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Sistema Respiratório Respiração: 4 funções principais. Ventilação pulmonar: entrada e saída de ar Hematose: difusão de O2 e CO2 entre os alvéolos e o sangue Transporte de O2 e CO2 no sangue e líquidos corporais Regulação da ventilação Vias aéreas superiores: cavidade nasal, nasofaringe, laringe. Vias aérea inferiores: traqueia, pulmão (brônquios, bronquíolos, alvéolos). - Pulmão: Órgão esponjoso, o direito tem 3 lobos e o esquerdo 2. É envolvido pela pleura. - Alvéolo: Unidade funcional, onde ocorre a hematose. Parênquima do sistema. Ventilação pulmonar Renova o ar das vias aéreas, entra e sai. Os pulmões podem se expandir e retrair de duas maneiras, pelos movimentos do diafragma e também pela elevação e depressão das costelas. Músculos: Inspiração: m. intercostais externos, m. esternocleidomastoideos (eleva o esterno), serráteis anteriores, m. escalenos (elevam as 2 primeiras costelas) Expiração: reto abdominal, m. intercostais internos. Em uma respiração normal a contração muscular é quase toda na inspiração, a expiração é praticamente passiva. Pressão Pleural É a pressão do líquido entre a pleura visceral e a pleura parietal Resumo Guyton - Unidade VII, cap 37, 38, 39, 40 Início da inspiração: -5 cm de água Final inspiração: -7,5 cm de água Final expiração: -5 cm de água Na inspiração os folhetos absorvem, fazem uma leve sucção de um pouco do líquido para que a pressão diminua e depois o libera para que a pressão aumente. Pressão Alveolar Pressão do ar dentro dos alvéolos. Quando a glote está aberta (alimentação) a pressão alveolar é igual à atmosfera = 0 cm de água, NÃO tem respiração. Durante inspiração diminui cerca de -1 cm de água, e expiração + 1 cm de água. Pressão Transpulmonar Pressão pleural – p. alveolar Complacência Pulmonar O quanto o pulmão se expande toda vez que a pressão transpulmonar aumenta (a cada ciclo). É a capacidade de acomodar o volume de ar. ** O tórax limita a complacência do pulmão (não deixa ele se expandir tanto). Elastância: capacidade do pulmão de voltar ao seu estado normal Força elástica do tecido pulmonar propriamente dito: fibras e elastina e colágeno no parênquima. 1/3 elasticidade total Forças elásticas causadas pela tensão superficial do líquido que reveste as paredes internas dos alvéolos: 2/3 elasticidade total. - Surfactante: substância fosfolipídica produzidas pelos pneumócitos tipo II. Reduz a tensão superficial da água, impede o colabamento alveolar, diminui o esforço respiratório. - O tórax limita a complacência do pulmão, não deixa ele se expandir tanto. Volumes Volume corrente: volume de ar inspirado e expirado em uma respiração normal, +- 500 ml em adultos. Volume de reserva inspiratório: é o volume de ar que pode ser inspirado se forçar (além do v. corrente), 3000 mL. Volume de reserva expiratório: é o máximo de ar que pode ser expirado se forçar (além do v. corrente), 1100 ml. Volume residual: volume de ar que fica nos pulmões depois de expiração forçada, 1200 ml. Capacidade Capacidade inspiratória: quantidade máxima de ar que uma pessoa pode inspirar volume corrente + volume de reserva inspiratório Capacidade residual funcional: quantidade de ar que fica nos pulmões depois da expiração forçada (fica para não fechar). Volume residual + volume de reserva expiratório. Capacidade vital: é o máximo que uma pessoa pode inspirar e expirar. Volume de reserva inspiratório + volume corrente + volume de reserva expiratório Cerca de 4600 ml. Capacidade pulmonar total: soma de todos Ventilação alveolar É o volume de ar que realmente atinge os alvéolos e que efetivamente realizam hematose. - A substituição do ar alveolar é lenta, cerca de metade do gás é removido em 17s (a pessoa respira mas não é todo o gás que faz troca e já é expirado). Isso torna o mecanismo de controle respiratório mais estável, porque evita o aumento e queda excessiva de oxigenação tecidual, de CO2 nos tecidos e do ph caso a pessoa parasse de respirar por um tempo. Espaço morto: é o ar que nunca chega a fazer trocas porque está em lugares onde não ocorre hematose. Ex.: traqueia, larige, nasofaringe, ... Controle Nervoso A regulação da ventilação ocorre no tronco encefálico. Ponte: controla a FR, desliga a inspiração. Bulbo grupo respiratório dorsal: inspiração normal grupo respiratório ventral: expiração GRD: situa-se no núcleo do trato solitário – recebe informações de quimiorreceptores aórticos e carotídeo – através dos nervos VAGO e GLOSSOFARÍNGEO – envia a resposta – nervos intercostais e frênico (diafragma). GRV: os neurônios ficam quase inativos durante a respiração normal e tranquila. Inerva músculos expiratórios (intercostal interno). Quimiorreceptores periféricos: detectam aumento da concentração de H+, aumento da PCO2, diminuição significativa da PO2. Estão localizados nos