Buscar

Behaviorismo 2012

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

� PAGE \* MERGEFORMAT �2�
PERSPECTIVAS DA APRENDIZAGEM:
BEHAVIORISMO (COMPORTAMENTALISMO) E
TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIAL
A perspectiva da aprendizagem é uma visão do desenvolvimento humano, segundo o qual as mudanças nos comportamentos resultam das experiências e dos estímulos provenientes do ambiente. Tal perspectiva tem como objetivo comprender como os indivíduos se adptam ao meio social. A persctiva da aprendizagem, que se preocupa em descobrir as leis objetivas que governam o comportamento observável, sustenta que o desenvolvimento humano resulta de aprendizagem (definida como uma mudança, de longa duração, no comportamento de uma pessoa baseada na experiência ou na adaptação ao ambiente). Os dois principais ramos dessa perspectiva são: 
1o) Behaviorismo ou Comportamentalismo e; 
2o) Teoria da Aprendizagem Social. 
Os teóricos da perspectiva da aprendizagem percebem o desenvolvimento humano de forma contínua, porque são teóricos mecanicistas - que compreendem o desenvolvimento e o comportamento humano de forma mecânica. Utilizando uma metáfora, para esses estudiosos, o homem pode ser comparado a um carro, que sem combustível, não funciona. Em contrapartida, os teóricos organísmicos, como, por exemplo, os da perspectiva psicanalítica (Freud e Erikson) enfatizam que as mudanças dos comportamentos e o desenvolvimento humano estão relacionados às estapas da vida. Os teóricos da perspectiva da aprendizagem contribuíram para tornar os estudos sobre desenvolvimento humano mais aceito no meio científico porque suas ideias são bem definidas, precisas e claras e suas teorias podem ser verificadas em laboratórios. 
1o) Behaviorismo ou Comportamentalismo - é uma das teorias de cunho mecanicista, que descreve o comportamento observado como uma resposta previsível à experiência. O behaviorismo sustenta que os seres humanos, em todas as idades, aprendem sobre o mundo da mesma forma, reagindo a condições do ambiente ou a estímulos provocados por outros seres humanos, que podem ser agradáveis, dolorosos ou ameaçadores. Os behavioristas estudam eventos comuns, que determinam se um comportamento irá ou não se repetir. A pesquisa de cunho comportamental concentra-se na observação da aprendizagem associativa - ligação mental entre dois fatos. Abaixo, estão descritos dois tipos de aprendizagem associativa:
1.1) Condicionamento Clássico - tipo de aprendizagem associativa, no qual um estímulo, anteriormente neutro (que originalmente não provocou nenhuma resposta no indivíduo) adquire capacidade de provocar resposta, depois que é repetidamente associado a outro, que normalmente provoca resposta. Os princípios do condicionamento clássico foram desenvolvidos pelo fisiologista russo Ivan Pavlov (1849-1936), que criou o experimento, no qual os cães aprendiam a salivar quando ouvem uma sineta na hora da alimentação. O behaviorista norte-americano John B. Watson (1878-1958) também realizou pesquisas, onde observou a aprendizagens associativas (estímulo-resposta) em crianças. Watson afirmou que poderia moldar qualquer bebê do modo que desejasse. Ele ensinou um bebê de 11 meses (Albert) a temer objetos brancos e peludos. Nesse estudo, Albert foi exposto a um ruído intenso (que lhe assustava) quando estava prestes a acariciar um ratinho branco e peludo. O bebê chorava ao ouvir o ruído e, depois de repetidas associações do rato com o ruído, Albert passou a chorar de medo sempre que via o rato. Assim, o bebê foi condicionado a temer coisas que antes não temia. Atualmente, os Conselhos de Ética em Pesquisas (CEP) não permitem mais experimentos dessa natureza em seres humanos. Outro exemplo: Ávido por mostrar os momentos de Anna em imagens, seu pai tirou fotos dela ainda bebê, sorrindo, engatinhando e exibindo suas outras habilidades. Sempre que o flash disparava, Anna piscava. Certa vez, quando Anna tinha 11 meses, Anna viu o pai levar a câmera até o olho e piscou antes do flash. Ela havia aprendido a associar a câmera à luz intensa, de modo que, naquela ocasião, bastou que ela visse a câmera, para que sua resposta (piscar) fosse disparada. O piscar de Anna é um exemplo de condicionamento clássico, no qual uma pessoa ou um animal aprende uma resposta reflexiva a um estímulo, que originalmente não o provocara. Ao aprenderem quais fatos ocorrem juntos (associados), as crianças podem prever o que irá acontecer e isso torna o mundo delas um lugar mais organizado, previsível e seguro.
1.2) Condicionamento Operante - tipo de aprendizagem associativa, no qual uma pessoa tende a repetir um comportamento quando recebe um reforço ou a cessar quando punido. O psicólogo norte-americano Skinner (1904 - 1990), que formulou o princípio do condicionamento operante, trabalhou principalmente com ratos e pombos, afirmando que os mesmos princípios aplicam-se aos seres humanos. Esse tipo de aprendizagem é denominado condicionamento operante porque o indivíduo aprende com as consequências, ao agir sobre o ambiente. Skinner descobriu que um animal ou uma pessoa tem a tendência de repetir uma resposta que foi reforçada e de suprimir uma resposta que foi punida. Por exemplo: Terrel estava tranquilamente deitado no berço. Quando ele sorria, sua mãe aproximava-se e brincava com ele. Seu pai fazia a mesma coisa. À medida que a sequência se repetia, Terrel aprendeu que algo que ele fazia (sorrir) produzia algo que ele gostava (receber atenção carinhosa dos pais). Assim, ele ficava sorrindo para atrair a atenção dos pais. Diante do exemplo acima, entende-se que o reforço (atenção dos pais) aumentou a probabilidade de repetição da resposta (sorriso). Contrariamente, uma punição diminui a probabilidade de repetição de uma resposta. Reforço é um estímulo experimentado, que aumenta a probabilidade de um comportamento se repetir. O reforço pode ser negativo ou positivo. 
Reforço positivo - consiste em dar uma recompensa (comida, troféu, dinheiro, elogio etc) para que o comportamento se repita;
Reforço negativo - consiste em retirar alguma coisa, da qual o indivíduo não gosta (um ruído intenso, um grito, etc), para também estimular a repetição de um comportamento. O reforço negativo estimula a repetição de um comportamento, pela remoção de um evento aversivo. O reforço negativo, às vezes, é confundido com punição. Entretanto, eles são totalmente diferentes. O reforço é mais eficaz quando segue um comportamento imediatamente. Se uma resposta não é mais reforçada, com o tempo irá retornar ao seu nível original - linha de base - denominada extinção. 
Punição - estímulo experimentado, que diminui a probabilidade do comportamento se repitr. A punição, como, por exemplo: bater, retirar as horas de TV ou de acesso ao computador de uma criança, geralmente, suprime o comportamento. 
A modificação de um comportamento pode ser tratada em terapia comportamental, que utiliza o condicionamento operante para eliminar um comportamento indesejável ou promover um comportamento positivo. Tal técnica pode ser realizada por modelação - quando se reforça respostas, que sejam cada vez mais parecidas com a resposta desejada. As terapias comportamentais (que provocam a modificação dos comportamentos) são eficazes para tratar pessoas que sofrem de fobias, gagueira, tiques e necessidades especiais, tais como jovens com deficiências mentais ou emocionais.
REFERÊNCIA:
PAPALIA, Diane. Desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artmed, 2006. 
 Cheila Szuchmacher

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes