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Fármacos inotrópicos positivos/ @estudandocommariana Todas as imagens foram retiradas do google No que se refere ao sistema de condução cardíaco normal as propriedades dos músculos cardíacos são variáveis como o batmotropismo que é a excitabilidade, o dromotropismo que é a condutibilidade, o cronotropismo que é o automatismo cardíaco, o inotropismo que faz referência a contratilidade e o lusitropismo que faz referência ao relaxamento do músculo cardíaco. A OMS relata que as complicações cardiovasculares geram em torno de 25 a 50% de mortes que ocorrem durante ou depois por exemplo de uma cirurgia cardíaca. Os fármacos cardiovasculares tendem a manter uma pressão de perfusão adequada dos órgãos vitais, especialmente em situações que ocorram vasodilatação periférica. Ajudam a manter a perfusão ou circulação quando ocorre um colapso cardiocirculatório, dentro desse contexto temos os fármacos que chamamos de inotrópos. Inotrópos = Aumenta o rendimento cardíaco Os fármacos inotropicos e os vasopressores são capazes de aumentar o inotropismo cardíaco e servem então para aumentar a contratilidade do músculo cardíaco. Esse aumento de inotropismo se dá de maneira direta sobre o miocárdio e de forma indireta a nivel vascular. Os inotropicos melhoram a contratilidade miocardica e tem efeito sobre os vasos periféricos, então alguns deles são vasodilatadores como a dobutamina e outros vasoconstritores como a noradrenalina e outros podem mostrar tanto um efeito vasodilatador como um efeito vasoconstritor dependendo da dose como a dopamina e a adrenalina por exemplo. Definição Uma síndrome complexa que produz sinais e sintomas e que define como a incapacidade dos ventrículos de enviar o sangue necessario para cobrir as necessidades metabólicas dos distintos órgãos. Fármacos inotrópos positivos Fármacos inotrópicos positivos/ @estudandocommariana Todas as imagens foram retiradas do google Todos esses sintomas são denominados secundários porque são mecanismos de compensação neurohormonal. O mecanismo neurohormonal é a ativação adrenérgica e do eixo renina-angiotensina-aldosterona. O mecanismo neurohormonal que a principio tem essa função protetora é o que desencadeio os sinais e sintomas secundários e essa função protetora contribui para manter o gasto cardíaco, mas que a ativação adrenérgica e do eixo renina-angiotensina-aldosterona a longo prazo produz um deterioro do processo de condução do sistema cardíaco e todas as suas funções. As causas e os fatores precipitantes é qualquer situação que submeta o coração a uma carga de trabalho muito alta por um certo período devido a uma disfunção do músculo cardíaco. A hipertesão, uma cardiopatia sistêmica são os principais fatores causais, mas existem as causas subjacentes como cardiopatia coronária, doenças do pericárdio e dos grandes vasos, há numerosos fatores que podem atuar como precipitantes da insuficiência cardíaca e uma vez instalada o prognóstico depende do tratamento que temos a nivel farmacológico e não farmacológico e ao prognostico estabelecido pela cardiologia Quando se associa o prognóstico com um propício tratamento farmacológico se tem um prognóstico relativamente favorável. Quanto mais cedo se faz o diagnóstico e se tome como fator de risco principalmente a hipertensão arterial então temos uma melhor qualidade de vida e prolongamento da mesma. Objetivo do tratamento farmacológico A ICC tem uma elevada prevalência especialmente os idosos cuja prevalência chega a ser de 10%. Muitos autores dizem que tem um índice muito alto de mortalidade devido a IC e também uma alta prevalência, sendo essa a principal causa de ingressos hospitalares desses idosos (60 a 75 anos). Dispneia Insuficiência Cardíaca Fadiga Retenção hidrossalina: edemas Intolerância ao exercício Sinais e sintomas de congestão pulmonar Congestão periférica Fármacos inotrópicos positivos/ @estudandocommariana Todas as imagens foram retiradas do google O objetivo é otimizar os tratamentos para poder reduzir a progressão da doença, entçao hoje tratamos os sintomas com a finalidade de diminuir a mortalidade dos paciente e assegurar sua qualidade de vida. Diminui os riscos de morte e a necessidade de hospitalização. Como um dos objetivos se deve desativar os mecanismos compensadores neurohormonais porque a longo prazo tem como consequência a degradação