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MARIA EDUARDA T BRIANTE. 14 PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE – PAC Infecção do parênquima pulmonar (alvéolos) fora de um período de internação (max 48h após internar) Fisiopatologia • Microaspiração • Macroaspiração • Disseminação hematogênica (aureus) Obs: aspiração = corpo estranho abaixo da glote Fatores de Risco: idade > 65; comorbidade; infec viral prévia; redução da proteção da via aérea; tabagismo e abuso de álcool. Diagnóstico 1. Clínica + exame físico - AR: dispneia, dor pleurítica, tosse, expectoração (purulenta/verde) - sistêmico: febre, calafrio, hiporexia, astenia, prostração, confusão mental (delirium) - pode ter: sepsse, choque séptico. Ao Exame Físico: . Inspeção: esforço respiratório . Palpação: FTV + MARIA EDUARDA T BRIANTE. 15 . Percussão: submaciço ou maciço . Ausculta: estertor fino, sopro tubário (MV + rude à bronquico), broncofonia ou pectorilóquia 2. Exames complementares - Imagem: Rx tórax PA e Perfil (aparecimento de broncogramas aéreo = bolinhas bem pequenas pretas (ar) e opacidade brônquica); USG (padrão C = consolidação à sinal do retalho ou estilhaço – linhas não contínuas); TC tórax (se houver dúvida de dx) MARIA EDUARDA T BRIANTE. 16 - Laboratorial: . HC: leucocitose (desvio a esquerda = aumento de bastonetes) ou leucopenia . Proteina C Reativa > 150 (infec bact) . Procalcitonina alta (é mais específico para infec bacteriana) 3. Dx microbiológico Não é obrigatório, mas pode ajudar em algumas situações Agentes etiológicos: Típicos (50% dos casos) Streptococus pneumoniae G+ Haemophilus influenzae G- Moraxella catarralis G- Satphylococus aureus G+ Enterobacterias G_ Atípicos Legionella spp Mycoplasma pneumoniae Clamydia pneumoniae e psittaci (aves) Anaeróbias por aspiração Vírus: covid, h1n1 e variações Fungos e protozoários MARIA EDUARDA T BRIANTE. 17 Conduta CASOS LEVES: tratamento empírico CASOS GRAVES: hemocultura, escarro (espontâneo, aspirado, aspirado traqueal e lavado broncoalveolar), testes Sars-Cov2 e H1N1, outros (pesquisa urinária - legionella, painel viral e bact específico). TRATAMENTO A) Onde tratar? . casa + receita . hospital: So2< 92% . UTI: choque séptico; ventilação mecânica Gravidade da pneumonia: SCORES PSI: mais acurado, completo e complexo Leve – classe 1 e 2: ambulatorial Moderado – classe 3: observar no hospital por 24h ou ambulatorial Grave – classe 4 e 5: UTI CURB 65 ou CRB 65(sem o exame de ureia – é clinico) Confusão Mental Ureia > 20 mg/dl MARIA EDUARDA T BRIANTE. 18 Respiração > 30 irpm Baixa PA < 90/60 65 anos ou mais Leve – 0a1: ambulatorio Moderado – 4 pontos: observar ou ambula Grave – 3 a 5 pontos: UTI INDICAÇÃO DE UTI (> 3 critérios) • Hipotermina • Taquipneia (>30 irpm) • Dessaturação importante (PaO2/FiO2 (0,21) < 250) • Hipotensão • Alteração do nível de consciência • Leucócitos < 4.000 • Plaqueteopenia < 100.000 • Ureia > 20 • Pneumomnia multilobar B) Qual ATB? Considerar: Características do paciente Risco de germe resistente Gravidade da PAC MARIA EDUARDA T BRIANTE. 19 PNM LEVE: priorizar monoterapia 1. Betalactâmico: amox 2. Betalactâmico com inibidor de betalactamase: amoxicilina + clavulanato 875/125mg VO 8/8h 3. Betalactâmico + macrolídio 4. Quinolona respiratória se alergia aos acima PNM INTERNAÇÃO: terapia dupla 1. amoxicilina + clavulanato 875/125mg VO 8/8 2. Cefalosporina 3ºgeração + macrolídeo = cobre atípicos – VI Ceftriaxona 1g 12/12h + azitromicina 500mg 24/24h 3. Betalactâmico com inibidor de betalactamase + macrolídio = cobre tudo 4. Quinolona respiratória Ciprofloxacino 500-700mg VO 12/12h PNM UTI: terapia dupla 1. Ceftriaxona 1g 12/12h + azitromicina 500mg 24/24h 2. Cefalosporina 3º geração + quinolona resp 3. Antimicrobiano para germe multiresistente (hospitalar) Tempo de tratamento: 5 a 7 dias – podendo prolongar em caso de pnm grave ou complicações. • Componente aspirativo (anaeróbios) - betalactamico com inibidor de betalactamase - moxifloxacino MARIA EDUARDA T BRIANTE. 20 - clindamicina ou metronidazol • Germes multiresistentes: guiar por cultura ou protocolo local - utilizar amplo espectro - FR: hospitalizacao nos ultimos 3 meses; ATB ultimos 3-6 meses; comorbidade pulmonar; idoso C) Precisa de outros TTOs adjuvantes? I. Corticóides: PAC grave Prednisona 40-50mg 7 dias II. Oxigênio suplementar: SO2 > 92% BOA EVOLUÇÃO à CURA Resolução clínica se: afebril 48-72h após início do ATB, melhora clínica global, queda do PCR em 50% até 72h, resolução radiológica até 8 semanas. Complicações - derrame parapneumonico: derrame pleural pela pnm (não complicado); empiema (complicado) - abcesso pulmonar - sepse - SARA
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