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Apostila-Educação Ambiental

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1
EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
RONEI DE ALMEIDA
EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIAFACULDADE ÚNICA
1
EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
RONEI DE ALMEIDA
1
© 2021, Faculdade Única.
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza-
ção escrita do Editor.
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL
 Diretor Geral:Valdir Henrique Valério
 Diretor Executivo:William José Ferreira
 Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira
 Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa
 
 Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luíza mendes Leite 
 Carla Jordânia G. de Souza
 Guilherme Prado 
 
 Design: Aline De Paiva Alves
 Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Taisser Gustavo Soares Duarte
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300
www.faculdadeunica.com.br
2
EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
1° edição
Ipatinga, MG
Faculdade Única
2021
3
Ronei de Almeida
Possui mestrado em Engenharia de Processos Químicos e Bioquímicos (2018) e gradua-
ção em Engenharia Química (2016) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 
Especialista em Engenharia Ambiental pela Universidade Cândido Mendes (2020). Foi pro-
fessor substituto do Departamento de Engenharia Bioquímica (DEB/EQ/UFRJ) (2018) mi-
nistrando as disciplinas Engenharia do Meio Ambiente e Biotecnologia Ambiental. Revisor 
certificado de periódicos de circulação internacional (Journal of Environmental Chemical 
Engineering, Waste Management, Waste Management e Research, Water Environment 
Research). Membro do grupo de pesquisa Tratamento de Águas e Efluentes Industriais 
(2013-Atual).
4
LEGENDA DE
Ícones
São os conceitos, definições ou afirmações importantes 
aos quais você precisa ficar atento.
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do 
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones 
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado 
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a 
seguir:
São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca 
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, 
associando-os a suas ações.
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos 
conteúdos abordados no livro.
Apresentação dos significados de um determinado termo ou 
palavras mostradas no decorrer do livro.
 
 
 
FIQUE ATENTO
BUSQUE POR MAIS
VAMOS PENSAR?
FIXANDO O CONTEÚDO
GLOSSÁRIO
5
SUMÁRIO UNIDADE 1
UNIDADE 2
UNIDADE 3
1.1 Introdução .........................................................................................................................................................................................8
1.2 Meio ambiental , antropia e degradação ambiental .........................................................................................8
1.3 Degradação ambiental no Brasil ...................................................................................................................................10
1.4 Educação ambiental ...............................................................................................................................................................12
 1.4.1 Definição .......................................................................................................................................................................................13
 1.4.2 Principais e objetivos ...............................................................................................................................................................13
 1.4.3 Educação Ambiental nas Organizações ..........................................................................................................................14
FIXANDO O CONTEÚDO ..............................................................................................................................................................16
2.1 Constituição federal ................................................................................................................................................................20
 2.1.1 Meio ambiente .........................................................................................................................................................................20 
 2.1.2 Deveres do Poder Público ..................................................................................................................................................20
2.2 Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n° 6.938/1981)..................................................................................21
2.3 Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº. 9.795/1999)...................................................................22
 2.3.1 Ensino formal e educação ambiental .............................................................................................................................23
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................24
3.1 Introdução .....................................................................................................................................................................................28
3.2 Desenvolvimento econômico e meio ambiente ...............................................................................................28
3.3 Produção e consumo sustentável ...............................................................................................................................29
 3.3.1 Produção mais limpa (P+L) ................................................................................................................................................30
 3.3.2 Avaliação do ciclo de vida ( AVC) ..................................................................................................................................31
3.4 Prevenção da poluição .........................................................................................................................................................32
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................34
MEIO AMBIENTE, SUSTENTABILIDADE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
UNIDADE 4
4.1 Educação ambiental na escola .......................................................................................................................................38
4.2 Proposta de atividade-Tema gerador de discussão: Resíduos Sólidos .............................................38
4.3 Educação ambiental na gestão pública ...................................................................................................................41
4.4 Educação ambiental empresarial ...............................................................................................................................42
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................44
GESTÃO AMBIENTAL 
PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
UNIDADE 5
5.1 Filosofia e educação ...............................................................................................................................................................485.2 Transdisciplinaridade da educação ambiental ...................................................... ..........................................48
5.3 Ética e consumo .......................................................................................................................................................................49
5.4 Educação ambiental e cidadania ..................................................................................................................................51
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................53
ÉTICA AMBIENTAL 
UNIDADE 6
6.1 Desafios da educação ambiental ..................................................................................................................................57
6.2 Perspectiva pedagógica da educação ambiental ............................................................................................58
6.3 Pesquisas em educação ambiental ............................................................................................................................59
FIXANDO O CONTEÚDO ..............................................................................................................................................................61
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ....................................................................................................................64
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................................................................65
DESAFIOS, PESQUISA E PERSPECTIVA FUTURA 
6
UNIDADE 1
A Unidade 1 explora os conceitos fundamentais relacionados à educação ambiental, 
permitindo o entendimento dos principais mecanismos e os requisitos legais para 
a promoção da segurança ambiental nas organizações, além da preservação e 
restauração do meio ambiente. 
UNIDADE 2
A Unidade 2 analisa as legislações pertinentes à temática da educação ambiental, 
resumindo cada uma delas. Nesta unidade, como ponto central, compreenderemos 
a importância da Política Nacional de Educação Ambiental (Lei n. 9.795/1999), 
pontuando os principais artigos da referida lei. 
UNIDADE 3
A Unidade 3 apresenta os componentes centrais da gestão ambiental e os relaciona 
com os princípios e objetivos da educação ambiental. Nesta unidade, abordaremos 
a temática da Produção mais limpa (P+L) e prevenção da poluição. Exploraremos 
como as organizações podem, por meio da educação ambiental, implementar essas 
estratégias para reduzir desperdícios e maximizar a utilização dos recursos naturais.
UNIDADE 4
A unidade 4 analisa os princípios e conceitos da educação ambiental na escola, no 
âmbito do poder público e nas organizações econômicas. Esta unidade explora 
atividades para complementação da prática pedagógica com foco na educação 
ambiental e discute os benefícios e desafios da educação ambiental pública e 
empresarial.
UNIDADE 5
Nesta unidade serão abordados os temas relacionados à ética para promoção da 
educação ambiental. A produção e o consumo sustentáveis são discutidos sob a 
lente da necessidade de uma economia circular. Na unidade 5, a educação para 
cidadania global é explorada reforçando a ideia de que a responsabilidade individual 
deve ser portadora de princípios e não de interesses particulares.
UNIDADE 6
A unidade 6 aborda os principais desafios para a implantação efetiva da educação 
ambiental. Perspectivas da prática pedagógica e escopo para estudos futuros em 
educação ambiental são apontados e discutidos.
C
O
N
FI
R
A
 N
O
 L
IV
R
O
7
MEIO AMBIENTE, 
SUSTENTABILIDADE 
E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
UNIDADE
01
8
1.1 INTRODUÇÃO
1.2 MEIO AMBIENTE, ANTROPIA E DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
 Os danos ao meio ambiente e o crescimento econômico apresentam uma estreita 
relação. Percebemos que o avanço da política desenvolvimentista mundial tem acarretado 
cenários desafiadores, tais como, desaparecimento de espécies e perda da biodiversidade, 
consumo desenfreado de recursos naturais, mudanças climáticas e contaminação do solo, 
ar e dos recursos hídricos. 
 Contudo, cabe ressaltar que a proteção ambiental sempre foi praticada por huma-
nos de uma forma ou de outra. No entanto, à medida que as pressões antropogênicas so-
bre o meio ambiente aumentaram ao longo do século passado, a necessidade de proteção 
ambiental sistemática aumentou. Isso tem levado a considerável experimentação com as 
medidas nacionais e internacionais que são usadas para atingir os objetivos de proteção 
do meio ambiente. Embora algumas dessas medidas tenham tido sucesso, o quadro geral 
é de fracasso.
 Nesse contexto, a Educação Ambiental (EA) desempenha um papel crucial. Primei-
ramente, vale lembrarmos que a EA deve ser tratada como uma questão multidisciplinar e 
interagir com os diferentes setores. Tal conjugação exige, portanto, uma relação de coope-
ração entre as diferentes instituições requeridas no processo de ação e tomada de decisão.
 A ideia de uma educação especificamente ambiental entrou no discurso público no 
final dos anos 1960. Segundo Hamilton e Macintosh (2008), entre as recomendações da 
Conferência de Estocolmo, ocorrida em 1972, tentava estabelecer um programa interna-
cional de EA. A Organização das Nações Unidas para a Educação (UNESCO, do inglês, Uni-
ted Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) e o Programa das Nações 
Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) se comprometeram, posteriormente, a preparar 
materiais curriculares, estabelecer prioridades, desenvolver projetos-piloto e organizar reu-
niões a fim de promover um programa de EA eficiente (HAMILTON; MACINTOSH, 2008). 
Dentro deste contexto, os especialistas destacam que a EA deve constituir uma educação 
integral ao longo da vida, ou seja, contínua e permanente (RUSCHEINSKY, 2012; SATO; CAR-
VALHO, 2005).
Sabendo que a educação ambiental faz parte do nosso cotidiano e que, inconscientemente a 
praticamos, tal como, por exemplo, quando dispomos o lixo domiciliar para coleta pelo órgão 
público responsável ou quando realizamos o ecoturismo que, por sua vez, estimula atitudes 
em prol da conservação da natureza. Pense em ações práticas no seu dia a dia que podem 
ser caracterizadas como atitudes de fomento à proteção do meio ambiente. De que forma 
essas ações contribuem para a conservação ambiental? Quais dessas atitudes promovem o 
bem-estar social e melhoram a vida em sociedade? Como?
