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08 - Estudo de Coorte 1 08 - Estudo de Coorte Estudo de Caso/Série de casos Descrição inicial detalhada para traçar perfil (um ou poucos indivíduos) Novas doenças, manifestações raras e novos tratamentos Descritivo Estudo transversal Observação direta e planejada de um grupo determinado de indivíduos, em um determinado local e período Dados coletados em uma única oportunidade (cada indivíduo é avaliado uma única vez/sem acompanhamento) Estimativas de prevalência Descritivo ou analítico → Limitados para testar hipóteses de causalidade Estudos de Coorte → Prospectivos, longitudinais, de incidência, de segmento ou follow-up Coorte: Unidade de observação: Indivíduo Tipo de investigador: Observacional Temporalidade: Longitudinal → Comparados a um filme ♦ Parte-se de um grupo de indivíduos sem o desfecho, dividindo-os em expostos e não expostos. Faz-se então um acompanhamento desses indivíduos ao longo do tempo, identifica-se que percentual dos expostos e não expostos desenvolveram o desfecho e que percentual permaneceu sem o desfecho. → Investiga-se a incidência em que o desfecho ocorre (novos casos). → São estudos analíticos, tem o interesse de avaliar a associação entre a exposição e o desfecho. Questão Central: Os sujeitos são agrupados com base no status de exposição 08 - Estudo de Coorte 2 → Quando a exposição é definida a população em estudo deve estar livre do desfecho em investigação, permitindo a identificação de casos novos. → Tempo de acompanhamento deve ser longo o suficiente para garantir que o número adequado de pessoas desenvolvam o desfecho (doenças com longo período de latência → Requerem maior tempo). Estudos analíticos: Temporalidade pode ser estabelecida Recrutamento dos participantes Coorte fechada (fixa): Os indivíduos são recrutados e acompanhados no tempo, sem que sejam permitidas novas entradas durante o estudo Coorte aberta (dinâmicas): Os indivíduos são selecionados/recrutados, mas ao longo do tempo novos indivíduos são incluídos na coorte Posição do observador: Prospectivas: Quando o estudo é iniciado, partindo da presença ou ausência da exposição, o desfecho ainda não ocorreu (coortes concorrentes) → O encaminhamento da pesquisa e do fenômeno estudado progridem em paralelo (a medida que os fatos ocorrem, o pesquisador coleta). Retrospectivas: Se iniciam no momento em que o desfecho já ocorreu (histórica/não concorrente) → O desenvolvimento da pesquisa e a evolução dos fatos decorrem em momentos distintos. Investigador se posiciona no momento em que o desfecho ocorre. → São utilizados dados já coletados, comumente de prontuários médicos. Como avaliar se há associação? → Calculo de medida de associação: Razão de incidência → Tabela 2x2 Qual a incidência do desfecho entre os expostos? 08 - Estudo de Coorte 3 A A+B Qual a incidência do desfecho entre os não expostos? C C + D Razão de incidência: Incidência nos expostos Incidência nos não expostos Interpretação >1 = A incidência do desfecho entre expostos é maior que a incidência entre os não expostos = 1 A incidência do desfecho entre expostos é igual à incidência entre não expostos < 1 A incidência do desfecho entre expostos é menor que a incidência entre não expostos Interpretação dos resultados numéricos Razão de incidência = 0,67 significa que o desfecho ocorre 33% a menos no grupo exposto que no grupo não exposto. Ou que ocorre 0,67 vezes a ocorrência no grupo não exposto Valor p e intervalo de Confiança: Inferência estatística RR/RP: Refletem a diferença na ocorrência do desfecho entre expostos e não expostos na amostra estudada Valor p: Teste de hipótese: Afirmação sobre determinado parâmetro populacional (H0) Medidas de associação: H0 = Não há diferença entre expostos e não expostos (RP =1) Valor p: Indica a probabilidade de obtermos um valor de estatística de teste tão ou mais extremo dado que H0 é verdadeira Rejeição de H0: Se o valor p é inferior ao nível de significância pré0fixado pelo investigador, geralmente de 5% 08 - Estudo de Coorte 4 Intervalo de Confiança RR/RP: Estimativa pontual do parâmetro populacional Intervalo de confiança: Faixa de valores dentro da qual acredita-se que esteja o parâmetro populacional, em uma probabilidade de 95% → Estimativa intervalar Precisão: Se IC 95% é estreito, a estimativa é precisa. Se é amplo, há pouca precisão. Significância estatística: Para concluirmos pela diferença entre os grupos, o IC 95% da medida de associação não pode incluir o 1. Vantagens e desvantagens dos estudos de Coorte Vantagens: → Sequência temporal pode ser estabelecida: São os mais adequados para testas hipóteses etiológicas → Permite avaliar o efeito da exposição sobre vários desfechos → Permite o cálculo da incidência → Útil no estudo de exposições raras Desvantagens: → Alto custo e difícil operacionalização → Não aplicável a estudos etiológicos de doenças raras e com longos períodos de indução → perdas de seguimento, especialmente em estudos de longa duração (pode comprometer a validade dos resultados) Perdas de Seguimento: Principal fonte de viés nos estudos de coorte: Mudanças de endereço, abandono e morte por outras causas Impacto: Depende se são seletivas ou não → Em geral, participantes que saem do estudo são diferentes dos que permanecem: Estimativas de incidência serão enviesadas.
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