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Prática Choque

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ESTAÇÕES 
PRÁTICAS
CHOQUE
(PARTE 1)
URGÊNCIAS PEDIÁTRICAS
2020.1
• Paciente do sexo masculino, 3 anos, vítima de acidente automobilístico
(estava sem cadeirinha e sem cinto de segurança, foi arremessado do
veículo e encontrado há 10m do acidente).
• Foi admitido no hospital com politraumatismo (craniano, esplênico,
hepático e múltiplas fraturas nos membros)
• Apresentava sinais de hemorragia interna e hipotensão profunda.
• Após medidas iniciais de estabilização, a equipe informa que não está
conseguindo acesso venoso.
O que fazer?
Punção Intraóssea!!!
• Simples, eficaz e rápido (até 60 segundos!)
• As mesmas medicações utilizadas nos acessos venosos
periféricos podem ser usadas nos acessos intraósseos,
inclusive os hemoderivados, coloides e drogas vasoativas.
• Este acesso é provisório (72-96 horas)
Indicações e Contra-Indicações
INDICAÇÕES
• Qualquer situação clínica de emergência quando não existe
disponibilidade de acesso venoso periférico
• Método relativamente simples e eficaz de estabelecer acesso
vascular rapidamente para administrar fluidos ou medicações
de emergência
• Fornece acesso a um plexo venoso medular, NÃO
COLAPSÁVEL, que serve como via rápida, segura e confiável
para administração de fármacos, cristaloides, coloides e sangue.
INDICAÇÕES
• Pode ser obtido em crianças de todas as idades. A
técnica dura de 30 a 60 segundos.
• Provisório - pode ser mantido por até 72-96 horas
• Agulha geralmente é removida logo que esteja
disponível outro meio de acesso vascular (tanto
periférico como central), idealmente dentro de 6 a 12h
• Fraturas e lesões por esmagamento próximas ao local de
acesso
• Evite canulação se houver infecção nos tecidos sobrejacentes
• Condições com ossos frágeis (por exemplo, osteogênese
imperfeita)
• Próteses
• Tentativas anteriores de estabelecer acesso IO no mesmo osso
CONTRA-INDICAÇÕES
Anatomia óssea
LOCAIS DE INSERÇÃO
• - Tíbia proximal
• - Tíbia distal (acima do maléolo medial)
• - Fêmur distal 
• - Espinha ilíaca antero-superior
LOCAIS DE INSERÇÃO
DISPOSITIVOS
Tipos
•Manuais
• (inseridos pela força do operador) 
•Automáticos
DISPOSITIVOS PARA ACESSO INTRAÓSSEO
• Todos esses tipos de agulha têm um
trocarte removível que impede a obstrução da agulha
pelo osso. Dessa forma, agulhas que não o possuem
devem ser evitadas de rotina pelo risco de obstrução.
•O tamanho de agulha preconizado pelo PALS é de:
• 15 –18 Gauges para um peso de 6–9 kg, e
• 15 Gauges para pesos acima de 10 kg.
DISPOSITIVOS MANUAIS
• Agulhas próprias para a punção intraóssea manual
• Trocarte removível que impede a obstrução da agulha pelo osso
DISPOSITIVOS AUTOMÁTICOS
Agulhas impulsionadas por impacto:
sistema no qual a agulha é 
impulsionada por mola
Agulhas motorizadas: sistema no qual a 
agulha penetra no osso por um sistema de 
alta rotação
Seleção da Agulha
Seleção da Agulha
A marca de 5 mm deve estar acima da pele
CUIDADOS
• Realizar a antissepsia do local antes do procedimento.
• Em paciente conscientes, com percepção dolorosa, sugere-se
a analgesia local
• Lidocaína sem vasoconstrictor a 2%, 0,5 mg/kg para < 40Kg e 20-
40mg (1-2ml) para os > 40kg
• Nos casos de parada cardiorrespiratória, inconscientes e
não responsivos à dor, não há necessidade da analgesia
• Após uma tentativa sem sucesso em um sítio, deve-se trocar
o local para a próxima tentativa de punção.
Etapas da punção intraóssea 
1. Estender a perna e fazer
assepsia local sem tocar na
perna.
2. Localizar a tuberosidade da tíbia
(estará 1 a 2 cm abaixo da
patela/rótula), desliza o dedo
medialmente até encontrar o platô
e, então, 1 cm abaixo para a
punção.
Etapas da punção intraóssea 
3. Remover a capa da agulha,
estabilizar a perna e colocar a
agulha em ângulo de 90o em
relação ao centro do osso. Inserir a
agulha até encontrar o osso.
Etapas da punção intraóssea 
4. Use o dispositivo automático
para inserir a agulha até alcançar a
medula óssea (sente-se perda da
resistência)
Medula
Agulha
Etapas da punção intraóssea 
5. Não puxe o dispositivo! Segure a
agulha para não sair e, então, retire
o dispositivo.
Etapas da punção intraóssea 
6. Gire a parte superior da
agulha para tirar o
trocarte.
Etapas da punção intraóssea 
6. Gire a parte superior da agulha para tirar o trocarte.
trocarte
Etapas da punção intraóssea 
7. Coloca-se o curativo.
8. Enrosca a cânula
na agulha.
Etapas da punção intraóssea 
9. Retira-se os 
protetores e coloca-se 
o curativo na pele para 
fixar a agulha.
10. Aspira a agulha
para coletar sangue.
Etapas da punção intraóssea 
12. Acopla-se o soro.
11. Testa-se com 2 a 5
ml de soro fisiológico.
TÉCNICA (Manual) http://youtube.com/watch?v=RTxbWkHKH-M
TÉCNICA (Automático) http://youtube.com/watch?v=RTxbWkHKH-M
https://video.medicalexpo.com/video_me/videos/video-46606.mp4
Fluoroscopia - Úmero proximal
https://www.portalped.com.br/wp-content/uploads/2017/06/Fluoroscopia-ossea.mp4
Etapas para retirada da agulha da punção intraóssea
2. Remova a 
cânula.
1. Desenrosque a cânula
na agulha.
Etapas para retirada da agulha da punção intraóssea
3. Remova o curativo.
Etapas para retirada da agulha da punção intraóssea
5. Insira uma seringa, 
enroscando.
4. Estabilize/Segure a
agulha.
Etapas para retirada da agulha da punção intraóssea
7. Gira em sentido
horário para retirar a
agulha.
6. Mantem o ângulo da agulha.
8. Coloque curativo.
COMPLICAÇÕES
•Raras (menos de 1%)
•Extravasamento
•Fratura
• Infecção: celulite, abscesso e osteomielite
•Síndrome compartimental
•Embolia
•Necrose tecidual
http://youtube.com/watch?v=RWUuQp4t6DI

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