ou desgaste cardíaco melhorando a qualidade de vida. Muitos dos inotrópicos compartem um mecanismo de ação semelhante e em farmacologia separamos os fármacos por seu mecanismo de ação, mas podemos verificar que alguns favorecem de maneira específica algumas vias de atuação. Uma boa eleição de um fármaco é que não tenha taquifilaxia, se espera que tenha um efeito prolongado, que tenha um ótimo efeito sobre a condução cardíaca, que tenha um valor vasodilatador, que tenha um efeito lusitrópico (aumenta o relaxamento das fibras miocárdicas), que interaja o menos possível com outro fármaco, porque os pacientes generalemente são polimedicados. Os fármacos inotrópicos se classificam em aminas simpaticomiméticas, que são fármacos que imitam a ação do sistema simpaticoadrenérgico, alguns atuam diretamente ativando os receptores adrenérgicos e as vezes podem atuar de maneira seletiva e as vezes podem atuar de maneira direta de tal maneira que seus efeitos dependem dessa liberação das catecolaminas endógenas que produzem. As drogas simpaticomimeticas podem classificar-se também de acordo com os receptores que ativam de maneira preferencial e de acordo com os receptores que ativam seus efeitos e ações vai depender do resultado da ativação. Os inotrópicos melhoram a contratilidade miocárdica e tem efeitos sobre os vasos periféricos, alguns podem ser vasodilatadores e outros vasoconstritores e em relação a dose dependência como a adrenalina e a dopamina que podem ter um efeito vasodilatador ou vasoconstritor. Eles podem se classificar em aminas simpaticomiméticas Aumentar a capacidade funcional Objetivos Corrigir as variações hemodinâmicas Desativar os mecanismos compensadores neurohormonais Fármacos inotrópicos positivos/ @estudandocommariana Todas as imagens foram retiradas do google que são fármacos que imitam ou simulam a ação do sistema simpático adrenérgico que tem uma relação de dependência em relação ao receptor que podem acoplar-se. Uma segunda classificação são os glucósidos cardíacos que são utilizados para o tratamento de ICC e na fibrilação auriculoventricular. Se usa os glucósidos cardíacos (digoxina) na fibrilação auricular (arritmia mais frequente na população em geral). Quando a FA se da de maneira muito acentuada, quando se tem que regular de maneira constante o ritmo cardíaco ou quando se verifica por meio de um diagnóstico que o tempo de uma batida e outra é muito desigual ai entramos com medicação. A ativação neurohormonal produz vasoconstrição, retenção de sódio, intervem no remodelado ventricular e vascular e a sua ativação a longo prazo aumenta a morbimortalidade. Também encontramos dentro dessa classificação dos inotropos, outra que não seja glucósidos e nem simpaticomimeticos que são os estimulantes não catecolamínicos que englobam uma série de drogas utilizadas para elevar temporalmente a pressão arterial dos pacientes. A verdade é que não se tem uma vantagem muito importante em relação aos outros inotropicos mas tem um incremento momentaneo do todo vascular, vasoconstrição temporal. As aminas simpaticomimeticas podem associar-se a certas categorias como as catecolaminas (adrenalina, noradrenalina, dobutamina, dopamina, dopexamina, isoproterenol) e tem também as não catecolaminas como as efedrinas, neosinefrina, metaramidol, fenilefrina, metoxamina e estão os inibidores da fosfodiasterasa 3 e dentro desse grupo vamos encontrar uma subclassificação. Simpaticomimetico Glucósido Estimuladoresnão catecolamínicos Fármacos inotrópicos positivos/ @estudandocommariana Todas as imagens foram retiradas do google As drogas cálcio sensibilizadoras são os levosimeran, sulmsole. Existe ainda uma quarta classificação de calcio digitálicos, uma certa divisão de hormônios tireoideos e uma sétima classificação de soluções polarizantes Inotropismo positivo aumenta a força de contração do coração Os digitálicos aumentam a atuação nos beta bloqueantes e são considerados inotropos negativos porque diminuem a contratilidade. A digoxina esta indicada no tratamento de arritmias supraventriculares. Todas as evidencias sugerem que o receptor farmacológico dos glucósidos cardíacos é a adenosin trifosfatasa que é ativada pela bomba de sódio e potássio. O funcionamento da bomba de sódio e potássio depende dessa energia liberada pelo desdobramento de ATP da bomba ATPasa. Este sistema mantém a concentração diferencial