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Carolina Cidrack – S2 M1 LESF 1 Anatomia da tireoide Objetivos de aprendizagem: • Conhecer a origem embriológica da tireoide. • Identificar a topografia da glândula tireoide. • Identificar os lobos direito e esquerdo e o istmo. • Identificar os vasos e nervos da tireoide. • Conhecer as principais variações anatômicas da glândula. • Adquirir as habilidades para manusear corretamente os equipamentos necessários para a prática do estudo anatômico. • Resolver correlações anatomo-clínicas como método de fixação em conhecimentos adquiridos na prática. Origem embriológica: A tireoide é a primeira glândula endócrina a se desenvolver no embrião, por volta de 24 dias após a fecundação O primórdio da tireoide origina-se de um espessamento endodérmico no assoalho mediano da faringe primitiva, no ponto indicado posteriormente como forame cego. Com o desenvolvimento, a tireoide desce para frente do osso hioide e das cartilagens laríngeas, alcançando sua posição final na frente da traqueia, entre o 2° e o 3° anel de cartilagem e entre a 5° e a 7° vértebra cervical. Durante sua migração, fica conectada à língua pelo ducto tireoglosso. Na 7° semana, o ducto já se degenerou e a tireoide já está na posição definitiva. Nesse momento, adquire um istmo mediano e dois lobos laterais, começando a funcionar por volta do final do 3° mês, quando se tornam visíveis os primeiros folículos om coloide. OBS Remanescentes do ducto tireoglosso: tireoide acessória ou cisto tireoglosso Falhas na migração da tireoide: tireoide ectopia (lingual ou sublingual) Características anatômicas: • Altamente vascular • Maior glândula endócrina • Em forma de borboleta (forma de H ou U) • Possui dois lobos e um istmo • Em geral, pesa 30g (podendo variar) • Ligeiramente mais pesada em mulheres e aumenta durante a menstruação e a gravidez • Está situada sobre a traqueia e a cartilagem cricóidea, tocando os cornos inferiores da cartilagem tireóidea • O istmo liga as partes inferiores dos dois lobos • Um lobo piramidal pode subir em direção ao osso hioide, a partir do istmo, em cerca de 40% dos indivíduos Carolina Cidrack – S2 M1 LESF 2 Músculos envolvidos: • Esternocleidomastóideo • Esterno-hióideo • Tíreo-hióideo • Omo-hióideo Artérias envolvidas: A tireoide é suprida pelas artérias tireóideas superior e inferior e, às vezes, há uma terceira chamada artéria tireóidea ima 1. Artérias tireóideas superiores: vêm das artérias carótidas externas; descem até os polos superiores da glândula e suprem a face anterossuperior 2. Artérias tireóideas inferiores: vêm dos troncos tireocervicais que se originam das artérias subclávias; suprem a face posteroinferior 3. Artérias tireóideas ima: em 10% das pessoas; geralmente vêm dos troncos braquicefálico Veias envolvidas: Três pares de veias formam o plexo venoso tireóideo na face anterior da tireoide. 1. Veias tireóideas superiores: acompanham as artérias tireóideas superiores; drenam os polos superiores para a veia jugular interna 2. Veias tireóideas medias: seguem trajetos paralelos às artérias tireóideas inferiores; drenam a região intermediaria dos lobos para a veia jugular interna 3. Veias tireóideas inferiores: drenam os polos inferiores para as veias braquicefálicas Drenagem linfática: Os vasos linfáticos da tireoide seguem geralmente perto das artérias; eles se comunicam com uma rede capsular dos vasos linfáticos. A partir daí, os vasos seguem primeiro para os linfonodos pré-laríngeos, pré-traqueais e paratraqueais. Carolina Cidrack – S2 M1 LESF 3 Por sua vez, os linfonodos pré-laríngeos drenam para os linfonodos cervicais superiores, e os linfonodos pré-traqueais e paratraqueais drenam para os linfonodos cervicais profundos inferiores. Na parte lateral, os vasos linfáticos situados ao longo das veias tireóideas superiores seguem diretamente para os linfonodos cervicais profundos inferiores. Alguns vasos linfáticos podem drenar para os linfonodos braquiocefálicos ou para o ducto torácico. Nervos da tireoide: A tireoide recebe sua inervação dos gânglios simpáticos cervicais superior, médio e inferior. As fibras do gânglio cervical inferior formam um plexo sobre a artéria tireóidea inferior, que se comunica com os nervos laríngeo recorrente e ramo externo do nervo laríngeo superior, com o nervo cardíaco superior e com o plexo sobre a artéria carótida comum. O principal nervo que necessita de atenção é o nervo laríngeo recorrente, porque é o principal nervo das cordas vocais e sua lesão pode causar rouquidão. Além disso, uma lesão no ramo externo do nervo laríngeo superior pode aumentar ou diminuir o tom da voz.
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