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MODULO 3

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será resultado da multiplicação de FR pelo limite da ACGIH.
 
40 168
128
hFR x
h
-
= (Eq. 7)
Sendo h a jornada de trabalho em horas.
Ainda, algumas recomendações devem ser seguidas para garantir a qualidade dos 
dados obtidos, tais como:
• Utilizar uma bomba de amostragem devidamente calibrada para realizar a coleta;
• Após a coleta, medir a vazão final da bomba, sendo que amostras realizadas em 
bombas que apresentem variações nas vazões inicial e final superiores a 5% devem 
ser descartadas;
• Analisar as amostras em laboratórios confiáveis, que possuam equipamentos de 
análise calibrados e controle de qualidade etc. (BRASIL, 2018).
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Comumente são utilizadas as metodologias analíticas de organismos e instituições 
internacionais de renome como NIOSH (EUA), OSHA (EUA), ACGIH (EUA), ASTM 
(EUA), EPA (EUA), HSE (UK), entre outras (BRASIL, 2018). 
Para ilustrar os métodos analíticos, segue parte do método NIOSH 7602, para análi-
se de sílica cristalina (Figura 4). Nos métodos analíticos é possível verificar as condições 
que a amostra deve ser coletada, tais como tipo do amostrador, vazão, volumes mínimo 
e máximo de ar coletado, entre outras informações (destaque em vermelho na Figura 4). 
Também é possível verificar as condições da análise da amostra (destaque em verde na 
Figura 4) dentre outras referências pertinentes ao método.
Figura 4 – Parte do método analítico NIOSH 7602
Fonte: Adaptado de NIOSH, 2003
Explore a técnica de amostragem NIOSH 7602 em: http://bit.ly/2wh1QmS
Na dúvida, o laboratório que realizará a análise deve ser consultado. O resumo do 
método analítico realizado pelo Laboratório SGS Group para análise de sílica. 
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UNIDADE 
Avaliação Quantitativa de Riscos Químicos
Resumo do método analítico para análise de sílica
SÍLICA LIVRE DE CRISTALINA
Método: NIOSH 7602 - Espectrofotometria de Infravermelho
Amostrador: cassete com filtro de PVC com porosidade de 5,0 μm pré-pesado em 
microbalança eletrônica com sensibilidade de 0,001 mg referência SKC 225-8-01
Vazão de amostragem: 1,7 L/min
Volume de ar amostrado: mínimo de 600 L (nota 3) e máximo de 800 L
Brancos de Campo recomendados: 10% do número de amostras
Condicionamento: de rotina
Estabilidade: não determinada
Valor de Análise: CONSULTAR
Limite de quantificação: 5μg
OBSERVAÇÃO: A fim de determinar o limite conforme a NR15, é necessária a deter-
minação de Poeira Respirável e Poeira Total.
NOTAS: 1) O solicitante deve informar se a amostra pode conter os seguintes ma-
teriais que constituem interferentes e deverão ser removidos durante a análise: ci-
mento, sílica amorfa (este interferente não pode ser removido), calcita (acima de 
20% da massa de poeira), grafite e silicatos. A falta dessa informação implica no não 
tratamento da amostra com possível prejuízo do resultado.
2) A presença de material particulado colorido em alta concentração poderá impos-
sibilitar a leitura no espectrofotômetro de infravermelho e o resultado não será rela-
tado. O custo de análise neste caso será de CONSULTAR.
3) Para atender ao nível de ação para o TLV da ACGIH, é necessário pelo menos vo-
lume de 600 L.
Fonte: SGS Group, 2016
• Explore o resumo completo de métodos analíticos do SGS Group.
Disponível em: http://bit.ly/2VVzOwi
• Explore a 4ª Edição do Manual de Métodos Analíticos do NIOSH.
Disponível em: http://bit.ly/2JA0Pie
Interpretação de Resultados
e Análise Estatística
Comparar os resultados obtidos nas medições com os valores de referência para os 
ambientes de trabalho pode não ser suficiente para se chegar a uma conclusão confiável. 
Também é necessário avaliar a probabilidade e a confiança de que os limites estabele-
cidos não serão ultrapassados em momentos não monitorados. Para isso, é necessário 
demonstrar a confiabilidade estatística do seu julgamento através da realização de testes 
de conformidade com os valores de referência (BRASIL, 2018).
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Se os resultados obtidos se situam no, ou abaixo do, nível de ação (metade do limite 
de exposição ocupacional) e a dispersão é razoavelmente baixa (Desvio Padrão Geomé-
trico – DPG<2), a análise estatística validará as medições realizadas (BRASIL, 2018).
Análise preliminar dos dados
Em posse dos resultados (n ≥ 6) deve-se:
• Verificar se um ou mais resultados ultrapassaram os limites de tolerância ou de ex-
posição ocupacional. Se sim, medidas de controle deverão ser tomadas para reduzir 
as concentrações e posteriormente novas medições deverão ser realizadas (n ≥ 6);
• Se não, os resultados deverão ser submetidos ao procedimento estatístico para 
serem validados.
Tratamento estatístico dos dados para jornada integral 
Quando se tratar de dados que representam a média ponderada no tempo para
08h, deve-se:
• Calcular a Média Aritmética (MA) pela equação 1:
 1 2 nC C CMA
n
+ +
=
 (Eq. 1)
Sendo C1 a Cn os resultados das concentrações obtidos e n o número de resultados.
• Calcular o Desvio Padrão (DP) da Média Aritmética (MA) pela equação 2:
 ( )2
1
1
1
n
i
i
DP c MA
n =
= -
- å (Eq. 2)
• Calcular o logaritmo neperiano (ou natural) de cada resultado de concentração 
obtido (Y = lnCi), a MA dos logaritmos (MA(lnCi), ou MAY) e o respectivo desvio 
padrão (DP(lnCi), ou DPY); 
• Calcular a Média Geométrica (MG) e o Desvio Padrão Geométrico (DPG) a partir 
dos resultados da média dos logaritmos (MAY) e do desvio padrão da média dos 
logaritmos (DPY), obtendo-se o exponencial (ou função inversa) de cada um deles, 
conforme equações 3 e 4:
 MG = exp(MAY) = eMAY (Eq. 3)
 DPG = exp(DPY) = eDPY (Eq. 4)
• Obter o Limite Superior de Confiança Land’s Exato (LSCLE, 95%) para um inter-
valo de confiança a partir da equação 5:
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UNIDADE 
Avaliação Quantitativa de Riscos Químicos
 