VAMOS PENSAR?
 A degradação ambiental é um termo utilizado para expressar significado negativo. 
Seu uso na literatura científica ambiental recente é relacionado a uma perturbação ou al-
teração no meio provocada pela ação humana. Cabe aqui ressaltar que o agente causador 
de degradação ambiental é sempre o ser humano. Processos naturais, tais como, fluxo de 
9
Ação antrópica ou antropia é o ato do Homem sobre o meio ambiente. Também pode ser a 
ação ou o resultado da atuação humana sobre a natureza, com a pretensão de modificação, 
independentemente do juízo de valor atribuído à modificação realizada no meio (ARAÚJO; 
ALMEIDA; GUERRA, 2005, p. 32)..
FIQUE ATENTO
marés, terremotos, erupções vulcânicas, formação de nevoeiro ou tornados, não degradam 
o ambiente, apenas provocam mudanças. Sánchez (2013) definiu a degradação ambiental 
como qualquer alteração adversa dos processos ambientais e/ou da qualidade do meio 
ambiente. Neste sentido, a ação antrópica, isto é, a ação humana é a principal responsável 
pelos distúrbios e alterações adversas provocadas.
 Temos diversos exemplos em nosso cotidiano de ações humanas geradoras de de-
gradação ambiental. Entre elas podemos citar: as queimadas, atividades industriais como 
a mineração, disposição irregular de resíduos, poluição atmosférica, hídrica, sonora, e dos 
solos, intensificação do uso de agrotóxicos e a relação humana com a fauna e a floraatra-
vés da extinção ocasionada devido à apropriação e exploração dos habitats naturais.
 A problemática ambiental acarreta efeitos ecológicos de médio e longo prazo, al-
guns dos quais podem ser responsáveis por deteriorar os ambientes em sua totalidade. 
Cabe lembrarmos que o meio ambiente é uma unidade única e incorpora todos os com-
ponentes bióticos e abióticos, ou seja, vivos e não vivos que vivem dentro dessa unidade.
Meio ambiente é o conjunto de fatores físicos, químicos e bióticos que atuam sobre um orga-
nismo ou comunidade ecológica e, em última instância, determinam sua forma e sobrevivên-
cia (BRASIL, 1981).
GLOSSÁRIO
 Existem diversas formas de contribuir para a diminuição da degradação do meio 
ambiente. Algumas delas incluem:
• Compra e utilização de produtos provenientes de materiais reciclados; 
• Economia e reutilização de águas de processos domésticos, industriais, sanitários, entre 
outros;
• Repensar os hábitos do dia a dia visando a não geração e/ou minimização da geração 
de resíduos;
• Manejo adequado dos resíduos sólidos nas etapas de acondicionamento, coleta, trans-
bordo, tratamento e disposição final;
• Economia de energia domiciliar – por exemplo: bom uso dos equipamentos elétricos, 
utilização da luz natural (solar) e;
• Conscientização pública em relação aos impactos da degradação ambiental.
 Atualmente, os danos que causamos ao meio ambiente não são contabiliza-dos 
como um custo em termos econômicos e/ou sociais. Essa falta de “valor am-biental” per-
10
mite uma superexploração de recursos naturais – que, é claro, não são gratuitos. Comple-
mentarmente, a superexploração dos recursos leva à superprodução de bens de consumo 
com menor longevidade, que findada sua vida útil, são descartados no meio ambiente. 
 Como consequência desse processo, novos bens são produzidos, vendidos, usados 
e descartados. Assim, o ciclo continua – afetando a capacidade do planeta de restaurar 
seus serviços ambientais em tempo hábil. Por exemplo, relembre dos relatos durante o 
bloqueio social devido à pandemia do Corona Vírus 2019 (COVID-19), iniciado em 2020. A 
natureza se beneficiou de menos turistas, menos aviões no ar, estradas mais vazias, me-
nos consumo. Houve muitos relatos sobre a recuperação do meio ambiente, de ar e água 
mais limpos. Foram observados golfinhos nos canais de Veneza (Itália), ar mais limpo nas 
grandes cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, Nova York), menor concentração de gases po-
luentes na atmosfera acima da China. Podemos assim observar o quão rápido a natureza é 
capaz de se recuperar em um cenário de menor atuação humana.
 Portanto, a degradação ambiental é uma das questões de maior urgência na con-
temporaneidade. Dependendo do dano provocado, alguns ambientes podem não ser re-
cuperados. Os vegetais e animais que habitavam esses territórios serão extintos. Portanto, 
é necessário planejamento sólido, conscientização pública e participação da comunidade 
para que a deterioração ambiental seja evitada. Nesse contexto e para esse fim, a EA tem 
papel fundamental.
1.3 DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL
 As questões ambientais no Brasil incluem desmatamento, comércio ilegal de ani-
mais selvagens, caça ilegal, degradação do solo e poluição da água causada por ativida-
des de mineração, poluição do ar, uso de pesticidas e derramamentos de óleo severos, 
queimadas, entre outros. Cabe frisar que o território brasileiro abriga cerca de 13% de das 
espécies da fauna e flora do planeta Terra. Consequentemente, os impactos negativos da 
agricultura e da industrialização ameaçam de forma significativa essa biodiversidade (SIL-
VA JUNIOR et al., 2020).
 Recentemente, os pesquisadores brasileiros têm alertado sobre o desmonte das po-
líticas ambientais no país em função, principalmente, dos cortes de investimentos na pasta 
ambiental, aumento do desflorestamento e das queimadas nos biomas Amazônia, Cerrado 
e Pantanal, além do aumento exponencial no uso de agrotóxicos. Nesse último caso, cabe 
destacar que o uso desacerbado desses agroquímicos pode acarretar a contaminação dos 
solos, corpos d’água e impactos negativos à saúde da população (SCHMIDT; ELOY, 2020; 
SILVA JUNIOR et al., 2020). Uma área des-
matada no Estado do Pará, no município 
de Altamina, é mostrada na Figura 1. 
Figura 1: Área desflorestada em Altamira, Estado do Pará, Brasil.
Fonte: Amigo (2020)
11
 As consequências acarretadas pelo desflorestamento incluem erosão dos solos, di-
minuição dos eventos chuvosos, elevação da temperatura e perda da biodiversidade. No 
Brasil, o ano de 2019 foi marcado por mudanças nas políticas ambientais que catalisaram 
o desmatamento ilegal na região Amazônica e aumentaram o número de queimadas em 
diversos Biomas do país (SILVA JUNIOR et al., 2020). Além disso, houve mudanças polêmi-
cas no Código Florestal (Lei Federal n. 12.651/2012), como a prorrogação do prazo indeter-
minado para o Cadastro Ambiental Rural (Cadastro Ambiental Rural) (Lei n. 13.887/2019) e 
a possível regularização de terras públicas (SILVA JUNIOR et al., 2020).
 Estudos recentes preveem piora nas perdas de áreas e ecossistemas à medida que 
a degradação ambiental no país aumenta. Atualmente, diversas regiões do país já se de-
frontam com limitações de recursos e sofrem com a degradação ambiental. Os problemas 
ambientais se agravam e tornam-se mais nítidos. A sociedade brasileira chega enfim, a um 
estágio de permanente busca por alternativas sustentáveis para minimizar e/ou mitigar a 
degradação ambiental causada por suas ações. Nesse sentido, a educação é um caminho 
indispensável para o desenvolvimento sustentável.
 Cabe aqui pontuarmos, portanto, o que é desenvolvimento sustentável. Segundo Al-
meida et al. (2019) seria o desenvolvimento nas esferas ambiental, social e econômica que 
atende às necessidades atuais sem comprometer a possibilidade das gerações futuras de 
atenderem às suas próprias necessidades. Ressalta-se que o desenvolvimento sustentá-
vel atende às três áreas de desenvolvimento: ambiental, social e econômica. Por exemplo, 
quando a atividade potencialmente poluidora (mineração, petroquímica etc.) atende aos 
interesses econômicos e concilia a preservação do meio ambiente, essa atividade é viável. 
O mesmo ocorre quando essa atividade atende aos interesses sociais e econômicos, sen-
Figura 2: Componentes do Desenvolvimento sustentável
Fonte: Adaptado de Soares (2017)
do classificada como tolerável. Entretanto, para 
que as necessidades da geração presente sejam 
atendidas, sem comprometer a possibilidade das 
gerações futuras de atenderem às suas próprias 
necessidades, os componentes ambiental, social 
e econômico, devem estar presentes (SOARES, 
2017) (Figura 2).
Leia o capítulo 11 (páginas 216 a 221) do livro “Introdução à Engenharia Ambiental” 
(BRAGA et al., 2005) para aprofundar seu entendimento sobre os conceitos ine-
rentes à degradação ambiental, desenvolvimento sustentável e gestão do am-
biente. Disponível em: https://bit.ly/39YyqxY. Acesso: 05 jan. 2021
BUSQUE POR MAIS
https://bit.ly/39YyqxY
12
1.4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL
 Para entender a educação ambiental (EA) é preciso inicialmente compreender que 
existirão diversas tipologias no contexto das múltiplas correntes existentes (SATO; CARVA-
LHO, 2005). Todavia, é consenso que se a educação significa transformação dos alunos em 
direção a objetivos bem definidos, a educação ambiental significaria que os alunos alcan-
çarão objetivos que tratam especialmente dos aspectos ambientais, ou seja, os elementos 
das atividades, produtos ou serviços que interagem com o meio ambiente. Essas metas 
podem ser vistas nas três categorias usuais como sendo cognitivas, psicomotoras ou afeti-
vas. 
