vírus são designados apenas por sorotipo/local de origem ou nome de cepa/ano de origem. 
 B/Lee/40
Mecanismos de transmissão
· Vias de transmissão: 
Disseminação de pessoa a pessoa 
Gotículas (aerossóis) – através da tosse e do espirro 
Por contato com mãos e objetos contaminados
Mecanismos de patogênese
· Patogenia 
Replicação viral no trato respiratório superior e inferior 
Uma maior replicação viral ocorre após 48 horas após à infecção 
Declínio lentamente após 48 horas com baixa de produção viral após 6-8 dias 
Viremia transitória – responsável pelo quadro de mal-estar 
A liberação viral é feita pela superfície apical das células epiteliais 
Limitação da disseminação sistêmica 
Facilita o acúmulo viral no trato respiratório
Facilita a transmissão
Ao quarto e quinto dia inicia-se a regeneração do epitélio que se completa em cerca de 15 dias, sem qualquer lesão residual
 Nos casos graves – o processo infeccioso estende-se ao segmento inferior – evoluindo para um quadro de pneumonia 
Lesões anatomopatológicas da pneumonia:
· Edema
· Hemorragia da mucosa da traqueia, brônquios e alvéolos 
· Dano epitelial responsável pela maior susceptibilidade a infecções bacterianas: estafilococos e estreptococos
Mecanismos imunopatológicos
· Imunidade subtipo específica 
Resposta humoral local – anticorpos do tipo IgA 
· Resistência no início da infecção: §
Anticorpos anti-hemaglutinina → neutraliza a capacidade de entrar, desenvolver e se replicação no hospedeiro 
Anticorpos anti-neuraminidase → age na restrição à disseminação do vírus no trato respiratório, diminuindo a gravidade e a capacidade de transmissão do vírus a contatos 
· Imunidade celular – linfócitos T citotóxico lisam as células infectadas
Variação antigênica
· Os vírus influenza são pouco estáveis e podem sobreviver apenas por algumas horas no ambiente dependendo das condições, uma vez que, fatores físicos tais como calor, alterações de pH e ressecamento podem inativar o vírus.
· Dois aspectos do genoma do vírus da influenza permitem uma grande flexibilidade de evolução: 
1. O vírus tem um genoma segmentado, favorecendo o rearranjo de segmentos; 
2. A presença de subtipos de segmentos de H e N 
3. O complexo polimerase viral não possui nenhum mecanismo de revisão para corrigir erros de replicação.
Variação antigênica
Antigenic drift (gradual): mudanças antigênicas pequenas, ocasionada pelo acumulo de uma série de mudança pontuais, que resultam em substituição do aminoácido das glicoproteínas de superfície
Antigenic shift (brusca): mudanças significativas, caracterizados pela completa substituição de um ou mais segmentos do genoma viral
Epidemiologia
· Pandemia de Hong-Kong → troca de segmentos genômicos entre vírus de humanos e vírus de aves.
· Vírus da gripe espanhola (1918): pandemia de grande proporção – 20 a 40 milhões de mortos em todo o mundo H1N1 → transmissão eficiente entre humanos
· Reemergência de antigos vírus – causando novas pandemias 
· OMS - 112 centros nacionais de influenza
- 82 países 
- 4 centros de referência: Atlanta, Londres, Austrália e Tóquio 
· Brasil: Instituto Adolfo Lutz, Instituto Evandro Chagas e Inst. Oswaldo cruz
Diagnóstico laboratorial
· Amostra biológica 
Células epiteliais das vias respiratórias – aspirados nasais 
Lavados nasais 
Swabs da garganta 
· Técnicas diagnósticas
Inoculação em ovos embrionados 
Testes rápidos 
Imunofluorescencia (IF) 
Reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa (RT-PCR)
Tratamento e profilaxia
· Amantadina e Rimantadina 
Tratamento e profilaxia de influenza FLUAV 
· Zanamivir e Oseltamivir 
Inibidores de neuraminidase 
· Vacinas inativadas contra FLUAV e FLUBV 
Vacinação anual 
Recomendadas para pessoas que apresentam condições crônicas 
Indivíduos maiores de 60 anos de idade 
Profissionais de saúde

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