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Carolina Cidrack – S2 M1 LESF 1 Intestino grosso, reto e canal anal Objetivos de aprendizagem: • Identificar macroscopicamente as porções que compõem o intestino grosso: ceco e apêndice, colo ascendente, transverso e descendente, sigmoide, reto e ânus. • Visualizar as pregas retais superior, média e inferior. • Conhecer a junção anorretal, a linha pectinada, a linha anocutânea, e o pécten anal. • As colunas anais e seios • Os esfíncteres interno e externo do ânus. • Identificar os músculos do diafragma pélvico. • Conhecer a irrigação e drenagens venosa e linfática do intestino grosso. Intestino grosso: É o local de absorção do resto da água e da formação das fezes, que são temporariamente armazenadas até que haja defecação. É formado pelo ceco; apêndice vermiforme; colo ascendente, transverso, descendente e sigmoide; reto e canal anal Apresenta as tênias do colo: faixas de músculo liso que compõe três bandas. Como sua contração encurta a parte da parede associada, o colo adquire uma aparência sacular entre as tênias, formando saculações ou haustrações. Ao longo do intestino, há a presença de pequenas bolsas de omento, chamadas apêndices omentais ou apêndices epiploicos. Ceco e apêndice vermiforme: O ceco é a primeira parte do intestino grosso, sendo continua com o colo ascendente. − Mede cerca de 7,5cm e situa-se na fossa ilíaca inferior direita Carolina Cidrack – S2 M1 LESF 2 − Quando distendido por fezes ou gases, pode ser palpável − Está situado a 2,5cm do ligamento inguinal − Quase totalmente revestido por peritônio, mas não tem mesentério − Costuma estar ligado à parede abdominal por pregas cecais de peritônio A parte terminal do íleo (intestino delgado) entra no ceco e invagina-se, configurando o óstio ileal, sendo controlado por uma válvula denominada válvula ileocecal. Além disso, há o óstio para o apêndice vermiforme. O apêndice vermiforme é um divertículo intestinal que contém tecido linfoide. Irrigação arterial: a) Ceco: a. ileocólica (ramo da mesentérica superior) b) Apêndice: a. apendicular (ramo da ileocólica) Drenagem venosa: a drenagem do ceco e do apêndice seguem por uma tributaria da veia mesentérica superior, a veia ileocólica Drenagem linfática: segue até os linfonodos no mesoapêndice e até os linfonodos ileocólicos. Os aferentes seguem até os linfonodos mesentéricos superior Inervação: provém dos nervos simpáticos e parassimpáticos do plexo mesentérico superior; as fibras simpáticas vêm da parte torácica inferior da medula e as fibras parassimpáticas vêm do nervo vago Colo: Circunda o intestino delgado e é dividido em quatro partes: Ascendente: segunda parte do intestino grosso; segue para cima na margem direita da cavidade abdominal, do ceco até o lobo hepático direito, onde vira à esquerda na flexura direita do colo (flexura hepática). − Secundariamente retroperitoneal, com mesentério curto − Coberto por peritônio anterior e lateralmente − Separado da parede anterolateral do abdome pelo omento maior − Irrigação: provém de ramos da AMS, as aa. ileocólica e cólica direita − Drenagem venosa: segue por meio de tributarias da MS, as veias cólica direita e ileocólica − Drenagem linfática: segue ate os linfonodos epicólicos e paracólicos, perto dos linfonodos cólicos direitos e daí para os linfonodos mesentéricos superiores − Inervação: derivada do plexo mesentérico superior Transverso: terceira parte mais longa e móvel; atravessa o abdome da flexura direita do colo até a flexura esquerda do colo, onde se curva para baixo e dá origem ao c. descendente. − Flexura esquerda do colo ou esplênica: anteriormente à parte inferior do rim esquerdo e fixa-se ao diafragma através