 O termo educação ambiental (Enviromental Education) foi cunhado em 1965, na 
“Conferência de Educação” da Universidade de Keele, Grã-Bretanha. Posteriormente ocor-
reram diversos acontecimentos relacionados a EA. De forma geral e sucinta, no Quadro 1 
são listados e descritos os principais eventos relacionadosà proteção do meio ambiente e 
a educação ambiental.
Evento Ano Local Descrição
Conferência das Nações Uni-
das sobre o Meio Ambiente 
Humano (Conferência de 
Estocolmo)
1972 Suécia, 
Estocolmo
Foram discutidos temas como conservação 
ambiental e consumo consciente, o que 
posteriormente viriam a compor o conceito 
de desenvolvimento sustentável.
Seminário de Educação Am-
biental
1974 Finlândia, 
Jammi
Reconhecimento da EA como educação in-
tegral, contínua e permanente.
Conferência Intergoverna-
mental sobre Educação 
Ambiental (Conferência de 
Tbilisi)
1977
Geórgia, Tbili-
si (ex-União 
Soviética)
Estabelecimento dos princípios orientado-
res da EA, destacando seu caráter interdis-
ciplinar.
Congresso Internacional da 
UNESCO – PNUMA (Educa-
ção e Formação Ambiental)
1987
Rússia, 
Moscou
Reafirmação dos princípios da EA. Reali-
zou-se os avanços na área da educação am-
biental desde a Conferência de Tbilisi. Des-
taca a necessidade da pesquisa e inovação 
para a promoção da EA.
Conferência das Nações Uni-
das sobre o Meio Ambiente e 
o Desenvolvimento (Eco-92)
1992
Brasil, Rio de 
Janeiro
Conferência entre chefes de Estado. Deba-
te sobre problemas ambientais mundiais. 
Culminou com a assinatura da Agenda 21 
Global – documento composto por 40 ca-
pítulos que assinalam um novo padrão de 
desenvolvimento (desenvolvimento sus-
tentável).
1ª Jornada de Educação Am-
biental
1992 Brasil, Rio de 
Janeiro
Evento paralelo a Eco-92. Teve como obje-
tivo central debater o papel da EA na for-
mação de valores nos diferentes setores da 
sociedade.
Cúpula Mundial sobre De-
senvolvimento Sustentável 
(Rio+10)
2002
África do Sul, 
Johanesbur-
go
Discussão das propostas da Agenda 21 e de-
cisões tomadas na Eco-92.
Quadro 1: Principais eventos mundiais relacionados à educação ambiental
Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)
13
 Dentro deste contexto e considerando a evolução da EA, nesta seção trata-remos 
dos conceitos básicos relacionados aos princípios, métodos e fundamentos dessa área 
multidisciplinar do conhecimento.
 1.4.1 Definição
 
 No início dos anos 1970 houve apelos para que o meio ambiente fosse incorporado 
às pautas relacionadas à educação. Tais reivindicações culminaram na elaboração da Carta 
de Belgrado da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. A 
Carta de Belgrado foi um marco para a Educação Ambiental (EA). A partir da EA os indiví-
duos adquiririam conhecimentos, habilidades, atitudes, motivações e compromisso para 
trabalhar na busca de soluções para os problemas atuais, emergentes e futuros (DAVIS, 
2020).
 Em 1977, a UNESCO, junto com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente 
(UNEP, do inglês, United Nations Environment Programme), expandiu essa definição por 
meio da Declaração de Tbilisi. A ênfase estava na EA sendo incorporada em todo o sistema 
de educação e na adoção de uma abordagem holística para examinar questões sociais e 
econômicas através de uma lente ambiental (DAVIS, 2020).
 No Brasil, a Lei n. 9.795/1999 no Artigo 1º do capítulo I apresenta uma definição para 
EA (BRASIL, 1999). Recomenda-se a sua leitura. Davis (2020) mais recentemente definiu EA 
da seguinte forma:
A Educação Ambiental é um processo holístico de apren-
dizagem ao longo da vida, direcionado à criação de cida-
dãos responsáveis que exploram e identificam questões 
ambientais, se engajam na solução de problemas e to-
mam medidas eficazes para melhorar o meio ambiente 
(DAVIS, 2020, p. 438).
 1.4.2 Princípios e Objetivos
 A Lei Federal nº 9.795/1999 pontua diversos princípios orientadores da Educação Am-
biental, entre eles: a interdependência entre todos os meios do ambiente (social, cultura, 
econômico), a multidisciplinaridade, a avaliação crítica, a educação continuada e o respeito 
à diversidade (BRASIL, 1999).
 De acordo com a UNESCO, a EA é uma maneira de atingir os objetivos de proteção 
do meio ambiente. O principal objetivo da educação ambiental no nível básico é, portanto, 
ter sucesso em fazer os indivíduos e as comunidades compreenderem a natureza comple-
xa dos ambientes naturais e construídos pelo Homem. Além disso, adquirir conhecimen-
tos, valores, atitudes e habilidades práticas para participar de forma responsável e eficaz na 
antecipação e solução de problemas sociais e na gestão da qualidade do meio ambiente é 
imperativo (RUSCHEINSKY, 2012).
 Desta forma, as etapas necessárias para a educação ambiental são: (i) Cons-cien-
tização; (ii) Conhecimento; (iii) Criação de atitude para motivar a proteção do meio 
ambiente; (iv) Análise e compreensão das medidas de preservação ambiental; e (v) 
Desenvolvimento de habilidades e capacidades (RUSCHEINSKY, 2012).
 A integração do cooperativismo à educação ambiental constrói nas diversas institui-
ções envolvidas com a gestão ambiental relações que geram conquistas sustentáveis por 
meio da transformação dessas instituições na valorização dos valores da diversidade. 
14
 A integração e cooperativismo instilam solidariedades socioeconômicas e políticas, 
que são essenciais para a gestão ambiental holística. Dessa forma, a EA capacita indivídu-
os, grupos e instituições para explorar adequadamente as questões ambientais junto com 
pensamentos e atividades para a sustentabilidade ambiental. Ademais, busca desenvolver 
uma compreensão mais profunda do meio ambiente através da tomada de decisões.
 A educação ambiental não é novidade em suas partes, sempre houve educação para 
o coração, para o cérebro, para todo o corpo, para a problemática social e para o entendi-
mento do meio ambiente. A educação escolar formal sempre foi entendida como uma 
adaptação e preparação das crianças ao seu meio natural e social. Mas nunca, parece-me, 
que essa educação foi planejada de forma tão completa como é entendida hoje. Talvez, 
seja essa a “nova filosofia de ensino”.
 1.4.3 Educação Ambiental nas Organizações
 Organizações sociais tais como, escolas, bancos, universidades, empresas, indústrias, 
supermercados fazem parte do cotidiano dos indivíduos. Observamos que o meio ambien-
te e as organizações sempre mantiveram conflitos, pois o Homem, para manutenção das 
suas atividades e subsistência, explora seu habitat e como resultado danos ao meio am-
biente são provocados, assim como visto na seção 1.2. Recentemente, por causa da pressão 
da sociedade, da política e da economia, modificações nessa relação são reivindicadas, 
objetivando maior responsabilidade no uso dos recursos naturais.
 Nesse sentido, quaisquer que sejam as organizações, a educação ambiental exerce 
papel imperativo na resolução de muitos dos problemas existentes, pois, como discutido 
anteriormente, é um tipo de educação que não necessita de grau de escolaridade, pode 
ser desenvolvida entre crianças e adultos, mesmo não alfabetizados (SATO; CARVALHO, 
2005).
 O processo de utilização racional dos recursos deve percorrer os caminhos da sensi-
bilização, da conscientização e da capacitação das pessoas envolvidas direta ou indire-
tamente nas atividades produtivas, dessa maneira é possível eliminar/reduzir desperdícios 
e maximizar o uso dos recursos disponíveis (LERÍPIO; CAMPOS; SELIG, 2003). Cabe ainda 
destacar que o componente humano é o fator decisivo no processo de engajamento visan-
do práticas mais sustentáveis. No início da década de 2000, Leripio, Campos e Selig (2003) 
questionaram: Como sensibilizar as pessoas? Como oportunizar que os indivíduos se 
conscientizem?
 Nas empresas, bancos ou indústrias, o processo de sensibilização e conscientização 
para as questões ambientais direcionado para o público interno pode ser realizado por 
meio de atividades atrativas, tais como, palestras, gincanas, sessões de filmes ambientais, 
entre outros, que de forma mais lúdica atraiam a atenção e fixem o conhecimento que 
é passado. Isso vale para as práticas pedagógicas no ambiente escolar. Segundo Leripio, 
Campos e Selig (2003), os indivíduos estão mais propensos a absorver e efetivamente apli-
car o conteúdo quandoos conceitos e ensinamentos são transmitidos de forma lúdica. A 
15
O artigo “Educação Ambiental nas Organizações” (2019), de Alexandre de Gui-
lherme Scheidegger e Carla Calenzani, apresenta uma reflexão sobre o papel da 
educação ambiental no contexto das organizações. Disponível em: https://bit.ly/
3t4bDZe. Acesso: 10 jan 2021.