de íons dos dois lados da membrana, os glucósidos cardíacos são capazes de inibir essa atividade enzimática da ATPasa e se produz um incremento da concentração intracelular de sódio que indiretamente produz um aumento do calcio intracelular. O aumento de sódio intracelular diminui o intercambio normal de sódio extracelular por calcio intracelular, porque tem uma atividade inibitória dessa enzima ATPasa, assim vamos ter o aumento da concentração de cálcio que favorece uma corrente lenta de calcio até o interior da célula durante esse processo de potencial de ação. Como resultado temos um aumento de cálcio intracelular que é o responsável final pelo aumento da força de contração. Características da digoxina É um dos fármacos clássicos no tratamento da insuficiência cardíaca. O efeito inotrópico da digoxina é o que a torna útil na ICC. Os glucósidos cardiotonicos atuam de maneira direta sobre o miocardio, aumentando a contratilidade intrinseca da fibra muscular o que quer dizer que ela tem um efeito inotropico positivo. Há uma inibição sobre a enzima adenosina tri fosfatasa que é dependente da bomba de sódio e potássio. Existem dois tipos de inotropos os negativos (diminuem a força de contração) e positivo (aumentam a força de contração). A digoxina por ser capaz de aumentar a contratilidade intrinseca que é o mais profundo da fibra muscular tem um efeito inotropico positivo, então na ICC se usa por esses fins por aumentar a força dos batimentos e contratilidade do músculo cardíaco. Fármacos inotrópicos positivos/ @estudandocommariana Todas as imagens foram retiradas do google ICC Arritmias supraventriculares Fibrilação e aleteo ventricular Supressão da taquicardia paroxística ventricular Glomerulites aguda Cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica Bloqueio auriculoventricular incompleto Cardioversão Estenose subaórtica hipertrófica idiopática Síndrome de Wolf- parkinson-white Bradicardia grave Taquicardia ventricular ou extrassístoles ventriculares Fármacos inotrópicos positivos/ @estudandocommariana Todas as imagens foram retiradas do google A ICC crônica tem a característica de ativar o sistema neurohormonal, a ativação neurohormonal consiste nesse aumento da ativação simpatica do sistema renina-angiotensina-aldosterona, que a principio é compensatória e com o tempo há piora da funçao ventricular e os sintomas e devido a isso o médico faz o tratamento pensando no bloqueio dessa ativação, bloquear a ativação enzimática diminuindo assim a progressão da doença. A digoxina na ICC é um fármaco antagonista neurohormonal e que diminui a morbimortalidade. Nas arritmias ventriculares, como as supraventriculares que se caracteriaza por um ritmo de 140 bpm que é provocado pela reentrada dependente da via de condução dual no nódulo auriculoventricular. Os batimentos normais são transmitidos pelo nodo através de uma via rápida e uma batida prematura que desfaça o processo faz com que se inicie uma arritmia. Na fibrilação auricular faz referencia a essa contração rápida das auriculas devido a descargas elétricas muito rapidas que permitem essas contrações rápidas, essas contrações produzem um tipo de sofrimento cardíaco. A taquicardia paroxística supraventricular é quando a FC é uniforme, rápida até uns 220 bpm e desaparece de maneira repentina e se originam dos tecidos cardíacos que não os ventrículos. A digoxina é uma medicação de estreita margem terapêutica e controlada e o uso com precaução da digoxina se dá na glomerulonefrite, esta pode aparecer de maneira repentina aguda quando o paciente já tem um problema renal ou com dose inadequada ou com uso prolongado, ela pode aparecer de maneira gradual e se fazer crônica ou aparecer no processo de intoxicação digitálica. Na estenose subaórtica hipertrófica idiopática é uma má formação cardíaca pouco frequente que se caracteriza por um processo de obstrução do tecido membranoso fibromuscular, normalmente dá abaixo da válvula aórtica, é comum que se encontre na infância. Os sinais de obstrução são: dispneia, dor torácicas, síncopes e palpitação. Síndroma de Wolf-parkinson onde existe uma rota elétrica adicional no coração que leva a ter uma FC muito rápida o que conhecemos como taquicardia adicional. No caso da cardioversão que é um procedimento médico que serve para restaurar o ritmo do coração. Farmacocinética clínica Parâmetros biofarmacêuticos