corpos carotídeos e no arco aórtico DIFERENTE DE BARORRECPTOR. Quimiorreceptores centrais: no capilar cerebral ocorre a difusão de dióxido de carbono pelo líquido cefalorraquidiano, há liberação de íons H+, área quimiosensível envia a informação para o bulbo. Dilatação simpática dos bronquíolos As fibras nervosas simpáticas controlam pouco os bronquíolos porque não penetram tanto o pulmão. A árvore brônquica está mais sujeita à epinefrina (ADRENALINA) e norepinefrina (noradrenalina). Os dois geram estimulação dos receptores betadrenérgicos –> relaxamento do músculo liso brônquico –> menor resistência nas vias aéreas -> dilatação árvore brônquica. Constrição parassimpática dos bronquíolos Poucas fibras do nervo vago entram no parênquima, esses nervos secretam acetilcolina (constrição leve a moderada). Nervos podem ser ativados por reflexos do próprio pulmão: irritação da membrana epitelial por gases nocivos, poeira, fumaça de cigarro ou infecção brônquica. Quando o corpo está produzindo histaminas (reação alérgica) e substância de reação lenta da anafilaxia (reação alérgica aguda) o corpo faz constrição porque está sendo “atacado” (proteção). *Atropina: bloqueia os efeitos da acetilcolina Sistema Circulatório Pulmonar Veia cava superior e inferior átrio direito ventrículo direito tronco pulmonar artérias pulmonares pulmão capilares pulmonares vênulas veias pulmonares átrio esquerdo ventrículo esquerdo corpo - Baixa resistência e alta complacência. Vasos Pulmonares Artéria pulmonar: são 2, saem do coração pelo lado direito e levam sangue venoso. São curtas, rapidamente formam ramos. São vasos finos e distensíveis (lâminas elásticas) = + complacência pulmonar. Veias pulmonares: são 4 e curtas, chegam ao coração pelo lado esquerdo e levam sangue oxigenado para ser bombeado para todo o corpo. Vasos Brônquicos Suprem o próprio pulmão. Depois que ele passa pelos tecidos de suporte é drenado para as veias pulmonares e vai para o átrio esquerdo. - A diminuição do oxigênio nos alvéolos (abaixo do normal) faz com que seja liberada uma substância vasoconstritora nas pequenas artérias e arteríolas, assim, o fluxo de sangue é distribuído para regiões mais aeradas, dessa forma a distribuição é onde mais eficiente. - O sangue fica em um capilar pulmonar cerca de 0,8 segundo (quando o débito é normal). Se o DC aumenta passa a ser 0,3 s. - Os alvéolos ficam “secos” pela ação do surfactante e também porque o espaço intersticial tem ligeira pressão negativa. Trocas gasosas Hematose: ocorre pela diferença de pressão parcial dos gases. O diâmetro do capilar é tão pequeno que a hemácia toca a parede dele, por isso os gases não precisam se difundir por longas distâncias. - Camadas da membrana respiratória 1. Camadade líquido revestindo internamente o alvéolo (contendo surfactante) 2. Epitélio alveolar (pneumócito tipo I e II) 3. Membrana basal do epitélio alveolar 4. Espaço intersticial 5. Membrana basal do endotélio 6. Endotélio do capilar As lâminas basais podem estar fundidas. - Fatores que afetam a intensidade da difusão: 1. Espessura da membrana: em casos de fibrose ou edemas ela aumenta (+ líquido). 2. Área da superfície da membrana respiratória: pode ser reduzida em caso de retirada total de um pulmão, enfisema pulmonar. 3. Coeficiente de difusão do gás: o CO2 se difunde +- 20x mais rápido que O2. Durante exercícios intensos a oxigenação do sangue aumenta pela maior ventilação alveolar (chega + ar) e pelo aumento da membrana respiratória (os capilares dilatam para acomodar mais sangue e abrem-se novos). Lei de Starling As forças de Starling são responsáveis pelo movimento de fluidos entre os compartimentos, mantém o equilíbrio entra a filtração e reabsorção de líquidos. Pressão hidrostática: é a pressão do fluido contra a parede do vaso, querendo sair do vaso. Pressão oncótica: é a pressão que impede a saída de líquidos, atrai a água para seu compartimento,as proteínas fazem barreira. Transporte dos gases no sangue O2: 98% hemoglobina e 2% dissolvido no plasma. O sangue sai do alvéolo com cerca de 104 mmHg de O2 volta com 40 mmHg. CO2: bicarbonato, a porção de CO2 no sangue é cerca de 40 mmHg. A Po2 intracelular dos tecidos periféricos é < Po2 nos capilares periféricos, a célula usa o O2 intensamente para fazer ATP. O CO2 se difunde 20x mais que o O2, por isso ocorre difusão com baixa diferença de concentração. pH A pO2 e pCO2 avaliam o desempenho do pulmão. pH normal: 7,35 – 7,45 Controle: respiração, rins. Acidose: para compensar aumento a FR e a amplitude +ventilação pulmonar elimino + CO2 elevo pH. Alcalose: para compensar diminuo a FR retenho CO2 abaixo pH Medida do fluxo expiratório máximo - Indicador de função pulmonar, serve para avaliar a força e a velocidade de saída do ar de dentro dos pulmões em L/min.
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