BUSQUE POR MAIS
 EA abrange tanto o treinamento voltado para a preservação ambiental quanto para 
a difusão de informação ambiental. Seus benefícios dentro das organizações são: imagina-
ção e entusiasmo dos colaboradores aumentam, bem como a tolerância e compreensão, 
o aprendizado transcende a educação formal, integração dos processos, minimização do 
desperdício, fortalecimento da comunidade etc.
https://bit.ly/3t4bDZe
https://bit.ly/3t4bDZe
16
1. O Brasil enfrenta problemas de cunho social e ambiental, entre eles o desflorestamento. 
Qual alternativa indica uma consequência do desflorestamento no país?
a) Perda da biodiversidade dos habitats.
b) Diminuição dos riscos de erosão do solo.
c) Redução da concentração de poluentes atmosféricos.
d) Aumento da produtividade mineral e agrícola.
e) Aumento da produtividade microbiana do solo.
2. A alfabetização ambiental é uma meta social importante. Conforme discutido neste 
capítulo, um público bem-informado formulará opiniões e fará escolhas que irão melhorar 
a qualidade do meio ambiente e reduzir o estresse antrópico sobre os ecossistemas. 
Considerando os conteúdos estudados nesta unidade, analise as afirmativas a seguir sobre 
os conceitos de degradação ambiental.
I. A intensidade e a degradação do solo podem ser ampliadas por ações antrópicas como 
o uso e manejo incorreto da terra, que expõe o solo ao sol, ao vento e à chuva e levam à 
degradação do ambiente.
II. O agente causador da degradação ambiental não necessariamente é o homem, visto 
que processos naturais também podem provocar degradação do meio ambiente.
III. A degradação ambiental decorre de alterações no ambiente, dificultando o atendimento 
das necessidades humanas e de outras espécies.
IV. A ação antrópica não tem qualquer influência na perda da biodiversidade dos territórios, 
decorrentes de condições climáticas específicas.
Assinale a alternativa que apresenta as asserções corretas.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) II, III e IV.
e) I, III e IV.
3. (Transpetro, 2018 – Adaptado) O desenvolvimento sustentável deve atender as três 
esferas do desenvolvimento humano. Para isso, são necessárias estratégias que privilegiam 
o (a)
a) desenvolvimento econômico em detrimento do desenvolvimento social.
b) atendimento das necessidades de âmbito social, ambiental e econômica de forma 
igualitária.
c) quantidade de crescimento, já que há um consenso internacional da relação positiva 
entre indicadores econômicos e degradação ambiental.
d) produtividade, independentemente dos limites de crescimento.
FIXANDO O CONTEÚDO
17
e) jornada de trabalho: o crescimento econômico de uma nação está relacionado a 
produtividade laboral da população.
4. Segundo o livro-texto, o que aconteceu em 1977, no que diz respeito à Educação 
Ambiental. Indique a alternativa correta.
a) Em 1977, a Educação Ambiental apareceu na região sudeste do Brasil e somente nas 
décadas de 1980 e 1990 ganhou força em todo território nacional.
b) Houve reconhecimento da educação ambiental como educação integral e permanente 
durante Seminário de Educação Ambiental realizado na Finlândia.
c) Ocorreu a Conferência sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Eco-92) e a criação 
da Agenda 21 objetivando o desenvolvimento sustentável.
d) Durante o Congresso de Educação Ambiental Brasarville realizado na África, a pobreza 
foi reconhecida como o maior problema ambiental do mundo.
e) Ocorreu a Conferência de Tbilisi na Geórgia, na qual foram estabelecidos os princípios 
orientadores da educação ambiental e remarcou seu caráter interdisciplinar.
5. A educação ambiental envolve as habilidades de pensamento crítico dos cidadãos e os 
capacita a tomar decisões acertadas no caminho do desenvolvimento sustentável. Nesse 
sentido, assinale a alternativa que identifica um dos princípios orientadores da educação 
ambiental no Brasil.
a) Singularidade de ideias pedagógicas e políticas.
b) Não dependência entre o meio natural e o meio construído.
c) Enfoque humanista, holístico, democrático e participativo.
d) Princípio do poluidor-pagador e do consumo consciente.
e) Acesso à informação excetuando as informações não alinhadas ao pensamento 
dominante.
6. A Educação Ambiental (EA) é considerada um processo contínuo de educação, 
seja ela formal ou não-formal, para responder à crescente conscientização mundial 
sobre os problemas ambientais. Segundo a UNESCO, a EA enfatiza os seguintes temas: 
conscientização e sensibilidade sobre o meio ambiente e os desafios ambientais. 
Considerando os conteúdos estudados no livro-texto desta unidade, assinale a alternativa 
que representa um dos objetivos da EA.
a) Estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental 
e social.
b) Redução do volume e periculosidade dos resíduos perigosos.
c) Desenvolvimento de cartilhas para alfabetização ambiental de jovens e adultos.
d) Estímulo à rotulagem ambiental e consumo ao consumo consciente.
e) Criação e registro da profissão de educador ambiental.
7. O Planejamento do ensino da educação ambiental em uma organização deve ser 
contínuo e permanente, perpassando diferentes etapas. Nesse sentido, algumas medidas 
podem ser adotadas para garantir o uso racional dos recursos e a sustentabilidade dos 
negócios. Assinale a alternativa que representa uma estratégia que pode ser empregada 
18
pelas empresas visando a conscientização dos colaboradores internos.
a) Criar centros de produção mais limpa e energias renováveis.
b) Oferecer capacitação profissional visando a formação de educadores ambientais.
c) Promover mudança dos processos produtivos visando atender as demandas impostas 
pela educação ambiental.
d) Desenvolver ações (palestras, discussões etc.) visando a sensibilização e conscientização 
do público interno.
e) Realizar a taxação sobre o consumo de materiais descartáveis (copos, talheres etc.) no 
ambiente empresarial.
8. A partir dessas informações e considerando os conteúdos estudados sobre educação 
ambiental e seu papel nas organizações, analise as afirmativas a seguir e assinale V para 
a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
( ) A educação ambiental é um processo contínuo e permanente direcionado a construção 
de valores relacionados a conservação do ambiental natural e artificial.
( ) Educação ambiental e sustentabilidade são conceitos divergentes e não complementares.
( ) A distribuição de cartilhas e a realização de palestras podem ser utilizadas como 
ferramentas para promoção do engajamento ambiental nas organizações.
( ) A concretização da educação ambiental nas organizações envolve os processos de 
sensibilização, conscientização e capacitação. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a) V, F, V, V.
b) V, V, F, F.
c) F, V, V, V.
d) F, F, V, V.
e) V, F, F, F.
19
POLÍTICA NACIONAL DE 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
UNIDADE
02
20
2.1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL
 A preocupação com a poluição não é um tema recente, entretanto, somente nas 
últimas quatro décadas, ou seja, a partir de 1980, que o tema ganhou visibilidade e foi 
introduzido nas agendas políticas e pautas de governos. Atualmente, com uma melhor 
compreensão dos efeitos resultantes das atividades humanas sobre a natureza, temos ob-
servado uma evolução no modelo de regulamentação ambiental, que passa a incorporar 
os conceitos de planejamento, de gerenciamento dos recursos naturais, além de mecanis-
mos de coerção no acompanhamento das atividades potencialmente poluidoras.
 Os especialistas em direito ambiental afirmam que o Brasil possui uma das legisla-
ções ambientais mais bem desenvolvidas. Contudo, infelizmente, o país apresenta leis que 
têm pouco ou nenhumapoio da comunidade e/ou em algumas regiões, algumas leis não 
são observadas. Portanto, nesta unidade, nosso objetivo será:
• Conhecer as legislações do Brasil pertinentes à temática ambiental, resumindo cada 
uma delas.
• Entender que a Constituição Federal versa sobre o meio ambiente, localizando o artigo 
sobre o meio ambiente.
• Compreender a importância da Política Nacional de Educação Ambiental (Lei n. 
9.795/1999), pontuando os principais artigos.
Qual a importância das legislações ambientais para a promoção da educação ambiental no 
Brasil?
VAMOS PENSAR?
 2.1.1 Meio Ambiente
 No Brasil, um meio ambiente salutar é um direito garantido aos cidadãos através da 
Constituição Federal de 1988 no art. 225:
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à 
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e 
à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as 
presentes e futuras gerações (BRASIL, 1988).
 O artigo 225 da Constituição Federal é reconhecido por especialistas em direito am-
biental como o precursor de diversos outros princípios e direitos assegurados pela Consti-
tuição. Além disso, em uma análise mais profunda, percebe-se que, além de um ambiente 
ecologicamente equilibrado, de acordo com esse trecho, são assegurados também o direi-
to individual à vida e à dignidade humana.
 2.1.2 Deveres do Poder Público
 Para assegurar a efetividade dos direitos expressos na Constituição Federal de 1988, 
incumbe-se ao Poder Público preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e 
prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas (parágrafo 1º) (BRASIL, 1988).
21
Poder público é o conjunto dos órgãos com autoridade para realizar os trabalhos do Estado, 
constituído de Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário.
GLOSSÁRIO
 Cabe frisar que a crise provocada pelo impacto das atividades humanas sobre a na-
tureza exige a ação do poder público. Tais ações devem incluir um conjunto de medidas 
respostas e estratégias de enfrentamento (UNDERDAL, 2010). Porém, é preciso lembrar 
que ainda que Governos globais, continentais, nacionais e locais empreguem uma varie-
dade de abordagens para a governança ambiental, as repercussões positivas e negativas 
têm limitado a capacidade de qualquer jurisdição em resolver os problemas existentes.
 Nesse contexto, os desafios enfrentados futuramente pela governança ambiental 
incluirão (UNDERDAL, 2010): acordos ambientais locais e globais inadequados, conflitos só-
cio-políticos não resolvidos entre as nações, falta de integração entre as políticas setoriais, 
capacidade institucional limitada, intervalo de tempo elevado entre a ação humana e o 
efeito ambiental, problemas ambientais sendo incorporados em sistemas muito comple-
xos, dos quais o entendimento humano ainda é bastante limitado.
