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1 Profª Silvana Oliveira Análise de Texto Literário – Poesia Aula 4 Conversa Inicial Sonoridade Sinestesia Figuração de linguagem Unidade do poema Aspectos de conteúdo e escolhas formais na poesia LEDYX/SHUTTERSTOCK A3PFAMILY/SHUTTERSTOCK LUKAS GOJDA/SHUTTERSTOCK 2 Figura de sonoridade: aliteração BRaÇoS nerVosoS, BRancaS opulênCiaS, BRuMaiSBRancuraS, fúlgidaSBRancuraS, alVuraS caSTaS, VirginaiS alVuraS, lacTeSCênCiaS daS raraS lacTeSCênCiaS Braços, Cruz e Souza Amor é fogo que arde sem se ver, (A) é ferida que dói, e não se sente; (B) é um contentamento descontente, (B) é dor que desatina sem doer. (A) Soneto do amor, Camões, 1550 AS faSCinanTeS, MórbidaS dorMênCiaS doS TeuS aBRaÇoS de leTaiS flexuraS, produzeMSenSaÇõeS de agreSTorTuraS, doS desejoS aSMornaS floreSCênCiaS. BRaÇoS nerVosoS, TenTadoraS SerpeS que prendeM, TeTanizam coMo oS herpeS, doS delírioS na TrêMula coorTe... PoMpa de carneS TépidaS e flóreaS, BRaÇoS de eSTranhaS correÇõeS MarMóreaS aberTaS para o AMor e para a MorTe! 3 Figuras de sonoridade: assonância e anáfora Soneto, Camilo Pessanha Floriram por engano as rosas bravas No inverno: veio o vento desfolhá-las... Em que cismas, meu bem? Porque me calas As vozes com que há pouco me enganavas? (...) […] Se você gemesse Se você tocasse […] Se você dormisse Se você cansasse Se você morresse… José, Carlos Drummond de Andrade Imagens sensoriais e sinestesia Rá-tim-bum! Zás! Búúú!!! Sonoridade que busca imitar um som produzido por objetos ou animais Onomatopeia Imagens sensoriais Quisera ser a serpe veludosa Para, enroscada em múltiplos novelos, Saltar-te aos seios de fluidez cheirosa E babujá-los e depois mordê-los ... (Cruz e Sousa, 1975, p. 66) 4 Figuras de linguagem https://youtu.be/6Oi8cwZ-lK4 Metáfora: O carteiro e o poeta (Il postino, Itália, 1994) Antítese, ironia e metonímia https://youtu.be/q_OnBu1QJew Ironia: Mulheres de Atenas, Chico Buarque de Holanda Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói, e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer. (Soneto do amor, Camões) Antítese Na Prática 5 Gosto de estar a teu lado, Sem brilho. Tua presença é uma carne de peixe, De resistência mansa e de um branco Ecoando azuis profundos. Poemas da amiga, Mario de Andrade Eu tenho liberdade em ti. Anoiteço feito um bairro, Sem brilho algum. Estamos no interior duma asa Que fechou. Finalizando Aliteração/assonância Anáfora/onomatopeia Sinestesia Metáfora Ironia Antítese Metonímia Referências CANDIDO, A. Na sala de aula: caderno de análise literária. 7. ed. São Paulo: Ática, 2009. 6
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