e farmacodinâmicos das formas de dosificação da digoxina: Ampolas IV 100 5-30 1-4 Cápsulas blandas 90-100 30-120 2-6 Comprimidos 60-80 30-120 2-6 Solución 70-85 30-120 2-6 Esses parâmetros nos fornecem um estândar de dose, ou seja, não se pode individualizar a posologia. Quando é ampola IV a digoxina precisa de 5 a 30 minutos para começar a sua ação. Pode acontecer a intoxicação digitálica por uso prolongado, ainda que por via oral o efeito máximo pode durar 6h. Fármacos inotrópicos positivos/ @estudandocommariana Todas as imagens foram retiradas do google Todos os medicamentos que tem um efeito máximo prolongado são susceptíveis podem iniciar um processo de intoxicação. Dose inadequada, alterações fisiopatológicas, uso prolongado e as características de biodisponibilidade da digoxina fazem com que tenham uma maior predisposição de que se gere um efeito toxicológico Individualização posológica - Indicação e gravidade do caso - Idade e peso magro - Aclaramento creatinina - Doenças e tratamentos concomitantes - Dose de carga ou impregnação: - Fracionada ao longo de 12 a 24h - Intervalo entre as doses de 6h (tempo de distribuição) As complicações ocorrem quando tem administração farmacológica concomitante e o outro medicamento pode interagir podendo acentuar a biodisponibilidade Critérios de uso frequente No que diz respeito a ação inotrópica positiva essa ação farmacológica fundamental dos glucósidos cardíacos que confere a capacidade de ser um agente que aumenta a contração do miocárdio. Os efeitos inotrópicos se observam no músculo auricular, ventricular que são qualitativamente similares no que se relaciona a condução de um coração normal. Como consequência do aumento dessa contratilidade do miocárdio se produz um aumento do volume sistólico que leva a um aumento de volume minutos a minuto cardíaco. O aumento do gasto cardíaco é capaz de reduzir essa hiperatividade simpática que é um mecanismo cardíaco compensatório muito evidente na ICC. Como resultado vamos encontrar uma diminuição da resistência arteriolar a nível sistema e essa por carga ventricular esquerda permite por sua vez o esvaziamento sistólico No que diz respeito ao aumento de gasto cardíaco e ativação do sistema renina angiotensina aldosterona, também se tem um aumento da eliminação de água e sódio por parte do rim então tem um desaparecimento da congestão visceral e dos edemas. O incremento de volume sistólico também conduz a uma diminuição de volume e a pressão do fim da diástole ventricular que tem como consequênciaum produto de diminuição do tamanho cardíaco e da pressão capilar dos pulmões e da diminuição da pressão venosa também a nível sistêmico. Deve-se ter em conta a diferença de biodisponibilidade entre a digoxina solução injetável e as formas orais quando mudar de uma forma farmacêutica a outra. Fármacos inotrópicos positivos/ @estudandocommariana Todas as imagens foram retiradas do google Nos adultos e niños mayores a administração rápida por via oral é de 750 a 1500 mcg (0,75 a 1,5mg) como dose única. É uma droga que pode ser usada ambulatorialmente. Em casos menos urgentes ou quando existe um alto risco de toxicidade a dose oral deve ser dividida a cada 6h administrando a metade da dose total na primeira avaliando sempre a resposta clínica antes de administrar cada dose adicional. A administração lenta por via oral se deve administrar 250 a 750 mcg (0,25 a 0,75mg) diariamente durante uma semana seguidos por uma dose de manutenção sempre observando uma resposta clínica. Podemos ter uma subresposta clínica que é a que não exerce uma ação e pode piorar a sintomatologia. Pode ter uma sobredose que pode gerar sinais e sintomas pelo aumento da biodisponibilidade gerando uma intoxicação. As doses devem ser administradas segundo um programa: RN pre termo: <1,5kg administrar 25mcg/kg durante 24h RN pre termo 1,5kg a 2,5kg administrar 30mcg/kg durante 24h RN a termo até 2 anos administrar 45mcg/kg durante 24h 2 a 5 anos administrar 35mcg/kg durante 24h 5 a 10 anos administrar 25mcg/kg durante 24h O uso de fármacos inotrópicos no período imediatamente ao IAM pode incrementar a isquemia e a digoxina está relacionada ao maior risco de morte. Sempre devemos ter em conta a possibilidade de arritmias em pacientes hipocalemicos pós IAM e com probabilidade de instabilidade hemodinâmica.
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