2.2 POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (LEI Nº 6.938/1981)
 No Brasil, a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) foi estabelecida através da 
Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, baseada em princípios básicos de conservação do 
meio ambiente fixados e debatidos em documentos mundialmente aceitos. A referida lei, 
fixou objetivos e instrumentos necessários para o desenvolvimento sustentável do país. 
Além disso, através dela, foram criados o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) 
e o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) (BRASIL, 1981).
 O Sisnama é uma rede abrangente para gestão ambiental. Reúne agências, tarefas e 
regras em cinco níveis administrativos: União, Estados, Distrito Federal, territórios e municí-
pios. O CONAMA é o órgão central do Sisnama, para tarefas consultivas e deliberativas. En-
tre as principais funções do CONAMA no combate a degradação ambiental no país, estão 
o estabelecimento de normas e critérios para licenciamento de atividades efetiva ou po-
tencialmente poluidoras, a ser concedido pelos Estados e pelo Distrito Federal. Esse, sem 
dúvida, é apontado por especialistas da área como o papel mais importante do CONAMA, 
assim como, o mais visível.
Apesar de ambos os órgãos institucionais – Sisnama e CONAMA – terem sido criados através 
da PNMA, eles exercem funções diferentes. No geral, o CONAMA é o órgão consultivo e deli-
berativo do Sisnama.
FIQUE ATENTO
22
 A PNMA fixou princípios, objetivos e instrumentos voltados à conservação ambien-
tal. Nesta política que se iniciou, de fato, o controle ambiental das atividades empresariais 
públicas ou privadas, com foco na obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causa-
dos ao meio ambiente. Neste sentido, cabe destacar os principais objetivos da PNMA: es-
tabelecer critérios e padrões de qualidade para as atividades potencialmente poluidoras, 
preservação e restauração dos recursos naturais, desenvolvimento de pesquisas e difusão 
de tecnologias para preservação ambiental e desenvolvimento sustentável (BRASIL, 1981).
 A partir da Constituição Federal e PNMA, o Brasil desenvolveu uma legislação am-
biental bastante rica e avançada, semelhante a legislações ambientais encontradas em 
países desenvolvidos. No entanto, ainda há muito a ser feito em termos de aplicação e 
cumprimento, especialmente no que concerne aos atores econômicos. Observamos que a 
própria União está intimamente ligada a alguns dos maiores poluidores, visto que, partici-
pa diretamente, por exemplo, da exploração de petróleo e gás natural, atividades petroquí-
micas, metalurgia e mineração
 No geral, existe uma farta legislação de proteção ambiental e de gestão dos recur-
sos naturais. Portanto, seu conhecimento e aplicação é fundamental para a proteção am-
biental e gerenciamento dos recursos ambientais, além da conscientização e capacitação 
ambiental que engaja o indivíduo na preservação do meio, assegurando, dessa forma, o 
bem-estar social e humano.
2.3 POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL (LEI Nº. 9.795/1999)
 No Brasil, a Educação Ambiental (EA) é instituída e regulamentada pela Lei n. 
9.795/1999 e pelo Decreto n. 4.281/2002 (BRASIL, 1999; 2002). Em 1999, o Brasil desenvolveu 
a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), que é coordenada pelo Ministério do 
Meio Ambiente e Ministério da Educação. De forma geral, o artigo 2 da Lei n. 9795/199 es-
tabelece que a EA deve estar presente tanto na educação formal quanto na informal e o 
artigo 3º afirma que todos têm direito à educação ambiental (BRASIL, 1999).
Conheça os objetivos da PNEA definidos no artigo 5º da Lei n. 9.795/1999, em: https://
bit.ly/2QbSu8S. 
Acesso: 20 jan 2021.
BUSQUE POR MAIS
 As atividades vinculadas à PNEA devem ser desenvolvidas na educação informal e 
na educação escolar, por meio das seguintes linhas de atuação interrelacionadas: I - capa-
citação de recursos humanos; II - desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimenta-
ções; III - produção e divulgação de material educativo; IV - acompanhamento e avaliação 
(BRASIL, 1999).
 Dentro das atividades desenvolvidas pelo PNEA destaca-se o Programa Nacional de 
Escolas Sustentáveis (PNES) do Ministério da Educação, o qual apoia as escolas brasileiras 
em seu processo de transição para a sustentabilidade socioambiental, transformando-se 
em ambientes de educação sustentáveis e contribuindo para uma melhor qualidade de 
vida nas comunidades (SILVA; SANTANA, 2018). 
 As ações do programa articulam-se em quatro componentes - currículo, gestão, faci-
https://bit.ly/2QbSu8S
https://bit.ly/2QbSu8S
23
lidade e relação escola-comunidade - e são desenvolvidas em cinco eixos: I - Processos de 
aprendizagem e práticas pedagógicas; II - Diagnósticos e pesquisas; III - Comunicação; IV 
- Gestão e Infraestrutura; V - Articulação e interface com outras políticas nacionais (SILVA; 
SANTANA, 2018). O PNES consiste em um conjunto de ações voltadas para a implemen-
tação das Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Ambiental Formal, para que as 
instituições de ensino sejam incubadoras de uma cultura alicerçada na participação e no 
diálogo permanente com os alunos.
 No Brasil,a construção da EA como política pública implementada pelo Ministério da 
Educação e pelo Ministério do Meio Ambiente inclui processos de articulação dos diversos 
atores sociais e sua capacidade de realizar uma gestão territorial sustentável e educativa. 
No próximo item desta seção serão realizadas algumas análises em relação ao conteúdo 
da PNEA sobre a sua importância para docentes e discentes na educação formal. Dada a 
amplitude do tema, não se pretende esgotar o assunto. No geral, as discussões levantadas 
trazem à tona as questões mais relevantes da legislação para promoção da EA no ensino 
formal brasileiro.
 2.3.1 Ensino formal e educação ambiental
 O artigo 5º do Decreto n. 4.281/2002 que regulamenta a PNEA brasileira afirma que 
a inclusão da EA em todos os níveis e modalidades de ensino deve ter como referência os 
Parâmetros e as Diretrizes Curriculares Nacionais, observando-se a integração da EA às 
disciplinas curriculares de forma contínua, permanente e transversal. Além da adequação 
dos programas já vigentes de formação continuada de educadores (MINISTÉRIO DA EDU-
CAÇÃO, 2012).
 Nesse contexto, os projetos pedagógicos e os planos dos cursos devem ser organi-
zados de forma a promover a inserção dos conhecimentos relacionados à EA em todos os 
níveis de ensino. Os projetos de ensino devem fomentar as discussões e reflexões. Com-
plementarmente, recomenda-se que ações pedagógicas, projetos, atividades lúdicas que 
fomentem a reflexão ambiental, entre outros, sejam desenvolvidas.
 No geral, observa-se que o processo educativo voltado a EA possui uma vas¬ta gama 
de abordagens. Nesse cenário, o Brasil deve, cada vez mais, promover o uso de ferramentas 
online por docentes e discentes para compartilhamento de recursos, cursos de educação 
à distância e networking. O processo de desenvolvimento de um sistema nacional de edu-
cação ambiental para melhorar o escopo e o impacto da PNEA poderá desempenhar um 
papel central no futuro.
Para saber mais sobre as perspectivas da EA no contexto da educação formal, leia 
o capítulo cinco do livro “Caminhos da Educação Ambiental: Da forma à Ação” 
(GUIMARÃES, 2020). Disponível em: Link: https://bit.ly/3dKgng4. Acesso: 20 jan. 2021
BUSQUE POR MAIS
 https://bit.ly/3dKgng4
24
1. Analise as questões sobre os objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 
9.938/1981) e indique a alternativa correta.
a) Desenvolvimento de pesquisas e tecnologias direcionadas à preservação ambiental.
b) Gestão integrada dos resíduos sólidos.
c) Redução do volume de resíduos perigosos.
d) Assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões 
de qualidade adequados aos respectivos usos.
e) Incentivar e promover a captação, a preservação e o aproveitamento de águas pluviais.
2. O poder público faz parte do processo de promoção da educação ambiental entre os 
diversos segmentos da sociedade. Dito isso, assinale a alternativa que representa um 
desafio enfrentado pelo poder público no processo de promoção da educação ambiental 
no Brasil.
a) Elevada integração entre os diversos atores sociais.
b) Objetivos claros e definidos.
c) Inexistência de política pública relacionada à implantação da Educação Ambiental.
d) Capacidade institucional limitada.
e) Escassez de recursos públicos. 
3. Analise as questões sobre os objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 
9.938/1981) e indique a alternativa correta.
a) Gestão integrada dos resíduos sólidos.
b) Redução do volume de resíduos perigosos.
c) Assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões 
de qualidade adequados aos respectivos usos.
d) Incentivar e promover a captação, a preservação e o aproveitamento de águas pluviais.
e) Controle ambiental e fiscalização das atividades potencialmente poluidoras.
4. Enumere a segunda coluna a partir das políticas ambientais revisadas neste capitulo, 
enumeradas na primeira coluna. Posteriormente, marque a sequência correta.
1. PNEA (Lei n. 9.975/1999)
2. PNMA (Lei n. 6.938/1981)
3. Decreto n. 4.281/2002
( ) Regulamenta a Política Nacional de Educação Ambiental.
