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Formulário para Atividade Online – AO 03 Nome da Disciplina: Conteúdos e processos de ensino de Língua Portuguesa I Natureza: Obrigatória Cursista: Helen Vanessa Lopes Barbosa Polo: Aruanã/Araguapaz Tutor: Crhistiane Amélio Rocha Turma: A- Pedagogia Atividade: Questão 01. (0,5) Quais os pontos apresentados por Lerner (2002) que tornam difícil o ensino da leitura e da escrita? Resposta: A tarefa é difícil por que: 1. A escolarização das práticas de leitura e de escrita apresenta problemas árduos; 2. Os propósitos que se perseguem na escola ao ler e escrever são diferentes dos que orientam a leitura e a escrita fora dela; 3. A inevitável distribuição dos conteúdos no tempo pode levar a parcelar o objeto de ensino; 4. A necessidade institucional de controlar a aprendizagem leva a pôrem primeiro plano somente os aspectos mais acessíveis à avaliação; 5. A maneira como se distribuem os direitos e obrigações entre o professor e os alunos determinam quais são os conhecimentos e estratégias que as crianças têm ou não têm oportunidade de exercer e, portanto, quais poderão ou não poderão aprender. Questão 02: (0,5) No vídeo “Estratégias de leitura – Isabel Solé”, como as estratégias são apresentadas pela professora Márcia Fernandes? Resposta: A professora Márcia Fernandes apresenta as estratégias falando que a autora enfatiza que bons leitores não são só aqueles que compreendem os textos, mas principalmente os que sentem prazer e gosto pela leitura. Assim ler é um processo de interação entre o leitor e o texto e que a interpretação que fazemos de um texto depende muito do objetivo para o qual lemos, seja para informar, para pesquisar, estudar ou simplesmente por prazer. Na escola o problema da leitura é a forma como ela é concebida, onde infelizmente, na escola, a leitura, pelo prazer deixou de existir, para existir apenas a leitura ensinada. E que na escola ensina-se muito mais a ler como decodificação do que a leitura prazerosa, o gosto pela leitura. Na escola ao trabalhar com a leitura o professor deve desenvolver estratégias que suscitem o interesse das crianças, pois quanto maior for o interesse do aluno, mais fácil será o contato dele com a leitura, como objeto de conhecimento, ou melhor de transformar a leitura em um objeto de aprendizagem. Diz que para conquistar o interesse das crianças, depende do entusiasmo do professor e que o interesse também se cria e se educa em diversas situações. O leitor tem que saber o que vai ler, porque vai ler, ter conhecimentos prévios e relevantes. A aprendizagem da leitura requer uma intervenção adequada dirigida esta aquisição. Compreender e interpretar textos escritos contribui na autonomia das pessoas. Mas precisamos aprender a gostar de ler e não apenas decodificar. Ler não é decodificar, mas para ler é preciso decodificar. A autora alerta para a importância das estratégias de leitura.que significam a eleição de critérios de eficácia, para ordenar a ação, ou seja, ao realizar determinado procedimento, desenvolvendo estratégias de forma que eu consigo atingir melhor meus objetivos. A autora afirma que as estratégias de leitura são ferramentas necessárias para o desenvolvimento de uma leitura eficiente, mas não são receitas infalíveis. Cita como estratégias a participação guiada, a leitura compartilhada, o reconto, a reescrita, o professor como modelo, a verificação de hipótese, o resumo. Fala também alguns exemplos de estratégias que podem ser desenvolvidas na pré leitura como por exemplo, qual é a motivação para ler aquele livro, ou ainda o levantamento os conhecimentos prévios, saber qual é a familiaridade que os alunos têm com aquele assunto e formulação de hipóteses. Durante a leitura é fundamental que o professor se guie por tarefas compartilhadas permitindo que os alunos possam intervir também na leitura que eles possam compartilhar suas previsões, pausando determinado momento, fazendo interferências e antecipações. Após a leitura é interessante formular perguntas sobre o que foi lido, esclarecer dúvidas sobre o texto e resumir as ideias do texto. Sendo que na pré leitura é feita uma análise, assim durante a leitura é possível estabelecer relações entre as informações do texto e depois da leitura é importante analisar o significado da mensagem do texto e a verificação da Compreensão e isso exige do professor uma ampla e refletida experiência Questão 03: (0,5) No vídeo “Ler e escrever na escola – Délia Lerner”, qual a tese central apresentada no livro de Lerner, segundo Márcia Fernandes? Resposta: De acordo com Márcia Fernandes a tese central nesse livro é que a leitura e a escrita devem ser vistas como práticas sociais. E como práticas sociais devem ser trabalhadas na escola como todo tipo de texto, levando os alunos a aprender a ler e escrever como seres humanos críticos, ou seja, capazes de ler nas entrelinhas e assim de alguma forma melhorar a sua qualidade de vida. Ainda segundo Márcia Fernandes, historicamente a leitura e a escrita, tem sido vivenciadas como patrimônio de uma elite, isto é, pertencente a um determinado grupo social. Cita também que na escola é estimulada a leitura em voz alta, enquanto que na vida em sociedade, nas práticas sociais, usamos a leitura silenciosa. Que é preciso, então recuperar a leitura e a escrita como prática social também dentro da escola. Fala ainda que tem que rever o contrato didático, no qual regula as interações entre professores e alunos, se quisermos formar leitores e escritores independentes. A gestão do tempo também precisa ser modificada não aumentando o tempo na escola, mas distribuí-lo por projetos e atividades que sejam qualitativamente úteis para a formação de leitores e escritores. A capacitação de professores é muito importante para que a escola se transforme em uma sociedade de leitores e escritores que leiam por diversos motivos. É falado também sobre a avaliação na instituição escolar, a qual não deve ser exaustiva e tirar o verdadeiro propósito da aprendizagem do aluno. Onde o professor muitas vezes está mais preocupado com a ortografia, escrita, leitura em voz alta, em vez de formar escritores e autores autônomos. Finaliza, dizendo que o professor deve sempre proporcionar um tempo para que os alunos possam realizar seus escritos rever seus erros, para assim aprender verdadeiramente, formando leitores e escritores autônomos.