do ligamento frenocólico − Possui mesentério chamado de mesocolo transverso − Irrigação: provém da a. cólica media, ramo da AMS − Drenagem venosa: feita pela VMS Carolina Cidrack – S2 M1 LESF 3 − Drenagem linfática: para linfonodos cólicos médios que drenam para linfonodos mesentéricos superiores − Inervação: provém do plexo mesentérico superior Descendente: é retroperitoneal, mas tem mesentério curto; passa anteriormente à margem lateral do rim esquerdo Sigmoide: caracterizado pelo seu formato de S, une o descendente ao reto; intraperitoneal − Geralmente tem mesentério longo, o mesocolo sigmoide, e grande liberdade de movimento Descendente e sigmoide: a. Irrigação: provem das aa. cólica esquerda e sigmóidea, ramos da mesentérica inferior b. Drenagem venosa: feita pela veia mesentérica inferior, fluindo p v. esplênica e depois para a v. porta c. Drenagem linfática: segue até os linfonodos epicolicos e paracólicos, depois para os cólicos intermediários e para os mesentéricos inferiores d. Inervação: a partir do plexo aórtico abdominal; simpática: nervos esplênicos lombares; parassimpática: nervos esplênicos pélvicos Intestino grosso em geral: Reto: O reto é a parte terminal fixa, retroperitoneal e subperitoneal, do intestino grosso. É continuo com o colo sigmoide e se continua com o canal anal. O reto apresenta algumas flexuras: 1. Flexura sacral do reto: reto segue a curva do sacro e do cóccix 2. Flexura anorretal ou perineal do canal anal: ponto em que o intestino perfura o diafragma da pelve (musculo levantador do ânus); importante mecanismo para a continência fecal 3. Flexura lateral do reto superior 4. Flexura lateral do reto intermediária 5. Flexura lateral do reto inferior As três ultimas são formadas por pregas (pregas transversais do reto): duas à esquerda – superior e inferior – e uma à direita – intermediaria. A parede terminal dilatada do reto superior ao diafragma da pelve e ao corpo anococcígeno, e sustentada por eles é a ampola do reto, onde é acumulada a massa fecal até o processo de defecação ocorrer. Além disso, apresenta: a. Junção retossigmóidea: ao nível da parte média do sacro Carolina Cidrack – S2 M1 LESF 4 b. Junção anorretal: marcada pelo músculo puborretal Relações peritoneais: Canal anal: Parte do IG que se estende do nível da face superior do diafragma pélvico até o ânus. Possui: − Colunas anais (5 a 10) − Válvulas anais − Seio anal − Linha pectinada − Pécten − Orla anal − Linha branca − Esfíncteres interno e externo O canal anal pode ser subdividido nas zonas colunar, intermediária e cutânea. • Zona colunar: possui dobras de membrana mucosa (colunas anais). Tais colunas estão conectadas umas às outras por dobras transversais (válvulas anais). Todas as válvulas anais formam a linha denteada (ou pectínea), onde a mucosa intestinal se funde com o epitélio escamoso (pavimentoso) do canal anal. • Zona intermédia: Distalmente à linha denteada há uma zona de 1 cm de extensão com mucosa anal (anoderma). • Zona cutânea: Essa zona abaixo da borda anal (linha anocutânea) é uma depressão entre os esfíncteres anais interno e externo e possui pele perianal regular. A tensão do músculo corrugador da pele anal produz sua aparência em forma de ventilador. Carolina Cidrack – S2 M1 LESF 5 Diafragma pélvico: O assoalho pélvico é formado pelo diafragma pélvico, que possui um formato de funil. Ele é composto por um par de músculos e suas fáscias; o músculo levantador do ânus e o músculo coccígeo. A função do diafragma pélvico é sustentar os órgãos pélvicos e prevenir o seu prolapso. Músculo levantador do ânus consiste em três partes: 1. Puborretal 2. Pubococcígeo 3. Iliococcígeo
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