( ) Destaca a importância da disseminação de documentos que legitimam a educação 
ambiental no Brasil.
( ) Criou os órgãos institucionais Sisnama e CONAMA.
( ) Em um dos seus artigos estabelece que a educação ambiental deve estar presente na 
FIXANDO O CONTEÚDO
25
educação formal e informal.
a) 3, 2, 1, 1.
b) 1, 2, 2, 3.
c) 3, 1, 1, 2.
d) 2, 3, 3, 1.
e) 3, 1, 2, 1.
5. (SEMA, 2008 – Adaptado) A primeira Constituição brasileira que dedicou um capítulo 
específico ao meio ambiente foi:
a) Constituição Federal de 1999.
b) Constituição Estadual de 1986.
c) Constituição Regional de 1996.
d) Constituição Federal de 1988.
e) Constituição Ambiental de 1981.
6. A Política Nacional de Educação Ambiental (Lei Federal n. 9.795/1999) define Educação 
Ambiental como processo educativo voltado à conservação do meio ambiente, por meio 
de linhas de atuação que incluem: 
a) desenvolvimento de atividades artesanais para complementação da renda familiar.
b) desenvolvimento de recursos humanos.
c) promoção da saúde no ambiente familiar.
d) produção e divulgação de material informativo sobre conflitos familiares.
e) criação de centros de pesquisas para desenvolvimento da indústria química.
7. (DMAE/MG, 2020 - Adaptada) A alfabetização ambiental é um instrumento indispensável 
para a conservação da natureza. Considerando os múltiplos aspectos desse processo, 
assinale a alternativa correta.
a) A participação individual é incentivada em detrimento a participação coletiva no processo 
de promoção da EA.
b) A Lei Federal n. 9.975/1999, que dispões sobre a Política Nacional de Educação Ambiental, 
define que a EA seja implantada como disciplina curricular nas escolas.
c) A interdisciplinaridade constitui um dos princípios da EA de acordo com a Lei Federal n. 
9.975/1999.
d) A EA não é uma dimensão da educação, visto ser uma atividade intencional da prática 
social.
e) No Brasil, o Decreto n. 4.281/2002 pôs fim a EA ambiental nas escolas, a qual tinha como 
referência a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB 9394/1996).
8. A Lei Federal n. 9.795 em seu Art. 2° destaca que a educação ambiental deve-se fazer 
presente em todos os níveis, isto é, educação não-formal e formal. Além disso, esse artigo 
demonstrou um avanço para a educação brasileira na medida em que a educação 
ambiental passa a ser:
26
a) uma disciplina curricular.
b) obrigatória em todas as séries do ensino primário.
c) um conhecimento interdisciplinar.
d) tema centrado em uma única área.
e) restrita a sala de aula.
27
GESTÃO AMBIENTAL
UNIDADE
03
28
3.1 INTRODUÇÃO
 No Brasil e em outros países por muitos anos perdurou a ideia de que a poluição do 
meio ambiente fosse vista como um sinônimo de progresso econômico. Essa percepção 
se manteve até que os problemas ambientais se intensificaram e ocasionaram impactos 
negativos diretos ao bem-estar e desenvolvimento humano. De acordo com Braga et al. 
(2005), devido a essa intensificação e a partir desta, os procedimentos para o gerenciamen-
to eficaz das relações entre desenvolvimento econômico e meio ambiente passaram a ser 
implementados e aperfeiçoados.
 A Inglaterra foi responsável por dar origem aos sistemas de qualidade ambiental, 
bem como, foi precursora dos Sistemas de Gestão Ambiental (SGA), criando a Norma BS-
7750, cuja versão preliminar foi publicada em 1992. Com o crescente interesse pelas ques-
tões relacionadas à preservação ambiental, foi implantado pela Organização Internacional 
para Padronização (ISO), em 1993, o Comitê Técnico 207 (TC-207), com a finalidade de ela-
borar uma série de normas voltadas para o meio ambiente, originando a Série ISO 14.000 
(BRAGA et al., 2005).
No capítulo 15 do livro “Introdução à Engenharia Ambiental” (2005) por Benedito 
Braga (org.) é apresentado uma relação de normas da Série ISO 14.000. Disponível 
em: https://bit.ly/3s5xM7Z. Acesso:23 jan. 2021.
BUSQUE POR MAIS
 De maneira geral, um SGA consiste em um conjunto de procedimentos sistematiza-
dos que são desenvolvidos para que as questões ambientais sejam incorporadas à admi-
nistração de um empreendimento. O SGA é composto pelos seguintes elementos: política 
ambiental, planejamento, implementação e operação, verificação, ações corretivas e 
revisão do gerenciamento.
 Dentro desse contexto, considerando a abrangência do tema e o escopo deste livro-
-texto, neste capítulo serão abordados os componentes centrais pertinentes aos sistemas 
de gestão ambiental correlacionando-os as medidas e objetivos da educação ambiental. 
Destaca-se que atenção especial será dada às práticas visando a prevenção da poluição 
dentro das atividades industriais e das organizações econômicas.
3.2 DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE
 O progresso e desenvolvimento humano baseado no crescimento econômico tem 
sido observado em quase todas as áreas nos últimos anos. Contudo, manifestam-se dú-
vidas sobre a continuação e o aumento deste avanço. O crescimento econômico tem se 
estruturado no uso insustentável de recursos naturais, na aniquilação da diversidade bioló-
gica e na emissão de gases de efeito estufa (GEE), sendo estes responsáveis por aumentar 
a velocidade das crises ambientais globais e contribuírem para o agravamento das desi-
gualdades sociais.
 Cabe ainda ressaltar que é extremamente difícil definirmos com exatidão os abusos 
da sociedade em relação ao uso e exploração dos recursos naturais. O que podemos fazer é 
estimá-los, mas, ainda assim, nos depararemos com a questão da exatidão quanto aos cus-
https://bit.ly/3s5xM7Z
29
Quem são os responsáveis pelo crescimento econômico? Você já parou para pensar sobre a 
forma que nós consumimos bens e serviços? Você já pensou o quão rápido os materiais têm 
sido disponibilizados e descartados? Faz ideia da quantidade de resíduos que são gerados 
devido ao consumo desenfreado? Pensa no tipo e quantidade de embalagem dos produtos 
ao consumi-los?
VAMOS PENSAR?
tos envolvidos, o que, por sua vez, gera impasses e conflitos na sociedade. Neste contexto, 
a EA representa o instrumento fundamental para mudar os impasses sociais decorrentes 
dessa discussão.
3.3 PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEL
 Produção sustentável é a incorporação, desde a extração dos materiais de fabricação 
até o descarte dos produtos, das melhores alternativas possíveis para minimizar custos 
ambientais e sociais. De maneira complementar, o consumo sustentável é o uso de bens e 
serviços que atendam às necessidades básicas dos indivíduos, proporcionando bem-estar 
e assegurando a minimização da geração de poluição. Em suma, não colocando em risco 
as necessidades das gerações presentes e futuras (UNITED NATIONS INDUSTRIAL DEVE-
LOPMENT ORGANIZATION, 2020).
 Contudo, extraindo a matéria-prima, fabricando, consumindo e descartando, infeliz-
mente dessa maneira é que estamos acostumados a pensar no ciclo de produção e consu-
mo de produto na conhecida economia tradicional. Dentro desse contexto, temos que os 
padrões de produção e consumo expressam um estilo de vida e um modelo de desenvol-
vimento estabelecido na sociedade.
 Conforme discutido na unidade 2, tanto a ineficiência quanto os níveis absolutos de 
consumo e produção são dois dos principais fatores que influenciam as mudanças am-
bientais. O consumo em particular tem muitos impactos diretos e indiretos no meio am-
biente, tanto locais quanto globais. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente 
(PNUMA) considera padrões insustentáveis de consumo e produção como sendo:
a principal causa das mudanças climáticas e (isso) leva 
a outros desafios ecológicos e sociais. Estes incluem: de-
gradação do solo, poluição do ar e da água e esgotamen-
to de recursos. Além de riscos para a coesão social, cres-
cimento econômico e segurança geopolítica (UNITED 
NATIONS INDUSTRIAL DEVELOPMENT ORGANIZATION, 
2020, online, tradução nossa).
 Desta maneira observamos que o modelo de produção vigente tem aumentado os 
impactos ambientais negativos, por exemplo, contaminação de rios e redução da qualida-
de do ar, os quais têm sido percebidos com mais frequência ano após ano. Nesse cenário é 
necessário, portanto, uma mudança de paradigma dos hábitos de produção e consumo a 
fim de avançarmos rumo a uma sociedade mais igualitária e sustentável. 
 Nos itens 3.3.1 e 3.3.2 exploraremos algumas estratégias que podem ser empregadas 
para promoção do desenvolvimento sustentável. É importante ter em mente que os con-
ceitos abordados a seguir têm na sua essência a educação ambiental como força propul-
30
sora.
 3.3.1 Produção mais limpa (P+L)
 De acordo com o PNUMA, a Produção mais limpa (P+L) é definida como a aplicação 
contínua de uma estratégia ambiental preventiva integrada a processos, produtos e servi-
ços para aumentar a eficiência e reduzir os riscos para os seres humanos e o meio ambien-
te (UNITED NATIONS INDUSTRIAL DEVELOPMENT ORGANIZATION, 2020).
 O conceito de P+L tem como objetivo minimizar o impacto ambiental provocado 
pelo processo produtivo, sendo uma proposta de melhoria gradativa e contínua, que con-
siste em uma série de medidas que podem ser implementadas dentro de uma organiza-
ção (empresa, indústria, empreendimento econômico etc.). A P+L maximiza o uso de ener-
gia e materiais no processo produtivo. Além disso, questiona a necessidade real do produto 
e busca formas de atendê-la.
