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Quadril é o termo utilizado para denominar a articulação formada pela união entre a CABEÇA DO FÊMUR e o ACETÁBULO PÉLVICO (cavidade que articula com a cabeça do fêmur). É uma articulação que funciona como nossa base de sustentação. Nos permite caminhar, correr e pular. Suporta o peso do nosso corpo através da conexão com nossas pernas É uma das articulações mais flexíveis e permite grande amplitude de movimento Dores e outros desajustes em membros como o pé, coluna ou joelho repercutem no quadril. O quadril é uma repercussão de todo eixo locomotor e toda base de equilíbrio e força que temos para andar QUADRIL (articulação fêmuro-acetabular) ≠ BACIA (envolve todo cinturão pélvico) - é interessante solicitar radiografia/ultrassom da bacia e não do quadril, pois, vendo a imagem de todo o cinturão pélvico é possível obter mais informações e comparar um quadril ao outro, observando se as alterações naquele paciente são simétricas e fisiológicas ou se são patológicas. Ao pedir radiografia do quadril, será apenas do direito ou do esquerdo - o homem evoluiu da postura quadrúpede a bípede sem que houvesse uma adequação total da articulação do quadril - a relação do acetábulo com a cabeça do fêmur é como se fosse uma “bola de sorvete e uma colher”, e essa sustentação forma um ângulo de 125º - 135º - o ângulo cervico-diafisário é entorno de 135º e a exceção fisiológica é em recém-nascidos, que é de 150º. É uma coxa valga fisiológica. Só desenvolve o ângulo de 135º quando começa a andar - toda coxa vara (<110º) é patológica, assim como todo joelho varo é patológico - a cabeça femural trás muitas informações, como desgaste, impacto e necrose - idade óssea pode ser vista não só através de raio x do punho como também da bacia, de forma bem mais confiável ACETÁBULO - o acetábulo é formado pelo ÍLIO, o ÍSQUIO e o PÚBIS. A SÍNFISE PÚBICA também representa sustentação para o acetábulo. Existem fraturas de sínfise púbica que interferem na congruência articular do quadril. - sua função é fornecer estabilidade e mobilidade. O desequilíbrio dessa relação estabilidade x mobilidade leva a lesões no tecido mole e síndrome de impacto - são os 3 ossos de mais força e resistência da nossa pelve. Transmite cargas muito grandes, elásticas ou compressivas. Suporta cargas de até 8 vezes o peso durante corrida, podendo ser ainda maior com outras práticas esportivas Ílio Crista ilíaca Púbis Sínfise púbica Ísquio ÍLIO - a gota de lágrima (lágrima de Kohler) é a representação radiográfica do encontro dos 3 ossos. - na borda do acetábulo existe um anel fibrocartilaginoso que o reveste, o LABRUM ACETABULAR, que aumenta sua profundidade para coaptação articular, redução do atrito entre as superfícies ósseas e maior estabilidade articular - se ocorre uma luxação do quadril na infância quais são os mecanismos que podem impedir de voltar para o lugar? O ilio psoas é o principal impedimento da redução de um quadril (?) - no quadril tem uma gordura, que quando a criança tem displasia no quadril, essa gordura cresce progressivamente e não deixa mais a cabeça do fêmur encostar no acetábulo (?) LIGAMENTOS - os principais ligamentos da pelve e quadril são reconhecidamente os ligamentos mais fortes do corpo e estão bem adaptados a forças transferidas entre a coluna e os membros inferiores MÚSCULOS - adutor curto - adutor longo - bíceps femoral - gêmeos - glúteo máximo - glúteo médio (+ forte) - glúteo mínimo - grácil - ilíaco - obturador externo - obturador interno - pectíneo - piriforme - psoas maior - quadrado femoral - reto femoral - sartório - semitendíneo - semimembranáceo - tensor da fáscia lata • ABDUÇÃO - tensor da fáscia lata - glúteo médio - glúteo mínimo • ADUÇÃO - pectíneo - adutor curto - adutor longo - adutor magno - grácil • FLEXÃO - ílio-psoas - sartório - reto femoral • EXTENSÃO - glúteo máximo - isquiotibiais (compartimentos da coxa) - músculos acessórios: a musculatura abdominal e os músculos eretores da coluna fornecem ainda mais estabilização à região do quadril e devem ser considerados em condições que afetam a inclinação pélvica e a articulação do quadril MOVIMENTOS DO QUADRIL - flexão - extensão - adução - abdução - rotação medial - rotação lateral - o corpo é variável e cada unidade biológica é diferente, onde as variações anatômicas fazem parte desse processo, como: cabeça do fêmur (tamanho/angulação), profundidade do acetábulo, podendo gerar diferentes padrões de agachamento DESVIOS - coxa valga = joelho varo ➢ SÍNDROME DO TRATO/BANDA ILIO-TIBIAL (SÍNDROME DO CORREDOR) - ocorre quando o tecido conjuntivo (ligamento) que se estende do osso da pélvis até a tíbia torna-se tão rígido que chega a raspar contra o fêmur. - lesão inflamatória aguda - caracterizada por uma dor em queimação e em faixa no compartimento lateral da coxa e fraqueza muscular - dificulta na progressão da atividade física e afasta atletas de suas atividades - não necessita de tratamento cirúrgico, apenas fisioterapia - efeito “para-brisa” do tendão sobre o osso - dor cessa em repouso e piora em esforço Teste de Trendelenburg: é um exame físico que determina a integridade da função dos músculos abdutores do quadril. Cada membro inferior sustenta metade do peso do corpo; quando um membro inferior é levantado, o outro suporta todo o peso, resultando numa inclinação do tronco para o lado do membro apoiado. O sinal é positivo quando ocorrem alterações a nível da PÉLVIS ➢ IMPACTO FÊMOROACETABULAR • CAM: existe um calo ósseo no colo do fêmur, que, na execução de movimentos, acaba tendo um choque com a parede do acetábulo. Resolve com raspagem • PINCER: somente a parede do acetábulo está com um calo ósseo • MISTO: tanto a parede do acetábulo quanto o colo do fêmur possuem calos ósseos ➢ ARTROSE DO QUADRIL - é um desgaste da articulação - dor localizada no quadril, que surge principalmente durante o dia e ao andar ou permanecer sentado por muito tempo ➢ DISFUNÇÃO SACROILÍACA - dor pontual e localizada, que pode ser facilmente confundida com dor lombar. A diferença é que na disfunção sacroilíaca ela é unilateral - acontece devido à falta de alinhamento ou alterações biomecânicas ➢ NECROSE AVASCULAR DA CABEÇA DO FÊMUR - existem vasos sanguíneos delicadíssimos que passam pelo quadril, portanto sangramento na cabeça femural é um grande problema - se rompidos por trauma e lesões ou ocluídos por coágulos ou êmbolos de gordura, acontecerá o infarto da cabeça femural e a morte das células ósseas - o principal vaso que irriga a cabeça do fêmur é a ARTÉRIA CIRCUNFLEXA MEDIAL ➢ DISPLASIAS E LUXAÇÃO CONGÊNITA - má formação no período embrionário, em que o acetábulo apresenta formação inadequada, causando ruptura do lábio, lesões da cartilagem e fadiga/tendinopatias dos músculos glúteos - LUXAÇÃO x SUB-LUXAÇÃO: é quando ainda há contato ➢ PUBALGIA - é a dor na região do púbis, ou seja, na união dos ossos da pelve à frente, entre as coxas na sínfise púbica (região de onde partem os músculos adutores) - o diagnóstico diferencial é íngua
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