2 2
2 1
,95%
DPY CPYMAY C
n
LELSC e
æ ö÷ç ÷ç + + ÷ç ÷ç ÷ç =è ø= (Eq. 5)
Em que C é o fator obtido no gráfico da Figura 5 como função do número de re-
sultados (n) e o desvio padrão da média dos logaritmos das concentrações (DPY), 
identificado como S.
Figura 5 – Fator C do LSCLE,95% (95% UCL), como função do número de resultados (n) e do DPY (S)
Fonte: BRASI L, 2018, apud HEWETT & GANSER, 1997
• A partir do LSCLE,95%, calcular o índice de julgamento para a média verdadeira do 
perfil de exposição (IMV) pela equação 6:
 ,95%LEMV
MPT
LSC
I
VRAT
= (Eq. 6)
Sendo VRATMPT o valor de referência para ambiente de trabalho média podenrada 
no tempo.
• Se IMV > 1,0, a situação é de não conformidade, pois não é possível garantir que 
a média verdadeira dos dados observados esteja abaixo do VRATMPT, com 95% de 
confiança. É necessário rever a caracterização básica (tarefas executadas, procedi-
mentos operacionais, fontes de emissões fugitivas, falhas ou vazamentos nos equi-
pamentos do processo etc.), adotar medidas de controle que eliminem ou reduzam 
as concentrações de modo a atingir a conformidade e reavaliar (n ≥ 6 resultados);
• Se IMV ≤ 1,0, a situação é de conformidade, pois é possível afirmar que a concen-
tração média verdadeira do perfil de exposições é inferior ao VRATMPT, com 97,5% 
de confiança (BRASIL, 2018).
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Tratamento estatístico dos dados de curta duração ou 
instantâneos (curta duração – 15 min ou valor teto)
Quando se tratar de dados que representam curta duração – 15 min ou valor teto, 
deve-se:
• Calcular a Média Aritmética (MA), Desvio Padrão (DP), Média Geométrica (MG) e 
Desvio Padrão Geométrico (DPG), conforme as equações 1 a 4;
• Calcular o percentil 95% (P95%) do Limite Superior de Tolerância (LSTP95%,95%,n) 
através das equações 7 e 8:
 P95% = MG × (DPG)1,645 (Eq. 7)
 LSTP95%, 95%, n = MG × (DPG)k (Eq. 8)
Sendo K = K(0,95,0,95,n), obtido na Figura 6, para uma proporção igual a 95% (P=0,95), 
um nível de confiança de 95% (γ = 0,95) e n resultados.
Figura 6 – Fatores K de tolerância para cálculo do LST(P95%,95%,n)
Fonte: BRASIL, 2018, apud BULLOCK & IGNACIO, 2006
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UNIDADE 
Avaliação Quantitativa de Riscos Químicos
• Calcular os índices de julgamento do Percentil 95% (IP95%) e do Limite Superior de 
Tolerância
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