 Para o avanço dessa nova forma de ver, é necessário romper com os tradicionais pa-
radigmas de solução única para os problemas ambientais, como a implantação de trata-
mentos fim-de-tubo, aterros sanitários para resíduos sólidos e estações de tratamento de 
efluentes para tratamento dos esgotos sanitários, adotando-se procedimentos que evitem 
a geração de resíduos, combate ao desperdício, modificação no processo de produção, 
com a finalidade de gerar menos poluentes e provocar menor impacto ambiental.
 No Quadro 2 é apresentado um comparativo entre o enfoque convencional e os 
princípios/conceitos da P+L.
Ponto de 
comparação
Tecnologia convencional P+L
Enfoque/visão
• Aceitação do inevitável
• Lançamento de poluen-
tes no meio ambiente
• Tratamento, disposição 
final (tratamento fim-
-de-tubo)
• Procedimentos que evitem a geração de 
resíduos
• Eliminação da poluição a montante dos 
processos
• Prevenção da poluição ao invés do trata-
mento e transporte para o destino
• Controle de emissões na fonte
Controle
 ambiental
• Adequação das emis-
sões aos padrões exigi-
dos
• Tratamento (filtros, equi-
pamentos de controle, 
estocagem de resíduos 
etc.)
• Modificação nos processos de produção 
visando a menor geração de poluentes
• Eliminação de processos e materiais po-
tencialmente tóxicos
Proteção 
ambiental
• Pensado depois do de-
senvolvimento de pro-
dutos e processos
• Assunto restrito a espe-
cialistas competentes
• Parte integral do design do produto e en-
genharia dos processos
• Tarefa de todos
Quadro 2: Comparação tecnologia convencional e P+L. 
Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)
31
 A intensa competição global e um ambiente de negócios em rápida mudança enco-
rajaram as empresas a buscar novas maneiras de obter vantagem competitiva. Além disso, 
para minimizar os impactos ao meio ambiente, muitas empresas mudaram seus proces-
sos produtivos, o que possibilitou a pesquisa sobre uma produção mais limpa.
Muitas empresas têm conseguido implantar de forma efetiva os conceitos da 
P+L. Por exemplo, a Coca-Cola Company possui uma série de iniciativas visando a 
substituição das suas embalagens convencionais por embalagens recicláveis pro-
venientes de matérias-primas renováveis. Para saber mais, acesse as iniciativas 
da companhia. Disponível em: https://bit.ly/3xmRfVN. Acesso: 19 mar 2021.
BUSQUE POR MAIS
 Os conceitos e práticas relacionados à P+L têm ajudado o setor industrial a empe-
nhar-se na concretização dos objetivos do desenvolvimento sustentável definindo pro-
cedimentos e desenvolvendoos meios para a implementação desses procedimentos. A 
aplicação da P+L pode ajudar os líderes a avaliar abordagens alternativas para reduzir de 
forma mais eficaz os impactos negativos da indústria sobre o meio ambiente e a saúde 
humana e para acelerar a transição para sociedades verdadeiramente justas e sustentáveis 
(OLIVEIRA NETO et al., 2016).
 Os tópicos de P+L mais pesquisados no Brasil são gestão ambiental, desenvolvimen-
to sustentável, energia, educação ambiental e gestão de resíduos. Esses problemas têm 
sinergia de implantação e, portanto, são os mais usados em diversos casos. Por exemplo, 
uma organização brasileira (indústria, empresa etc.) que decide implementar a P+L precisa 
treinar os envolvidos na educação ambiental, especialmente se eles adotarem um sistema 
de gestão ambiental com foco na minimização de energia, água e resíduos. Portanto, a 
implementação da educação ambiental dentro das organizações é um instrumento que 
potencializa o desenvolvimento sustentável (OLIVEIRA NETO; SHIBAO; GODINHO FILHO, 
2016).
Sinergia é a cooperação e/ou inter-relação entre áreas, departamentos, organizações ou in-
divíduos. Sinergia pode representar o trabalho em conjunto para atingir um determinado ob-
jetivo. No contexto da preservação ambiental é necessário haver sinergia entre as diferentes 
áreas, para que a ação conjunta resulte no sucesso das ações propostas.
GLOSSÁRIO
 Oliveira Neto, Shibao e Godinho Filho (2016) destacam que a adoção da P+L por em-
presas brasileiras tem maior assimetria com a educação ambiental, sistemas de gestão 
ambiental e ISO 14001, que visa principalmente à redução da gestão de energia, água e 
efluentes e resíduos sólidos. No entanto, existem poucas pesquisas sobre energias renová-
veis e responsabilidade ambiental, mostrando que existem oportunidades de pesquisas e 
contribuições para o desenvolvimento sustentável que podem e precisam ser exploradas.
 3.3.2 Avaliação do ciclo de vida (ACV)
https://bit.ly/3xmRfVN
32
 Absolutamente tudo o que é criado passa por uma série de estágios do ciclo de vida, 
desde a extração da(s) matéria-prima(s) para produção dos produtos até o fim de sua vida 
útil e descarte. O processo científico de entender quais impactos ocorrem como resultado 
dos materiais que se movem em nossa economia é chamado de Avaliação do Ciclo de Vida 
(ACV) (ou Análise do Ciclo de Vida) (BRAGA et al., 2005). A ISO 14040 define como etapas da 
ACV a definição do escopo e objetivos, análise do inventário de ciclo de vida, avaliação dos 
impactos e interpretação dos resultados.
 A ACV é um processo complexo e profundamente detalhado de decompor todas as 
entradas necessárias para fazer algo existir e observar as saídas que ocorrem como resul-
tado. Esses fluxos são medidos em relação a muitas (mais de 90) categorias de impacto 
diferentes que estão ligadas à saúde do ecossistema, desde as óbvias (como emissões de 
gases poluentes e potencial de aquecimento global) até as menos conhecidas (como eu-
trofização de cursos d’água, toxicidade humana e potencial de destruição da camada de 
ozônio).
Eutrofização é o processo que ocorre quando um corpo receptor (rios, lagos, lagoas etc.) está 
com excesso de nutrientes básicos (nitrogênio e fósforo). Esse processo se aplica ao processo 
de enriquecimento mássico e contínuo de nutrientes causando o desenvolvimento de plantas 
aquáticas que alteram o equilíbrio biológico do corpo hídrico receptor.
GLOSSÁRIO
 De acordo com Braga et al. (2005), os cientistas, designers e engenheiros ajudaram 
a transformar a comunidade do ciclo de vida em um próspero banco de conhecimentos 
de relações de causa e efeito entre os sistemas industriais e o meio ambiente. Em resu-
mo, portanto, o objetivo do mapeamento do ciclo de vida é obter uma compreensão mais 
abrangente de toda a vida útil do produto e, em seguida, usar essas informações para com-
parar diferentes entregas funcionais para alterações de design que resultam em produtos 
mais eficazes que consideraram os impactos do ciclo de vida completo.
3.4 PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO
 O conceito de prevenção da poluição é baseado na adoção de medidas que reduzam 
o impacto ambiental ou quantidade de poluentes antes das etapas de reciclagem, trata-
mento e disposição final. Uma abordagem baseada na prevenção da poluição pode ser 
atingida através da adoção dos conceitos vistos anteriormente, isto é, P+L ou ACV – exem-
plificando: modificação de processos, análise do ciclo de vida dos produtos, substituição de 
matérias-primas, programas educacionais etc. Com a introdução do conceito de preven-
ção da poluição, deve-se considerar a hierarquia de gestão ambiental ilustrada na Figura 
3.
33
Figura 3: Hierarquia a ser adotada no contexto de prevenção da poluição
Fonte: Adaptado de Braga et al., (2005)
Geralmente, o reuso e a reciclagem são erroneamente identificados como processos idênti-
cos. Lembre-se que o reuso é um processo de aproveitamento dos materiais ou bens descar-
tados sem a alteração física, química ou biológica desses materiais. Por outro lado, a recicla-
gem envolve a alteração das propriedades físico-químicas ou biológicas dos materiais com a 
finalidade de produzir novos produtos iguais ou diferentes dos materiais originais.
FIQUE ATENTO
 Neste contexto, a educação ambiental assume papel de destaque. Os programas 
educacionais devem ser implementados visando a conscientização dos indivíduos. A me-
lhor solução para reduzir a poluição em áreas urbanas, por exemplo, é evitar a emissão de 
poluentes para o meio urbano. Uma das formas de prevenir a emissão de poluentes é ofe-
recer programas educacionais para os cidadãos. Elucidando os cidadãos quanto aos pro-
blemas relacionados à poluição, orientando quanto às estratégias para a mitigação desses 
problemas e mostrando os benefícios da prevenção, são formas efetivas e consolidadas de 
prevenir a poluição ambiental.
34
1. (ENADE, 2013 – Adaptado) Com o intuito de aprimorar o seu SGA, uma indústria de 
bebidas iniciou um programa de P+L, que estabeleceu a seguinte ordem de prioridade 
para a gestão dos resíduos: eliminação – redução – reaproveitamento – tratamento –
disposição final. Qual seria a melhor proposta para gestão dos resíduos de embalagens 
(papel/papelão) que são gerados nessa indústria? 
a) Incineração com recuperação de energia.
b) A doação para empresas recicladoras.
c) A substituição das embalagens de papel/papelão por embalagens retornáveis.
d) A destinação em aterros sanitários.
e) A queima das embalagens descartadas a céu aberto.
2. Os sistemas de gestão ambiental consistem em uma série de procedimentos 
sistematizados visando conciliar a administração dos empreendimentos econômicos em 
consonância a preservação do meio ambiente. A partir dos conceitos estudados no livro 
texto, assinale a alternativa que apresenta quatro componentes em sequência durante a 
operação de um sistema de gestão ambiental eficiente.
a) Implantação, revisão, correção, gestão.
b) Operação, verificação, revisão, implantação.
c) Implantação, operação, verificação, correção.
d) Operação, gestão, organização, consolidação.
e) Operação, consolidação, correção, revisão.
3. A P+L entra no processo produtivo industrial com a finalidade de atender as demandas 
de produção de forma sustentável, isto é, por meio do uso eficiente de materiais e energia. 
Assinale a alternativa que apresenta uma abordagem de P+L no contexto do exercício das 
atividades industriais.
a) Incineração dos resíduos sólidos perigosos.
b) Contratação de especialistas em normas ambientais.
c) Tratamento dos efluentes líquidos.
d) Controle de emissões na fonte geradora.
e) Utilização de filtros para remoção de gases poluentes.
4. Considerando os conceitos de P+L e a abordagem convencional adotada na economia 
tradicional, relacione os tópicos abaixo e assinale a sequência correta.
1) convencional
2) P+L
( ) Eliminação de materiais tóxicos.
( ) Compostagem de resíduos orgânicos.
( ) Procedimentos para não geração de resíduos.FIXANDO O CONTEÚDO
35
( ) Controle de emissões na fonte geradora.
a) 2, 1, 1, 1.
b) 2, 1, 2, 1.
c) 1, 1, 2, 2.
d) 1, 2, 1, 1.
e) 2, 1, 2, 2.
5. Uma das iniciativas direcionadas a adoção de práticas sustentáveis pelas organizações é 
a realização da Análise do Ciclo de Vida (ACV) dos produtos. Na ACV tem-se:
a) a descrição dos impactos de consumo do produto a partir da sua compra pelos 
consumidores.
b) o aumento dos custos operacionais dos processos industriais.
c) a avaliação de tecnologias para tratamento dos produtos descartados.
d) a interpretação dos impactos ambientais do produto desde a extração das matérias-
primas até sua disposição final.
e) a compra de matérias-primas renováveis para mitigar os impactos ambientais do 
consumo dos produtos fabricados.
6. Os conceitos de prevenção da poluição pontuam que a poluição deve ser evitada ou 
reduzida antes mesmo de ser originada. Considerando os conteúdos estudados nesta 
unidade, assinale a hierarquia de gestão ambiental que deve ser adotada dentro do 
contexto da prevenção da poluição.
a) Reuso, reciclagem, tratamento e disposição final.
b) Reciclagem, tratamento, reuso e disposição final.
c) Tratamento, disposição final, reuso e reciclagem.
d) Reciclagem, tratamento, reuso e disposição final.
e) Disposição final, tratamento, reciclagem e reuso.
7. Os impactos ambientais decorrentes das atividades do Homem conduzem à degradação 
ambiental e, consequentemente, à perda da capacidade do ambiente suportar vida. No 
processo de gestão ambiental podem ser adotadas medidas que visem a prevenção da 
geração de poluição. Assinale a alternativa que apresenta duas ferramentas que podem 
ser empregadas com essa finalidade.
a) Economia circular e Machine Learning.
b) P+L e ACV.
c) ACV e reciclagem.
d) Tratamento de resíduos e P+L.
e) Reuso e reciclagem.
8. O Sistema Gestão Ambiental (SGA) é um conjunto de medidas sistematizadas que têm 
como propósito assegurar a operação das atividades organizacionais de forma conciliada 
a preservação e proteção do meio ambiente. A partir dessa informação e considerando os 
conteúdos estudados sobre gestão ambiental, analise as afirmativas a seguir e assinale V 
36
para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
( ) As normas da Série ISO 14000 tratam dos procedimentos para implantação de um SGA. 
( ) O tratamento de resíduos é a prioridade na hierarquia de um SGA.
( ) A educação ambiental é uma das estratégias que podem ser adotadas para implantação 
dentro das organizações de um SGA eficiente. 
( ) A substituição de matérias-primas e ACV dos produtos é listada como estratégia de um 
SGA eficiente.
a) V, F, V, F.
b) F, V, V, V.
c) F, V, F, F.
d) V, F, F, V.
e) V, F, V, V.
37
PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL
UNIDADE
04
38
4.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA
 De acordo com o artigo 9º da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) (Lei 
n. 9.795/1999), entende-se por educação ambiental (EA) na educação escolar aquela desen-
volvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas nas diversas 
modalidades do ensino formal, sejam elas: educação básica, educação superior, profissio-
nal e de jovens e adultos (BRASIL, 1999).
 Como ressaltado nos capítulos anteriores, cabe lembrar que a EA deve ser desenvol-
vida de forma contínua e permanente nos diversos níveis do ensino formal. Por outro lado, 
a Lei n. 9.795/1999 destaca em seu artigo 10, parágrafo 1º que a EA não deve ser obrigato-
riamente implantada como disciplina específica do currículo escola. Frisa-se no artigo 10, 
a não obrigatoriedade, visto que os parágrafos 2º e 3º do mesmo artigo aponta condições 
específicas para a criação de disciplina específica em cursos de pós-graduação, formação 
continuada e especialização (BRASIL, 1999).
 Por fim, no que tange à Lei, é estabelecida a obrigatoriedade da dimensão ambien-
tal nos currículos de formação de professores em todos os níveis. Incluindo o recebimento 
de formação complementar a fim de cumprir os objetivos da PNEA.
 Paralelamente ao que aconteceu na formação de professores em todo o mundo, a 
EA também é reconhecida nos currículos escolares de diversos países. Por exemplo, é um 
requisito na Noruega e na Suécia que o desenvolvimento sustentável seja incorporado nos 
currículos de educação em todos os níveis de escolaridade, bem como na formação de 
professores (DAVIS, 2020). 
 Na China, o 15º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês avançou no desen-
volvimento sustentável como uma estratégia nacional com a EA incorporada à agenda da 
política de macro educação chinesa (DAVIS, 2020).
 Na Austrália, a sustentabilidade é uma prioridade do currículo escolar e visa abordar 
a capacidade contínua do planeta Terra de manter a vida. É reconhecido que todas as áre-
as de aprendizagem, como Inglês, Ciências, Artes, Saúde e Humanidades, têm o potencial 
de contribuir para a prioridade da Sustentabilidade. Dessa forma, a Sustentabilidade está 
inserida em cada área de aprendizagem de forma consistente com o conteúdo e a fina-
lidade da área de estudo (DAVIS, 2020). Davis (2020) destaca que a educação formal tem 
ampla participação na educação cívica, portanto, é necessária uma participação ativa nas 
questões socioambientais que permeiam a vida social nesta etapa da formação cidadã.
 Cabe frisar ainda que os espaços de ensino formal são potências que possibilitam 
muito mais do que a aprendizagem dos conteúdos formais. Abaixo é apresentada uma 
proposta de atividade que pode ser empregada no ambiente escolar a fim de engajar os 
alunos e promover a disseminação dos princípios e conceitos norteadores da EA.
 A gestão do “lixo” é um tema norteador no que tange à educação ambiental. A quan-
tidade de resíduos gerados em um país está relacionada à evolução de sua população, ao 
nível de crescimento demográfico, industrialização, urbanização e poder de compra e con-
sumo dos habitantes. Como fator agravante, o manejo inadequado dos resíduos sólidos, 
desde a geração até a disposição final (por exemplo, em lixões ou em cursos d’água), pode 
resultar em riscos ambientais, sociais e econômicos, além de prejuízos à saúde pública.
4.2 PROPOSTA DE ATIVIDADE: TEMA GERADOR DE DISCUSSÃO – 
RESÍDUOS SÓLIDOS
39
Os resíduos sólidos são os materiais ou bens descartados, que resultam de atividades de 
origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Os re-
jeitos, comumente chamados de “lixo”, são os resíduos sólidos que, depois de esgotadas to-
das as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis 
e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final 
ambientalmente adequada em aterros sanitários.
FIQUE ATENTO
 No Brasil, em 2018, os números referentes à geração de resíduos sólidos urbanos 
(RSU) revelaram um total anual de 79 milhões de toneladas, o que demonstra uma reto-
mada no aumento em cerca de 1% em relação a 2017. Comparativamente aos dados de 
2010 (60.868.080 toneladas), verificou-se um crescimento da geração de RSU de 28,6%, o 
que demonstra a relevância das questões relacionadas a gestão dos resíduos sólidos (AS-
SOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS , 
2010; 2019)
 Entre os processos utilizados para destinação dos resíduos sólidos, destacam-se: a 
reutilização, a triagem e reciclagem, a compostagem, digestão anaeróbia, a incine-
ração com recuperação e reaproveitamento energético, solidificação/inertização, co-
processamento e a disposição em aterros. A definição de uma rota tecnológica para 
tratamento dos resíduos sólidos envolve a adoção de políticas públicas pelo Estado e está 
atrelada, majoritariamente, a fatores sociais e econômicos de cada país. No Brasil, quase 
a totalidade dos resíduos coletados é disposta no solo, seja em aterros sanitários (54,23%), 
aterros controlados (11,33%) ou vazadouros a 
céu aberto (11,10%) (BANCO NACIONAL DE 
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL, 
2014). A Figura 4 apresenta

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